terça-feira, 17 de julho de 2012

EUA: exportações de carne bovina caíram 10% em volume e subiram 5% em receita de jan-mai/12



Apesar de maio ter sido o mês mais forte até agora nesse ano para as exportações de carne bovina dos Estados Unidos, o volume (95.221 toneladas) foi 13% menor do que em maio de 2011 e ficou 10% menor (456.343 toneladas) durante os primeiros cinco meses do ano, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), compilados pela Federação de Exportação de Carnes do país (USMEF). O valor das exportações de carne bovina em maio (US$ 471,1 milhões) foi 4% maior do que no ano anterior, que manteve o valor das exportações nos primeiros cinco meses do ano (US$ 2,19 bilhões) 5% maior do que o recorde do ano anterior.

Com o anúncio em 24 de abril do quarto caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) nos Estados Unidos, maio foi o primeiro mês em que qualquer declínio relacionado à doença poderia ser detectado nas estatísticas de exportação. As exportações de carne bovina em maio não revelaram um impacto importante, embora os globais totais tenham provavelmente sido afetados em algum grau pelo fechamento do mercado da Arábia Saudita e pela cobertura negativa de mídia em alguns mercados asiáticos.

“Considerando todas as variáveis, estamos satisfeitos com a maneira pela qual as exportações de carne bovina resistiram ao mais recente caso de EEB”, disse o presidente e diretor executivo da USMEF, Phillip Seng. “Com exceção da Arábia Saudita, não sofremos nenhum impacto significante em termos de acesso a mercados.

Seng explicou que embora as exportações para a Coreia nos cinco primeiros meses do ano com relação ao ano anterior tenham caído 24% em volume (58.143 toneladas) e 17% em valor (US$ 273,1 milhões), os resultados de maio foram maiores (5% em volume e 13% em valor) em ambas as categorias. Ele disse que os principais fatores que impactaram nas exportações de carne bovina dos Estados Unidos à Coreia em 2012 são a sobreoferta de carne bovina doméstica e a queda da moeda coreana, notando que as exportações de carne bovina da Austrália para a Coreia também declinaram em cerca de um terço comparado com o ano anterior.

Em vários importantes mercados, o volume de carne bovina exportado desacelerou moderadamente comparado com os primeiros cinco meses do ano anterior, mas aumentaram em valor. É o caso, por exemplo, do Japão, onde o volume caiu 6% para 56.297 toneladas, mas o valor foi 13% maior, US$ 370,7 milhões. Em maio, o Japão foi o principal destino para a carne bovina dos Estados Unidos, com o maior volume exportado (16.166 toneladas) em 10 meses. O valor de exportações aumentou 28% com relação a maio de 2011, para US$ 105,3 milhões. Oficiais do Governo do Japão continuam avaliando o limite de idade de 20 meses para fornecimento de carne bovina aos Estados Unidos, Canadá e União Europeia (UE), mas até agora não houve mudanças na política.

No Canadá, o único mercado de US$ 1 bilhão para a carne bovina dos Estados Unidos em 2011, o volume de exportação caiu 7%, para 64.260 toneladas, mas o valor aumentou 10%, para US$ 404,5 milhões.

No Oriente Médio, o volume exportado caiu 7%, para 60.106 toneladas, enquanto o valor aumentou 10%, para US$ 138,1 milhões. Apesar de a Arábia Saudita ser o único país da região a fechar seu mercado para a carne bovina dos Estados Unidos devido ao caso de EEB, a confusão referente a possíveis restrições (que nunca se materializaram) em outros mercados podem ter afetado os resultados de maio. Apesar dessas questões, entretanto, o volume de exportação de maio (12.766 toneladas) para a região foi o maior desde janeiro.

Na região da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN), o volume exportado (25.964 toneladas) caiu 12%, enquanto o valor (US$ 112,3 milhões) foi 13% maior. Essa tendência foi possível pelo aumento no valor das exportações aos dois maiores mercados, Vietnã (+21%, para US$ 82,6 milhões) e Filipinas (+31%, para US$ 18,9 milhões).

Em Hong Kong, onde as exportações dos Estados Unidos ainda estão limitadas a cortes de músculos sem osso de animais de menos de 30 meses de idade, o volume exportado (19.566 toneladas) foi 15% menor, enquanto o valor das exportações (US$ 112,9 milhões) foi 12% maior. O volume exportado em maio para Hong Kong (4.592 toneladas) foi o maior do ano.

Duas regiões onde as exportações de carne bovina dos Estados Unidos estão aumentando em volume e em valor são Rússia e América do Sul/Central. Apesar de a atividade exportadora para a Rússia ter desacelerado nas últimas semanas, as exportações de janeiro a maio foram 24% maiores em volume (32.307 toneladas) e 83% maiores em valor (US$ 138,8 milhões). Impulsionadas pelo forte crescimento no Chile, as exportações à América Central e do Sul aumentaram 42% em volume (14.715 toneladas) e 83% em valor (US$ 53,8 milhões).

“Na Rússia, estamos agressivamente promovendo a carne bovina dos Estados Unidos em vários setores em uma variedade de regiões geográficas. Da costa do Mar Negro, onde as próximas Olimpíadas de Inverno serão feitas, até o porto do extremo oriente de Vladivostok, a carne bovina dos Estados Unidos está se tornando mais amplamente conhecida e tem uma demanda muito alta. A Rússia expandiu sua cota de importação para a carne bovina dos Estados Unidos nesse ano e pretendemos usar totalmente essa oportunidade”.

“Na América Central e do Sul, capitalizamos em algumas excelentes oportunidades de crescimento. As barreiras comerciais limitaram as ofertas disponíveis do Paraguai e da Argentina, aumentando a demanda em mercados como Chile, Peru e Colômbia. Essa é uma razão para o tremendo interesse na Exposição de Produtos na América Latina da USMEF, que tem atraído um forte número de compradores e exportadores a Bogotá”.

As exportações de carne bovina dos Estados Unidos a Taiwan caíram dramaticamente. As exportações em maio caíram em cerca de 90% com relação ao ano anterior, enquanto as exportações nos primeiros cinco meses do ano foram 54% menores em volume (6.175 toneladas) e 47% menores em valor (US$ 39 milhões). Embora o Governo de Taiwan deva tomar ações em breve sobre o nível máximo de resíduos de ractopamina na carne bovina importada, as vendas de carne bovina dos Estados Unidos provavelmente enfrentarão uma recuperação prolongada devido à controvérsia política sobre o assunto.

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Menor oferta valoriza carne no mercado atacadista com osso



A diminuição nos abates ocorrida na última semana, devido à dificuldade para o escoamento da carne, surtiu efeito.

Houve valorização da carne com osso no mercado atacadista.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, a cotação do traseiro avulso subiu 0,7% e a peça tem sido negociada em R$6,80/kg. A valorização do dianteiro avulso foi de 1,0% e os negócios ocorrem em R$5,05/kg.

Não houve variação nas cotações do boi casado e ponta de agulha.

A cotação atual do boi casado está 1,1% menor que há 30 dias e 1,2% inferior à do mesmo período do ano passado. Veja a figura 1.



Na comparação com o início do ano, o recuo foi de 9,1%. Vale destacar que as cotações começaram o ano em patamar elevado, alcançado com o consumo maior de final de ano.

Para os próximos dias o consumo não deve colaborar, uma vez que estamos na segunda quinzena, típica de menor movimentação.

Fonte: Scot Consultoria
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Governo estuda reduzir área da maior Floresta Nacional



Mais do que a terça parte da maior floresta, de pouco mais de 1,3 milhão de hectares, está em jogo no destino da política de combate ao desmatamento na Amazônia

No início de 2006, um decreto do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou a Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, a maior de um conjunto de unidades de conservação no sul do Pará que ajudaria a conter o avanço das motosserras na Amazônia. Pouco mais de seis anos depois, o governo de Dilma Rousseff estuda tirar um pedaço da Flona de até três vezes o tamanho da cidade de São Paulo para resolver a disputa de terras na região.

A decisão tem tudo para se tornar histórica. Mais do que a terça parte da maior Floresta Nacional do país, de pouco mais de 1,3 milhão de hectares, está em jogo o destino da política de combate ao desmatamento na Amazônia. Ambientalistas certamente verão nela o início do desmanche das unidades de conservação, cujo ritmo de criação despencou desde o início do governo Dilma.

O problema é um pouco mais complicado. Grande parte das unidades de conservação criadas nos últimos anos não concluiu o processo de regularização das terras. Há bilhões de reais em indenizações a serem pagas. A reivindicação por terras no interior dessas áreas de proteção que implica em redução das unidades de conservação pode chegar a 1 milhão de hectares apenas no sul do Pará, segundo estimativas preliminares.

"Há situações a serem corrigidas", diz a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "Mas é preciso separar o joio do trigo, para ver quem tem direito à posse da terra e quem a ocupou ilegalmente, para especular e desmatar. Há muito interesse de grilagem na região."

O assunto está em estudo no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), subordinado ao ministério, e deve ser levado ao gabinete da presidente. Enquanto a decisão não sai, a Flona do Jamanxim abriga rebanhos e pastagens degradadas, além da produção de café, milho e arroz onde, por lei, a única atividade econômica deveria ser o uso sustentável de produtos da floresta.

Ameaças

Em maio deste ano, segundo dados mais recentes de desmatamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Jamanxim perdeu 1 km² de floresta - o segundo maior abate de árvores detectado em unidades de conservação no mês. No final do governo Lula, houve duas Operações Boi Pirata dentro da Flona, na tentativa de conter o desmatamento ilegal na unidade. Nessas operações, os animais eram apreendidos pelo governo e depois leiloados.

"Temos uma produção diversificada", diz Nelci Rodrigues, uma das líderes do movimento para excluir áreas de produção da Flona. Paranaense, ela ocupa um terreno de 2,4 mil hectares, mas sustenta que apenas ocupações até 1,1 mil hectares devem ser reconhecidas, de acordo com o limite da lei de regularização fundiária na Amazônia.

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Medidas de auxílio à suinocultura voltam a ser discutidas nesta terça



Governo volta a se reunir com o setor para avaliar ações e discutir preço mínimo para comercialização da carne

Depois de anunciar as medidas para amenizar a crise na suinocultura, na semana passada, o governo federal volta a se reunir com o setor na terça, dia 17, para avaliar as ações e discutir o estabelecimento de um preço de referência para a carne suína. O encontro de trabalho será na Secretaria de Política Agrícola (SPA) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e será conduzida pelo secretário Caio Rocha.

O governo federal autorizou Linha Especial de Crédito (LEC) para os suinocultores adquirirem leitões ao preço de R$ 3,60/kg. Estão disponíveis R$ 200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano. O financiamento pode ser acessado por produtores, agroindústrias, cooperativas e varejistas. Outra medida foi a prorrogação das dívidas de custeio para janeiro de  2013. No caso do crédito para  investimento, as parcelas foram adiadas por um ano após o vencimento da última mensalidade.

No Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, anunciado no final de junho, o governo já havia contemplado o setor com a linha de crédito para retenção de matrizes por produtores independentes, com o valor limite previsto de R$ 1,2 milhão por produtor. A possibilidade de ampliação do montante para R$ 2 milhões, com o prazo de pagamento mantido em até dois anos e juros de 5,5% ao ano não está afastado, dependendo do mercado.

Também já está disponível LEC para compradores de suíno vivo a R$ 2 quilo. Foi anunciado, ainda, que o setor terá uma linha de crédito para financiamentos fora do sistema bancário, contraídos junto a cooperativas, cerealistas, fornecedoras de insumos e tradings. Os recursos poderão ser do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou de outras fontes a serem identificadas válidas para operações com vencimento ou vencidas em 2012. 

Segundo os suinocultores, as medidas aunciadas até o momento ainda não são capazes de atender as demandas do setor. A expectativa para a reunião é de que o Ministério da Fazenda se posicione acerca da compra institucional de carne suína para os programas oficiais de alimentação e sobre o preço de referência, em caráter emergencial, para leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), ao valor de R$ 2,30/kg.

Fonte: Ministério da Agricultura
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TRIGO RS: Clima favorável e bons preços neste momento



Semana de boas chuvas no Estado do Rio Grande do Sul, favorecendo as  lavouras de trigo  locais. Após meses de estiagem, como já era previsto anteriormente o inverno se apresenta mais chuvoso e bastante frio. Preços locais em elevação e moinhos se abastecendo pontualmente nos leilões da CONAB.

Com dados da quinta-feira (12) a EMATER gaúcha apontou para 82% de área plantada sendo que ainda não se iniciou o período reprodutivo das lavouras. Fortes chuvas e temperaturas baixas na semana resultam em menor velocidade de desenvolvimento e menor potencial fotossintético neste momento. No entanto a reposição de umidade dos solos apresenta bom prognóstico ao desenvolvimento das lavouras no curto prazo após a germinação.

No mercado local, preços de referência da EMATER-RS apontam para altas na semana e corretoras locais falam em escassez de produto disponível e para moagem. Preços de lotes entre R$ 495 e 520/ton para as fontes consultadas em diferentes regiões e especificações. Demanda para exportação aquecida e com preços valorizados (acima dos preços mínimos), com corretora da região das Missões apontando R$ 560-570/ton para produto sobre rodas posto em Rio Grande. Vale lembrar que havia sido suspensa a nova classificação até a determinação de um laboratórios de referência, a inclusão de estabilidade exige maquinários que laboratórios que analisam ph, falling number e força de glúten não necessariamente dispõem.

Últimos leilões de estoques públicos de trigo com boa demanda em todas as regiões de oferta, com evento do dia 12 realizando 93% dos negócios propostos e  leilão do dia 07/07 com 62,6%. Houve pagamento de ágio de até 10,6% em um dos lotes, com negócios de trigo pão tipo chegando até a R$ 528/ton FOB.

Bom momento para negócios do produto restante no Estado. Há mais leilões de venda de estoques públicos de trigo no dia 19/07. 

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