terça-feira, 24 de abril de 2012

Preço do leite está bom, mas cenário poderá mudar


Se o governo não tomar medidas contra o excesso de importação de leite e derivados dos países vizinhos, a crise atingirá a cadeia produtiva do setor nos próximos meses. A avaliação é do representante do Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite (Conseleite) Irineu Bornholdt, que presidiu a reunião mensal da entidade realizada na última quinta-feira (19) em Chapecó. Participaram do encontro proprietários de indústrias e produtores para definir os preços de referência do leite e derivados.

Os dados oficiais para conclusão dos valores finais dos produtos foram apresentados pelos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), através de convênio assinado entre a instituição, a Faesc e o Sindicato das indústrias de laticínios e produtos derivados de Santa Catarina (Sindileite). Mensalmente, é realizada visita às indústrias do Estado para avaliar 14 derivados e, assim, chegar a um valor de referência bom para as empresas e para o produtor.

A professora Vânia Guimarães assinalou que os resultados mostraram um nível de estoque de leite maior nas indústriasno mês de abril comparado ao mesmo período em anos anteriores.

De acordo com os vice-presidentes regionais da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Adelar Zimmer e Américo do Nascimento, o preço do leite nos últimos meses estabilizou na faixa dos R$ 0,80, com viés de alta. O valor pago ao produtor é considerado bom para os dirigentes, no entanto, a valorização do real, o alto custo dos insumos, a falta de estrutura logística e o grande volume de importação de produtos lácteos vindos, principalmente, da Argentina e Uruguai pode alavancar uma crise e a derrubada dos valores nos próximos meses. 

A safra inicia em maio e, por isso, os indicadores automaticamente sofrem alterações. "Considerando que o Brasil aumentou 50% a compra dos produtos lácteos de 2011 para 2012, o excesso de leite causará grandes transtornos ao mercado catarinense, especialmente aos produtores, que perderão por não terem como competir com os preços baixos dos países vizinhos", avaliou Zimmer.

Hoje, a importação sobrepõe a preocupação do setor com relação à estiagem e o alto valor do milho pago pelos produtores. "No oeste, a situação se agrava ainda mais, pois a região é a maior bacia produtora, responsável por 65% do leite recolhido", complementa o dirigente.

"O Conseleite continuará cobrando atitudes do governo, para que os produtores e as indústrias catarinenses não sejam penalizadas com o grande volume de produtos que entram no Brasil", finalizou o representante do Conseleite, Irineu Bornholdt.

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Avicultura cresce em ritmo chinês no Paraná



Com a inauguração de novas indústrias e a ampliação da capacidade produtiva dos complexos espalhados pelo interior do estado, o setor deve crescer 10% ao ano no curto prazo

O mercado avícola paranaense alcança índices de crescimento semelhantes aos registrados na economia da China, uma das que mais se expandem no mundo – perto de 10% ao ano. No ano passado, o setor teve aumento de 4,7% na produção em relação a 2010, de acordo com dados do Sin­­dicato das Indústrias de Pro­­dutos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O faturamento chegou a US$ 2,05 bilhões – 20% a mais do que no ano anterior. Novos investimentos tentam manter essa velocidade de expansão nos próximos três anos.

Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de ave do país. Em 2011, os centros de produção espalhados pelo interior do estado abateram cerca de 116 milhões de cabeças/mês – 30% da produção brasileira. No primeiro trimestre deste ano, a média foi de 120 milhões de frangos/mês.

A perspectiva de cresci­­mento é “fantástica e viável”, afirma o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Ele atribui os resultados à política de investimento do setor. A estimativa é que, somente neste ano, sejam aplicados R$ 250 mi­­lhões em novas unidades e ampliação de fábricas.

“Tudo vai depender da evolução das obras que as empresas estão realizando. Quando as plantas estiverem a todo o vapor, o crescimento do setor será no ritmo chinês”, atesta Martins. A expectativa é que as construções sejam finalizadas até 2014. Para este ano, a estimativa é de crescimento de 5% no volume de carne industrializado. O setor emprega 550 mil pessoas.

Investimentos

Um dos principais inves­­timentos do último ano foi a construção da indústria avícola BR Frango, em Santo Inácio, no Norte do estado. Inaugurada no início do mês, o complexo está abatendo 60 mil cabeças/dia. A partir de 2013, a capacidade de produção vai saltar para 420 mil aves/dia. A marca investiu cerca de R$ 120 milhões para viabilizar o negócio.

Produção semelhante te­­rá a indústria de aves da Co­­cari, em Mandaguari, no Norte do estado. A cooperativa está investindo para viabilizar sua própria unidade. Hoje o serviço é realizado por um parceiro que abate 30 mil aves/dia.

“A planta poderá abater 350 mil aves/dia no início de 2013”, ressalta Marcos Trin­­tinalha, vice-presidente da Cocari, que investiu R$ 88 milhões no negócio. “Queremos ser referência no Paraná e no Brasil. Com­­parada a outras unidades do segmento no estado, a nossa é o que há de mais moderno.” A inauguração está prevista para final de agosto e, na primeira etapa, a produção será de 100 mil aves/dia.

O Grupo GTFoods, criado no final do ano passado pela avícola Frangos Can­­ção, está investindo R$ 15 milhões na construção de uma nova câmara automática de armazenamento e nova sala de cortes na unidade de Maringá. Outra fábrica que vai receber inves­­timento, R$ 5 milhões, é a de Terra Boa. Para garan­­tir a matéria-prima, o GTFoods tam­­bém vai investir nas unidades de granja matriz de ovos e granja matriz de recria. Atualmente, o grupo, que administra os ativos Frangos Canção, Gold Frango, Mister Frango e Bel­­laves, abate 400 mil aves/dia.

Fonte: Gazeta do Povo
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Câmara regulamenta profissão de vaqueiro



Profissional é o responsável pela alimentação, ordenha, treinamento e preparação dos animais para eventos culturais e socioesportivos

A atividade de vaqueiro poderá ser reconhecida como profissão. Projeto de lei com esse objetivo foi aprovado, na ultima quinta-feira (19), pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Agora, a matéria será examinada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa. 

De acordo com o Projeto de Lei da Câmara (PLC 83/2011), dos ex-deputados Edigar Mão Branca e Edson Duarte, vaqueiro é o profissional qualificado para tratar, manejar e conduzir animais das espécies bovino, bubalino, equino,muar, caprino e ovino. A contratação dos serviços de vaqueiro, prevê a proposta, é de responsabilidade do administrador – proprietário ou não – do estabelecimento agropecuário de exploração de animais de grande e médio porte, de pecuária de leite, de corte e de criação. 

É obrigatória, segundo a proposta aprovada, a previsão de seguro de vida e de acidentes em favor do vaqueiro nos contratos de serviço ou de emprego. "O projeto regulamenta situação factual, existente de longa data, reconhecendo a importância desses profissionais e os perigos a que estão expostos em sua luta diária. O Projeto faz justiça a uma categoria típica de trabalhadores, cujo cruel esquecimento reclamava a regulamentação que em boa hora se implementa", afirmou o senador Sergio Souza (PMDB-PR), relator da matéria. 

Atribuições 

Pelo projeto, são atribuições do vaqueiro, entre outras atividades, alimentar os animais; realizar a ordenha; treinar e preparar animais para eventos culturais e socioesportivos com a garantia de que não sejam submetidos a atos de violência; e, sob a orientação de veterinários e técnicos qualificados, auxiliar com os cuidados necessários à reprodução das espécies.

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Ritmo do consumo no PIB repete o início de 2011



O consumo das famílias garantiu à demanda interna neste início de ano um crescimento semelhante ao do começo de 2011 

No primeiro trimestre daquele ano, o consumo das famílias e os investimentos aumentaram a um ritmo anual de 2,7%. Nos primeiros três meses de 2012, essa taxa ficou entre 2% e 2,5%, segundo cálculos da LCA Consultores, que projeta os resultados trimestrais do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o período de um ano.

Composição diferente - O ritmo é semelhante, mas a composição do crescimento é muito diferente entre os dois anos. Enquanto nos primeiros três meses de 2011 o investimento aumentou mais que o dobro do consumo das famílias, no mesmo período deste ano, de acordo com a LCA, os gastos com máquinas, equipamentos e em construção recuou, enquanto a demanda das famílias ficou próxima ao 0,5% de alta registrado no início de 2011.

Expectativa - A expectativa da consultoria é de que o ritmo anual de expansão da demanda interna salte para algo entre 5% e 6% no segundo trimestre deste ano, se aproximando dos 6,7% registrados nos três últimos meses de 2010, época em que o governo começou a tomar medidas para esfriar a economia após ter constatado que havia estimulado demais o país para sair da crise financeira mundial de 2009.

Recuperação dos investimentos - Esse avanço brusco da demanda interna, porém, não preocupa o economista-chefe da LCA, Bráulio Borges. Segundo ele, no primeiro trimestre de 2012, o PIB ainda vai ser puxado pelo consumo das famílias, mas a partir do segundo trimestre haverá uma mudança na composição da demanda interna, com uma forte recuperação dos investimentos. A estimativa da LCA é que o investimento recue 0,7% no primeiro trimestre e depois cresça 3% no segundo, sempre considerando a comparação com o trimestre anterior e feito o ajuste sazonal. "Daí pra frente, o crescimento do Brasil vai ser puxado por investimentos. Consumo terá uma participação menor", diz Borges.

Crescimento sem inflação - Em sua avaliação, o consumo das famílias também continuará crescendo, mas em menor intensidade que a formação bruta de capital fixo. Ele projeta 0,6% no primeiro trimestre e 1% no segundo, sempre na comparação com os três meses anteriores. É devido a essa previsão de mudança na composição do crescimento do país que Borges não vê o risco de a economia passar por uma nova fase de aquecimento exagerado. "Temos uma ociosidade na economia que ainda não foi absorvida. Por isso é possível crescer sem gerar inflação", diz.

Pé no freio - Essa visão, porém, não é consenso. A Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Tendências Consultoria estão entre as instituições que consideram possível um crescimento muito intenso da demanda interna ainda este ano. "O consumo das famílias está aumentando mais rápido do que deveria. Se continuar assim, o governo vai ser obrigado a novamente colocar o pé no freio lá na frente", afirma a economista da FGV, Silvia Matos.

Descompasso - O que preocupa a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências, é o descompasso. "O ideal seria o governo tentar frear o consumo e aumentar o investimento, para ampliar a capacidade produtiva. Mas o que vem acontecendo é exatamente o contrário", destaca. Pelos seus cálculos, o consumo das famílias aumentou 0,8% entre o quarto trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2012, período em que a formação bruta de capital fixo recuou 1,3%. "Deveremos ver uma melhora nos investimentos no segundo semestre, com os efeitos do afrouxamento monetário e a esperada saída do papel de projetos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], mas o descasamento com o consumo permanecerá grande".

Sustentação - O crescimento da renda, a redução do desemprego, a expansão do crédito e o aumento da confiança do consumidor, enumera Alessandra, sustentam o vigor da demanda. O único fator que podem atenuar o avanço do consumo, em sua avaliação, é o alto nível de comprometimento da renda. "A inflação de serviços está desacelerando bastante, o que pode indicar que as dívidas estão limitando o consumo."

Oferta - O gargalo da expansão econômica brasileira, para o economista-chefe do BanifInvest, Mauro Schneider, não está na demanda interna, mas na oferta. "Com exceção dos serviços, as demais necessidades de consumo estão sendo atendidas pelos importados. Se quisermos continuar crescendo, precisamos aumentar nossa produtividade." Mas, até que os investimentos se transformem em melhor capacidade de produção, lembra Marcelo Kfoury, superintendente do departamento econômico do Citibank, eles permanecem como demanda e, portanto, também influenciam a inflação.

Mudança no quadro - O limite do crescimento da demanda, para a economista Fernanda Consorte, do Santander, será imposto pela inflação. Por enquanto, ela não espera uma repetição do superaquecimento do passado, mas também não descarta essa possibilidade. "O que tem permitido uma desaceleração da inflação é o menor reajuste em administrados e os preços comportados dos alimentos. Mas, ano que vem, esse quadro deve mudar", diz. Sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de alta de 6% em 2013.

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Plenário deve iniciar nesta terça a análise do parecer de Paulo Piau do novo Código Florestal



Relator fez 21 mudanças no texto aprovado no Senado, e expectativa é que votação seja concluída nesta quarta

Os deputados começam nesta terça, dia 24, a discussão na Câmara dos Deputados do texto aprovado pelo Senado para o Código Florestal (PL 1876/99). Como há divergências sobre as mudanças feitas pelo relator, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), a expectativa é que a votação só seja concluída nesta quarta. A matéria será analisada em sessão extraordinária, já que a pauta das sessões ordinárias da Câmara está trancada por oito medidas provisórias.

O relator fez 21 mudanças no texto aprovado no Senado, mas não liberou o seu parecer. Ele adiantou, porém, que vai propor a retirada das regras de recuperação das áreas de preservação permanente (APPs) em torno dos rios. Os textos aprovados tanto na Câmara quanto no Senado estipulam que, para cursos d’água com até 10 metros de largura, os produtores rurais devem recompor 15 metros de vegetação nativa.

A retirada de outros dois dispositivos do texto do Senado atende aos ruralistas. O primeiro dividia os produtores rurais em categorias para receber incentivos; o segundo impedia o recebimento de crédito agrícola por produtores que não promovessem a regularização ambiental em cinco anos.

Algumas das mudanças propostas por Piau deverão ser decididas por meio de destaques  para votação em separado, a favor ou contra o parecer do relator, seja para manter o texto da Câmara ou o do Senado. Nesta fase do processo legislativo, o Regimento Interno não permite a criação de novos textos, apenas a montagem da redação final com partes do substitutivo do Senado e da Câmara; ou a aprovação integral de uma das versões.

Expectativa no setor

Para o assessor da Fetag, Alexandre Scheifler, o relatório ainda precisa de ajustes. Ele acredita, no entanto, que estas modificações serão feitas durante a sanção da presidente Dilma Rousseff.

– Este é um dos acordos que está sendo cogitado, para que o governo faça alguns ajustes, principalmente pela presidente Dilma Rousseff, por meio de decretos ou medidas provisórias para que se possa contemplar, principalmente, a questão das áreas consolidadas para o Rio Grande do Sul – avalia.

O consultor ambiental da Farsul, Ivo Lessa, salienta que a aprovação da matéria vai dar tranquilidade para os produtores. Mesmo assim, ele salienta que ainda há a preocupação de como o produtor vai se adequar a todas estas mudanças.

– É um documento norteador, mas temos várias formas de nos adequar, como na questão dos cadastros, análises de projetos, reserva legal. Tudo isso vai passar por regulamentações, tanto em nível federal como estadual e, em alguns casos, até municipal – ressalta.

Fonte: Câmara dos Deputados e Rádio Gaúcha
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Exportações do TO crescem mais de 240% no primeiro trimestre de 2012



O agronegócio continua sendo o principal impulsor para o crescimento das exportações do Tocantins. No primeiro trimestre de 2012, o aumento nas exportações em relação ao mesmo período de 2011 foi de 245% em valores e 773% em toneladas de produtos, segundo levantamento divulgado esta semana pelo MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em janeiro foram exportadas mais de três mil toneladas de produtos, dos quais 98% são referentes à carne, gerando um volume cerca de US$ 14 milhões. Em fevereiro, a quantidade exportada foi maior que três mil toneladas, gerando aproximadamente US$ 15 milhões.

No mês de março, a exportação superior a 45 mil toneladas, sendo 33 mil de soja e mais de 8 mil toneladas de carne, atingindo um volume de US$ 30,6 milhões. O que significa um crescimento de 287% em valores praticados e 1.565% de volume exportado (kg) negociadas em relação a 2011.

Dados 2011

Em janeiro de 2011, o Tocantins exportou 1,5 mil tonelada de produtos relacionados ao agronegócio, gerando um volume de US$ 6 milhões. No mês de fevereiro, foram comercializadas 1,6 mil toneladas, gerando cerca de US$ 7 milhões. Em março, a comercialização foi maior que 2,2 mil toneladas, atingindo um volume de US$ 10,6 milhões.

Para o diretor de Sustentabilidade no Agronegócio da Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Corombert Leão, esse crescimento é atribuído à política eficiente de produção sustentável e inserção, principalmente, dos produtos tocantinenses no mercado mundial. “Outro fator foi a antecipação da soja comercializada desses produtos, que geralmente ocorrem a partir de abril, mas a colheita começou mais cedo e as exportações também”, afirma o diretor.

Fonte: Sec. Agricultura do TO
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