quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mesmo com receita menor, frango mantém posição na pauta exportadora




Ainda que a receita cambial obtida pela carne de frango in natura no primeiro semestre de 2012 tenha recuado quase 3,5% em relação ao mesmo período de 2011, o produto manteve, como em meses anteriores, a quarta posição na pauta exportadora. 


Assim, ficou aquém, apenas, do minério de ferro, da soja em grão (que assumiu o segundo posto na pauta) e do petróleo (que, mesmo com receita superior, cedeu seu tradicional posto à soja).



Mais interessante, porém, é que em relação ao primeiro semestre de 2011 a carne de frango subiu duas posições, ocupando o lugar que há um ano pertencia ao açúcar em bruto e deixando para trás o café em grão, quinto lugar no ano passado.



A despeito, porém, da ascensão, a participação do frango in natura na pauta exportadora sofreu ligeira redução. Assim, sua receita cambial, que nos seis primeiros meses de 2011 correspondeu a 2,91% da receita obtida pelo Brasil com todas as exportações, neste ano recuou para 2,83% do total. No entanto, mais do que a uma redução de participação propriamente dita, o decréscimo observado (de 2,5%) deveu-se ao elevado aumento de participação de outros produtos – caso da soja, especialmente, cuja participação na receita cambial brasileira aumentou quase 37%.



Fonte: AVISITE
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Mercado de Commodities



Nessa segunda-feira, a forte onda de calor e clima seco nas principais regiões produtoras norte-americanas sustentam os preços na Bolsa de Chicago.

As temperaturas elevadas (38º) e escassez de chuvas poderão provocar cortes de produtividade e revisão na oferta pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já nos próximos relatórios de oferta e demanda mundial. No Corn Belt, maior região produtora norte-americana, cerca de 71% da área é atingida pela seca acima do normal.

No caso da soja, a cultura ainda não atravessa o período crítico, o que deverá ocorrer nos meses de julho e agosto, se persistir a seca. A produtividade da soja deverá ser menor do que os 2.952 kg/ha, anteriormente estimados.

No mercado da soja, os preços internacionais se posicionam próximos de US$ 15,30 por bushel. Os contratos para o primeiro vencimento, julho/12 foram negociados a US$ 33,78 por saca, ganho de US$ 0,43 por saca. Para os futuros de agosto, o preço referencia foi de US$ 32,94 por saca, equivalente ao dólar vigente, R$ 1,9870 a R$ 65,45 por saca.

No mercado do milho, os preços chegaram a alcançar o maior valor nos últimos nove meses. Os contratos para julho/12 fecharam a 16,35 por saca, bem próximo de 6,00 por bushel (R$ 16,53 por saca). Para setembro, foram negociados a US$ 15,40/saca, correspondente a US$ 30,60/saca.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA divulgou ontem relatório com as condições das lavouras norte-americanas apontando piora para a soja nas condições boas a excelentes de 8%; ruins a muito ruins 33%; 33% regulares e 45% entre boas a excelentes.

Para o milho, o relatório apontou 48% em condições boas a excelentes; regulares 30% e ruins e péssimas no entorno de 22%. Com isso, espera-se para hoje uma reação nos preços.

No mercado doméstico, a notícia relevante é de que o Paraná deverá produzir a maior safrinha de milho, no entorno de 10,3 milhões de toneladas, maior volume de milho safrinha já produzido no Estado desde a década de 70. O preço do milho apurado pela SEAB foi de R$ 20,77 por saca. No caso da soja, média diária de R$ 61,30, um recuo de R$ 0,67 por saca em relação ao fechamento da sexta-feira (29) de R$ 61,97 por saca. Para o trigo, a média SEAB foi de R$ 26,54 por saca, com tendência de elevação.

Autor: Gilda M. Bozza - Economista DTE/FAEP
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Cooperativas mobilizam produtores rurais no Rio Grande do Sul



Conheça os exemplos da Cotribá e da Coopeagril, uma com mais de 100 anos de atuação e outra que dá os primeiros passos no setor

Contar a história de uma cooperativa é também acompanhar a evolução de uma comunidade. Independente do porte, o ideal do movimento passa pelo desenvolvimento econômico aliado ao bem-estar social das pessoas. Influenciado pela cultura italiana e alemã, o Rio Grande do Sul ocupa lugar de destaque no ranking brasileiro do setor. Como exemplo da tradição, no Estado está situada a cooperativa mais antiga do país ainda em funcionamento, a Sicredi Pioneira, de Nova Petrópolis, na região serrana, com 109 anos de atuação ininterrupta no setor de crédito.

No agronegócio não é diferente. Também com origem ítalo-germânica, a Cooperativa Agrícola Mista General Osório Ltda, mais conhecida como Cotribá, completou em janeiro 101 anos de atividades, com atuação em 16 municípios nas regiões do Alto Jacuí, Fronteira-Oeste e Metade Sul. Na outra ponta do tempo, a reunião de produtores de leite de São Paulo das Missões, cidade próxima da fronteira com a Argentina com pouco mais de sete mil habitantes, deu origem em 2010 à Cooperativa de Pequenos Agricultores de Leite (Coopeagril). Independente do tamanho e do tempo de atividade, o trabalho gerou transformações positivas nas comunidades.

Os 5,3 mil cooperados da Cotribá, que tem sede no município de Ibirubá, no Alto Jacuí, estão espalhados por diversas áreas de atuação. A de grãos é a mais representativa, mas ela possui negócios também com insumos, industrializados, posto de combustíveis, rações, peças e ferragens, produtos veterinários e varejo. Trabalho árduo para quem está à frente desse verdadeiro conglomerado, que faturou R$ 600 milhões em 2011 e gerou mais de R$ 20 milhões em impostos para os municípios.

O presidente da Cotribá, Celso Leomar Krug, 61 anos, na companhia há 39 e no cargo diretivo desde 1993, diz enfrentar um desafio todos os dias.

— Tem que ter amor e gostar do que faz. Para mim, cada dia do tempo que estou aqui é uma satisfação — comenta Krug, que também é produtor de grãos no município de 15 de novembro.

Em São Paulo das Missões o desafio é semelhante. Comandar a organização que reúne 540 famílias foi tarefa para Nerison Griep, 42, desde as primeiras conversas para formação da cooperativa, em 2008, até a metade de junho. Hoje membro do Conselho de Administração, ele participa da Coopeagril desde a origem, no final dos anos 1990, quando foi criada a associação para reunir produtores, recolher leite e conseguir melhores preços e que serviu como base da futura entidade.

Do trabalho na sala cedida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade, a cooperativa já consegue contabilizar os resultados. A maior facilidade para financiar os produtores é destacada por Griep. O crédito de R$ 1,2 milhão, liberado em 2011, foi suficiente para a aquisição de 96 equipamentos que facilitam a produção, transporte e armazenamento do leite. Com o investimento, a expectativa é continuar aumentando a renda e a produção, que saltou dos quatro milhões de litros por ano, em 2008, para 8,2 milhões de litros em 2011 e, além disso, manter uma estabilidade no preço pago pelas empresas compradoras.

DIFICULDADES

O sucesso visto hoje nos negócios da Cotribá é fruto do empenho de cada cooperativado, mas é preciso todos os dias procurar novas formas de incentivar o produtor a seguir nos negócios. Os problemas que afetam a agricultura de forma geral, como as dificuldades de crédito, inconstância climática e o êxodo rural, esse último especialmente forte nos últimos anos, também estão presentes no dia a dia dos associados.

A forma como a Cotribá enfrenta as intempéries está focada, principalmente, no apoio à diversificação da produção.

— Nos últimos 15 anos o êxodo rural foi muito forte. Se a lavoura não é rentável, o produtor desiste. A Cotribá tenta implantar a diversificação da produção para ajudar. E o jovem não quer ficar no interior, então está muito complicado. Ele vem estudar e acaba ficando na cidade — explica Krug.

DIÁLOGO E PARTICIPAÇÃO

Mesmo com os percalços da atividade, tanto a Cotribá quanto a Coopeagril estão avançando. O segredo para manter tantas pessoas envolvidas na atividade com satisfação é compartilhado pelo presidente da cooperativa do Alto Jacuí.

— O segredo é a transparência, democracia, a abertura dos negócios, o diálogo e um bom relacionamento com a comunidade. É ir lá no interior e conversar com o associado. Tem que ter muito diálogo com o corpo associativo. O problema surge quando não tem diálogo — revela Krug.

Na prática, o represenante explica que a cooperativa possui 50 núcleos e em pelo menos duas reuniões por ano a direção está presente no encontro com os associados de cada localidade.

O exemplo da cooperativa mais antiga está sendo seguido em São Paulo das Missões. Representantes dos grupos que formam a Coopeagril participam de reuniões uma vez por mês, além da assembleia geral realizada uma vez por ano. Griep está satisfeito com a participação dos associados.

— Sempre houve uma participação boa. É sempre bom que haja ideias diferentes nesses encontros. De modo geral, é uma relação muito tranquila — comenta.

METAS

Com a escassez de áreas para ampliação, o objetivo da Cotribá para o futuro próximo está no trabalho com a agricultura de precisão. É a forma encontrada para continuar crescendo, aumentando a produtividade das lavouras, aliado à sustentabilidade.

— Não temos mais áreas para expansão, então é preciso investir na agricultura de precisão. Já temos equipamento e profissionais fazendo isso desde 2011, mas o objetivo é continuar investindo — explica Krug.

Na Coopeagril o trabalho ainda é mais modesto em tamanho. O primeiro objetivo de criar e envolver as pessoas na proposta cooperativa foi alcançado. Nas palavras de Griep, a expectativa de planos futuros soa simples, mas ao mesmo tempo carregada de significado.

— Que continue crescendo dentro do que é possível — resume.

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Energia gerada com eucalipto abastecerá petroquímica da Dow no Brasil



A planta, com capacidade para gerar 125,7 megawatts de energia elétrica e 1.148 toneladas de vapor industrial ao ano

Uma fábrica de geração de energia e de vapor industrial a partir de lascas de eucalipto abastecerá o principal complexo petroquímico da multinacional Dow no Brasil, que atualmente utiliza gás natural como fonte, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

A usina elétrica de fonte renovável será construída pela ERB Aratinga S.A. em Candeias(BA) onde está situado o complexo industrial da Dow, graças a um empréstimo autorizado hoje pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O crédito de R$ 210,7 milhões ajudará a financiar a construção da unidade de cogeração de vapor e de energia elétrica da ERB Aratinga, informou hoje o BNDES em comunicado.

A planta, com capacidade para gerar 125,7 megawatts de energia elétrica e 1.148 toneladas de vapor industrial ao ano, é a primeira de biomassa financiada pelo BNDES.

A ERB Aratinga, subsidiária da ERB Energias Renováveis do Brasil, empresa referência na geração de energia de biomassa, considera que a futura planta é a primeira ao mundo que utilizará resíduos vegetais para abastecer uma empresa petroquímica.

A contratante da Dow investirá um total de R$ 265 milhões no projeto, que inclui a planta de geração elétrica e uma área de 9,7 mil hectares na qual serão produzidas 227,8 mil toneladas de eucalipto ao ano.
"O conceito do projeto envolve, além do benefício ambiental pela substituição do gás natural por biomassa, o fortalecimento da cadeia produtiva de biomassa como combustível para a geração de energia", segundo o comunicado do BNDES.

De acordo com o governo da Bahia, a substituição do combustível reduzirá em cerca de 180 mil toneladas ao ano as emissões de dióxido de carbono da Dow em Candeias, na região metropolitana de Salvador.
De acordo com o banco do fomento, o projeto também gerará benefícios econômicos para a Dow, que reduzirá seus custos com o uso de vapor industrial e a consequente eliminação do risco causado pela volatilidade do preço do gás natural.

A ERB Aratinga optou pela lasca do eucalipto como fonte de biomassa em lugar do pinheiro e do bagaço de cana-de-açúcar como fonte vegetal com fornecimento garantido nessa região da Bahia, que conta com 130 mil hectares de florestas de eucalipto destinados à produção de celulose.

O Complexo Industrial de Aratu, o principal da Dow no Brasil, conta com duas fábricas e com a única unidade da empresa na América Latina que produz óxido de propileno e propilenoglicol.

Fonte: Terra
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Alta no salário mínimo eleva custo de produção de café



Em propriedades onde o manejo é manual, o índice subiu 9,55%

A elevação de 6,3% no Custo Operacional Efetivo (COE) da Cafeicultura das variedades arábica e conilon no início deste ano foi impulsionada, principalmente, pelo aumento de 14,13% no salário mínimo, segundo o boletim Ativos do Café, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O índice do COE subiu 9,55% em propriedades onde o manejo da produção é manual, enquanto que nos locais de produção mecanizada o aumento registrado foi de 5,19%. 

Com relação à Produção de Nivelamento (PN), que corresponde à produção mínima para cobrir os custos operacionais, eram necessários, em média, 65,08% da produção para cobrir o COE em outubro do ano passado. Esse índice subiu para 68% em março deste ano. 

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