quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conab vai remover 50 mil t de milho para a Bahia, destinadas à alimentação animal



O presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, confirmou ontem (28), durante reunião com o secretário estadual da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, e com a superintendente da Conab no estado, Rose Pondé, que a estatal irá remover para o Nordeste 200 mil toneladas de milho do seu estoque, localizado em Mato Grosso. Dessa quantidade, 50 mil t do cereal serão destinadas à Bahia, para alimentação animal. A operação ocorre em auxílio aos produtores rurais localizados nas regiões atingidas pela estiagem na região.

A previsão é de que as primeiras 8.400 t deste total de 50 mil cheguem ao estado daqui a 20 dias, para a venda em balcão ao preço de R$ 18,10, para o pequeno produtor, ao limite de 3 t/mês/produtor. Em relação aos médios produtores, Rodrigues sinalizou um volume maior. Ele informou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou, por meio de Portaria interministerial, a possibilidade da venda em balcão a R$ 22,10, limitada a 27 toneladas/mês/produtor.

O milho que será removido para a Bahia irá para os seguintes armazénsemergenciais: Vitória da Conquista (500 t), Juazeiro (700 t), Guanambi (1.200 t), Feira de Santana (500 t) e também para os armazéns da Conab situados em Irecê (3.000 t), Ribeira do Pombal (1.000 t), Entre Rios (500 t), Santa Maria da Vitória (500 t), e Itaberaba (500 t). “As quantidades de milho estão relacionadas à  capacidade estática de cada armazém”, explicou Rodrigues.

O secretário Eduardo Salles explicou que os armazéns emergenciais em Conquista, Juazeiro, Guanambi e Feira de Santana foram alinhados anteriormente em reunião com a superintendente Rose Pondé, e conseguidos gratuitamente. “O funcionamento está garantido pela Conab, que vai colocar funcionários em cada uma dessas unidades. O objetivo é descentralizar a distribuição do milho por diversas regiões, fazendo com que o grão chegue mais rapidamente ao produtor”, explicou Rose Pondé. A Secretaria de Agricultura (Seagri) solicitou à Conab mais um armazém emergencial, para o município de Conceição do Coité, região produtora de sisal e que também desenvolve a ovinocaprinocultura.

O presidente e a superintendente da Conab destacaram a importância de comprar milho, por meio da Política de Preço Mínimo, no Oeste da Bahia e solicitaram à Secretaria de Agricultura que consiga com a Associação dos Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba) que cada produtor disponibilize 600 t para que a Conab compre por meio da Política de Garantia de Preço Mínimo.

A Seagri também pediu à Conab a construção de um armazém no município de Luiz Eduardo Magalhães, com capacidade para 50 mil t, em terreno já  disponibilizado pela prefeitura. Rodrigues informou que dará prioridade a este pleito.

Em relação ao sisal, a Seagri agradeceu ao presidente da Companhia o aumento do preço mínimo da planta, que passa a partir de 1º de julho de R$ 1,04 para R$ 1,24 o quilo. Outro destaque do encontro foi a decisão da Conab em comprar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ovinos e caprinos com doação simultânea a entidades que dão assistência a pessoas carentes. De acordo com as autoridades presentes, a medida deu novo alento aos ovinocaprinocultores do estado, especialmente na região de Juazeiro. 

Fonte: Conab
Para maiores informações visite: www.conab.gov.br

Análise de Mercado - 30 de Maio de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo

A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo "Mezo Wolters", realizada ontem (28/05), em Campinas (SP), comercializou 9.960 suínos segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

A arroba é comercializada entre R$ 41,00 e R$ 42,00 em condições bolsa, segundo a entidade. (Suinocultura Industrial)
  • GO R$2,50
  • MG R$2,40
  • SP R$2,45
  • RS R$2,36
  • SC R$2,00
  • PR R$2,10
  • MS R$2,00
  • MT R$2,14

Frango vivo

Às vésperas de completarem-se os cinco primeiros meses do ano, o frango vivo continua com os preços (1º) distantes do preço inicial do ano; (2º) visivelmente inferiores aos do mesmo período de 2011. Isto, tanto no mercado paulista como no mineiro. Por extensão, em todo o Brasil.

Por partes. Faltando dois dias para o encerramento de maio e como é típico neste momento do mês, o mercado apresenta um comportamento letárgico, com menor número de negócios que no início do período. Mesmo assim os preços que vigoram desde o final de abril – R$1,70/kg em São Paulo; R$1,80/kg em Minas Gerais – devem se manter, o que significa que os produtores paulistas encerram o quinto mês do ano com uma cotação 10,5% menor que a do início do ano, enquanto entre os mineiros a redução é de, aproximadamente, 8%.

Surpreendentemente (e isto vai ser destacado em muitos levantamentos do mês, como se a atividade estivesse viv endo seus melhores momentos), maio também será fechado como um preço médio quase 10% superior ao do mesmo mês do ano passado em São Paulo, enquanto em Minas Gerais o incremento vai ficar em 20%.

Ledo engano, porém, de quem se guiar por esses indicadores. Pois em maio de 2011 os preços do frango se encontravam escandalosamente aviltados (foi o pior mês do ano). Assim, não está havendo qualquer ganho efetivo em 2012, mesmo porque os custos de produção permaneceram em evolução. E o que se conseguiu foi reduzir, ligeiramente, o prejuízo enfrentado.

Entretanto, o que realmente importa são os resultados do ano. Mas eles, infelizmente, continuam negativos. Tanto em São Paulo como em Minas Gerais, os preços médios alcançados pelo frango vivo nos cinco primeiros meses de 2012 se encontram cerca de 10% abaixo dos registrados entre janeiro e maio do ano passado. (Avisite)
  • SP R$1,70
  • CE R$2,25
  • MG R$1,80
  • GO R$1,65
  • MS R$1,65
  • PR R$1,80
  • SC R$1,70
  • RS R$1,70

Ovos

Sem ofertas e com o mercado mais ativo, o mercado segue com os preços estáveis, de acordo com informativos.  Mas, há algum tempo, estes preços já não estão de acordo com a realidade do mercado. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$48,00
  • RJ R$52,50
  • MG R$58,00

Ovos vermelhos
  • MG R$61,00
  • RJ R$55,50
  • SP R$51,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 93,08, com a variação em relação ao dia anterior de 0,02%.  A variação registrada no mês de Maio é de -0,88%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 46,84.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$86,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$86,00
  • C. Grande MS R$88,00
  • Três Lagoas MS R$88,00
  • Cuiabá MT R$84,50
  • Marabá PA R$88,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 62,78. O mercado apresentou uma variação de -2,17% em relação ao dia anterior. O mês de Maio apresenta uma variação de -0,65%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 31,59 a saca. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$60,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$57,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$59,50
  • Paraná (média estadual) R$62,78
  • São Paulo (média estadual) R$61,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$55,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$59,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$58,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 25,01 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0% em relação ao dia anterior e de 2,54% no acumulado do mês de Maio. 

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,58. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$18,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$21,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$18,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$21,00
  • Paraná (média estadual) R$24,00
  • São Paulo (média estadual) R$25,01
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$27,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$27,50

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Câmara analisa medida provisória que modifica o novo Código Florestal



O texto vetado dizia que era obrigatória a recomposição das faixas marginais em 15 metros

Depois de vetar 12 pontos do Código Florestal (Lei 12.651/12), a presidente Dilma Rousseff encaminhou nesta segunda-feira (28) ao Congresso Nacional a Medida Provisória 571/12, que complementa o texto da nova lei. Uma das partes mais polêmicas da MP diz respeito às terras consolidadas em áreas de preservação permanente (APPs). O texto estabelece que, para os imóveis rurais com até 1 módulo fiscal ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.

Já o texto vetado dizia que era obrigatória a recomposição das faixas marginais em 15 metros, mas só no caso de imóveis ao longo de curso d’água com até 10 metros de largura.

Segundo a MP, para os imóveis rurais superiores a 1 e de até 2 módulos fiscais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.

Para os imóveis rurais com área superior a 2 e de até 4 módulos fiscais, será obrigatória a recomposição em 15 metros.

No caso dos imóveis rurais com área superior a 4 módulos fiscais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais da seguinte forma:

- em 20 metros, para imóveis com área superior a 4 e de até 10 módulos fiscais, nos cursos d’agua com até 10 metros de largura;

- nos demais casos, em extensão correspondente à metade da largura do curso d’água, observado o mínimo de 30 e o máximo de 100 metros, contados da borda da calha do leito regular.

Fonte: Agência Câmara de Notícias
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MDA destaca práticas sustentáveis da agricultura familiar na Rio+20



Ressaltar a importância da agricultura familiar para o desenvolvimento sustentável dos países. Esta será a principal contribuição do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que ocorre de 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A pasta marca presença em importantes áreas do evento: no Espaço Brasil -- que vai apresentar as políticas públicas brasileiras voltadas à sustentabilidade - e na Arena Socioambiental -- focada em debates sobre o tema com a participação da sociedade civil organizada. A Praça da Sociobiodiversidade é outro espaço que terá a presença do MDA que está apoiando a exposição de produtos diversos da agricultura familiar, como os tapetes de sisal do bioma Caatinga, o suco de bergamota orgânico do bioma Mata Atlântica e as castanhas do Brasil do bioma Amazônia.

Em uma área de 540 metros quadrados, na Praça da Sociobiodiversidade serão expostos produtos de 23 empreendimentos familiares originários dos biomas da Caatinga, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. Também haverá a exposição da produção do projeto Talentos do Brasil, com suas roupas e acessórios confeccionados pelas mãos de trabalhadoras rurais. Os participantes da Rio+20 terão, assim, a oportunidade de conhecer e comprar alimentos, artesanatos, cosméticos e roupas produzidos por agricultores familiares de cerca de 20 estados brasileiros.

"Teremos uma mostra bem rica dos produtos dos nossos principais biomas, produtos com grande potencial de consumo - seja por suas qualidades nutricionais, medicinais, seja pelo sabor, características muito específicas - principalmente porque demonstram a capacidade de gerar renda preservando, usando com sustentabilidade a mega biodiversidade que o Brasil tem e o conhecimento tradicional do nosso país", diz Arnoldo de Campos, diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA. "Estamos promovendo a geração de renda com a floresta em pé, a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da nossa biodiversidade", afirma Campos.

"A Rio + 20 é uma oportunidade única para que a comunidade internacional volte a atenção para a centralidade da agricultura familiar em relação à agenda do desenvolvimento sustentável. A agricultura familiar, como modo de produção agrícola e estilo de vida, é a única que dialoga com as três dimensões deste modelo: a social, com a geração de emprego; a ambiental, por ser a cultura que mais preserva os recursos naturais; e a econômica, com a geração de renda e dinamização dos mercados locais", aponta Francesco Pierri, chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial do MDA.

No Espaço Brasil, em frente ao RioCentro, o Governo Federal apresentará as políticas brasileiras em consonância com a sociobiodiversidade, entre elas as implantadas pelo MDA. "A importância será a de apresentar, de maneira unificada e coordenada, a evolução do Brasil no aspecto do desenvolvimento sustentável, tema geral da conferência, que envolve as vertentes econômica, social e ambiental, tendo como referência temporal a Rio-92, evidenciando o caminho percorrido até o estágio atual e destacando os desafios para os próximos anos", explica Mônica Zerbinato, coordenadora da Unidade de Sustentabilidade da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), responsável pela organização do espaço.

Na Arena Socioambiental, no aterro do Flamengo, o MDA participa de debates a fim de promover a agricultura familiar e os principais programas da pasta. No local, será realizada a Cúpula dos Povos - espaço destinado à discussão do Governo Federal com os movimentos sociais -- ao todo, serão 14 dias de debates. Além disso, será montado um Café (lanchonete) na Arena, onde a maior parte da alimentação oferecida será oriunda da agricultura familiar.

Preparação

Em abril deste ano, o MDA organizou, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Congresso Virtual Internacional Economia Verde e Inclusão Socioprodutiva: o papel da agricultura familiar. O encontro reuniu especialistas de diversas áreas e representantes da sociedade civil para discutir questões que serão destaques na Rio + 20. As palestras foram focadas em três eixos: desenvolvimento rural sustentável, soberania alimentar e recursos naturais, produção e consumo responsáveis. Após as exposições, os internautas fizeram perguntas aos palestrantes. Durante os 21 dias de congresso, foram registrados mais de 5,5 mil acessos. As contribuições, que serão consolidadas em um informe técnico que o MDA e o IICA , serão apresentas na Conferência das Nações Unidas, em junho.

Rio + 20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. O evento marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e visa contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. O objetivo principal é reafirmar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência terá dois temas centrais a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. A Rio + 20 é a quarta Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. As três anteriores foram a de Estocolmo, em 1972, a Rio 92, em 1992 e a Rio+10 realizada em 2002, na África do Sul.

Fonte: Mapa
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Câmara aprova permissão de financiamento a herdeiro rural



Projeto Possibilita que familiar se candidate a repasses do Banco da Terra para adquirir terras de outros herdeiros

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça, dia 29, por 299 votos e uma abstenção, o projeto de lei que permite que agricultores familiares usem financiamento público rural para comprar terra de parentes em caso de herança. A matéria, aprovada na forma de um substitutivo, será enviada ao Senado. O projeto possibilita a um herdeiro se candidatar aos financiamentos do Banco da Terra para adquirir partes de terras dos outros herdeiros, mantendo assim a propriedade rural como unidade familiar de produção. A proposta altera as regras do programa de financiamento Banco da Terra.

De acordo com as normas atuais, os herdeiros de uma terra são impedidos de obter financiamento com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária. O Banco da Terra concede financiamentos com prazo de amortização de até 20 anos, incluída a carência de até 36 meses. Os juros são limitados a 12% ao ano, mas podem ter redutores de até 50% sobre as parcelas da amortização do principal e sobre os encargos financeiros durante todo o prazo de vigência da operação.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) foi responsável pelas articulações para a votação do projeto. Segundo ele, a medida vai contribuir para que não haja desagregação das propriedades familiares com a morte do chefe de família.

– Com essa nova lei, no caso de morte dos pais, o irmão pode comprar do outro irmão com o crédito rural, em condições financeiras favoráveis, e a unidade familiar pode continuar sem que um terceiro venha e adquira parte da propriedade – disse.

Fonte: Agência Câmara
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60% da produção nacional de leite vem da agricultura familiar



Brasil produz 22,2% a mais em cinco anos

Nos últimos cinco anos, a produção nacional de leite e derivados cresceu 22,2%, passando dos 25,2 bilhões de litros de leite em 2006, para 30,8 bilhões em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, mais de 60% ou cerca de 2/3 da produção nacional vêm de 1,3 milhão de estabelecimentos da agricultura familiar, que estão conquistando mercado por conta de políticas públicas.

"A cadeia produtiva do leite ocupa um lugar de destaque nas ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), até por se tratar de um produto que garante renda regular ao agricultor familiar. Daí a necessidade de se financiar, permanentemente, a modernização dos produtores e das cooperativas", explica o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA, Arnoldo Campos.

De acordo com ele, o estímulo à atividade das cooperativas permite ampliar volume e diversificar produtos. Dentre as políticas públicas do MDA para o setor, são destaques o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) através do crédito rural, o Programa de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – que conta com um sub-programa que visa o aumento do consumo de leite pelas famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e, também, incentiva a produção de agricultores familiares. “O PPA-Leite atua, especificamente, no território da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), beneficiando todos os estados da região Nordeste e, também, o norte de Minas Gerais”, diz Campos.

Para a agricultura familiar melhorar as instalações, rebanho e pastagens, há também o Programa de Garantia de Preços (PGPAF) , que concede desconto para o pagamento de financiamentos de custeio e investimento. O valor é abatido quando o produto financiado no mercado está abaixo do preço de garantia. “E tem ainda o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) e o Mais Alimentos, que ajudam na qualificação tecnológica desse produtor”, acrescenta Campos. 

Assistência - Segundo o consultor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Fábio Teles, os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) transferem tecnologias adequadas à otimização do lucro, com organização econômica, desde o extremo Sul do Brasil, passando pelas regiões Centro-Oeste, Sudeste, Semiárido mineiro e Nordeste brasileiro.

Fábio Teles explica que esse conjunto de políticas tem uma relação estreita com a garantia da segurança alimentar à população. Ou seja, o desenvolvimento da produção nacional garante o abastecimento estável, ao mesmo tempo que protege a população das grandes flutuações do mercado internacional, possibilitando que o preço médio de lácteos no País esteja aumentando apenas 13,4% em um cenário de crescimento de preços, atualmente, no mercado internacional. 

Política setorial visa retomada exportação 

A Política Setorial do Leite (PSL) visa preparar a agricultura familiar para superar os gargalos e ampliar a produção de matéria-prima para voltar a exportar. A PSL divide-se em quatro eixos: o produtivo, o industrial, o comercial e o associativo/cooperativo e conta com ações específicas para cada região nas áreas de crédito, seguro de renda, assistência técnica e extensão rural, capacitação e ações no mercado internacional. O financiamento da atividade se dá por meio das linhas do Pronaf, que podem ser acessadas pelos agricultores individualmente ou via cooperativa. Além do MDA, a PSL é uma parceria entre a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo, atrás apenas dos EUA, Índia, China e Rússia. A atividade leiteira se faz presente em 554 das 558 regiões consideradas pelo IBGE, o que garante o potencial de crescimento da produção nacional.

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