quarta-feira, 25 de abril de 2012
EUA: novo caso de “vaca louca” é registrado
O veterinário chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), John Clifford, divulgou nesta terça-feira (24) a seguinte declaração sobre a detecção de Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB (a doença da “vaca louca”) no país:
“Como parte de nosso sistema direcionado de vigilância, o Serviço de Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (APHIS) do USDA confirmou o quarto caso de EEB do país em uma vaca leiteira na região central da Califórnia. A carcaça do animal está sendo mantida sob autoridade do Estado em um estabelecimento de processamento na Califórnia e será destruída. O animal não foi encaminhado para abate para consumo humano, de forma que não apresentou em momento algum risco para o fornecimento de alimentos ou para a saúde humana. Além diso, o leite não transmite EEB.
Os Estados Unidos vêm há muito tempo integrando medidas de segurança para proteger a saúde humana e animal contra a EEB. Para a saúde pública, essas medidas incluem o embargo do USDA a materiais de risco especificado, ou SRMs, da cadeia de fornecimento de alimentos. Os SRMs são partes do animal que têm mais chances de conter o agente causador da EEB se esse estiver presente em um animal. O USDA também proibiu todos os animais com problemas de locomoção (às vezes chamados de “downer”) de entrar na cadeia de alimentos humanos. Para a saúde animal, a proibição pela Administração de Alimentos e Drogas (FDA) de materiais de ruminantes na alimentação de bovinos preveniu a disseminação da doença no rebanho bovino.
Evidências mostram que nossos sistemas e medidas de segurança para prevenir a EEB estão funcionando, à medida que são ações similares às tomadas por países em todo o mundo. Em 2011, houve somente 29 casos no mundo todo de EEB, um declínio dramático e uma redução de 99% desde o pico em 1992, de 37.311 casos. Isso é diretamente atribuível ao impacto e a efetividade das proibições impostas aos alimentos animais como principal medida de controle da doença.
Amostras do animal em questão foram testadas no Laboratório Nacional de Serviços Veterinários do USDA em Ames, Iowa. Os resultados confirmatórios (usando imuno-histoquímica e testes Western blot) confirmaram que o animal era positivo para uma EEB atípica, uma forma muito rara da doença não geralmente associada com o consumo animal de ração infectada.
Estamos compartilhando nossos resultados laboratoriais com laboratórios internacionais de referência em saúde animal no Canadá e na Inglaterra, que têm laboratórios oficiais de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Esses laboratórios têm uma experiência extensiva em diagnosticar EEB atípica e revisarão nossa confirmação dessa forma da doença. Além disso, conduziremos uma ampla investigação epidemiológica em conjunto com oficiais de saúde pública e animal da Califórnia e com o FDA.
A EEB é uma doença neurológica progressiva entre bovinos que é sempre fatal. Ela pertence à família das doenças conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis. Os animais afetados podem apresentar nervosismo ou agressão, postura anormal, dificuldade de coordenação e para se levantar, redução na produção de leite ou perda no peso corpóreo apesar da continuidade do apetite.
Essa detecção não afeta de forma alguma o status de EEB dos Estados Unidos conforme determinado pela OIE. Os Estados Unidos têm em vigor todos os elementos de um sistema que a OIE determinou que garante que a carne bovina e os produtos de carne são seguros para consumo humano: proibição na ração de mamíferos, remoção de materiais de risco especificado e uma forte vigilância.
O USDA continua confiante na sanidade do rebanho nacional e na segurança da carne bovina e dos produtos lácteos. À medida que a investigação epidemiológica progridir, o USDA continuará a comunicar as descobertas de forma oportuna e transparente.”
Em 23 de dezembro de 2003, o primeiro caso de EEB foi descoberto em uma vaca holandesa adulta no Estado de Washington. Em 24 de junho de 2005, o USDA confirmou um caso de EEB em uma vaca no Texas. Em 15 de março de 2006, o terceiro caso positivo foi confirmado em uma vaca em Alabama.
Em julho de 2006, o USDA mudou para um programa de vigilância que correspondia à prevalência extremamente baixa da doença nos Estados Unidos. A prevalência nos Estados Unidos é de menos de 1 caso por milhão de bovinos adultos.
Um porta-voz da Federação de Exportação de Carnes dos Estados Unidos (USMEF, sigla em inglês) se recusou a comentar se essa descoberta teria algum impacto nas exportações de carne bovina dos Estados Unidos ou nas relações com os parceiros comerciais.
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Cresce busca por informações sobre setor sucroenergético por universidades
Grupo de estudantes de MBA de Negócios da Universidade do Texas visita a UNICA
Do início do ano até o final da primeira quinzena de abril de 2012, 13 comitivas de estudantes de diversas nacionalidades já visitaram a sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo (SP), um tipo de procura que vem crescendo nos últimos anos. Na terça-feira (17-04) foi a vez dos alunos americanos do curso de MBA de Negócios da Universidade do Texas, nas cidades de Houston e Dallas.
“Os alunos passaram um semestre aprendendo sobre o Brasil e tiveram que escolher uma indústria na qual teriam que explorar oportunidades de negócios, para confecção de um relatório. Dois dos grupos que compõem o MBA escolheram a indústria de biocombustíveis,” explicou Janet Dukerich, responsável pelo curso de MBA da universidade.
O grupo, composto por 60 pessoas, foi recebido pela coordenadora de Relações Institucionais da UNICA, Luana Maia, que conduziu uma apresentação sobre a indústria da cana e destacou a conjuntura do mercado doméstico, o desenvolvimento de programas de biocombustíveis no mundo e práticas sustentáveis adotadas no Brasil para a produção de etanol.
A representante da UNICA também detalhou mecanismos para o aprimoramento de práticas sustentáveis, citando como exemplo os projetos já em vigor no Brasil, como o Protocolo Agroambiental do Estado de São Paulo, o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar e o Projeto RenovAção, este último que requalifica trabalhadores do corte manual da cana em razão do avanço da colheita mecanizada. Políticas públicas para o setor sucroenergético atualmente em discussão, como o novo modelo de regulação do etanol pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também foram discutidas.
Visitas à UNICA
Grupos como o da Universidade do Texas que visitaram a UNICA este ano incluem a da Johns Hopkins University e Georgetown University, dos Estados Unidos, além de delegações da Universidade de Viena, Áustria, da Universidade de Queensland, da Austrália e a London School of Economics, da Inglaterra, entre outras.
“O interesse pelo desenvolvimento e o futuro do setor é visível, visto o número de visitantes que recebemos ao longo do ano. São delegações de diversas nações, todos interessados na tecnologia do setor para a produção dos produtos que tem a cana como origem,” explica Maia.
Em média, os grupos universitários que visitam a UNICA são compostos por 20 pessoas.
Entre as dúvidas mais comuns destacam-se perguntas relacionadas à Amazônia, o uso da terra para plantio de cana e o bem sucedido programa de biocombustíveis adotado pelo Brasil.
“Geralmente querem saber se existem plantações de cana em biomas preservados e como o setor espera crescer sem degradar essas áreas. O uso do etanol misturado à gasolina é outro tema de muitas discussões e curiosidades,” destacou. “Há também aqueles que perguntam como o etanol vai competir com outras fontes renováveis e até mesmo com os carros elétricos,” afirmou a coordenadora.
Em 2011, a UNICA recepcionou 160 delegações internacionais de 45 países, destas 30 foram de estudantes. “Pela grande procura, acreditamos que em 2012 receberemos ainda mais grupos,” conclui Luana.
Fonte: Unica
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Tecnologias para a pecuária serão apresentadas na Agrishow
Com uma área cultivada para pastagem de 2.347 hectares, 1.700 cabeças de gado para corte e uma produção de leite tipo B de um milhão de litros por ano, a região de Ribeirão Preto, no interior do Estado de São Paulo, ocupa um espaço importante no setor pecuário brasileiro. Os dados são da Casa de Agricultura do município.
Para atender as necessidades desse mercado, fabricantes de equipamentos e acessórios investiram em novas soluções, que serão apresentadas na Agrishow 2012 - 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação. As novidades vão de réguas em concreto pretendido a sistema de alimentação controlada para suínos.
A Currais Itabira levará a Agrishow as Réguas em Concreto Protendido e Auto Adensável e novos projetos anti-stress para serviços cotidianos em confinamentos e fazendas de cria. De acordo com o fabricante, os produtos oferecem maior resistência e tempo de vida útil, a favor da segurança dos animais.
Já a GSI Brasil apresenta sua linha de produtos para avicultura e suinocultura. O Ninho automático modelo 2012 traz melhoria no acesso as aves, pois sua lateral é mais alta. Este recurso permite uma maior abertura da entrada do ninho que, segundo o fabricante, oferece mais conforto à ave para chocar os ovos. Para os produtores de suinocultura, a empresa apresenta o Multitratos, sistema de alimentação que distribui o alimento em forma “farelada” em comedouros lineares.
Além da pecuária, outros setores importantes do agronegócio terão espaço na Agrishow: aviação, irrigação, ferramentas, caminhões/ônibus/transbordos, máquinas para construção, agricultura de precisão, armazenagem, pneus e automobilístico.
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Votação do novo Código Florestal é momento histórico para o país, afirma presidente da CNA
Entretanto, senadora Kátia Abreu lembrou que, da forma como foi aprovada no Senado, nova lei ambiental vai resultar na perda de 33 milhões de hectares de áreas de produção
A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou que a votação do novo Código Florestal, prevista para esta quarta, dia 25, na Câmara dos Deputados, é um momento histórico para o país.
– O Brasil fará hoje [nesta quarta] uma opção definitiva: continuar produzindo alimento de qualidade e barato ou perder PIB (Produto Interno Bruto), emprego e exportação – afirmou.
A senadora Kátia Abreu lembrou que, da forma como foi aprovada, em dezembro do ano passado, no Senado, a nova lei ambiental vai resultar na perda de 33 milhões de hectares de áreas de produção no país. Sem essa área de produção, o Valor Bruto da Produção (VBP) da produção agropecuária cairá, anualmente, US$ 69 bilhões. O superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 23 bilhões.
Depois de um dia de muitas negociações, a Câmara dos Deputados adiou para esta quarta as discussões sobre o parecer do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) sobre a proposta de atualização do Código Florestal. A decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que suspendeu a sessão dessa terça, dia 24, às 23h, convocando nova sessão extraordinária para 11h, para que o relator faça a leitura do seu substitutivo ao texto aprovado no Senado, inicialmente prevista para esta terça. Os deputados também fecharam acordo para que não seja apresentado nenhum requerimento antes da leitura do parecer do relator, para evitar novas protelações ao debate. Antes do adiamento da discussão, os partidos rejeitaram requerimento do PSOL que pedia a retirada de pauta da matéria.
Para o vice-presidente diretor da CNA, Carlos Sperotto, o início das discussões sobre a votação do relatório do deputado Paulo Piau, chegou a um bom termo no primeiro dia, com a expectativa de “uma posição firme de votação” nesta quarta-feira. Ele aguarda “a consagração de uma etapa”, com a aprovação do novo texto do Código Florestal, embora reconheça que não nos termos ideais para o setor, mas no que foi possível obter. A apreciação da matéria representa a etapa final de discussões sobre a atualização da legislação ambiental brasileira no Congresso Nacional. Depois de aprovada pelos deputados, a matéria segue para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.
Fonte: CNA
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Soja: China eleva importações do grão brasileiro em março
A alfândega da China informou que as importações chinesas da soja brasileira tiveram grande crescimento no mês de março, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os embarques brasileiros de soja para a China se multiplicaram por 13 no mês citado, chegando a 901,4 mil toneladas. No acumulado do ano, o Brasil exportou 2,5 milhões de toneladas, também uma elevação expressiva ante o mesmo período do ano passado.
Outro país que apresentou crescimento significativo de exportações foi a Argentina, com 125 mil toneladas. No ano anterior, esse país não havia exportado nenhum volume para a China.
Já os Estados Unidos, enviaram 3,7 milhões de toneladas, o que se traduz numa alta de 9,5% na comparação anual. Durante os três primeiros meses de 2012, a soma foi de 10 milhões de toneladas, uma queda de 3,8% tendo em vista o mesmo mês do ano passado.
A quantidade de soja exportada pelos EUA, muito superior à da Brasil, acontece porque os brasileiros ainda não colheram toda sua safra. Nos meses seguintes, porém, o Brasil costuma elevar seus embarques.
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