Apesar de maio ter sido o mês mais forte até agora nesse ano para as exportações de carne bovina dos Estados Unidos, o volume (95.221 toneladas) foi 13% menor do que em maio de 2011 e ficou 10% menor (456.343 toneladas) durante os primeiros cinco meses do ano, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), compilados pela Federação de Exportação de Carnes do país (USMEF). O valor das exportações de carne bovina em maio (US$ 471,1 milhões) foi 4% maior do que no ano anterior, que manteve o valor das exportações nos primeiros cinco meses do ano (US$ 2,19 bilhões) 5% maior do que o recorde do ano anterior.
Com o anúncio em 24 de abril do quarto caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) nos Estados Unidos, maio foi o primeiro mês em que qualquer declínio relacionado à doença poderia ser detectado nas estatísticas de exportação. As exportações de carne bovina em maio não revelaram um impacto importante, embora os globais totais tenham provavelmente sido afetados em algum grau pelo fechamento do mercado da Arábia Saudita e pela cobertura negativa de mídia em alguns mercados asiáticos.
“Considerando todas as variáveis, estamos satisfeitos com a maneira pela qual as exportações de carne bovina resistiram ao mais recente caso de EEB”, disse o presidente e diretor executivo da USMEF, Phillip Seng. “Com exceção da Arábia Saudita, não sofremos nenhum impacto significante em termos de acesso a mercados.
Seng explicou que embora as exportações para a Coreia nos cinco primeiros meses do ano com relação ao ano anterior tenham caído 24% em volume (58.143 toneladas) e 17% em valor (US$ 273,1 milhões), os resultados de maio foram maiores (5% em volume e 13% em valor) em ambas as categorias. Ele disse que os principais fatores que impactaram nas exportações de carne bovina dos Estados Unidos à Coreia em 2012 são a sobreoferta de carne bovina doméstica e a queda da moeda coreana, notando que as exportações de carne bovina da Austrália para a Coreia também declinaram em cerca de um terço comparado com o ano anterior.
Em vários importantes mercados, o volume de carne bovina exportado desacelerou moderadamente comparado com os primeiros cinco meses do ano anterior, mas aumentaram em valor. É o caso, por exemplo, do Japão, onde o volume caiu 6% para 56.297 toneladas, mas o valor foi 13% maior, US$ 370,7 milhões. Em maio, o Japão foi o principal destino para a carne bovina dos Estados Unidos, com o maior volume exportado (16.166 toneladas) em 10 meses. O valor de exportações aumentou 28% com relação a maio de 2011, para US$ 105,3 milhões. Oficiais do Governo do Japão continuam avaliando o limite de idade de 20 meses para fornecimento de carne bovina aos Estados Unidos, Canadá e União Europeia (UE), mas até agora não houve mudanças na política.
No Canadá, o único mercado de US$ 1 bilhão para a carne bovina dos Estados Unidos em 2011, o volume de exportação caiu 7%, para 64.260 toneladas, mas o valor aumentou 10%, para US$ 404,5 milhões.
No Oriente Médio, o volume exportado caiu 7%, para 60.106 toneladas, enquanto o valor aumentou 10%, para US$ 138,1 milhões. Apesar de a Arábia Saudita ser o único país da região a fechar seu mercado para a carne bovina dos Estados Unidos devido ao caso de EEB, a confusão referente a possíveis restrições (que nunca se materializaram) em outros mercados podem ter afetado os resultados de maio. Apesar dessas questões, entretanto, o volume de exportação de maio (12.766 toneladas) para a região foi o maior desde janeiro.
Na região da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN), o volume exportado (25.964 toneladas) caiu 12%, enquanto o valor (US$ 112,3 milhões) foi 13% maior. Essa tendência foi possível pelo aumento no valor das exportações aos dois maiores mercados, Vietnã (+21%, para US$ 82,6 milhões) e Filipinas (+31%, para US$ 18,9 milhões).
Em Hong Kong, onde as exportações dos Estados Unidos ainda estão limitadas a cortes de músculos sem osso de animais de menos de 30 meses de idade, o volume exportado (19.566 toneladas) foi 15% menor, enquanto o valor das exportações (US$ 112,9 milhões) foi 12% maior. O volume exportado em maio para Hong Kong (4.592 toneladas) foi o maior do ano.
Duas regiões onde as exportações de carne bovina dos Estados Unidos estão aumentando em volume e em valor são Rússia e América do Sul/Central. Apesar de a atividade exportadora para a Rússia ter desacelerado nas últimas semanas, as exportações de janeiro a maio foram 24% maiores em volume (32.307 toneladas) e 83% maiores em valor (US$ 138,8 milhões). Impulsionadas pelo forte crescimento no Chile, as exportações à América Central e do Sul aumentaram 42% em volume (14.715 toneladas) e 83% em valor (US$ 53,8 milhões).
“Na Rússia, estamos agressivamente promovendo a carne bovina dos Estados Unidos em vários setores em uma variedade de regiões geográficas. Da costa do Mar Negro, onde as próximas Olimpíadas de Inverno serão feitas, até o porto do extremo oriente de Vladivostok, a carne bovina dos Estados Unidos está se tornando mais amplamente conhecida e tem uma demanda muito alta. A Rússia expandiu sua cota de importação para a carne bovina dos Estados Unidos nesse ano e pretendemos usar totalmente essa oportunidade”.
“Na América Central e do Sul, capitalizamos em algumas excelentes oportunidades de crescimento. As barreiras comerciais limitaram as ofertas disponíveis do Paraguai e da Argentina, aumentando a demanda em mercados como Chile, Peru e Colômbia. Essa é uma razão para o tremendo interesse na Exposição de Produtos na América Latina da USMEF, que tem atraído um forte número de compradores e exportadores a Bogotá”.
As exportações de carne bovina dos Estados Unidos a Taiwan caíram dramaticamente. As exportações em maio caíram em cerca de 90% com relação ao ano anterior, enquanto as exportações nos primeiros cinco meses do ano foram 54% menores em volume (6.175 toneladas) e 47% menores em valor (US$ 39 milhões). Embora o Governo de Taiwan deva tomar ações em breve sobre o nível máximo de resíduos de ractopamina na carne bovina importada, as vendas de carne bovina dos Estados Unidos provavelmente enfrentarão uma recuperação prolongada devido à controvérsia política sobre o assunto.
Para maiores informações visite: www.beefpoint.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário