terça-feira, 20 de março de 2012

Estudo avalia produtividade da cana em 178 regiões de SP



Pesquisa faz relação entre solo e clima da área e mostra influência climática na produção esperada 

O zoneamento agrometeorológico é uma ferramenta extremamente importante para os agricultores. Não obedecer essa recomendação pode levar ao fracasso da produção e quanto mais precisas forem as informações do zoneamento, melhor para o produtor, que vai ter mais certeza da produtividade esperada naquela área. Um estudo feito na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) determina a produtividade esperada da cana-de-açúcar em 178 regiões do Estado de São Paulo, levando em conta os níveis do solo e o clima de cada localidade. 

A cana-de-açúcar é uma cultura em grande expansão e é importante que os dados sobre produtividade sejam conhecidos nas novas áreas e atualizados. A pesquisa mostra que a cana plantada em um mesmo tipo de solo atinge produtividade distinta, por causa do clima diferente de cada região. O resultado do estudo foi um mapa detalhado que pode ser visualizado gratuitamente no site da instituição (www.esalq.usp.br). 

Essa relação do clima com a cultura possibilitou a gente obter diferenciação de mesmo solo em regiões diferentes porque antes a classificação antiga era baseada nos dados de solo. Agora a gente conseguiu fazer essa diferenciação. Um mesmo ambiente sob o ponto de vista de solo em diferentes localidades resulta em uma produtividade diferente, porque tem o fator clima influenciando a cultura. Antes do estudo era esperada um produtividade igual. É possível ver a produtividade de cada uma das 178 localidades estudadas e observar essas diferenças — explica o engenheiro agrônomo Leonardo Monteiro, pesquisador da Esalq/USP.

O resultado é importante não só para os produtores como para usinas canavieiras e intitutos de pesquisa que podem o planejamento mais adequado a respeito do manejo varietal. Ou seja, podem alocar variedades mais rústicas em regiões onde o clima é mais restritivo ao cultivo da cana-de-açúcar. 

Com outro efeito, buscamos identificar regiões canavieiras do Estado de São Paulo climaticamente favoráveis ao cultivo da cana, mesmo que o solo não apresente condições mais apropriadas ou alguma restrição de ordem de manejo, explorando novas áreas de forma mais precisa — destaca. 

Metodologia

O estudo foi realizado por meio do uso de modelos agrometeorológicos de estimativa das produtividades potencial e atingível, e da eficiência climática resultante da relação entre essas. Para a definição dos ambientes, o pesquisador trabalhou com ferramentas como a modelagem agrometeorológica, para a definição da produtividade e eficiência climática, e um Sistema de informações Geográficas (SIG) para a espacialização tanto da produtividade e eficiência climática como dos atributos do clima do Estado. 

A partir daí, foram calculadas a produtividade potencial e a produtividade atingível da cultura da cana-de-açúcar em 178 localidades do estado de São Paulo. Por meio do quociente entre essas produtividades, estimou-se a eficiência climática.

Monteiro explica que foram consideradas cinco épocas de plantio para a cana planta: fevereiro, março, julho (inverno) e setembro e outubro, além de três ciclos de maturação para a cana-soca (precoce, média e tardia). 

Os critérios propostos para a classificação dos ambientes de produção para cana-de-açúcar sob o enfoque climático, possibilitaram a obtenção de informações mais detalhadas, permitindo se obter uma melhor caracterização dos fatores limitantes à produção dessa cultura nas diferentes regiões do estado de São Paulo. Foi possível propor uma classificação dos ambientes com base na produtividade atingível, que variou de 50 até 100 t ha-1 e com base nos valores obtidos de eficiência climática, que variaram de 0,35 a 0,65 — detalha o pesquisador.

O nome completo da pesquisa é “Modelagem agrometeorológica como base para a definição de ambientes de produção para a cultura da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo”. Inicialmente a o estudo foi feito para o Estado de São Paulo e será realizado nas novas regiões onde a cana está se expandindo. 

Para mais informações os interessados podem entrar em contato com a Esalq/USP através do telefone (19) 3429-4100.

Preços do boi gordo têm queda nos últimos 30 dias em 24 praças



Maior queda ocorreu no Rio de Janeiro, com a cotação 6,5% menor no período

O mercado do boi gordo trabalhou sob pressão de baixa nas últimas semanas. Em São Paulo, o valor atual, que está em R$94,50 por arroba à vista, é 1,6% menor que há 30 dias. Nesse intervalo houve recuos em 24 das 31 praças pesquisadas.

A maior queda ocorreu no Rio de Janeiro. O preço caiu 6,5% no período. No sul da Bahia, região com a segunda maior desvalorização, as cotações recuaram 5,2%.

Em Pelotas (RS) e no oeste do Rio Grande do Sul as valorizações foram de 3,2% e 1,6%, respectivamente. No sudeste de Mato Grosso, a alta foi de 1,2%.

Em Dourados e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Marabá (PA) e Alagoas, as cotações são as mesmas de 30 dias atrás.

Scot Consultoria

Queda nas exportações de carne suína industrializada




Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve recuo nas exportações de carne suína industrializada no acumulado de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011.

De janeiro a fevereiro deste ano, foram embarcadas 972 toneladas do produto, queda de 56,74%, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado, quando foram exportadas 2,24 mil toneladas.

Houve recuo também no faturamento.

No acumulado de 2012, as exportações de carne suína industrializada geraram um faturamento de US$3,28 milhões, ante US$6,87 milhões em igual período de 2011.

Scot Consultoria

Demanda de café pode ultrapassar a oferta nos próximos 10 anos



Organização aponta que consumo do grão aumenta 1,6% ao ano nos últimos 40 anos


A demanda mundial de café pode superar a oferta nos próximos 10 anos, de acordo com projeção da Organização Mundial de Café (OIC). Segundo a entidade, os cenários no consumo devem ser de baixo (1,5% ao ano), médio (2% ao ano) e alto crescimento (2,5% ao ano). A OIC pontua que o consumo vem aumentando na ordem de 1,6% ao ano nos últimos 40 anos.

Com relação aos estoques do produto, o volume em países exportadores na safra 2011/2012 é de 17,4 milhões de sacas, o menor já registrado desde 1990/1991. Já os reservatórios nos principais países importadores estão em 22,3 milhões de sacas, nível considerado bom pela organização. O aumento contribuiu para a queda nas cotações nos últimos meses.

Scot Consultoria

Temporais permanecem concentrados sobre o Centro e o Norte do Brasil esta semana



Acumulado deve passar dos 130mm no oeste da Bahia, norte e oeste de Goiás, sul de Tocantins, leste e norte de Mato Grosso, Amazonas, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Apesar da passagem de uma nova frente fria pelo Centro e Sul do Brasil ao longo desta semana, o acumulado de chuva será baixo em toda a região Sul, além dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, de acordo com a previsão da Somar Meteorologia.

Os grandes temporais permanecem concentrados sobre o Norte do país, atingindo boa parte da Amazônia e do Nordeste, além de Mato Grosso, norte de Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo e norte de Minas Gerais. De acordo com os meteorologistas da Somar, nessa semana o acumulado deve passar dos 130mm no oeste da Bahia, norte e oeste de Goiás, sul de Tocantins, leste e norte de Mato Grosso, Amazonas, Pará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Temperaturas 
Apesar de um início de semana com madrugadas frias no Centro e Sul e máximas baixas no Norte do país, as duas temperaturas devem subir ao longo da semana, especialmente a partir da quinta, dia 22.

Somar Meteorologia