terça-feira, 8 de maio de 2012

Produtividade agrícola brasileira cresce mais que a mundial



Efeito mais forte está relacionado aos gastos com pesquisa. Um aumento de 1% nesses gastos resulta em acréscimo de 0,35% sobre a produtividade

Ampliação do crédito rural, incentivo à exportação e à pesquisa são apontados como fatores que impactaram positivamente o crescimento da agricultura brasileira nos últimos 30 anos, especialmente com o aumento da produtividade. 

Enquanto no Brasil a produtividade da agricultura cresce a taxa média de 3,56% ao ano, no mundo, essa taxa decresce. É o que aponta estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O trabalho estima os índices de produtividade total dos fatores (PTF) para a agropecuária brasileira para o período entre 1975-2011 e discute seu desempenho comparado com indicadores do mesmo gênero estimados para as principais agropecuárias mundiais, demonstrando posição de destaque do Brasil nesse contexto. 

Também são analisados os efeitos das políticas sobre a produtividade no Brasil, com destaque para as exportações, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a evolução do crédito rural.

Segundo o coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do ministério, José Garcia Gasques, o efeito mais forte sobre a produtividade está relacionado aos gastos com pesquisa. 

Um aumento de 1% nesses gastos resulta em acréscimo de 0,35% sobre a produtividade. Na sequência, vem o aumento dos desembolsos por conta do crédito rural a produtores, cooperativas e agricultura familiar de 0,25%. 

Já os resultados para as exportações da agricultura mostram um aumento de 1% das exportações do agronegócio em decorrência do aumento de 0,14% da produtividade.

Os efeitos do crédito rural sobre a produtividade ocorrem porque possibilita aos agricultores a aquisição de insumos de melhor qualidade, a adoção de melhores tecnologias e possibilita a ampliação da escala de produção pela aquisição de mais terra ou novos equipamentos. 

Por outro lado, as exportações afetam a produtividade por duas razões principais. A primeira é que a ampliação das vendas ao exterior requer o aprimoramento da qualidade dos produtos e com isso a incorporação de melhorias na produção que somente acontece com maior produtividade. 

A segunda razão é que, para exportar, é necessário o país ser competitivo e isso requer aumentos de produtividade para que seja possível produzir com menores custos. 

“A exportação na maior parte das vezes exige o aumento da escala de produção o que permite o uso de tecnologias mais avançadas”, destacou.

A atuação da pesquisa sobre a produção se dá através das possibilidades que abre em termos de descobertas de novas variedades, mais resistentes e produtivas, técnicas de manejo mais aprimoradas, novas formas de plantio, aprimoramento da qualidade dos insumos, etc. 

Os efeitos da pesquisa não são imediatos, mas cumulativos, chama atenção o técnico. Por isso, os resultados ocorrem após certo período de tempo que depende do tipo de pesquisa, entre outros fatores.

Fonte: Ministério da Agricultura
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J.B. Duarte e Bioverde buscam projeto para biocombustível



Estrutura da associação será definida durante o prazo de vigência do memorando, podendo envolver a realização de consórcio, joint venture ou outras estruturas

A Indústrias J.B. Duarte informou que assinou nessa segunda, dia 7, um memorando de entendimentos com a Bioverde Indústria e Comércio de Biocombustíveis e seus acionistas, para a possível implantação de um projeto para a exploração de produtos industriais relacionados a química verde, biocombustíveis e outros produtos que possam ser desenvolvidos nas plantas da Bioverde. O memorando é não vinculante e tem prazo de vigência de 60 dias.

A estrutura da associação será definida pelas partes durante o prazo de vigência do memorando, podendo envolver a realização de consórcio, joint venture ou outras estruturas, disse a J.B. Duarte. Caso a associação seja concretizada, inicialmente a Bioverde contribuirá com ativos e insumos industriais, enquanto a J.B. Duarte disponibilizará recursos financeiros da ordem de até R$ 50 milhões. A documentação definitiva da transação determinará a participação das partes no projeto.

A Bioverde é uma empresa de capital fechado que possui uma planta arrendada em Taubaté e um complexo industrial próprio em Sorocaba, ambos no interior do Estado de São Paulo. A Bioverde possui capacidade de produzir 181 mil metros cúbicos de biodiesel e produtos de química verde por ano.

A J.B. Duarte, por sua vez, possui histórico e expertise no segmento industrial de óleos vegetais, tendo atuado nesse segmento de 1936 a 1996. Em meados da década de 1990, a empresa abandonou esse segmento e, desde então, iniciou projetos em áreas como a de loteamento imobiliário e de reflorestamento.

Fonte: Agência Estado
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Rússia recua na liberação da carne brasileira



A liberação da entrada da carne suína brasileira na Rússia, cogitada no último mês, não deve ocorrer tão cedo. Pelo menos é o que indicam as informações diretas de Moscou. Para o Serviço Federal de Controle Veterinárioa e Fitossanitário da Rússia, a fiscalização brasileira ainda possui pontos “fracos” que impedem a ampliação da lista de empresas autorizadas a exportar. Os embargos vigoram há dez meses e limitam o mercado da carne suína do Paraná, setor que está em dificuldade devido também aos embargos impostos pela Argentina. A Rússia deve manter e pode até ampliar os embargos pelo menos até junho deste ano, conforme o governo do país. Neste mês, representantes de Moscou percorrem os estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Fonte: Gazeta do Povo
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Prefeito de Sorocaba (SP) inaugura usina móvel de biodiesel



"Essa é a primeira Usina de Biodiesel Móvel autossustentável do país, onde todo processo é feito a partir de energia solar e um gerador movido à biocombustível. Estou muito feliz com mais esse passo que estamos dando para a melhoria da coleta seletiva de Sorocaba", declarou o prefeito Vitor Lippi na manhã da última sexta-feira (4), durante o lançamento da Usina de Biodiesel Móvel de Sorocaba. O evento aconteceu em frente à Estação Ferroviária.

Iniciativa da Prefeitura, por meio da Secretaria de Parcerias (Separ), em parceria com a Universidade de Sorocaba (Uniso), a unidade itinerante montada sobre uma carreta produzirá combustível biodegradável a partir de óleo de cozinha usado.

Além de colaborar na preservação do meio ambiente e gerar uma nova fonte de renda às cooperativas da cidade, pois vai inseri-las na cadeia produtiva do biodiesel, a Usina de Biodiesel Móvel se consolidará como um novo espaço educador, voltado ao conceito de "Cidade Saudável, Cidade Educadora". "A maior aprendizagem é a vivencial. As crianças que conhecerem a nossa unidade móvel e participarem desse processo não vão mais esquecer dessa experiência. Esse será mais um espaço do nosso Roteiro Educador", destacou Lippi.

A carreta produzirá o biodiesel a partir do óleo de cozinha usado, residencial ou comercial, encaminhado diretamente na Usina, nas cooperativas de catadores parceiras da Prefeitura ou nas escolas e outros espaços visitados, conforme agendamento. O produto deve estar acondicionado em garrafas plásticas ou recipientes semelhantes. "Nossa ideia é conscientizar toda a população, principalmente os comerciantes de bares e lanchonetes da cidade, quanto à importância do descarte consciente do óleo de cozinha usado", explica o secretário Fernando Oliveira.

Para o meio ambiente os benefícios são inúmeros. Nos rios, o óleo de cozinha provoca a impermeabilização dos leitos, potencializando a possibilidade enchentes. Com a Usina de Biodiesel Móvel, a Prefeitura dará uma destinação adequada ao produto, evitando que milhares de litros sejam despejados em esgotos, depósitos de lixo, rios ou lençóis freáticos. "O óleo de cozinha é um resíduo tóxico que possui valor financeiro e é descartado diariamente pela população de forma inconsequente", destaca Gislaine Vilas Boas, assessora técnica da Separ.

Além disso, haverá a produção de energia de menor impacto ambiental, reduzindo a poluição do ar. A substituição parcial do petróleo por biodiesel reduz o consumo deste combustível fóssil reconhecido como um dos agentes causadores do efeito estufa. Entre as vantagens de utilização do biodiesel estão: facilidade de transporte de manuseio, menor emissão de gases estufas, matéria-prima nacional biodegradável e renovável, baixa toxicidade e alta lubricidade e boa disponibilidade.

Para Jussara de Lima Carvalho, secretária do Meio Ambiente, essa iniciativa será um ganho ambiental enorme para Sorocaba. "Além de ajudarmos na reciclagem e evitar que esse resíduo seja descartado incorretamente na natureza, vamos ter geração de um biocombustível. Isso tudo dá coerência a política ambiental do município", ressaltou.

Construída como uma ferramenta didática, a Usina funcionará também como um laboratório itinerante de ciências, permitindo que o processo de conversão seja visível às pessoas. A unidade também poderá, conforme agendamento, percorrer escolas para disseminar conhecimento in loco e possibilitar, por meio da educação não formal, que as pessoas participem ativamente da construção do desenvolvimento sustentável.

Também presentes no evento estavam o vice-prefeito e secretário de Governo e Relações Institucionais, José Aílton Ribeiro, os vereadores Rozendo de Oliveira e Luís Santos, os secretários municipais Edmilson Chelles (Cultura e Lazer) e Maria Teresinha Del Cístia (Educação), além de integrantes das cooperativas e representantes de universidades e faculdades de Sorocaba.

Como vai funcionar

A Usina de Biodiesel Móvel ficará estacionada no campus Raposo da Uniso e terá um roteiro de visitas em escolas (municipais, estaduais e particulares). O agendamento deverá ser feito pelo telefone 3219.2281, da Separ, responsável pela organização logística da unidade.

Além disso, dentro de aproximadamente 60 dias, em alguns dias e horários, a carreta ficará estacionada em pontos estratégicos da cidade para que a população faça a destinação do óleo de cozinha usado. Os locais estão sendo estudados pela Urbes – Trânsito e Transportes, já que a carreta possui aproximadamente 15 metros de comprimento e pesa mais de 15 toneladas.

De acordo com a Separ, além das escolas, a unidade também atenderá populares interessados em saber como descartar o óleo de cozinha de maneira responsável e a transformação em biodiesel, que vão desde a filtragem do óleo, aquecimento, misturador de reagentes, decantação, lavagem e emulsão. A capacidade total da carreta é de armazenar mil litros de combustível. Em cada batelada são produzidos cerca de 220 litros.

Após o final do processo de produção, que dura aproximadamente duas horas cada batelada, o biodiesel poderá ser utilizado para abastecer os 13 caminhões do Programa de Coleta Seletiva de Sorocaba.

Para a sua operação serão necessários dois técnicos em química e um ajudante. Além deles, dois estudantes de Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental da Uniso vão atuar como estagiários da unidade de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e, eventualmente, aos finais de semana.

Supervisionados por coordenadores da Uniso, os alunos terão, entre outras atividades, dar toda a orientação a alunos e população em geral sobre o processo de transformação de óleo de cozinha em biodiesel, promover e acompanhar a produção do biodiesel, realizar análises técnicas e químicas do combustível. A Separ ficará responsável pela capacitação contínua dos estagiários, com palestras, seminários e orientações coletivas e individuais.

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Dilma tem até dia 25 para decidir sobre Código Florestal



Foi protocolado nesta segunda na Casa Civil da Presidência da República o texto do Código Florestal, aprovado em abril passado na Câmara dos Deputados. A presidente Dilma Rousseff terá até o dia 25 deste mês para se definir sobre o tema, pois o prazo de 15 dias úteis conta a partir de hoje, informou a Casa Civil.

O resultado da Câmara agradou à bancada ruralista e acabou impondo uma derrota para a presidente, que defendia o texto acordado no Senado Federal. Dilma ainda analisa vetar parcialmente o texto para impedir que produtores rurais deixem de recuperar parte da área desmatada, sobretudo às margens de rios.

A presidente se encontrou nesta segunda-feira com a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), uma das representantes da bancada ruralista e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O tema do encontro não foi divulgado pelo Palácio e a senadora também não falou com a imprensa depois do encontro.

Um dos interlocutores mais próximos de Dilma, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse semanas atrás que o Palácio do Planalto vai analisar com "serenidade" e "sangue frio" os vetos ao texto do Código Florestal.

Em mensagem enviada ao Partido Verde (PV) após o primeiro turno das eleições de 2010, na tentativa de conquistar o apoio de Marina Silva, Dilma disse expressar "acordo com o veto a propostas que reduzam áreas de reserva legal e preservação permanente, embora seja necessário inovar em relação à legislação em vigor". "Somos totalmente favoráveis ao veto à anistia para desmatadores", afirmou Dilma, na carta.

Fonte: Agência Estado
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Plano definirá ações para erradicar tuberculose bovina em MT



Mato Grosso será o primeiro estado brasileiro a contar com um programa de erradicação da tuberculose bovina 

A meta é zerar os casos da doença na unidade federada que atualmente detém o maior plantel do Brasil, com 29,1 milhões de exemplares. Os casos ainda preocupam os pecuaristas.

Em 2009, quando foi realizada a última coleta para averiguar a incidência do problema, o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), confirmou 14,3 mil animais infectados em 1.213 propriedades.

A tuberculose se manifesta em bovinos que já estão grandes e prontos para o abate, mas desde o início da vida do animal pode estar presente, explica a coordenadora de Defesa Animal Indea, Daniella Soares.

Exames clínicos são a principal forma de se constatar a patologia. Conforme Daniella Soares, apesar de ser possível detectar a doença nos animais por meio das análises, ainda é difícil o diagnóstico porque os bovinos infectados apresentam os sintomas (problemas respiratórios) tardiamente. "Ela é uma doença considerada clinicamente grande. Os sintomas só se manifestam no final da vida do animal", pontuou a veterinária, ao Agrodebate.

A tuberculose bovina representa um risco à saúde humana, porque pode ser transmitida por meio do consumo do leite e da carne do animal. Pode levar à morte.

Etapas do programa

Até o dia 11 de maio será formado em Mato Grosso o 'Comitê Consultivo Estadual' do programa. Ele será constituído por representantes de várias entidades ligadas ao setor pecuário e que ficarão responsáveis pela implantação do projeto.

Em junho, entidades e o órgão de controle da sanidade animal devem apresentar o programa em Brasília, para o Ministério da Agricultura. Juntos, querem elaborar uma legislação para instituir o Plano de Erradicação de Tuberculose Bovina.

Durante o período de definição do plano, o Indea deve realizar um mapeamento de todas as propriedades do estado que comercializam leite. Está inclusa também às etapas do programa levantamento que apontará o rebanho existente em cada propriedade do estado.

A viabilização de um plano estratégico para eliminar a doença deve fazer com que as pressões internacionais sobre a carne brasileira diminuam e assegurar mais competitividade ao produto. "Hoje a cobrança maior que temos é da União aduaneira. Esse programa tem a finalidade de determos esta doença por causa da baixa incidência", frisou.

As diretrizes para formação do programa foram definidas durante reunião na sede do Indea em Cuiabá, na sexta-feira (04).

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