quinta-feira, 5 de abril de 2012

Produtores de cana integram Conselho de Energia Renovável Nacional



Os produtores brasileiros de cana de açúcar também terão representatividade nos Conselhos de Competitividade do Plano Maior, criados e instalados pela presidente Dilma Rosseuff nesta terça-feira (3), no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Paulo Leal, presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), foi convidado para ser conselheiro na área de Energia Renovável. Ao todo, foram instituídos 19 conselhos de segmentos distintos.

Os conselhos visam subsidiar na adoção de políticas públicas em favor do desenvolvimento industrial do Brasil. Segundo comunicado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os conselhos serão compostos de cerca de 600 representantes do governo, dos empresários e dos trabalhadores.

A União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), comandada por Alexandre Andrade Lima, presidente também da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, parabeniza o dirigente Paulo Leal pelo ingresso no Conselho Setorial de Energia Renovável. “Desejo todo sucesso para que ele represente bem a categoria e conquiste pleitos relevantes para o desenvolvimento do etanol brasileiro associado à valorização do produtor de cana do país”, saúda.

Fonte: Unida
Para maiores informações visite: www.noticiasagricolas.com.br

Preços das commodities que o Brasil exporta sobem 2,67% em março



O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), que representa a média dos preços dos produtos primários com cotação internacional (commodities), e que impactam a inflação doméstica, registrou alta de 2,67% em março, de acordo com boletim divulgado nessa quarta-feira (4) pelo Banco Central. 

A alta significativa do IC-Br foi puxada, em grande parte, pela disparada dos preços do petróleo no mercado externo, embora todos os produtos primários fornecidos pelo Brasil tenham registrado aumentos de preços. Com isso, o indicador de março reverteu a queda de 2,96% (fevereiro) e acumula variação positiva de 0,2% no primeiro trimestre do ano. 

Para efeito de coleta de dados, o BC divide os produtos primários em três categorias. Os preços das commodities agropecuárias (carnes de boi e de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho e café) aumentaram 1,94% no mês, As commodities minerais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel) ficaram 2,6% mais caras. O salto maior foi verificado nas commodities energéticas (petróleo, gás natural e carvão), cujos preços subiram 6,45% em março. 

Fonte: Agência Brasil
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

Pecuária dá lugar a plantações de eucalipto em Três Lagoas




Produtores alugam áreas para as grandes companhias de celulose

A região de Três Lagoas (MS) já teve um dos maiores rebanhos de gado do Brasil. No início de 2009, ainda contava 1,5 milhão de cabeças. Mas as pastagens estão rapidamente dando lugar a florestas de eucalipto, plantadas pela Fibria ou pela Eldorado. A primeira tem uma fábrica de celulose funcionando na cidade. A outra está construindo a primeira.

Juntas, elas terão capacidade para produzir, a partir de 2013, mais de 3 milhões de toneladas do produto por ano. Grosso modo, calcula-se que para produzir 100 mil toneladas de celulose são necessários dez mil hectares de plantação de eucaliptos. Isso significa que o consumo anual será de 300 mil hectares, em cerca de dois a três anos.

Hoje, nas estimativas de Márcio Garcia de Souza, secretário de desenvolvimento econômico da cidade, existem aproximadamente 500 mil hectares plantados na parte leste do Mato Grosso do Sul, na qual está Três Lagoas. Mas a área de plantio potencial na região seria de 6 milhões de hectares. “Temos solos arenosos e fracos, impróprios para a agricultura”, diz. “E a maior parte das pastagens está degradada”.

Em função disso, afirma o secretário, muitos pecuaristas, e em especial os que não modernizaram o modelo de produção, tem trocado a incerteza da lida com o gado pelo ganho certo com a venda ou arrendamento da terra.

O pai de Higor Henrique Pierini, proprietário da Global informática, é um exemplo. “Resistiu durante um tempo, os vizinhos arrendaram”, conta o empresário. Mas, com uma floresta de eucalipto crescendo do outro lado da cerca, foi difícil manter a posição. “Vinha uma onça, pegava um carneirinho um dia, um bezerrinho no outro, e meu pai decidiu arrendar também”, diz. O dinheiro, segundo Pierini, foi suficiente para alugar o dobro da área em cidades mais distantes, onde hoje o pai cria gado.

A julgar pelos planos de expansão das companhias de celulose, é um cenário que tende a perdurar. A Eldorado sozinha projeta produzir na cidade 5 milhões de toneladas ano, até 2020, o que exigirá a plantação de 500 mil hectares de eucalipto por ano, a partir de 2013 e 2014.

Para maiores informações visite: painelflorestal.com.br

Juros altos e prazos curtos provocam redução nos financiamentos para armazenagem, segundo produtores



Saída encontrada por agricultores é a utilização das estruturas de cooperativas

Juros altos e curto prazo para pagamento são as principais observações dos agricultores brasileiros sobre os financiamentos para construção de estruturas de armazenagem. O número de repasses, cuja principal linha para o segmento é o Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), registrou alta nos últimos anos. Em 2011, foram oferecidos R$ 114,4 milhões, ante R$ 86,5 milhões em 2010. Porém, o valor é quatro vezes menor do que o disponibilizado em 2004, de R$ 462 milhões. Nos últimos 10 anos, foram R$ 2 bilhões em crédito, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.

Uma das alternativas encontradas pelos produtores é recorrer às cooperativas. É o caso de Leandro Maldaner, que cultiva 500 hectares de soja, milho e feijão. Toda a sua produção é destinada a uma cooperativa que faz a secagem, armazenagem e a venda dos grãos. O custo da operação consome 15% do valor de cada saca. Pelo menos 85% dos armazéns do país ficam nessas empresas, nas áreas urbanas ou nos portos.

– É por falta de política econômica do governo. Não somos grandes produtores, mas se o governo tivesse uma taxa de juros menor e um prazo maior para que viabilizasse a implantação de um silo, de um secador, seria melhor para a gente – diz.

O doutor em engenharia mecânica da Universidade de Brasília João Batista Soares explica que a queda no número de financiamentos ocorre, entre outros motivos, por excesso de burocracia.

– Existe em torno de 11 linhas de crédito para o agricultor, desde pessoa física e pessoa jurídica até agricultura familiar. Entretanto, muitas das vezes, a burocracia é tanta que o agricultor se sente desestimulado a buscar esses recursos – aponta.

Ricardo Thomé, gerente de Cadastro e Credenciamento de Armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), admite que créditos a juros de 6,75% ao ano e prazo de 12 anos para pagar são pouco atrativos.

– Se você pegar um histórico do uso do Moderinfra, verá que é muito baixo em relação ao que é disponibilizado pelo governo. Porque o juro, a meu ver, é muito alto e não existe a possibilidade de o produtor pagar em produto, em grãos – afirma.

O Ministério da Agricultura estuda unificar a política de armazenagem para otimizar o investimento, conforme o secretário de Política Agrícola do órgão, Caio Rocha. 

– Estamos estudando um programa nacional de armazenagem, para que o governo possa ter uma avaliação anual sobre o crescimento do programa. Precisamos ter armazéns públicos. A armazenagem precisa se constituir e essa é uma determinação do ministro Mendes Ribeiro Filho em um programa nacional – garante.

Soares acrescenta que a expansão da agricultura passa por esses investimentos.

– Se ele é produtor de grão, vai ter essa rentabilidade quando vender o produtor. Ele só vai vender o produto se tiver condições para quem vender e época em que vender. Isso só vai ser possível se ele tiver o produto guardado de forma correta em boa qualidade, para que ele possa comercializar em condições mais favoráveis para ele próprio. A liderança da agricultura é feita quando o produtor rural é valorizado – pontua.

Para maiores informações visite: www.ruralbr.com.br