quinta-feira, 21 de junho de 2012

Subsídios agrícolas do Brasil são questionados por EUA, UE, Canadá e Austrália



Os governos dos Estados Unidos (EUA), União Europeia (UE), Canadá e Austrália começam a se preocupar com os níveis de subsídios dados pelo Brasil para a agricultura. Hoje, diplomatas desses países vão questionar na Organização Mundial do Comércio (OMC) o volume de apoio do Estado brasileiro ao setor agrícola. Por décadas, foi o Brasil que questionou de forma intensa os subsídios dos países ricos, chegando a vencer disputas legais contra a ajuda americana ao algodão e a ajuda europeia ao açúcar.

Agora, o Brasil já é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo e, em 2012, poderá fechar o ano pela primeira vez com vendas acima de US$ 100 bilhões. O que os países ricos querem saber, portanto, é até que ponto essa expansão é fruto da competitividade ou de um incremento nos subsídios.

Não se trata de uma disputa nos tribunais da entidade. Mas o questionamento é uma demonstração de que esses países estão de olho na intervenção brasileira e que estão dispostos a manter um escrutínio nos programas nacionais.

Pelas regras da OMC, o Brasil tem o direito de dar subsídios distorcivos e que afetam a produção no valor de até US$ 913 milhões, distante dos mais de US$ 20 bilhões autorizados apenas para os EUA e de um valor ainda maior pelos europeus. Há poucas semanas, o Brasil entregou à entidade um resumo de tudo o que deu para a agricultura entre 2007 e 2009. Apesar do atraso de anos, o governo insiste nos documentos que não ultrapassou o teto estabelecido pela OMC.

O que países querem saber, porém, é como o Brasil classifica seus subsídios, já que poderia estar colocando dinheiro em programas que não contariam como ajuda ilegal. As perguntas não ocorrem por acaso. Entre 2006 e 2012, o Brasil praticamente dobrou o volume de exportações agrícolas. Nos últimos meses, tanto Brasil, quanto Rússia e China, passaram a ser alvos de questionamentos em relação a seus subsídios para a agricultura. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em dez anos, Pequim passou de zero por cento em financiamento à produção agrícola para um apoio de 20%.

O avanço da produção brasileira também surpreende esses governos. O País, por exemplo, está prestes a conquistar a posição que historicamente é dos EUA como maior fornecedor de soja no mundo. Dados da FAO indicam que a exportação brasileira vai praticamente se igualar à americana no fim deste ano e que os EUA estão “condenados” a serem superados pelo Brasil já a partir de 2013-2014.

A exportação americana cairá de 41,5 milhões de toneladas em 2011 para 36,4 milhões ao fim deste ano. No caso do Brasil, a tendência é contrária, com as vendas subindo de 31,1 milhões de toneladas para 35,6 milhões, bem acima da média de 2007 a 2010 quando o volume anual ficou em apenas 28 milhões de toneladas. Juntos, Brasil e EUA dominam hoje praticamente 70% do mercado mundial.

Não é apenas na soja que o Brasil ganhará destaque nos próximos anos. O País, segundo a FAO, já se transformou em um dos quatro maiores exportadores de milho, com 10 milhões de toneladas previstas para 2012, 10% de elevação.

No segmento de carnes, a FAO indica que o Brasil consolidará sua posição em 2012 e 2013 de vice-líder entre os exportadores mundiais. O País deve exportar 6,1 milhões de toneladas de carnes, contra uma venda estagnada dos EUA de 7,5 milhões de toneladas.

Fonte: O Estado de S.Paulo
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Em 20 anos, todos voos serão com biocombustível, diz Gol



A Gol calcula que em 20 anos todos os seus voos no País sejam movidos com biocombustíveis, disse nesta terça-feira o vice-presidente técnico operacional da aérea, Adalberto Bogsan. No entanto, ainda vai levar um período de cinco a dez anos para que a operação de voos abastecidos com biocombustível seja viável em escala comercial no Brasil, de acordo com o executivo.

Nesta terça-feira a Gol fez um voo testando a utilização de biocombustível feito a partir de uma mistura de óleo de milho não comestível proveniente da produção de etanol de milho e de óleos e gorduras residuais, combinado com querosene de aviação, na proporção mínima de 50%. Bogsan disse que o próximo passo é usar esse produto em escala comercial. "Precisamos aumentar o volume de biofuel (biocombustível) porque assim conseguiremos ter uma escala maior de produção (...) para usar isso numa linha normal de utilização para voos comerciais", disse o executivo à Agência Estado após participar de entrevista coletiva no aeroporto Santos Dumont, no Rio.

Para viabilizar a produção em grande quantidade e a utilização dos biocombustíveis em escala comercial, Bogsan disse que são necessárias políticas públicas para o setor. Segundo ele, o uso comercial depende da equiparação do biocombustível aos combustíveis tradicionais por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "Dependemos muito do governo para incentivar a produção e dar apoio às iniciativas privadas para que consigamos atingir as metas", afirmou. O executivo acrescentou que a concessão de incentivos tributários num primeiro momento "seria o melhor dos mundos".

Também nesta terça-feira a Azul fez um voo experimental entre Campinas e o Rio utilizando biocombustível, desenvolvido pela Amyris a partir da cana-de-açúcar.

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Soja: Importações da China aumentam 16% em maio



A Administração Geral das Alfândegas da China divulgou que o país importou 5,28 milhões de toneladas de soja no mês de maio. O número representa um aumento de 16% se comparado ao mesmo período do ano passado.

Durante o ano, as importações chinesas já vinham apresentando alta em comparação a 2011, e não apenas com relação à soja. O algodão e o trigo apresentam o mesmo cenário, sendo que para o último o país importou 556,6 mil toneladas neste ano, em comparação a 10,4 mil toneladas de um ano antes.

Fonte: Valor Econômico e Dow Jones Newswires
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Seca afeta folha, mas produtor recebe melhor



Embora a estiagem tenha prejudicado a qualidade do fumo da família Sulzbaher, em Santa Cruz do Sul (RS), o casal Benno e Marlene conseguiu uma remuneração melhor da indústria, no início do ano, pelas 352 arrobas (15 quilos) que colheu.

Os dois ganharam R$ 101,50 por arroba, ante R$ 85 pagos no começo do ano anterior, quando a produção havia sido menor (280 arrobas).

"Este ano os pés não cresceram tanto, o sol queimou as folhas. Mas o peso foi bom, 352 arrobas", disse Marlene, referindo-se aos 30 mil pés plantados. A Premium Tabacos foi a indústria que comprou sua produção, segundo ela.

Os fumicultores de Santa Cruz - cidade onde se concentram as fábricas de cigarro brasileiras - costumam plantar o fumo em fins de novembro, para iniciar a colheita em meados de novembro. Benno e Marlene colhem tudo a mão - somente eles na faina - durante três meses.

Nos três estados do sul, que formam o polo da cultura do tabaco no Brasil, praticamente toda a produção é integrada à indústria, e cerca de 40% dos agricultores são arrendatários de terra, de acordo com o tesoureiro da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher.

Para uma lavoura de fumo, pior do que a seca é o excesso de chuva, segundo ele.

Fonte: BAND
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Análise de Mercado - 21 de Junho de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo

A baixa nos preços do suíno em Mato Grosso fez o setor entrar em colapso. Mesmo com a aprovação de linha de crédito, alguns suinocultores já desistiram de continuar na atividade, o que resultou no fechamento de várias granjas e com muitas outras à beira da falência. Os suinocultores passam pela pior crise da história.

De acordo com dados da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o preço do quilo de venda do suíno é de R$ 1,75, o mais baixo de todo o Brasil. Comparado com São Paulo que comercializa a R$ 2,05 e Minas Gerais (R$ 2,20), os suinocultores avaliam que a produção se tornou insustentável. O produtor de Mato Grosso gasta em média R$ 2,25 com custos de produção do animal, uma desvalorização de aproximadamente 30% na venda.

Para o presidente da Acrismat, Paulo Lucion, os custos de produção estão tornando a atividade inviável. "Os preços dos insumos para alimentar os suínos estão muito caros. O valor do milho e da soja aumenta constantemente, já o quilo do suíno só apresenta queda", informou o presidente.

A desistência da suinocultura já é uma realidade para diversos produtores de Mato Grosso. O empresário Jackson Luiz Dulnik, que possui uma propriedade em Sorriso (412 km de Cuiabá), abandonou a atividade este mês. "Eu comprava leitões para a engorda, mas infelizmente o preço do suíno está muito baixo. Estou tendo muito prejuízo, pois tenho gastos com a alimentação do animal e na hora de vender o preço não é valorizado", explicou. (Suino.com)
  • GO R$2,40
  • MG R$2,40
  • SP R$2,24
  • RS R$2,31
  • SC R$2,00
  • PR R$1,98
  • MS R$2,00
  • MT R$2,26

Frango vivo

Graças ao frango, a "cesta de animais vivos" (cujo valor corresponde ao preço pago ao produtor por 1 kg de frango, de boi e de suínos vivos) começou – pela primeira vez neste ano – a registrar variação positiva em relação ao mesmo dia do ano passado.

Mas, até agora, a valorização obtida é ínfima, permanece visivelmente aquém da inflação acumulada em 12 meses. Ontem, por exemplo, a "cesta" estava valendo R$10,73, ou seja, cinco centavos a mais que em 20 de junho de 2011.

De toda forma, repetindo, só o frango contribuiu para essa valorização (!). Pois enquanto seu preço é 15,2% superior ao de um ano atrás, a remuneração oferecida ao boi e ao suíno continua negativa, com reduções de 2,1% e 2,5%, respectivamente.

Porém, é sempre importante esclarecer que o ganho do frango é apenas aparente, resulta dos baixíssimos preços experimentados há um ano. E se, no momento, o produto está com uma remunera ção menos defasada que a do boi e a do suíno é porque o setor vem reduzindo o volume produzido. Do contráriO. (Avisite)
  • SP R$1,90
  • CE R$2,45
  • MG R$2,00
  • GO R$1,85
  • MS R$1,85
  • PR R$1,90
  • SC R$1,90
  • RS R$1,90

Ovos

Em um mercado mais calmo nas vendas, devido principalmente ao período do mês, os preços seguem estabilizados.  Mas o interessante é que as ofertas ainda continuam bem equilibradas.

Agora seria um ótimo momento para os produtores colocarem "a casa em dia" e se prepararem melhor para o início de um próximo mês. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$52,00
  • RJ R$56,50
  • MG R$62,00

Ovos vermelhos
  • MG R$65,00
  • RJ R$59,50
  • SP R$55,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 92,69, com a variação em relação ao dia anterior de -0,09%.  A variação registrada no mês de Junho é de -0,18%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 45,55.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$88,00
  • Goiânia GO R$87,00
  • Dourados MS R$88,00
  • C. Grande MS R$88,00
  • Três Lagoas MS R$88,00
  • Cuiabá MT R$85,00
  • Marabá PA R$87,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 68,86. O mercado apresentou uma variação de 1,01% em relação ao dia anterior. O mês de Junho apresenta uma variação de 9,30%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 33,84. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$60,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$62,50
  • Mato Grosso (média estadual) R$63,00
  • Paraná (média estadual) R$68,86
  • São Paulo (média estadual) R$65,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$60,50
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$65,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$64,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 23,92 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,89% em relação ao dia anterior e de -2,84% no acumulado do mês de Junho. 

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 11,75. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$18,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$20,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$16,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$22,00
  • Paraná (média estadual) R$24,50
  • São Paulo (média estadual) R$23,92
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$26,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$26,00

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Izabella Teixeira defende texto final da Rio+20 mas admite dificuldade em convencer países ricos a colaborar



Ministra do Ameio Ambiente acredita que documento indica avanços

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu nesta quarta, dia 20, o conteúdo do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Segundo ela, houve avanços na proteção da biodiversidade, na revisão do modelo de riqueza, na regulação dos oceanos e na erradicação à pobreza. Mas a ministra reconheceu que a principal dificuldade foi convencer os países ricos a assumir compromissos para investir mais recursos nas propostas.

– Houve, sim, dificuldades para que países desenvolvidos alocassem mais recursos – disse a ministra, referindo-se às dificuldades dos negociadores em fechar cifras no documento final devido às resistências dos representantes da União Europeia, dos Estados Unidos e do Japão principalmente.

Os países ricos argumentaram dificuldades causadas pelos impactos da crise econômica internacional. Izabella Teixeira acrescentou ainda que o Brasil insistiu na inclusão da expressão “direitos reprodutivos” em relação às mulheres e em definições específicas dos meios de implementação (metas, objetivos e financiamentos). Mas, segundo ela, a falta de acordo não permitiu a inclusão do tema no documento final.

Ao longo desta quarta, líderes políticos estrangeiros, além de representantes de organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e sociedade civil criticaram o conteúdo do documento. As ONGs pediram, inclusive, para serem excluídas das menções de apoio ao texto.

O secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse, no entanto, que tais resistências não foram apresentadas até a terça, dia 19, quando houve a conclusão das negociações.

– O nível de ambição do texto é de responsabilidade coletiva. Não é de um ou outro país apenas –  disse Figueiredo.

Fonte: Agência Brasil
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