quinta-feira, 26 de abril de 2012

Produção de cana no Brasil deve subir 3% por ano até 2020



Embora o clima instável esteja afetando a produção de cana-de-açúcar desde 2009, safra ainda dá retornos melhores se comparada à soja e ao milho no Centro-Sul do país

A produção de cana-de-açúcar do Brasil deve crescer 3% por ano e alcançar 846 milhões de toneladas até 2020, previu a Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) nesta quinta, dia 26.

Embora o clima instável esteja afetando a produção de cana-de-açúcar desde 2009, a safra ainda dá retornos melhores se comparada à soja e ao milho na região Centro-Sul do país, tornando a cana a opção preferencial dos agricultores, afirmou a ISO em relatório após três dias de conferência na Índia.

"A produção de açúcar no Brasil deve subir oito milhões de toneladas do nível atual até 2020, chegando a 47,5 milhões de toneladas", disse a organização. O excedente líquido de açúcar exportável deve alcançar 32,9 milhões de toneladas em 2020.

A estimativa para a produção anual de etanol do Brasil aumentou para 43,6 bilhões de litros em 2020, ante 25 bilhões de litros atualmente. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado
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O potencial das energias renováveis


Especialistas destacam o uso da biomassa para o aumento da oferta de energia elétrica no Brasil

O Projeto Agora produziu um vídeo com quatro especialistas em energia e sustentabilidade que destacam o potencial das energias renováveis – em especial a biomassa – para o aumento da oferta de energia elétrica no Brasil. O Projeto Agora é uma iniciativa de comunicação integrada da cadeia produtiva da cana-de-açúcar.

O material reúne depoimentos dos seguintes especialistas: o ex-ministro e pesquisador da Universidade de São Paulo José Goldemberg; Mário Veiga, da Academia Brasileira de Ciências; Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura; e Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O roteiro assinala que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com mais de 45% de toda a energia utilizada no País gerada a partir de fontes renováveis. Entretanto, os especialistas ressalvam que este cenário pode ser comprometido pela ausência de uma política energética mais eficaz por parte do governo.

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Produtores rurais contratam R$ 77,7 bilhões de crédito


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta quinta-feira, dia 26 de abril, os dados relativos à liberação de crédito aos produtores rurais brasileiros para custeio, investimento e comercialização. Entre os meses de julho de 2011 e março de 2012, a agricultura empresarial contratou R$ 67,8 bilhões e a agricultura familiar, R$ 9,8 bilhões, totalizando R$ 77,7 bilhões no período.

As contratações registradas por meio do Programa ABC, que utiliza boas práticas agrícolas pelos agricultores brasileiros, voltaram a crescer. Foram financiados R$ 611,2 milhões no período, a juros de 5,5% ao ano. Ante o mês anterior, o incremento foi de 19,4%. Também chamou atenção o volume de financiamentos concedidos por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que totalizou R$ 1,5 bilhão. Outros destaques entre os financiamentos de investimento foram as contratações registradas através do Moderagro (R$ 340,4 millhões) e do Moderinfra (R$ 176,2 milhões), ambos com juro de 6,75% ao ano.

O Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), que contabilizou R$ 4,7 bilhões para a aquisição de máquinas agrícolas e estruturas de armazenagem, a juros de 6,5% ao ano, também foi considerado positivo. A avaliação das contratações do crédito agrícola, atualizada mensalmente, é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa.

Para o secretário da SPA, Caio Rocha, a disponibilidade de acesso ao crédito é mais uma ferramenta e um apoio do governo para qualificar a produção rural e ajudar os produtores no aumento da produtividade por meio dos investimentos em tecnologia.

Fonte: MAPA
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Brasil tenta recuperar mercado de carne bovina na África



Qualidade e sanidade do produto nacional motivam ofensiva sobre carne de búfalo indiana

Uma missão brasileira está na Argélia para recuperar as exportações de carne bovina, que perderam espaço na África e nos países árabes para a carne de búfalo da Índia. “Nossa carne ficou muito cara nos últimos anos, mas o produto indiano está enfrentando problemas nos países árabes”, diz o diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que falou com o Sou Agro nesta segunda-feira (23), de Argel.

Os trunfos dos exportadores brasileiros nas negociações são, principalmente, a qualidade e a sanidade da carne bovina. “O Egito, por exemplo, proibiu a importação de carne indiana depois de encontrar cisticercose viva no produto”, recorda Sampaio. Já a carne brasileira não enfrenta esse tipo de problema.

No quesito qualidade, a carne bovina do Brasil tem uma receptividade muito maior dos consumidores árabes e africanos, segundo o diretor da Abiec. “Aqui na Argélia está claro que a população não gosta da carne de búfalo da Índia, que é usada principalmente moída, em embutidos ou mesmo é vendida como carne bovina brasileira”, diz ele.

A missão da Abiec está em Argel participando de uma feira de alimentos chamada Djazagro. Ao longo da semana, os brasileiros terão reuniões com autoridades argelinas e com o serviço veterinário local. A Argélia é o maior país importador de alimentos da África. Cerca de 75% de toda a comida que alimenta os 36 milhões de habitantes é importada.

Entre 2007 e 2009, o Brasil chegou a representar praticamente 90% das importações argelinas de carne. O pico dos embarques foi em 2007, quando 51,8 mil toneladas foram para o país africano. A partir de 2010, as exportações caíram drasticamente, atingindo 7,4 mil toneladas em 2012.

Mas os problemas da carne indiana com riscos sanitários e questionamentos em relação ao respeito ao abate halal (exigido em mercados muçulmanos) estão reabrindo oportunidades para o Brasil. “A Índia deve encontrar cada vez mais problemas desse tipo”, prevê Sampaio. No primeiro trimestre de 2012, as exportações para a Argélia beiraram as 3 mil toneladas, o dobro do embarcado no mesmo período do ano passado.

Além das dificuldades da carne mais barata nesses mercados, os exportadores esperam contar com um câmbio mais favorável ao longo do ano. “Nossa carne está mais competitiva”, diz Sampaio.

Embora a Ásia seja o principal continente em crescimento do consumo de carnes, a África e o Oriente Médio apresentam grande potencial de mercado, sobretudo porque não têm condições de produzir carne suficiente para atender a demanda interna. “Angola, Argélia e mesmo a Líbia, depois de estabilizada politicamente, devem aumentar suas importações, porque são países com recursos que garantem o aumento da renda”, explica o executivo. Petróleo e minérios são as principais riquezas dessas regiões.

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Cresce a produção de leite no Brasil e com ela a preocupação com a qualidade do produto final para o consumidor



Por meio da divisão Water Technologies, há 10 anos a Beraca investe em programa de tecnologias para melhoria da qualidade da água utilizada na produção rural, incluindo o leite 

Segundo previsão da Leite Brasil, associação que representa os produtores brasileiros, o mercado de leite deve continuar crescendo em 2012, passando de uma produção aproximada de 31 bilhões de litros, em 2011, para 32,3 bilhões de litros neste ano.  

Com o aumento da produção e do consumo, surge também a preocupação com a qualidade do produto que chega aos consumidores. E não só com a condição do leite em seu estágio final, mas em todos os passos do processo produtivo, a partir da ordenha. No caso do leite, por exemplo, toda a água utilizada durante a sua cadeia de obtenção tem papel fundamental no resultado final, desde o que se disponibiliza para o consumo animal até os recursos aplicados para a manutenção dos equipamentos.

Por meio da divisão Water Technologies, a Beraca - que há mais de 50 anos investe no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis no país - promove um programa de melhoria da qualidade da água que engloba produtos sanitizantes e desinfetantes, além de equipamentos dosadores que atendem às necessidades dos produtores rurais. 

“Há 10 anos aplicamos este programa nas maiores empresas nacionais e regionais do segmento de aves, suínos e agora produtores leite”, destaca João Luis dos Santos, Gerente de Produtos da Beraca. “Temos um corpo técnico composto de veterinários, engenheiros civis, sanitaristas e químicos que, por sua multidisciplinaridade, está apto a atender qualquer situação e ministrar treinamentos relativos ao assunto  para empresas e produtores” completa.

Questão de saúde 

Vale destacar que, mais do que adequar-se às exigências de mercado, a sanitização é muito importante por tratar-se de uma questão de saúde pública. Seja pelo consumo de água contaminada na propriedade, que coloca em risco a saúde daqueles que se abastecem desta, ou pela contaminação do leite. O aumento do consumo de leite e derivados crus, sem condições de higiene adequada em seu processamento, coloca em risco de toxinfecções graves aqueles que os consomem.

Segundo Joao Luis, a Instrução Normativa 62 é a responsável pelo padrão de qualidade da água que deve ser utilizada em toda cadeia de produção de leite. “A fonte de abastecimento de água, por exemplo, deve assegurar um volume total disponível correspondente à soma de 100 l por animal a ordenhar e 6 l para cada litro de leite produzido”. Além disso, deve ser de boa qualidade e apresentar, obrigatoriamente, as características de potabilidade fixadas no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal - RIISPOA. Com relação aos reservatórios de água tratada, as normas estipulam que sejam mantidos tampados e isolados por cercas em pontos afastados das instalações, para que não possam provocar danos. O controle da taxa de cloro deve ser diário.

Ao contrário do que se pensa, os investimentos não são altos para quem quer se adequar às normas. Para se ter uma noção, o produtor de 500 litros de leite por dia, que ordenhe 50 animais -  utilizando o consumo de água proposto pela IN 62 (100 l por animal a ordenhar e 6 l para cada litro de leite produzido) e considerando a água que necessite apenas de um processo regular de desinfecção, o valor empregado em produtos e dosadores será de R$ 0,0034/litro de leite produzido em um ano. No segundo ano, quando não será necessário de investir em equipamentos, a cifra é reduzida para R$ 0,0015/litro de leite produzido no ano. “Este valor pode ser considerado padrão, ao menos que a água disponível seja muito turva ou barrenta, o que irá demandar mais fases no tratamento. Outro detalhe é a questão dos reservatórios, que deverão ser adequados em caso de mal dimensionamento”, esclarece João Luis. 

O custo com água potável em uma propriedade é irrisório se comparado aos riscos a que podemos estar expostos ao utilizar recursos em condições impróprias. Uma contaminação, dependendo do microrganismo, pode matar em alguns dias, ou deixar a pessoa adoecida por semanas. “Normalmente, os produtores separam a água de suas propriedades em dois tipos, uma potável para uso mais nobre e outra, sem tratamento, para limpezas e consumo animal. Isso significa colocar em risco todo o processo produtivo uma vez que em determinado momento de descuido, as águas poderão entrar em contato e o trabalho de separação poderá ser perdido”, defende o especialista.

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Produtores de eucalipto buscam alternativa para pólo florestal e madeireiro em MT



Eucalipto vem sendo utilizado apenas na geração de energia térmica

Com 35 mil hectares de floresta plantada no Sul e Sudeste de Mato Grosso e potencial de ocupar 500 mil hectares de solo para cultivo de eucalipto nessa mesma Região, os produtores dessa cultura já demonstram preocupação em ampliarem as áreas de plantio sem antes vislumbrarem melhor viabilidade na atividade. A justificativa dos produtores é que atualmente o eucalipto é utilizado somente para geração de energia térmica em fornalhas industriais. A falta de novos mercados tem pressionado para baixo o preço da matéria-prima.

Visando modificar esse cenário, representantes de entidades de fomento da atividade, como a CooperFlora Brasil (Cooperativa de Reflorestamento e Bioenergia), Famato, Arefloresta, representantes da classe política, produtores do Sul de Mato Grosso e do Sindicato Rural de Rondonópolis estiveram reunidos no Parque de Exposições da cidade para debater e apontar uma solução para não desmotivar o empresário agroflorestal.

Na ocasião, o representante da empresa norte-america, Weyerhaeuser-Solutions, Walter Benadof juntamente ao engenheiro da empresa de consultoria em serviços florestais, IMA Florestal (SP), Marcelo Ambrogi mostraram a possibilidade de desenvolver um Plano de Desenvolvimento da Indústria de Base Florestal de Mato Grosso, bem como gerenciar o crescimento da área de florestas sustentáveis, proporcionando um crescimento sólido do setor.

A Weyerhaeuser compõe hoje o maior grupo de gerenciamento florestal do mundo, predominante no mercado com nove milhões de hectares de floresta em vários países, conforme os dados da Associação Brasileira dos Produtores de Florestas, informa Ambrogi. A intenção é que a experiência do grupo possa auxiliar Mato Grosso a ampliar as fontes de oferta renováveis de energia. O presidente da Cooperflora Brasil, entidade sediada em Rondonópolis (219 km de Cuiabá), produtor Gilberto Goellner ressalta que tem buscado trazer para o Estado profissionais com “expertise” para auxiliar a impulsionar o setor.

“A entidade tem poucos meses de criação, mas nasce com a missão de unir os produtores do Centro-Oeste”. Ainda na opinião de Goellner, falta unir o segmento, fortalecer os elos da cadeia produtiva para atrair a indústria. “Estamos buscando a pesquisa para profissionalizar a atividade e crescermos sólidos, atraindo investimentos, geração de emprego, renda e fomentando essa atividade que inicia agora o processo de discussão com o Governo do Estado”, enfatiza Goellner.

Os consultores que participaram da reunião em Rondonópolis estão focados na elaboração do projeto para ampliar o pólo florestal e criar um pólo madeireiro, com foco no Sul de Mato Grosso. O presidente da Famato, Rui Prado e o diretor da Floresteca e presidente da Arefloresta de Mato Grosso, Fausto Takizawa reforçam a necessidade de construir uma base de dados no Estado para quantificar o volume de floresta, idade e ampliação do segmento. “Queremos que a Cooperflora Brasil consiga reunir produtores de todo Mato Grosso para desenvolver essa atividade”, salienta Rui.

O deputado estadual, Zeca Viana, participou do encontro e falou da relevância da aprovação de políticas públicas de incentivos fiscais para fomentar a atividade, essencialmente, de uma política de atração da indústria para formação do pólo madeireiro que absorverá a produção das florestas sustentáveis.

Fonte: O Documento
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