quarta-feira, 6 de junho de 2012

Cresce preocupação dos brasileiros com o meio ambiente, mostra pesquisa



Aproximadamente 13% dos brasileiros dizem ter preocupação com o meio ambiente, segundo pesquisa divulgada hoje (6) pelo Ministério do Meio Ambiente. O percentual é mais do que o dobro do registrado há seis anos (6%).

De acordo com o levantamento, o meio ambiente está em sexto lugar na lista de preocupações dos brasileiros, ficando atrás de saúde/hospitais (81%), violência/criminalidade (65%), desemprego (34%), educação (32%) e políticos (23%). Há seis anos, o meio ambiente aparecia na 12ª colocação, à frente apenas de reforma agrária e dívida externa. Em 1992, ano da primeira pesquisa, o tema era sequer citado.

“Isso é resultado de um maior acesso à informação. Mas o meio ambiente também é visto como problema, e não como uma oportunidade”, disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

O principal problema ambiental citado pelos brasileiros é, desde a primeira pesquisa, o desmatamento de florestas (neste ano, com 67%). Outros principais problemas são a poluição de rios e lagoas (47%), a poluição do ar (36%), o aumento do volume do lixo (28%), o desperdício de água (10%), a camada de ozônio (9%) e mudanças do clima (6%).

Também são citados como problemas: extinção de animais/plantas (6%), falta de saneamento (3%), poluição por fertilizantes (3%), consumo exagerado de sacolas plásticas (3%) e falta de conscientização ambiental da população (2%).

A pesquisa mostrou, no entanto, que as belezas naturais são o principal motivo de orgulho para os brasileiros. Aproximadamente 28% das pessoas dizem que o meio ambiente brasileiro é motivo de orgulho, à frente do desenvolvimento econômico (22%), das características da população (20%), do pacifismo (13%), da cultura (6%) e da qualidade de vida (1%).

Fonte: Agência Brasil – EBC
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Análise de Mercado - 06 de Junho de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos

Suíno vivo

A crise que tanto afeta a suinocultura brasileira e que tem tomado proporções maiores a cada dia foi destaque entre os discursos feitos na tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira (4) 

A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), autora do PLS 330/2011, que têm por objetivo regulamentar a relação entre produtor integrado e agroindústria, destacou que os problemas da suinocultura devem servir de "alerta ao governo".

"Os produtores de carne suína no sul do Brasil estão à beira da falência por causa da dificílima situação do setor. A queda das exportações para países como a Rússia e Argentina, tradicionais mercados para nossa carne suína, diminuiu de tal forma a renda dos produtores que obriga hoje os criadores de suínos a pagarem as dívidas entregando caminhões e até animais, que são sua matéria-prima", disse a senadora.

Ana Amélia destacou os problemas enfrentados pelos produtores, especialmente na região Sul do país. Dados já apontados pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que mostram que os frigoríficos estão diante de graves problemas, foram destacados pela parlamentar, que fez um apelo em prol da suinocultura.

"O exemplo dos produtores de suínos, que em menos de dois meses podem ver várias propriedades fechadas, precisa servir de alerta para que o Governo abra canais de diálogo e encontre solução duradoura para a redução do custo Brasil", disse.

O apelo da parlamentar foi reforçado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que também se solidarizou com os produtores. "Quero me solidarizar com os suinocultores do Brasil, que estão vivendo um momento de aflição", disse.

A aflição dos suinocultores ganhou contornos ainda mais intensos nos últimos dias. Dados recentes divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ESALQ) apontam que tanto o suíno vivo quanto a carne desvalorizaram nos últimos dias na maioria das regiões a companhadas pelo Cepea.

A fraca demanda pela carne suína neste período do mês, acentuada pelos preços mais baixos das concorrentes, reduziram o interesse da indústria em adquirir animais para abate. Além disso, alguns colaboradores do Cepea atribuem a queda de preços do vivo também à maior oferta de animais. A crise não está centrada apenas na região Sul.

Na região de Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, houve queda de 6,2% entre 24 e 31 de maio, com o quilo do suíno vivo posto no frigorífico a R$ 2,19/kg nessa quinta-feira, 31. O Indicador do Rio Grande do Sul apresentou a variação negativa de 1,0%, a R$ 1,92/kg, na última quinta. Em Santa Catarina, o quilo do vivo foi negociado a R$1,98 tendo uma leve desvalorização de 0,5%.

A crise da suinocultura que chegou ao plenário do Senado é um sinal de que as demandas do setor precisam ser atendidas, por esse motivo a ABCS junto a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSRUS) e suas entidades regionais estão mobilizando suinocultores para um ato público, como um manifesto reivindicando melhores condições para produzir e preço justo ao produtor de suínos. (Suino.com)
  • GO R$2,40
  • MG R$2,40
  • SP R$2,45
  • RS R$2,28
  • SC R$2,00
  • PR R$2,10
  • MS R$2,00
  • MT R$2,26

Frango vivo

Ao se contrapor os preços (em dólar) do frango exportado aos preços do produto comercializado internamente é possível constatar que a diferença de preços entre eles vem se estreitando cada vez mais. E isso pode significar que - a exemplo do que já ocorreu com outras commodities exportadas pelo Brasil - logo o preço interno estará se igualando ao preço internacional. Ou seria o contrário?

O fato é que, sem retroceder muito no tempo, quatro anos atrás (2008) o frango exportado obtinha um adicional de preços de 31% sobre o valor registrado no atacado (São Paulo) para o produto resfriado. Já nos dois anos seguintes esse diferencial caiu para apenas 13%. E, no ano passado, recuou para 9%, registrando-se momentos em que o preço interno foi superior ao alcançado no mercado internacional. Em agosto de 2011, por exemplo, o frango inteiro foi exportado por US$1.610,59/t, enquanto internamente alcançou o corr espondente a US$1.750,00/t.

É lógico que, mesmo em se tratando de frango inteiro, o produto exportado apresenta várias diferenças em relação ao produto negociado internamente. Mas essas diferenças se diluem nas análises por um espaço de tempo mais amplo. E, neste caso, o que mais se destaca é o fato de que – entre janeiro de 2008 e abril de 2012 (52 meses, pouco mais de quatro anos), o frango abatido registrou evolução de preços ligeiramente superior à registrada pelo frango exportado. 

Dessa forma, em abril de 2012 e comparativamente a janeiro de 2008, enquanto internamente o frango abatido foi comercializado por valor 19,7% superior, externamente valorizou-se apenas 12,9%.

Notar, aqui, que não se registra grande diferença quando, em vez do dólar, se adota o real como base de comparação. Assim, o frango vendido internamente valorizou-se 19,7% em dólar e 16,5% em real, 3,2 pontos percentuais a menos. (Avisite)
  • SP R$1,80
  • CE R$2,25
  • MG R$1,80
  • GO R$1,65
  • MS R$1,65
  • PR R$1,80
  • SC R$1,70
  • RS R$1,70

Ovos

Mesmo com o feriado desta quinta feira, o mercado segue muito firme e sem ofertas.  

Insistimos em afirmar que os atuais preços não são a realidade do mercado.  Estes preços divulgados são totalmente manipulados e continuam não sendo a "cara do mercado". (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$51,00
  • RJ R$55,50
  • MG R$60,00

Ovos vermelhos
  • MG R$63,00
  • RJ R$58,50
  • SP R$54,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 92,59, com a variação em relação ao dia anterior de -0,34%.  A variação registrada no mês de Junho é de -0,29%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 45,84.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$86,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$86,00
  • C. Grande MS R$88,00
  • Três Lagoas MS R$88,00
  • Cuiabá MT R$84,50
  • Marabá PA R$88,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 63,38. O mercado apresentou uma variação de 0,60% em relação ao dia anterior. O mês de Junho apresenta uma variação de 0,60%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 31,37 a saca. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$60,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$57,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$59,50
  • Paraná (média estadual) R$63,38
  • São Paulo (média estadual) R$61,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$55,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$59,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$58,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 24,57 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,45% em relação ao dia anterior e de -0,20% no acumulado do mês de Junho. 

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,16. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. 

(Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$18,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$21,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$18,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$21,00
  • Paraná (média estadual) R$24,00
  • São Paulo (média estadual) R$24,57
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$27,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$27,50

Para maiores informações visite: www.portaldoagronegocio.com.br

Área de algodão será menor em 2011/2012, mas produtividade será maior



Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a área plantada com algodão na safra 2011/2012 está definida em 1,398 milhão de hectares, 0,2% inferior a safra 2010/2011. As estimativas iniciais eram de incremento de área, mas devido à queda nos preços o cenário mudou.

Entretanto a produtividade será 0,9% maior na média nacional.

No Mato Grosso, onde a cultura se desenvolveu bem, a previsão é que a colheita tenha inicio na segunda metade de junho.

Na Bahia, falta de chuvas, deverá reduzir em 12% a produtividade.

Em Goiás a área plantada diminuiu 17,3%. Apesar disso, a estiagem ocorrida no final do mês de março e começo de abril, não afetou o desenvolvimento da cultura.

O estado de Mato Grosso deverá colher o que equivale a 52,0% da produção nacional. Na sequência, vêm a Bahia com 29,0% e Goiás com 7,0% do total produzido.

Fonte: Scot Consultoria
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Plantação de palma de óleo ganha força no Pará



Centenas de famílias de agricultores familiares comemoram, no Pará, o acesso ao crédito de investimento e ao contrato de compra e venda com empresas produtoras de biodiesel que participam do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Atualmente, 649 famílias produzem palma de óleo (dendê) no estado. 

Em 2009, apenas 185 famílias plantavam, contratadas por empresas que participavam do PNPB. Em três anos esse número triplicou e, hoje, 464 famílias possuem contrato de financiamento pela linha de crédito Pronaf Eco. O valor total contratado por esses agricultores chega a quase R$ 31 milhões.

"Essa evolução demonstra a importância da nossa política pública para a região. O Pronaf é um instrumento de crédito presente em todas as regiões do País e que apoia as mais diferentes atividades geradoras de renda. Estamos investindo na agricultura familiar, tanto na produção de alimentos quanto na produção de energia limpa e renovável", avalia o secretário da Agricultura Familiar, Laudemir Müller. 

"Isso é fruto do trabalho da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA na construção do Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo no Brasil, lançado em 2010. A ação prevê vários instrumentos para sua execução, como a criação de linha de crédito do MDA (Pronaf Eco), além de arranjos produtivos com a indústria", diz Müller.

Entre as famílias que plantavam palma em 2010 no Pará, 46 iniciarão a colheita no segundo semestre de 2012. Carivaldo Barbosa, 67 anos, é um desses produtores. O agricultor acessou a linha de crédito de investimento Pronaf Eco para plantar em uma área de dez hectares.

"Eu trabalhava em plantação de pimenta do reino de outra família, ganhava um salário mínimo e meio por mês. Não esperava nada do futuro. Agora, trabalho no que é meu", conta o agricultor, que vive com a mulher, Maria, de 55 anos, no município de São Domingos do Campim (PA). "Meus filhos perceberam que a plantação de palma dá resultado mais tarde", acrescenta ele, ao relatar que os três filhos – que já são independentes e têm as próprias famílias – também decidiram seguir o caminho do pai e cultivar a palma. Elton, 26 anos, Fábio, 32, e Carlos Augusto, 33.

Atualmente, Carivaldo recebe a cada três meses o valor de R$ 1,1 mil para a manutenção da lavoura, o que inclui limpeza da terra, roçado, coroamento, adubação e outros serviços. A remuneração, prevista no contrato de financiamento, contribui para a renda familiar enquanto não se inicia a produção. A primeira colheita acontecerá em julho, cerca de dois anos e quatro meses após o plantio das mudas – a cultura começa a produzir a partir do terceiro ano. O resultado da produção será vendido para a empresa Biopalma/Vale – que tem parceria com 124 famílias, todas atendidas com crédito.

Segundo a Biopalma/Vale, o financiamento das 124 famílias pelo Pronaf Eco corresponde a uma média de R$ 63 mil por agricultor. O valor contratado junto ao Banco da Amazônia, por essas famílias, até maio de 2012, foi de R$ 7,8 milhões. O Banco da Amazônia contratou, de janeiro a maio deste ano, 353 operações da linha Pronaf Eco, que corresponde ao valor aproximado de R$ 26 milhões. Quando comparado com financiamentos liberados até 2011, o aumento foi de mais de 400%.

Cidadania

Para a inclusão de famílias na linha Pronaf Eco, o Banco da Amazônia está utilizando a celebração de convênio com as agroindústrias Belém Bioenergia – Pbio/Galp, Biopalma/Vale, Marborges, Agropalma, ADM do Brasil, Petrobrás PB-BIO e Grupo Mejer. As empresas fazem a seleção, considerando o raio da indústria de esmagamento, vias de escoamento e transporte para as fábricas. Além de prestarem assistência técnica gratuita, fornecerem as mudas selecionadas e celebrarem contratos de compra e venda de cachos de frutos frescos, com piso mínimo de mercado para a compra garantida.

"A linha promove ocupação de mão de obra no campo, gera e redistribui renda na atividade rural; aquece o mercado das cidades onde os projetos se situam; evita o êxodo rural; e contribui com a elevação do PIB nos municípios/estado", diz o superintendente regional do Banco da Amazônia, Luiz Euclides Barros. Ele avalia ainda que, com isso, "o banco cumpre sua missão institucional e exerce de fato a cidadania e o desenvolvimento, uma vez que inclui, de forma produtiva, trabalhadores no processo agrícola e promove a melhoria da qualidade de vida das famílias de produtores rurais, por meio de um “tecido orgânico” integrado às empresas de porte maiores, que complementam o ciclo, gerando impostos ao País".

A Emater, órgão oficial de assistência técnica do Estado do Pará, e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri-PA), os sindicatos e o escritório do Incra emitem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), que identifica o agricultor como familiar e lhe permite o acesso à linha de financiamento do MDA.

Pronaf Eco e Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel

Os agricultores familiares podem acessar o crédito para a produção de palma para biodiesel e para outras finalidades, como as indústrias alimentícia e cosmética. Para isso, contam com o Pronaf Eco – linha especial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – que asseguram juros de 2% ao ano, pagamento em até 14 anos e carência de seis anos.
A liberação do crédito do Pronaf Eco está condicionada ao zoneamento agrícola e ao contrato de compra e venda de matéria-prima com a indústria compradora, entre outros critérios descritos no Manual de Crédito Rural (MCR).

"A palma é uma cultura que tem um potencial de produção de óleo enorme, cerca de quatro mil litros por hectare plantado. Portanto, está dentro da pauta do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), que é a diversificação de cultura", ressalta o coordenador de Biodiesel da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA, André Machado. "As empresas estão trabalhando de acordo com as regras do Selo Combustível Social. Estão fazendo contrato prévio de compra e venda e garantindo assistência técnica aos agricultores. O diferencial desses contratos é que existe uma linha de crédito de investimento criada pelo MDA que financia a cultura", explica o coordenador.

O Programa de Produção Sustentável de Palma de óleo no Brasil proíbe a derrubada de floresta nativa para a produção de palma e estabelece regras claras para a expansão do cultivo. Concilia, assim, a proteção e recuperação do meio ambiente, investimento, inovação tecnológica e geração de renda na agricultura familiar com base em Zoneamento Agroecológico realizado pela Embrapa.

Para maiores informações visite: www.biodieselbr.com

Boi: Custo ameaça avanço da exportação brasileira de carne bovina



Perspectivas para avanço nas exportações são positivas, mas o aumento do custo de produção pode desacelerar cenário

O Brasil pode se beneficiar da maior oferta de gado neste e no próximo ano e elevar as exportações de carne bovina,  mas enfrentará o desafio do aumento do custo de produção em relação a outros países produtores, como os Estados Unidos. A avaliação é de David Nelson, diretor de estratégia global da área de pesquisa e consultoria em alimentos e agribusiness do Rabobank, durante o Congresso Mundial da Carne em Paris.

"O custo do trabalho está aumentando no Brasil porque a economia está crescendo. Nos EUA, não há criação de empregos, por isso os salários estão estagnados",afirmou.Segundo ele,considerando uma perspectiva de competitividade internacional na exportação, o aumento dos salários representa um desafio para o Brasil,mas as empresas brasileiras que elevam os vencimentos também ajudam a impulsionar o consumo doméstico . De acordo com dados apresentados por Nelson , na última década o custo do trabalho aumentou 70% no Brasil e 350% na China, e ficou praticamente estável nos EUA.

A perspectiva de oferta maior de gado para abate no Brasil e menor nos EUA - devido a problemas climáticos em 2011 - é uma oportunidade para o país retomar as exportações, que já corresponderam a 30% da produção há cerca de cinco anos e hoje estão abaixo de 20%, observa Nelson. "A questão é quem vai pagar mais: o mercado doméstico ou o internacional", afirma, acrescentando que o comportamento do câmbio também é um fator importante.Elevar as exportações de carne bovina significa, para o Brasil, tirar vantagem de um mercado com preços mais altos, impulsionados pela menor oferta e também pela valorização dos grãos usados na ração animal. "A produção global de carnes é a mesma hoje que há seis anos, quando o PIB mundial cresceu; por isso os preços são mais altos", observou.

De acordo com Christophe Lafougère, diretor da Gira, consultoria europeia especializada em carnes e lácteos, nem os preços altos têm estimulado o aumento da produção de bovinos. Além disso, os preços nas diferentes regiões de produção têm convergido. "O que se percebe é que os países emergentes aumentaram o preço ao nível de EUA e Europa", disse no evento em Paris. Ele considera que o mercado de suínos, ainda influenciado por sistemas de cotas em China e Rússia, também deverá ver uma convergência dos preços.

Cenário europeu

De acordo com Nelson, o fim das cotas para a produção de leite no bloco a partir de 2015 deve gerar uma queda na produção de carne bovina, sobretudo em países do norte da Europa. A razão é que esses países devem optar pelo leite, que será mais lucrativo que o bovino. Haverá, ainda, uma redução nos subsídios por propriedade produtora de gado bovino, o que tende a impactar a oferta. Sem contar o aumento dos regulamentos em relação ao ambiente e bem-estar animal. 

A perda da competitividade da indústria de carne não é a única preocupação na Europa atualmente. Especialistas dizem que a crise na zona do euro levou o consumidor a substituir proteínas mais caras, como a carne bovina, pelo frango, que é mais barato. Dados da Comissão Europeia apresentados pelo Rabobank mostram recuo em um período de 11 anos. Segundo o órgão, o consumo per capita de carne bovina saiu de 19,1 quilos, em 2000, para 15,8 quilos em 2011.

Jos Goebbels, vice-presidente da União Européia de Comércio de Gado e de Carne (UECBV, na sigla em francês), reconheceu uma transferência de demanda para o frango. E disse que o câmbio deverá definir o comportamento da compra, já que a Europa importa boa parte da carne bovina que consome. 

Fonte: Valor Econômico
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Congresso cria Comissão para analisar Medida Provisória do Código Florestal



Expectativa é que matéria seja tratada com rapidez pelos parlamentares

Foi criada nesta terça, dia 5, a Comissão que vai analisar no Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) do Código Florestal. A expectativa é de que a matéria, que recebeu mais de 600 emendas, seja tratada com rapidez pelos parlamentares.

Dois relatores do Código Florestal no Senado assumiram cargos estratégicos na Comissão. Jorge Viana (PT-AC) ficou com a vice-presidência, e Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) com a relatoria. Dos 26 membros, cinco são ambientalistas, situação criticada por quem defende o meio ambiente.

— Inevitavelmente nós vamos ter um Código Florestal piorado e isso é o legado que a presidente Dilma vai deixar pra nós em pleno ano de Rio+20 — afirma o ambientalista André Lima.

O relator prometeu analisar todas as emendas.

— Eu vou passar o fim de semana em Brasília debruçado sobre essas emendas. Vou analisá-las uma por uma, porque cada parlamentar merece alta consideração. Eu acredito que nessas emendas possa ter um elenco de sugestões criativas, que realize mais facilmente essa convergência — diz o senador Luiz Henrique da Silveira.

Se não for votada até o dia 11 de julho a matéria passará a trancar as votações no Plenário da Câmara.

— Nós queremos concluir até o final do mês para que a gente encerre as atividades da comissão dentro do prazo — diz o presidente da Comissão, deputado Elvino Bohn Gass (PT-RS).

Deputados ligados à Frente Parlamentar da Agropecuária prometem entrar nesta quarta, dia 6, com um Mandado de Segurança contra a Medida Provisória no Supremo Tribunal Federal (STF) e em breve, o Psol vai questionar também no Supremo se a MP fere a Constituição.

Apesar dos questionamentos que serão feitos na Justiça, a Comissão admite apenas pequenas mudanças na lei encaminhada pela presidente Dilma.

— É fato que esse confronto entre ambiental e rural não tem sido bom para o país. Para mim, a correção é uma só: é dar segurança jurídica para quem quer produzir dentro da lei e zerar o desmatamento ilegal no Brasil. Nós temos que ter alguns objetivos concretos com essa mexida na lei — afirma Viana.

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