sexta-feira, 27 de julho de 2012

No embalo da soja, preço da canola anima produtores



Produtores gaúchos de canola vivem a expectativa de ter um dos melhores preços já pagos pelo grão no Estado. Com o valor balizado pelo preço da soja, a oleaginosa de inverno está sendo negociada por R$ 68 a saca de 60 quilos.

As lavouras, cultivadas em meio ao final da estiagem do verão, também apresentaram recuperação após a chuva dos últimos dias. Produtor em Passo Fundo, no Norte, Luiz Carlos Carvalho temeu pela cultura na época de plantio. A terra ainda estava ressecada devido à falta de chuva durante o verão, o que dificultou a germinação. Mas a normalização das precipitações a partir do mês de julho, aliada a temperaturas mais amenas, tem beneficiado as plantas.

"Além da terra seca, tivemos duas geadas fortes na metade do mês de junho, o que atrasou o desenvolvimento das plantas. Agora, estamos com as lavouras mais parelhas. Se o clima continuar assim, deveremos ter boa produtividade" explica o engenheiro agrônomo da Emater regional de Passo Fundo, Claudio Dóro.

O único temor dos produtores é o excesso de chuva na época da maturação, que no caso da canola ocorre de forma bem esparsa. A chuva em excesso faz com que os grãos se soltem da planta antes da colheita, prejudicando a produtividade.

A ressalva não tira o entusiasmo dos produtores, que vêem no preço uma esperança de cobrir parte dos prejuízos obtidos com as culturas de verão, como a soja e o milho.

"Apesar de serem coisas diferentes, a comercialização boa da canola ajuda a cobrir parte das despesas do verão" afirma Carvalho.

O produtor mantém há três anos o plantio da oleaginosa em 40 hectares de terra. A manutenção da área se justifica pelo preço alto e a venda antecipada.

"Por vezes colhemos bem o trigo, mas na hora da venda temos dificuldade. A canola não. Tudo que cultivei esse ano já está vendido para a indústria de biodiesel" conta.

Para Fábio Benin, engenheiro agrônomo e coordenador do Departamento de Fomento da BSBios, empresa de biodiesel que já garantiu a compra da canola produzida em 12 mil hectares no Estado, o preço pago ao produtor é um dos maiores da história.

"Pela projeção que temos agora, o lucro pode ser até 40% superior à safra do ano passado" opina.

No ritmo da soja
  • O bom preço pago pela canola é decorrência do valor histórico que a soja atingiu nos últimos meses — até R$ 73 a saca de 60 quilos, segundo a Emater.
  • A alta na soja ocorre devido à seca nos Estados Unidos, maior país produtor do grão no mundo, que vive uma expectativa de produção frustrada.
  • Os preços da soja e canola são semelhantes devido à utilização da produção, ambas voltadas para o processamento de biodiesel e óleo de cozinha.

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The Economist: Big Mac brasileiro está entre os quatro mais caros do mundo



O Big Mac segue sendo mais caro no Brasil do que nos Estados Unidos, mas agora a diferença está menor. Até julho de 2011, o Brasil possuía o lanche mais caro do mundo, mas perdeu o posto no topo do ranking elaborado pela revista The Economist em janeiro desse ano.


Entre janeiro de 2012 (data da última divulgação do índice) e julho desse ano, o Brasil manteve o quarto Big Mac mais caro do mundo – 4,94 dólares, enquanto nos Estados Unidos o lanche custa 4,33 dólares. Enquanto em julho de 2011, nosso Big Mac era 52% mais caro que o americano, em janeiro, a diferença passou para 35% e agora, caiu ainda mais, para 14% mais caro.

O indicador é uma maneira alternativa de medir o desempenho da economia mundial. O índice é baseado na teoria da paridade do poder de compra, segundo a qual as taxas de câmbio deveriam realizar um ajuste que faria o preço de uma cesta de produtos ser o mesmo em diferentes países. A Economist usa em sua cesta de produtos apenas o Big Mac. Os países que possuem o lanche mais caro são Venezuela (7,92 dólares), Noruega (7,06 dólares) e Suíça (6,56 dólares).

O último ranking mostra a diferença entre os preços de julho de 2007, antes da crise, e de agora. Pelos valores, é possível observar que na Venezuela, por exemplo, a valorização do preço do lanche em Bolívar perante o preço em dólar passou de 1% para 83%. O sanduíche na Grã-Bretanha também mudou de preço em dólar, passando de uma valorização de 18% em relação ao preço americano em 2007 para uma desvalorização de 4%; agora, o lanche no país sede das Olimpíadas custa 4,16 dólares.

Veja os 10 países onde o Big Mac custa mais caro:


Fonte: The Economist
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Alta nos preços do milho preocupa criadores de boi gordo



Com a valorização do grão no mercado internacional, os preços do milho dispararam no mercado interno. Na região de Campinas (SP), a saca de 60 quilos de milho está cotada em R$ 33,00. Uma alta de 33,9% em relação a junho. Com isso, o pecuarista está pagando 7,4% a mais pelo milho, na comparação com o mesmo período do ano passado.

No exterior, a preocupação é com a safra norte-americana, cujos valores referentes à produção vêm sendo revisados para baixo mês a mês.

Considerando a praça de São Paulo, atualmente é possível comprar 2,79 sacas de milho com o valor de uma arroba de boi gordo. Em um mês – julho, na comparação com junho –, o poder de compra do pecuarista em relação ao alimento diminuiu 26,9%.

Em curto prazo, apesar do avanço da colheita do milho safrinha no Brasil, a expectativa é de preços firmes, mas aumentos não estão descartados.

Com a chegada da safra norte-americana, a partir do final de setembro, os preços devem normalizar.

Fonte: Scot Consultoria
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Preço da carne bovina no atacado deve cair no RS



O preço da carne bovina no atacado deve cair no RS nas próximas semanas, realidade já observada no Centro do país, onde há registro de desvalorização de 0,65% nas últimas nove semanas, conforme a Scot Consultoria. Até então, o Rio Grande do Sul está com preços estagnados. A previsão de baixa é do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs), que aponta como motivador para desvalorização a compra de aproximadamente 10 toneladas de carne de outros estados.

A entrada de matéria-prima de fora não é em vão. A seca reduziu a oferta para abate. Em junho, segundo o sindicato, a queda foi de 22% em relação a maio, caindo de um total de 116.305 para 89.846 cabeças. Houve redução também em relação ao mesmo período de 2011, em que os associados do sindicato, que respondem por 80% do abate oficial, processaram 101.130 exemplares. "A concorrência da carne de fora, mais barata, obrigará uma desvalorização da carne daqui, que tem muito mais qualidade", expõe.

Números oficiais do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) da Secretaria da Agricultura demonstram recuo menos brusco. No primeiro semestre de 2012 foram encaminhados para abate 964.835 bovinos, considerando inspeções federal, estadual e municipal. No mesmo período do ano passado, foram 993.685 animais abatidos, uma baixa de 2,99%. "Esses números não condizem com a realidade, visto que nem todos os animais enviados para abate são de fato abatidos", explica o diretor-executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle.

Fonte: Correio do Povo
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Região Sudeste é a que mais capta recursos para agricultura sustentável



Contratações de financiamentos por meio do programa Agricultura de Baixo Carbono alcançaram R$ 1,5 bilhão nos últimos doze meses

As contratações de financiamentos registradas por meio do Programa ABC, que incentiva a adoção de boas práticas pelos agricultores brasileiros, somaram R$ 1,5 bilhão, entre julho de 2011 e junho deste ano. Os produtores da região Sudeste foram os que mais buscaram os recursos disponibilizados pelo Governo, com juros mais baratos, para financiar a lavoura, em um total de R$ 611,28 milhões.

Na sequência, estão o Sul, com R$ 401,11 milhões, e o Centro-Oeste, com R$ 348,29 milhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 25 de julho, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e referem-se à movimentação de junho.

No Sudeste, São Paulo lidera o ranking dos estados com um total de mil contratos firmados junto às instituições financeiras e R$ 314,22 milhões de desembolsos. Depois de São Paulo, os destaques são Minas Gerais, com R$ 256,05 milhões, o Paraná, com R$ 188,95 milhões de desembolsos e 849 contratos, Goiás, com R$ 172,91 milhões e 473 contratos, e o Rio Grande do Sul, com desembolsos de R$ 168,21 milhões e 685 contratos firmados.

Para o ano safra 2012/13, o ministro Mendes Ribeiro Filho anunciou mais recursos para o programa, reforçando o compromisso de fortalecer a agricultura sustentável no país. Ao todo, estão disponibilizados R$ 3,4 bilhões para o setor. Além do aumento do volume de recursos, o produtor gastará menos na contratação do financiamento, por conta da redução na taxa de juro, de 5,5% para 5% ao ano, a menor fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial.

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Setor avícola pede apoio ao governo para conter custo de produção



Membros da Ubabef buscam soluções para evitar repasse nos preços ao consumidor

Representantes do setor avícola reuniram-se terça (24/7), em São Paulo, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, e com o coordenador de Cereais e Culturas Anuais do ministério, Silvio Farnese, para fazer um pedido formal de intervenção do governo federal contra a escalada do custo de produção.

Durante o encontro, os diretores da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), juntamente com presidentes dasagroindústrias produtoras e exportadoras associadas à instituição os membros da Ubabef apresentaram ao secretário os impactos da alta de preços dos insumos na produção. 

Segundo levantamento, encomendado pela Ubabef aoInstituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), de janeiro a julho deste ano a sojaacumulou alta em reais em torno de 74% nas cotações dogrão, e o milho, em plena safra, registra aumento de 37% nos preços. Mesmo após a data final do levantamento, houve registro de elevação dos insumos. 

De acordo com os dados do Icone, vários motivos levaram à situação atual do mercado de insumos. A estiagem nosEUA elevou as cotações de milho e soja, e a seca no Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, reduziu drasticamente a oferta dos grãos nos polos produtores avícolas brasileiros. 

Segundo o levantamento e previsões feitas com base nos dados do MDIC, a exportação de soja em grão poderá ser 25% mais alta entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em contraposição, a produção da oleaginosa registrou queda de 12% na safra 2011/12. 

“O mercado brasileiro de grãos está atrelado à Bolsa de Chicago. Neste contexto, os preços têm subido desde o início do ano, com o mercado doméstico respondendo na mesma direção. Além disso, os dados acenam que as exportações de grãos deste mês serão muito maiores que o mesmo período do ano passado”, explicou o diretor de Mercados da Ubabef, Ricardo Santin. 

Segundo ele, a elevação descontrolada dos custos de produção somada à queda na receita das exportações defrangos, amplia o cenário crítico enfrentado pelo setor avícola brasileiro – em junho houve redução na receita de 21,25% no comparativo com o mesmo período do ano passado. 

“Mantidas estas condições, será inviável produzir sem repassar os custos nos preços finais ao consumidor. É algo que temos evitado de todas as formas, já que os produtos avícolas se consagraram com uma das fontes para a segurança alimentar brasileira”, explica. 

“Não faz sentido um dos maiores produtores de milho e soja do mundo correr risco de desabastecimento interno destes produtos. Antes de fomentar as exportações, é preciso garantir que a demanda interna seja plenamente atendida. É uma questão de segurança alimentar da nação”, destacou Ariel Mendes.

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