sexta-feira, 22 de junho de 2012

Soja: Com preços recordes no mercado interno, Brasil importa da Argentina



A severa quebra na produção de soja do Brasil e o ritmo acelerado das exportações nacionais da oleaginosa já começam a sinalizar uma falta do produto no mercado brasileiro e está até mesmo estimulando a importação. O analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest, confirmou ao Notícias Agrícolas a importação brasileira de cerca de 25 mil toneladas de soja da Argentina. 

O motivo para essa primeira compra, de uma série de outras, como disse Araújo, é a força do mercado interno brasileiro, que vem registrando preços recordes dia a dia. Os bons patamares das cotações na Bolsa de Chicago, os prêmios elevados e a alta do dólar têm levado a soja a ser negociada nos maiores preços dos últimos tempos. No Porto de Rio Grande, a oleaginosa chegou a superar os R$ 69 por saca em alguns momentos da última quinta-feira (21). 

O analista disse ainda que essa movimentação de compras no mercado externo são uma forma de ajuda às esmagadoras nesse período crítico de falta de soja. "A Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] estima os estoques nacionais em pouco mais de um milhão de toneladas com uma produção de 66,3 milhões de toneladas. E isso ainda deve ser revisto para baixo", disse Araújo. 

Por conta disso, já existe também um quadro de racionamento desta oferta tentando esfriar um pouco a demanda, mais um motivo que explica a forte alta dos preços. No entanto, o analista diz ainda que os valores que estão sendo praticados aqui no Brasil não estão fora da realidade e refletem essa preocupante falta de produto.

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Carne fica quase 120% mais cara em sete anos em Mato Grosso



Em sete anos o preço do quilo da carne bovina ao consumidor subiu 119% nos supermercados e açougues, enquanto a arroba do boi aumentou 68% 

O ano passado, por conta do embargo da Rússia, as exportações caíram cerca de 14% fazendo com que mais carne ficasse no mercado interno. Todavia, o consumidor segue pagando caro pelo quilo. Apesar da possibilidade de redução do rebanho bovino em 2012, a Acrimat descarta que a oferta futura de carne venha a cair, visto os índices de produtividade estar crescente.

Segundo a Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), o produto chega mais caro à população devido a vários fatores. O setor supermercadista revela que custo operacional no açougue pode representar 28% do custo total do estabelecimento. “O problema do preço da carne ao consumidor está no varejo, pois nestes mesmos sete anos, em que a arroba aumentou 68%, a margem de lucro dos frigoríficos ampliou 70% e o preço à população 119%. Em 2011 abatemos 12,4% a mais de bovinos ante 2010 e as exportações caíram cerca de 14%. Não tem o porque de pagarmos caro no supermercado e no açougue”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

O quilo da carne bovina custa em média R$ 12,79 ao consumidor. A costela bovina é encontrada em média a R$ 8,08 o quilo e o filé mignon R$ 26,52. Ontem, a arroba do boi gordo estava avaliada em média de R$ 83,92 para Mato Grosso.

O presidente da Asmat, Kássio Catena, esclarece que para se chegar ao preço das gôndolas existem vários fatores que o formam. “A arroba é apenas mais um complemento. Estão embutidos o frete, energia, combustível, salário dos trabalhadores.

O custo operacional do açougue, hoje, varia de 25% a 28%, além dos impostos, do gasto total do supermercado e a rentabilidade que traz é de aproximadamente 10%. O salário, por exemplo, há sete anos não chegava nos R$ 300 e hoje está perto dos R$ 700. O ICMS da energia é 45% no Estado. Tudo isso influencia para o preço final”.

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Abate de fêmeas cresce em MT e rebanho bovino pode diminuir



No entanto, Imea e Acrimat pontuam que ganhos de produtividade, em razão, dos avanços tecnológicos da pecuária garantirão o abastecimento de carne

O abate de fêmeas de Mato Grosso está crescendo este ano e, a depender do volume total, pode quebrar o ciclo de quatro anos consecutivos de crescimento do rebanho comercial de bovinos do Estado, o maior do País. Porém, a maior uso de tecnologia na produção assegurará oferta de animais para o abate e, consequentemente, de carne, diz a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), com base em levantamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Conforme o estudo, de 2010 para 2011, o abate de fêmeas em Mato Grosso cresceu 46,8%, passando de 1,4 milhão de cabeças para 2,1 milhões de cabeças, com representatividade de 44,6% do rebanho total abatido. Até o mês de abril deste ano, o aumento do abate de fêmeas já é maior que no mesmo período de 2011, de 19%, e corresponde a 50,2% do total de gado abatido. Para o diretor da Acrimat, Mauricio Campiolo, essa tendência continuará e o abate de fêmeas no Estado crescerá em 2012 acima de 20%.

Caso o resultado se confirme, a Acrimat e o Imea calculam que o rebanho mato-grossense pode sofrer uma redução de 2%, para um plantel bovino de 28,60 milhões de cabeças, número próximo ao de 2010, que era de 28,77 milhões de cabeças. Mas se a variação ficar abaixo dos 20%, ou mais precisamente 18,4%, provocaria um aumento no rebanho de 0,1%, subindo das atuais 29,18 milhões de cabeças para 29,20 milhões.

“Essa redução do rebanho não representa menor oferta futura de carne, em razão do aumento dos índices de produtividade, e também não acreditamos no aumento do preço da carne para o consumidor já que a oferta de boi gordo vai continuar”, analisa Campiolo em nota. Segundo ele, a pecuária brasileira esta passando por uma transição, saindo da produção tradicional, com os ciclos bem definidos, para novas fórmulas. Entre as citadas pelo especialista, estão o confinamento, a suplementação alimentar e a integração lavoura pecuária.

“Mas ainda não podemos avaliar o impacto que terão na produção da proteína vermelha. Vamos ter que esperar mais um pouco para mensurarmos os impactos na produção desse novo momento do setor”, completa o diretor da Acrimat.

Seca

O aumento do abate de fêmeas em Mato Grosso ainda é reflexo da forte estiagem de 2010, que degradou os pastos do Estado, e do ataque de pragas em 2011. “Sem alimento para o gado, o produtor tem que descartar as fêmeas, diminui a produção de bezerros e os reflexos sempre chegam”, diz o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

Fonte: Agência Estado
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Governo faz acordo com FAO para investir R$ 3 mi na agricultura familiar da América Latina



Políticas públicas brasileiras servirão como exemplo para outras nações

Um convênio assinado nesta quinta-feira (21/6) entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Organização para a Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas (FAO) destinou R$ 3 milhões para promover um conjunto de ações que fortaleçam a agricultura familiar na América Latina e em países do Caribe. 

O acordo foi firmado em um seminário internacional sobre o assunto, na esfera do desenvolvimento sustentável, dentro da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. 

As políticas públicas brasileiras, no âmbito da agricultura familiar, vão servir como exemplo para outras nações implementarem seus próprios mecanismos de produção. “As pessoas já veem e querem saber como funciona. Esses países podem adaptar as políticas públicas que desenvolvemos aqui”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. 

Vargas disse que é de interesse do Brasil que os países envolvidos no convênio desenvolvam programas que estimulem as atividades rurais produtivas como forma de impulsionar o crescimento econômico. “Quando esses países se fortalecerem nas políticas da agricultura familiar nós vamos nos beneficiar com isso. Precisamos que nossos vizinhos entrem em uma rota de crescimento econômico e de inclusão social, como o Brasil vem vivenciando nos últimos anos”, disse. 

O ministro acredita que a agricultura familiar é a grande alternativa para a erradicação da pobreza no país e no mundo. “O Brasil é o típico caso. Mais de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por 4,3 milhões de agricultores familiares que produzem de forma mais sustentável e geram mais trabalho no campo”, explicou Vargas, acrescentando que 74% do trabalho do campo é gerado pelos empreendimentos familiares. 

Já o diretor-geral da FAO, José Graziano, disse que, a partir do segundo semestre, será incluído, na pauta do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o tema da segurança alimentar. “Há uma relação muito forte entre segurança alimentar e paz. Se a gente olhar os países que têm conflitos, guerras internas, todos eles têm um problema crônico de fome”, observou.

Fonte: Agência Brasil
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Nova lei permitirá ao produtor de leite negociar com indústria



Laticínios terão de informar o preço do leite até o dia 25 do mês anterior à entrega do produto, o que pode beneficiar criadores

A obrigação dos laticínios de informar o preço do leite até o dia 25 do mês anterior à entrega do produto nas indústrias dará maior margem de negociação aos criadores, que poderão optar pela empresa que pagar mais. A opinião é do presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Sant'Anna Alvim. Ele explica que a lei publicada ontem no Diário Oficial da União atende a uma reivindicação dos produtores de leite. "O setor é um dos poucos da economia que só toma conhecimento do valor do seu produto na hora de receber o pagamento, muitas vezes até dois meses após a entrega da mercadoria nas usinas de beneficiamento", disse. 

Segundo Alvim, os produtores sempre pediram que aindústria informasse um preço de referência, "nem que fosse um mínimo". Ele argumenta que o preço informado não poderá ser muito baixo, porque neste caso o produtor irá procurar outra indústria que estiver pagando mais, "a não ser que as empresas formem um cartel". 

O dirigente acredita que a nova lei não deve prejudicar as negociações entre produtores e indústrias em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde existem conselhos paritários (Conseleite), que estabelecem os parâmetros técnicos e de mercado utilizados para definir o preço do leite entre as usinas. Ele afirmou que durante a discussão do projeto de lei no Congresso Nacional a CNA tentou excluir estes Estados (que têm o Conseleite) da obrigação das indústrias de informar o preço ao produtor, mas não deu tempo. 

Alvim afirmou que outras duas propostas que existiam no projeto de lei de autoria do deputado federal Reginaldo Lopes(PT-MG) foram retiradas a pedido dos produtores. A primeira diz respeito à proibição de diferenciação de preços entre produtores na entrega de leite a uma mesma indústria. Ele diz que o deputado concordou em retirar a proposta, porque a mudança nas normas sobre padrões de qualidade do leite implica preços diferenciados. 

Outra proposta retirada proibia a diferença de preços entre o período seco (entressafra) e o das águas (safra). O sistema implica o pagamento de valores menores durante a safra para os volumes excedentes a determinada cota (calculada com base na média de leite entregue durante a entressafra). Alvim explicou que o deputado concordou em adiar as discussões sobre o sistema cota-excesso, que deve ser regulamentado nos próximos anos, com incentivo aos produtores que investem na produção de leite mesmo no período da entressafra, quando o custo é maior. Ele cita como exemplo o Canadá, onde a cota para entrega de leite às vezes vale mais que a propriedade.

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Temperaturas devem cair no Sul, Sudeste e Centro-Oeste nesta sexta, segundo a Somar



Já no Norte e Nordeste, fim de semana deve iniciar com chuvas sobre grande parte dos municípios

PREVISÃO PARA ESTA SEXTA, DIA 22

SUDESTE

A partir desta sexta, a chuva deve perder força sobre o Sudeste. As temperaturas devem ficar baixas pela manhã, com mínima entre 9°C e 15°C no oeste e sul de São Paulo e entre 15°C e 18°C em Minas Gerais. Já no Rio de Janeiro e Espírito Santo, os termômetros devem registrar mínima entre 18°C e 24°C.

SUL

A formação de um ciclone extratropical sobre a costa da região Sul deve provocar chuva no litoral norte do Rio Grande do Sul e litoral sul de Santa Catarina. Pode ocorrer chuva forte em alguns municípios dos dois Estados. As temperaturas seguem baixas, com mínima entre 6°C e 9°C em boa parte do interior da região. A máxima não passa dos 15°C no Rio Grande do Sul e no sul e oeste de Santa Catarina e do Paraná.

CENTRO-OESTE

O tempo deve permanecer úmido em todo o Centro-Oeste. Em Mato Grosso do Sul, a mínima deve ficar entre 9°C e 12°C no sul do Estado. À tarde, a máxima não deve passar dos 21°C no oeste e sul de Mato Grosso do Sul e dos 24°C no sudoeste de Mato Grosso. Já no norte do Centro-Oeste, termômetros devem registrar mais de 30°C.

NORDESTE

Nesta sexta, deve prosseguir a chuva sobre o leste e norte do Nordeste, com maior intensidade na costa do Rio Grande do Norte. Já no interior do Nordeste, o tempo deve permanecer seco e ensolarado. A máxima não deve passar de 30°C no Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte.

NORTE

Deve chover forte no sul do Acre, centro e sul do Amazonas e nordeste do Pará, por conta da organização de uma frente fria Sudeste do país, nesta sexta. Também deve haver precipitação entre a costa do Amapá e a Ilha de Marajó. Em Tocantins, o tempo deve permanecer seco, ensolarado e quente.

PREVISÃO PARA OS PRÓXIMOS DIAS

SUDESTE

O tempo deve permanecer úmido, com nebulosidade e chuvas fracas sobre o Sudeste no sábado. A mínima deve ficar entre 6°C e 9°C no sul e oeste de São Paulo e entre 12°C e 15°C no sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. No Espírito Santo, a temperatura deve permanecer elevada, com mínima entre 18°C e 21°C. No domingo, o tempo deve continuar nublado, porém com menor risco de chuva. Na segunda, uma nova área de instabilidade deve provocar nebulosidade e chuva em São Paulo e no sul do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Entre 26 e 30 de junho, no entanto, a chuva deve perder força sobre toda a região.

SUL

A partir do sábado, não deve chover na região Sul. O sol deve predominar desde cedo, porém com temperaturas baixas. A mínima deve oscilar entre 0°C e 3°C na Serra Geral e no Planalto de Santa Catarina e do Paraná. À tarde, a máxima deve chegar a 15°C em boa parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e no oeste, centro e leste do Paraná. Já no domingo, deve voltar a chover sobre o noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e o centro, oeste e sul do Paraná. Na segunda, deve chover sobre o norte de Santa Catarina e boa parte do Paraná. Entretanto, entre 26 e 30 de junho, a previsão é de tempo seco em toda a região Sul.

CENTRO-OESTE

No sábado, o tempo deve permanecer nublado e úmido em boa parte do Centro-Oeste, ainda com previsão de chuva fraca no sudeste de Goiás. A mínima deve oscilar entre 5°C e 9°C no sul de Mato Grosso do Sul. À tarde, a máxima não deve passar dos 21°C no sul de Mato Grosso do Sul, mas deve chegar a 33°C no norte de Mato Grosso e noroeste de Goiás. No domingo, áreas de instabilidade devem causar chuva com baixo acumulado sobre o sul de Mato Grosso do Sul. Na segunda, a chuva deve se espalhar por todo o Estado de Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e oeste de Mato Grosso. No decorrer da próxima semana, no entanto, a chuva deve perder força em boa parte da região.

NORDESTE

A chuva deve ficar restrita ao norte do Nordeste, sendo intensa no Piauí e Ceará, no sábado. Já na região de Pernambuco até a Bahia, a previsão é de tempo seco e ensolarado. Temperaturas devem cair no sul da Bahia e a mínima deve chegar aos 15°C no Planalto da Conquista. À tarde, a máxima deve chegar aos 30°C no Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. No domingo e na segunda, deve chover ao longo da costa norte do Nordeste. Além disso, uma frente fria avança pela costa da Bahia, mas deve provocar chuva isolada e com baixo acumulado. No decorrer da próxima semana, no entanto, a precipitação deve voltar a ganhar força sobre toda a costa do Nordeste.

NORTE

Acre, norte de Rondônia, Amazonas, Roraima, norte de Tocantins e boa parte do Pará devem ter chuva no sábado. A temperatura deve permanecer elevada, com máxima de mais de 30°C em todos os Estados da região. No domingo, destaca-se a previsão de chuva forte sobre o centro e leste do Pará. Já no domingo, também deve haver precipitação forte sobre o sudeste do Amazonas e norte de Roraima. No decorrer da próxima semana, a chuva deve ficar concentrada sobre o oeste e norte da região Norte, sendo intensa na costa e no Estado de Roraima.

Fonte: SOMAR METEOROLOGIA
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