quinta-feira, 29 de março de 2012

CMN aprova ampliação do crédito para proteção de pomares



Ajustes nas normas dos programas de investimento agropecuários com recursos do BNDES contemplam o Moderinfra

Para proteger as frutíferas contra os impactos das oscilações climáticas, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira, 29 de março, a ampliação em 100% do limite de crédito individual aos agricultores, hoje equivalente a R$ 1,3 milhão, para financiar, ações de prevenção a pomares sujeitos à incidência de granizo em regiões de clima temperado.

O financiamento, que já existe, se dá através do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os encargos financeiros são de 6,75% ao ano e o prazo de reembolso é de até 12 anos, com três anos de carência. O limite de financiamento, atualmente, é de R$ 1,3 milhão por beneficiário, para empreendimento individual, e de R$ 4 milhões para empreendimento coletivo, de acordo com o limite individual por participante, independentemente do número de modalidades ou itens financiáveis.

Outro voto aprovado pelo CMN promove ajustes operacionais na concessão de crédito para o programa de redução da emissão de gases de efeito estufa na agricultura (Programa ABC). Com isso, o agricultor tem de apresentar comprovantes de análise de solo e da respectiva recomendação agronômica para tomar o crédito.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

Frigoríficos perdem lucratividade diante dos altos custos de produção



Embora o Brasil esteja iniciando um novo ciclo da atividade pecuária, com maior oferta de bois, a perda de lucratividade dos frigoríficos vêm se consolidando gradativamente diante dos altos custos de produção e da dificuldade de repassar os preços do boi ao varejo. 

A endividamento dos frigoríficos foi contraído ao longo dos últimos cinco anos, com investimentos na ampliação das operações, muitas vezes por meio de aquisições. "A expansão dos frigoríficos começou em tempo de arroba barata, mas o passo foi maior do que a perna - e agora, que seria a hora de amortizar as dívidas, eles não estão conseguindo", diz o analista de Carnes da MBAgro, César de Castro Alves realçando que o preço das rações e a dificuldade de se repassarem os custos ao consumidor agravam o cenário negativo. "As empresas foram pegas por uma pressão de custo muito grande no ano passado, e nada indica que haverá alívio neste ano."

A expectativa é de que os custos aumentem ainda mais ao longo de 2012 em função do défcit na oferta mundial de grãos. "E, neste ano, vai ser dífícil fazer resultado em cima de preço. Os consumidores já sentem qualquer alteração. Os preços já estão no limite", afirma Castro Alves.

Com informações do DCI.
Para maiores informações visite: www.noticiasagricolas.com.br

Colheita de cana em Mato Grosso fica para abril



Calendário da cultura não será antecipado no Estado. Apesar da vontade dos usineiros, chuvas atrapalham

A entressafra da cana-de-açúcar não será abreviada, em Mato Grosso, neste ano. Ao contrário da expectativa de um início de colheita ainda em março, as chuvas obrigaram os usineiros a rever a estratégia de antecipação. Como explica o setor, o trabalho de moagem tem de ser contínuo e não pode ficar parando e recomeçando, na medida em que as precipitações permitirem a coleta da cana no campo e por isso os trabalhos começarão somente no próximo mês, seguindo o calendário estadual. 

A antecipação da oferta de etanol e açúcar desta nova temporada (2012/13) era uma maneira de compensar o impacto da estiagem sobre a safra 2010/11 que fez com que a colheita e a moagem fossem encerradas, de forma inédita no Estado, um mês antes do habitual, ainda em outubro do ano passado. Até aquele mês, oito das dez usinas em atividade já haviam concluído os trabalhos. 

O cenário de extremos na cultura – fim de safra antecipado em 2011 e início de uma nova dentro do período habitual, o que aumenta a entressafra no Estado – não traz qualquer impacto ao mercado local. De acordo com Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool), existem estoques para o suprimento doméstico e a redução dos preços, principalmente do etanol hidratado, é uma questão de tempo, mas já sinalizada pela cadeia. “Infelizmente, as chuvas seguraram a retomada dos trabalhos no campo e devemos colher e moer cana a partir da primeira quinzena de abril, quando as precipitações estiverem mais esparsas e permitirem uma colheita contínua. Essa aparente elasticidade entre o fim de uma safra e o começo de outra não interfere na dinâmica do mercado”, argumenta o diretor-executivo do Sindalcool, Jorge dos Santos. 

A afirmação do executivo está baseada em números. “Em 2011 sobraram cerca de 80 milhões de litros de etanol hidratado. Por mais um ano, o consumo ficou aquém da produção e essa diferença se reverte em estoques agora”. Segundo balanço anual da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o combustível fechou o ano passado com queda de quase 20%. Em 2010, as distribuidoras venderam 416,3 milhões de litros no Estado, ao passo que, em 2011, foram 336,6 milhões de litros, queda de 19,2%. Há dois anos, a escalada de preços do litro do etanol tem afugentado o consumo que vai migrando para a gasolina. Essa movimentação fez com que a gasolina fechasse 2011 como o combustível de maior preferência, incremento de 25%, melhor índice dos últimos anos no Estado. 

A SAFRA – A estimativa de produção da cana não está fechada ainda no Estado. De acordo com o Sindálcool, dois fatores estão sendo considerados antes de se fechar a projeção: as chuvas que beneficiaram os canaviais em rebrota e a recuperação de outros 20 mil hectares, repovoados com cana em setembro do ano passado. Isso deve surtir efeito positivo ao recompor parte das perdas provocadas por dois anos seguidos de estiagem e de falta de investimentos. Enquanto a vida útil deveria ser de cinco cortes anuais, no Estado se chega a até oito. 

“As chuvas até este momento beneficiam a cana. No entanto, é necessário que a partir de maio cessem. O excesso de água reduz a concentração de açúcar e assim precisamos moer mais cana para obter volume”, explica Santos. De todo modo, ele acredita em recuperação com a produção de cerca de 14 milhões a 14,5 milhões de toneladas, ante um resultado de 13,15 milhões na última temporada. Outra certeza em função do comportamento do mercado é de que esta safra será mais ‘açucareira’ do que ‘alcooleira’. “Temos um consumo de combustível retraído. Nos dois últimos anos de produtividade comprometida pelas estiagens, firmamos o compromisso de não deixar faltar combustível no Estado e, por isso, sacrificamos a produção de açúcar, subproduto que deverá ser retomado agora”, explica. 

CRÉDITO – Em fevereiro deste ano, o governo federal anunciou linha de crédito para atender ao antigo pleito do segmento sucroenergético. A linha de financiamento que começa a ser avaliada na prática pelos usineiros mato-grossenses, Programa Pro-Renova, deverá ofertar R$ 4 bilhões para expansão e renovação dos canaviais. Segundo Santos, a necessidade local está sendo formatada e as consultas ao Banco do Brasil começaram a ser feitas. “Temos de avaliar até que ponto o programa atende às demandas, suas exigências e o valor que poderá ser buscado. Como costumo dizer, o anúncio do programa é a apenas o nosso primeiro ‘round’”. Conforme matéria veiculada pelo Diário, em 20 de novembro do ano passado, Mato Grosso precisa renovar, com urgência, cerca de 30% dos 200 mil hectares ocupados com a cana para suprir demandas domésticas e manter a atividade financeiramente rentável. O custo desta necessidade está orçado em cerca de R$ 1 bilhão.

Fonte: Diário de Cuiabá
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

Preço do leite ao produtor subiu 2% em março



O mercado ganhou força, diante da menor oferta de leite e demanda aquecida.

Passado o pico de produção, verificado em dezembro no Centro-Oeste e Sudeste, a disponibilidade está diminuindo gradualmente. A falta de chuvas em algumas regiões colabora.

Considerando a média nacional ponderada, o preço do leite subiu 2,0% no pagamento de março, na comparação com o pagamento anterior.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o produtor recebeu, em média, R$0,811 por litro.

Na comparação com o mesmo período do ano passado o produtor está recebendo 7,7% mais por litro, em valores nominais.

Para o próximo pagamento, a ser realizado em meados de abril, a expectativa é de alta para o produtor.

Fonte: Scot Consultoria
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

Santa Catarina perderá mais de R$ 272 milhões em produção



Após acordo entre líderes no início da noite de terça-feira (27/3) ficou decidido que o Código Florestal Brasileiro será votado em abril 

O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) deputado federal, Valdir Colatto (PMDB/SC), participou da reunião e disse que o objetivo era votar a Lei Geral da Copa e Código Florestal juntos. “Não conseguimos, porém avançamos ao conseguir o comprometimento do presidente da Câmara, deputado Marco Maia, para votar o Código Florestal logo após a Páscoa”, disse o parlamentar. Colatto enfatiza que Maia não quis agendar uma data, apenas deu sua palavra como garantia. “Esperamos que ele cumpra”, acrescentou.

Conforme Colatto, a posição pela defesa das áreas consolidadas permanece. “Segundo o Ministério do Meio Ambiente, se forem retiradas as pessoas que estão nas áreas consolidadas, tanto na agricultura quanto na pecuária, será preciso 33 milhões de hectares cultivados em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Isso não é possível de fazer porque teríamos quebra de produção e um grande problema social expulsando, principalmente, os pequenos produtores do campo”, salientou.

Colatto cita o impacto da exigência retroativa de recomposição de APPs em áreas consolidadas de pequenos produtores, em Santa Catarina. “Temos em média 176.831 imóveis de até quatro módulos fiscais onde a produção ultrapassa R$ 6,4 bilhões, a estimativa de área perdida para APPs de hidrografia é de 128.222 hectares, com perda de produção no valor de R$ 272.445.840, é muito grande o impacto, estamos lutando para impedir esse erro”, concluiu Colatto.

Para maiores informações visite: www.portaldoagronegocio.com.br