quarta-feira, 25 de abril de 2012

Cresce busca por informações sobre setor sucroenergético por universidades



Grupo de estudantes de MBA de Negócios da Universidade do Texas visita a UNICA 

Do início do ano até o final da primeira quinzena de abril de 2012, 13 comitivas de estudantes de diversas nacionalidades já visitaram a sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo (SP), um tipo de procura que vem crescendo nos últimos anos. Na terça-feira (17-04) foi a vez dos alunos americanos do curso de MBA de Negócios da Universidade do Texas, nas cidades de Houston e Dallas.

“Os alunos passaram um semestre aprendendo sobre o Brasil e tiveram que escolher uma indústria na qual teriam que explorar oportunidades de negócios, para confecção de um relatório. Dois dos grupos que compõem o MBA escolheram a indústria de biocombustíveis,” explicou Janet Dukerich, responsável pelo curso de MBA da universidade.

O grupo, composto por 60 pessoas, foi recebido pela coordenadora de Relações Institucionais da UNICA, Luana Maia, que conduziu uma apresentação sobre a indústria da cana e destacou a conjuntura do mercado doméstico, o desenvolvimento de programas de biocombustíveis no mundo e práticas sustentáveis adotadas no Brasil para a produção de etanol.

A representante da UNICA também detalhou mecanismos para o aprimoramento de práticas sustentáveis, citando como exemplo os projetos já em vigor no Brasil, como o Protocolo Agroambiental do Estado de São Paulo, o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar e o Projeto RenovAção, este último que requalifica trabalhadores do corte manual da cana em razão do avanço da colheita mecanizada. Políticas públicas para o setor sucroenergético atualmente em discussão, como o novo modelo de regulação do etanol pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), também foram discutidas.

Visitas à UNICA

Grupos como o da Universidade do Texas que visitaram a UNICA este ano incluem a da Johns Hopkins University e Georgetown University, dos Estados Unidos, além de delegações da Universidade de Viena, Áustria, da Universidade de Queensland, da Austrália e a London School of Economics, da Inglaterra, entre outras.

“O interesse pelo desenvolvimento e o futuro do setor é visível, visto o número de visitantes que recebemos ao longo do ano. São delegações de diversas nações, todos interessados na tecnologia do setor para a produção dos produtos que tem a cana como origem,” explica Maia.

Em média, os grupos universitários que visitam a UNICA são compostos por 20 pessoas.

Entre as dúvidas mais comuns destacam-se perguntas relacionadas à Amazônia, o uso da terra para plantio de cana e o bem sucedido programa de biocombustíveis adotado pelo Brasil.

“Geralmente querem saber se existem plantações de cana em biomas preservados e como o setor espera crescer sem degradar essas áreas. O uso do etanol misturado à gasolina é outro tema de muitas discussões e curiosidades,” destacou. “Há também aqueles que perguntam como o etanol vai competir com outras fontes renováveis e até mesmo com os carros elétricos,” afirmou a coordenadora.

Em 2011, a UNICA recepcionou 160 delegações internacionais de 45 países, destas 30 foram de estudantes. “Pela grande procura, acreditamos que em 2012 receberemos ainda mais grupos,” conclui Luana.

Fonte: Unica
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

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