sexta-feira, 27 de abril de 2012

Cafeicultores mineiros estão animados com a safra atual



Estimativas da Conab devem se confirmar

Tudo indica que a safra de café mineira será normal dentro das previsões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O clima é fator determinante para definir a produção, e as perdas podem aparecer somente após a colheita, quando o café for beneficiado e sair o resultado do rendimento dos grãos para fazer uma saca.

No campo, a volatilidade do mercado nunca esteve tão à prova. Os especialistas apontam que não deve sobrar café no mundo: somente Brasil e Vietnã estão aumentando a produção, enquanto outros países produtores passam por dificuldades – ao contrário de anos anteriores quando as previsões provocaram desconfiança em todo setor.

Para esta safra, os produtores estão acreditando nas estatísticas, pelos menos nos levantamentos feitos pela Conab e do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Para o sul de MG, a Conab aponta que a produção deva ficar entre 12 e 13 milhões de sacas, que representam 25% do montante nacional que vão sair deste cenário montanhoso. No município de Cabo Verde, em 30% do território tem café.

De acordo com o agrônomo Eduardo Lima, em fevereiro, choveu apenas 60 milímetros. Geralmente, a média é de 200.

– Nós temos notado que o efeito desse veranico concentrado em fevereiro não vai refletir numa quebra efetiva da safra. Mas, acredito que possa, sim, em termos de florada – avalia.

O produtor começa a definir a safra durante a florada em setembro do ano anterior. Depois, vem a realidade das flores que de fato viram fruto. Na sequência, o enchimento dos grãos e, por fim, a qualidade do que sai na colheita. Por isso é tão difícil fazer previsões, tudo depende do clima.

O produtor Guy Carvalho tem 60 hectares. Ele deve produzir 2,4 mil sacas e confirma que os produtores estão mesmo investindo para melhorar a produtividade. Tudo graças a remuneração da saca favorável para cobrir os custos. E é por isso que os pés estão bem carregados.

– Nos últimos anos, a melhora dos preços nos possibilitou investir melhor em fertilização em podas em renovação de lavoura. Isso está refletindo nessa safra e nas próximas safras. Podemos adubar dentro daquilo que a gente achava que seria o certo e fazer os tratos no momento adequado também. É uma safra média boa aqui na minha fazenda – afirma.

Fonte: Canal Rural
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Recolhimento de embalagens de agrotóxicos cresce 26% em Minas Gerais



Foram devolvidas 945 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos vazias

Os agricultores mineiros devolveram 945 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos vazias aos postos de recolhimento do Estado, de janeiro a março deste ano. O índice é 26% maior que o do ano anterior, que foi de 748 mil toneladas. Segundo dados do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), Minas foi o quinto estado a dar destinação correta aos recipientes, ficando atrás de Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Goiás.

O diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Altino Rodrigues Neto, salienta a importância desta ação. “O recolhimento das embalagens de agrotóxicos é de extrema importância, pois evita que este resíduo, potencialmente poluidor, contamine o solo e a água podendo causar doenças graves. Além disso, todo material recolhido é reciclado por uma empresa especializada, o que diminui os impactos ambientais”, afirma.

Após a utilização do produto, a embalagem deve ser lavada três vezes (tríplice lavagem) e inutilizada com perfurações no fundo do frasco. Também deve ser armazenada em local apropriado até que seja devolvida no prazo de um ano a uma unidade de recebimento indicada pelo estabelecimento onde foi adquirido o agrotóxico.

O recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos é obrigatório, previsto em lei desde o ano 2000. A destinação final das embalagens é obrigação das indústrias, mas o revendedor precisa ter um local adequado para armazenar o produto. As especificações técnicas incluem pontos como o cuidado com o chão, que deve ser impermeabilizado para evitar vazamento de resto de agrotóxico. E o agricultor deve cumprir sua obrigação, levando as embalagens vazias para os postos de recolhimento. Dessa forma, estará colaborando para a conservação ambiental.

É responsabilidade do IMA a fiscalização das revendas mineiras onde os produtos são estocados e vendidos e das propriedades rurais, para verificar se os produtores estão devolvendo as embalagens corretamente. Durante o ano de 2011 foram fiscalizados 3.738 estabelecimentos comerciais e 5.470 propriedades rurais, totalizando 9.208 fiscalizações.

Audiência Pública

Os malefícios causados pelo uso abusivo de agrotóxicos aos trabalhadores rurais, bem como aos consumidores é o tema da audiência pública que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará nesta sexta-feira (27), às 10h, em Belo Horizonte. Esta audiência foi proposta pelo deputado Pompílio Canavez.

O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Nogueira, estará presente para apresentar o cenário mineiro com relação a fiscalização de agrotóxicos no Estado.

Fonte: Agência Minas
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EUA: líderes da indústria tentam silenciar o alarme gerado pela “vaca louca”



Após o anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre o registro de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da “vaca louca”, na Califórnia, a agência e outros representantes da indústria de carnes disseminaram a mensagem de que a descoberta não representa nenhuma ameaça aos consumidores, à indústria – ou a seus parceiros comerciais.

“Eu acho que temos um grande sistema nos Estados Unidos para a vigilância (de EEB) e acho que o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS) tem administrado bem isso”, disse diretor executivo da Associação Nacional de Carnes do país, Barry Carpenter. “Nós sabemos que esses casos esporádicos atípicos de EEB vão ocorrer em bovinos aqui. Isso não deveria ter nenhum impacto no comércio porque nosso status junto à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) não será afetado”.

A forma “atípica” de EEB é identificada como vindo de outra fonte que não o alimento animal, apesar de a fonte específica não poder ser identificada. A EEB “típica”, por outro lado, pode ser transmitida a animais através de seus alimentos que incluem subprodutos de outro animal infectado. Essa é de preocupação muito maior, porque sua presença pode indicar que o sistema de proibição do uso de partes de animais na alimentação de bovinos que funciona nos Estados Unidos não está sendo efetivo.

“Os produtos de carne bovina dos Estados Unidos estão entre os mais seguros do mundo e o anúncio do USDA hoje confirma que o sistema de vigilância de doenças animais do país funciona para proteger nossos rebanhos e o público”, disse o Instituto Americano de Carnes.

Se essas afirmações acalmarão os mercados e os consumidores, ainda não se sabe. O fato é que esta é a quarta vaca infectada com EEB nos Estados Unidos, e o abalo causado por ela é comum segundo especialistas da indústria. “O que matou o mercado em 2003 foi que as exportações caíram para zero da noite para o dia”, disse o economista e diretor da Steiner Consulting Inc. em Manchester, Len Steiner, . “Eu não acho que isso deverá ocorrer dessa vez”.

O Comitê de Agricultura do Senado fez sua parte em comunicar garantias aos consumidores: “O fato de que estamos ouvindo sobre essa descoberta e de que nunca houve nenhuma ameaça aos consumidores, mostra que os mecanismos que estão em prática para proteger nosso fornecimento de alimentos funcionou como pretendido”, disse a senadora Debbie Stabenow, presidente do comitê.

Estas garantias parecem não ter tido muito efeito no fechamento dos mercados. Os preços futuros do gado caíram em seu limite diário (3 centavos ou 2,6%) para seu menor nível desde 1o de julho de 2011. Em 2003, os preços caíram 21% quando o Governo federal confirmou a presença de EEB pela primeira vez.

“Lodo rosa”

Os economistas notaram que a descoberta desse caso de “vaca louca” veio em seguida da controvérsia do uso da chamada carne magra de textura fina ”lodo rosa”, deixando algumas questões sem resposta. “O  mercado já estava em uma situação tênue”, disse o economista da Sterling Marketing Inc., John Nalivka. “O problema é que colocamos a indústria de carne bovina e o mercado em uma situação ruim. Isso foi bidirecional (entre perdas de frigoríficos e perdas de confinamentos).”

Se a longevidade da expressão “vaca louca” é alguma indicação, executivos da indústria de carnes terão que conviver com isso e com a expressão “lodo rosa” por décadas. Menos de uma hora depois da declaração do caso de EEB na Califórnia, quase todas as importantes organizações de notícias, incluindo jornais, redes de televisão e agências de notícias usaram o termo “vaca louca” em suas notícias.

Fonte: MeatPlace.com
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Dilma deve vetar partes do Código Florestal que levem a anistia, diz Ideli

Ministra lamentou texto da nova lei aprovada nesta quarta pela Câmara. Proposta manteve regra que manda recompor áreas desmatadas em rios 

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou na tarde desta quinta-feira (26) que a presidente Dilma Rousseff deverá vetar partes do projeto do novo Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (25). Segundo Ideli, a presidente já afirmou que vai eliminar trechos do projeto que representem anistia para desmatadores.

"Eu tenho a convicção, até porque ela [Dilma] já manifestou inúmeras vezes, que o que representar anistia não terá apoio, não terá respaldo do governo. Qualquer questão que possa ser interpretada, ou, na prática signifique anistia, eu acredito que tenha chance de sofrer o veto porque ela [Dilma] já tinha anunciado", disse Ideli.

A ministra não detalhou que trechos da nova lei podem levar à anistia, que perdoem multas aplicadas ou que desobriguem o produtor rural a recompor vegetação devastada. O texto passou na Câmara com pontos defendidos por ruralistas e sem as mudanças feitas a pedido do governo na versão que havia sido aprovada no Senado.

"O governo defendia o projeto aprovado pelo Senado porque foi uma construção de bom-senso, que buscava atender os interesses, tanto dos ruralistas quanto dos ambientalistas. Agora, a Câmara deliberou de forma diferente. Obviamente tem de ser respeitada, e a presidente Dilma vai avaliar com toda a serenidade para a sanção do projeto", completou Ideli.

Recomposição

O texto aprovado nesta quarta manteve regra aprovada no Senado que obrigava os produtores a recompor vegetação desmatada em beiras de rio, numa faixa de no mínimo 15 metros ao longo das margens. O relator, porém, incluiu dispositivo segundo o qual a exigência de recomposição para pequenos produtores "não ultrapassará o limite da reserva legal estabelecida para o respectivo imóvel".

A reserva legal é o percentual de mata nativa que deve ser preservado nas propriedades privadas(varia de 20% a 80% do tamanho da terra, dependendo da região). O artigo de Piau visa evitar que a área de recomposição de APPs se torne muito maior do que a propriedade que poderá ser mantida pelo produtor.

A recomposição vale para quem desmatou até julho de 2008 e é uma alternativa ao pagamento de multas aplicadas aos produtores que produziram em APPs. A regra sobre a recomposição havia sido abolida no relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), mas foi reinserida pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o que foi considerado uma vitória do governo.

Princípios

Outra alteração aprovada na Câmara  e considerada umas das principais modificações para atender ao setor agropecuário está na exclusão do artigo 1º do texto aprovado pelo Senado, que definia uma série de princípios que caracterizam o Código Florestal como uma lei ambiental.

Ficou de fora, por exemplo, orientação para que o Brasil se comprometesse com a preservação das florestas, da biodiversidade, do solo, dos recursos hídricos e com a integridade do sistema climático.

Também foi eliminado princípio que reconhecia "função estratégica" da produção rural para a recuperação e manutenção das florestas. Outro princípio excluído dizia que o Brasil iria seguir modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável, para conciliar o uso produtivo da terra com a preservação.

Para o PV e o PT, ao rejeitar esse dispositivo, o relator reforçou a tese de que o Congresso está transformando o Código Florestal em uma lei de consolidação de atividades agropecuárias ilegais, ou uma lei de anistia, o que contraria o governo.


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Suinocultores de MT buscam linha de crédito do FCO



O objetivo de resolver os entraves na produção do setor de suinocultura, como a alta do milho e a falta de crédito, o deputado estadual, Zeca Viana (PDT), junto com os representantes da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Paulo Cezár Lucion e Custódio Rodrigues se reuniram nesta quarta-feira (24), com o secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf.

Para o secretário a melhor saída seria buscar uma linha de crédito no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-oeste (FCO). Nadaf solicitou aos representantes da Acrismat um estudo sobre o volume de crédito necessário para atender aos suinocultores do estado.

A Acrismat se comprometeu em apresentar o estudo dos custos nessa quinta-feira (25). Em contrapartida, Nadaf apresentará os valores no próximo dia 03 de maio, durante uma reunião do Conselho Deliberativo do Fundo do Desenvolvimento do Centro-Oeste (CONDEL/FCO), que compete aprovar os programas de financiamento.

Segundo o deputado Zeca Viana essa é a melhor alternativa para o setor, já que existe a necessidade dos recursos em curto prazo. Na reunião o diretor-executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, destacou que a empregabilidade da suinocultura é alta e que o setor precisa de atenção. “A solução imediata seria uma linha de crédito com a retenção de matrizes, com um ano de carência e dois para pagar”, disse Custódio.

CRISE NO SETOR - O setor de suinocultura de Mato Grosso passa por uma crise devido a alta do preço do milho, principal fonte de alimentação dos suínos. Os produtores do estado buscam uma linha de crédito para comprar o insumo, ou mesmo fazer a própria produção. Para agravar ainda mais a situação, o Governo do Estado baixou o Decreto n° 1.046, taxando em 17% a compra do milho nas operações promovidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de saídas de mercadorias, mantidas em estoque por período superior a um ano.

REVOGAÇÃO - Na semana passada o deputado Zeca Viana e os representantes da Acrismat e da Conab se reuniram com técnicos da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso (Sefaz) no intuito de pedir a revogação Decreto n° 1.046. Na ocasião, Zeca Viana obteve a garantia de que o Governo do Estado irá revogar a medida ainda esta semana, o que ainda não aconteceu.

“Mostramos aos técnicos da Sefaz o equívoco em publicar esse decreto que onera ainda mais os criadores de suínos e taxa duas vezes a transações feitas pela Conab. Estamos aguardando a suspensão do decreto”, disse Viana. 

Fonte: FCO
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