sábado, 21 de abril de 2012

Produção mundial de carne bovina terá que crescer 60%



Para atender aumento da demanda, volume produzido terá que saltar de 60 milhões para 96 milhões de toneladas

Para atender a crescente demanda por proteína, impulsionada pelo aumento da população mundial, que deverá chegar a aproximadamente nove bilhões de pessoas em 2050 – em 2011 chegou a sete bi -, a produção de carne bovina terá que crescer cerca de 60%. Hoje, o mundo produz algo em torno de 60 milhões de toneladas do produto e este volume terá que atingir 96 milhões.

Já o volume produzido de todas as carnes, especialmente (bovina, suína e frango) deverá aumentar de 200 milhões de toneladas para 470 milhões.  Foi o que destacou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Eduardo Biagi, em coletiva de imprensa, realizada hoje (17) na capital paulista, para apresentação da Expozebu 2012.

Com base nestes números da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Biagi disse que a demanda será puxada, principalmente pelos países da Ásia e África. Segundo ele, o Brasil, que produz atualmente cerca de nove milhões de toneladas de carne bovina, poderá dobrar a produção nos próximos vinte anos. Em 2011, aproximadamente 16% da carne bovina produzida no mundo foi brasileira.

De acordo com Biagi, genética, recuperação e elevação do padrão tecnológico das pastagens são e serão os pilares da evolução da produtividade da pecuária nacional. Além disso, o presidente da ABCZ ressaltou que a pecuária brasileira, baseada no modelo extensivo - essencialmente marcado pelo boi que se alimenta de capim -, de fato, ocupa mais área, mas tem menos impacto ambiental do que o sistema de confinamento, que no cálculo geral precisa computar custos “ambientais” relacionados à fabricação de rações

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Defensivos influenciaram alta do PIB do agronegócio, afirmam Andef e Sindag



Dados do IBGE divulgados recentemente reforçam a análise das entidades 

Reunidos em São Paulo, dirigentes da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) apontaram o emprego de defensivos agrícolas entre os principais fatores que resultaram, em 2011, na elevação de 3,9% do PIB do agronegócio. Para as associações, os bons preços das commodities agrícolas no cenário internacional fizeram com que os produtores investissem recursos no controle de pragas e doenças.

Dados do IBGE divulgados recentemente reforçam a análise das entidades. O instituto apontou que a taxa de crescimento do PIB agropecuário do ano passado – 1,2% superior à do PIB da economia, elevado em apenas 2,7% - refletiu, principalmente, o bom desempenho dos produtos soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e café.

“No quarto trimestre de 2011, o PIB do agronegócio subiu 8,4%, contra 1,4% do PIB brasileiro”, observa José Roberto Da Ros, vice-presidente executivo do Sindag.

Andef e Sindag informaram há pouco que o setor de defensivos agrícolas movimentou US$ 8,488 bilhões entre janeiro e dezembro de 2011 - ante US$ 7,304 bilhões de 2010. O crescimento foi de 16,3%, em dólar e correspondente a 11% em moeda brasileira. O aumento nas vendas, por sinal, foi também atribuído pelas entidades à valorização do Real, que subiu 12,58% frente ao dólar no período. Essa taxa embute a segunda maior elevação da moeda americana medida desde 2002, quando a diferença chegou a 52,27% - de acordo com a consultoria Economática.

O diretor executivo da Andef, Eduardo Daher, enfatiza que nas cinco culturas assinaladas pelo IBGE como “âncoras” da melhora do PIB agrícola estão concentrados os maiores indicadores de vendas de defensivos. “O produtor enxergou num período de alta dos preços agrícolas a oportunidade de elevar sua produtividade, e investiu fortemente na proteção de suas culturas”, assinala o executivo.

Na opinião de Daher, a relação entre preços agrícolas e investimentos em tecnologia está expressa, por exemplo, no bom volume de vendas de inseticidas e fungicidas. Em 2011, esses produtos tiveram participação de 35% e 27%, respectivamente, no montante comercializado pelo setor.

“Na cultura da cana, por exemplo, os produtores aumentaram o emprego de inseticidas contra a broca e outras pragas que surgiram em decorrência do fim da queima da palha”, exemplifica Daher. “Na sojicultura, os fungicidas foram priorizados pelo agricultor com vistas ao controle da ferrugem e de outras doenças de final de ciclo”, explica o executivo.

Ainda no tocante às vendas por classe, os números atestam que a categoria dos herbicidas ocupou 33% de share, a dos acaricidas, 1% e outros produtos, 4%. Em dólar, os inseticidas responderam por vendas de US$ 2,945 bilhões; os herbicidas, por US$ 2,743 bilhões. Fungicidas e acaricidas totalizaram US$ 2,315 bilhões e US$ 110 milhões, respectivamente. Outros produtos movimentaram US$ 375 milhões.

Novamente, a cultura da soja absorveu o maior volume de comercialização de defensivos, com 44% do total, seguida de algodão (13%), cana-de-açúcar (12%), milho (9%), café (4%) e citros (3%). Demais lavouras responderam pelos 15% restantes.

De acordo com José Roberto Da Ros, do Sindag, a complexidade da sojicultura exige atenção redobrada do produtor que visa a uma boa colheita e persegue padrões internacionais de produção, daí a cultura se constituir no principal mercado para os defensivos. “O produtor que não considerar uma boa estratégia de controle químico perde dinheiro e produção diante das condições climáticas das regiões produtoras, entre outros fatores”, resume Da Ros.

Da Ros também entende que o estágio atual da sojicultura no Brasil tem relação direta com o aprimoramento de tecnologias de controle de pragas e doenças. Segundo o executivo, dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apontam que da safra 1987/1988 até a de 2010/2011, a produção brasileira de soja cresceu 319%. Este ano, deverá ficar em torno de 66 milhões de toneladas.

Daher, da Andef, acrescenta que a produção da oleaginosa está concentrada nos Estados Unidos, no Brasil e na Argentina, países que juntos provêm entre 70% e 80% do mercado mundial. “Ganhos em produtividade das lavouras do Brasil têm impacto no abastecimento de boa parte dessa cadeia de suprimentos”, diz. Com base em dados do USDA, Daher lembra que, juntos, Brasil e Argentina respondem hoje por 46% da soja vendida no mundo.

Para 2012, Sindag e Andef projetam um crescimento de 3% a 5% no mercado de defensivos agrícolas. O presidente da Aenda – associação que congrega os fabricantes de defensivos genéricos –, Tulio de Oliveira, também se mostra otimista. “Acreditamos na continuidade do ciclo de crescimento porque o agronegócio se manterá em expansão e o produtor investirá em tecnologia”, resume Oliveira.

Uma pesquisa da consultoria internacional Kleffmann Group coloca o Brasil na 6ª posição entre os países com maior volume de aplicação de defensivos agrícolas por hectare, atrás de Japão, Estados Unidos e outros da União Europeia. Da Ros, do Sindag, aponta que “na verdade o consumo no Brasil é menor do que o observado nos principais países agrícolas, a despeito de a agricultura brasileira, sob clima tropical, exigir comparativamente adoção de mais tecnologia para controle de pragas”.

Fonte: ANDEF
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Programa de baixo carbono do BB finalmente decola



Banco do Brasil atingiu a marca de R$ 507 milhões de desembolsos nessa linha

Após forte campanha junto aos produtores rurais para fazer decolar o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o Banco do Brasil (BB) atingiu a marca de R$ 507 milhões de desembolsos nessa linha entre julho de 2011 e a última segunda-feira. O ABC tem um orçamento de R$ 850 milhões no BB. Para efeito de comparação, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestou, até agora, apenas R$ 170 milhões dos R$ 2 bilhões disponíveis.

Criado em 2010, o ABC é considerado prioridade no BB, que busca elevar os empréstimos para incentivar a adoção de processos tecnológicos de neutralização ou redução da emissão de gases de efeito estufa, sobretudo o dióxido de carbono (CO2), no setor rural.

Até o fim de 2011, o desempenho do ABC vinha abaixo do esperado. A Diretoria de Agronegócios do BB decidiu, então, dar mais ênfase ao programa de estímulo a boas práticas agrícolas. Até dezembro passado, os desembolsos somavam apenas R$ 150 milhões no Banco do Brasil. "O programa começou devagar, mas fizemos muita divulgação para torná-lo mais amplo", diz o vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias. "Trabalhamos na divulgação e criamos alternativas para ampliar a gama de financiamentos. E vamos conseguir um ótimo desempenho".

Para atingir a meta, Dias informa que o BB tem em análise uma carteira de 1.809 projetos - volume superior aos 1.690 aprovados até agora na safra atual 2011/12. Os recursos totais do ABC, até junho de 2012, somam R$ 3,15 bilhões. O programa pode ser contratado por produtores e cooperativas com limite de R$ 1 milhão por beneficiário. A taxa de juros é de 5,5% ao ano, com oito anos de carência e prazo de reembolso de até 15 anos. "O BB tem 75% a 80% de todo o ABC liberado no país, pois assumimos o programa devido a importância que ele tem", diz Osmar Dias.

O bom desempenho do ABC reflete o ritmo de desembolsos da carteira de crédito rural do BB. Na safra atual, já foram emprestados R$ 35,6 bilhões - de julho de 2011 a março deste ano. Isso significa um crescimento de 24,5% em relação ao mesmo período da safra 2010/11, quando foram financiados R$ 28,5 bilhões. Até agora, os chamados produtores empresariais obtiveram R$ 28,3 bilhões e os agricultores familiares, R$ 7,2 bilhões.

Fonte: Valor Online
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