quarta-feira, 28 de março de 2012

Exportações do agronegócio paulista atingem U$ 2,58 bilhões no primeiro bimestre



Valor é igual ao do mesmo período do ano passado

As exportações do agronegócio do Estado de São Paulo atingiram US$2,58 bilhões no primeiro bimestre de 2012, mantendo-se assim no mesmo valor do mesmo período do ano passado, de acordo com análise do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Como as importações aumentaram 12,7%, para US$1,69 bilhão, o resultado foi redução de 17,6% no saldo comercial do setor, para US$890 milhões.

As importações paulistas nos demais setores (ou seja, excluindo o agronegócio) somaram US$10,75 bilhões para exportações de US$5,20 bilhões, gerando déficit externo desse agregado de US$ 5,55 bilhões.

– O déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho dos agronegócios estaduais, cujos saldos ainda se mantiveram positivos mesmo que decrescentes – concluem os pesquisadores do IEA, José Roberto Vicente e José Sidnei Gonçalves.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total das vendas externas do Estado recuou 1,5 pontos percentuais no primeiro bimestre, de acordo com a análise do IEA. Já a participação das importações aumentou 0,4 pontos percentuais, quando comparado com o mesmo período de 2011.

Brasil

O superávit do agronegócio brasileiro no primeiro bimestre foi de US$7,58 bilhões (acréscimo de 14,5% frente ao do mesmo período do ano passado), fruto de exportações crescentes (mais 12,4%, para US$ 12,36 bilhões) e importações de US$ 4,78 bilhões (acréscimo de 9,1%).

– Portanto, o desempenho dos agronegócios sustentou a balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores, com exportações de US$ 21,81 bilhões e importações de US$ 28,97 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 7,16 bilhões – observam os pesquisadores do IEA.

As exportações do agronegócio paulista representaram 20,9% das vendas externas do setor no Brasil, ou seja, 2,6 pontos percentuais a menos que no mesmo período em 2011. Já as importações representaram 35,4%, ou seja, 1,2 pontos percentuais superiores ao verificado no ano passado.

Fonte: Governo do Estado de São Paulo
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Analista reduz estimativa da safra de soja da Argentina



Afetada pelo clima, produção deve alcançar 42,6 milhões de toneladas no período 2011/2012

Uma seca prolongada e uma frente fria precoce nos meses de dezembro e janeiro prejudicaram bastante a safra de soja da Argentina em 2011/2012. A produção deve ser de apenas 42,6 milhões de toneladas, de acordo com o analista da empresa Lartirigoyen Francisco Mariani.

Em fevereiro, Mariani previu uma produção de 45,5 milhões de toneladas, e a nova estimativa fica abaixo das 46,5 milhões de toneladas projetadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A Argentina é o terceiro maior produtor de soja do mundo, assim como o principal de óleo e farelo. Os preços do grão subiram nas últimas semanas após sinais de que a colheita na Argentina e no Brasil será bem menor que o esperado inicialmente por causa da seca causada pelo fenômeno climático La Niña.

Fonte: Agência Estado
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A questão da febre aftosa no Nordeste



O Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte - FAERN, José Álvares Vieira, participou, nessa terça-feira, de reunião proposta pela Secretaria de Defesa Agropecuária, em Brasilia. Ele e outras autoridades do setor rural nordestino irão analisar os últimos números da febre aftosa na região.

A Secretaria de Defesa apresentará os resultados das últimas auditorias realizadas nos estados nordestinos e definirá os próximos passos para tornar a região zona livre da febre aftosa. “Será uma reunião para observarmos o quadro real do Nordeste nesta questão. O Rio Grande do Norte e a Paraíba estavam em situação ruim até alguns meses atrás. Vamos saber se algo foi feito de concreto para reverter esse quadro perigoso para o setor rural”, lembrou o presidente da FAERN.

Em fevereiro o Ministério da Agricultura deu início ao cronograma para ampliar a zona livre de febre aftosa no País. Quatro estados passaram por novas auditorias no rebanho bovino: Pará, Piauí, Pernambuco e Maranhão.

MAPA

De acordo com o Ministério da Agricultura, esses estados apresentam as melhores condições para a mudança no status sanitário para livre de aftosa com vacinação. “O Ministério da Agricultura analisou, em fevereiro e março, por meio de auditorias, quatro estados que poderão sair desse patamar de risco médio. E será o resultado dessas auditorias que iremos conferir”, ressaltou Vieira.

No início de fevereiro, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Sérgio Ferreira Jardim, acompanhado do coordenador da Instituição, Plínio Leite Lopes e do presidente da Faern, José Vieira, participaram de uma reunião com o secretário de Agricultura do RN, Betinho Rosado e integrantes do Governo do Estado, para alertar sobre o iminente risco de o Rio Grande do Norte mudar o seu status com relação à febre aftosa. “Na reunião, conversamos com Betinho e o alertamos sobre o risco do RN cair de risco médio para risco desconhecido. Se isso ocorrer, iremos nos transformar numa ilha, sem poder comercializar gado com outros estados e com a nossa produção rural seriamente afetada”, finalizou Vieira. (Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte - FAERN)

Fonte: CNA
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Algodão: Liquidez melhora e preços sobem



A liquidez no mercado brasileiro da pluma aumentou nos últimos dias, de acordo com pesquisadores do Cepea. Muitos agentes, que estavam recuados devido às oscilações dos preços, voltaram a negociar, influenciados pela alta do dólar frente ao Real. Nesse contexto, cotonicultores brasileiros têm estado ainda mais firmes quanto aos valores pedidos. Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, muitos produtores seguem com atenções voltadas às lavouras. Apenas alguns vendedores, com mais necessidade de “fazer caixa”, têm cedido nos preços e, mesmo nesses casos, apenas para pequenos volumes. Do lado da demanda, aquelas indústrias com necessidade imediata da pluma, e principalmente do algodão de boa qualidade, aceitaram os preços pedidos por alguns vendedores, mas negociaram maiores prazos para pagamento. Entre 20 e 27 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 2,61%, fechando a terça-feira a R$ 1,6329/lp.

Fonte: Cepea
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Trigo terá redução de área no Paraná



Preço baixo e dificuldade na comercialização são apontados como as principais causas do abandono do cereal. Triticultores mudam para o milho 

Pela terceira safra consecutiva, o trigo terá redução de área no Paraná. Levantamento realizado pela Gazeta do Povo junto a dez cooperativas paranaenses, que detêm 60% das lavouras dedicadas ao cereal, mostra queda de 19,3% no plantio 2012 em relação à safra anterior, quando fo­­ram destinados 1,05 milhão hectares à triticultura.

Se depender das cooperativas consultadas, o cultivo de trigo não deve ultrapassar os 850 mil hectares neste ano. O último re­­gistro de área inferior a 1 milhão de hectares foi em 2007 – 838 mil hectares.

O setor produtivo é unânime em apontar os baixos preços e a dificuldade de comercialização como os principais problemas enfrentados pelos triticultores paranaenses. Nos últimos anos, centenas de produtores deixaram a triticultura de lado no in­­verno, optando pelo milho safrinha ou mesmo por alternativas que servem apenas para cobertura do solo.

“Os motivos para a redução já são conhecidos. O pessoal brinca que somente continua plantando quem é teimoso e quer ter for­­tes emoções”, afirma Robson Mafioletti, analista técnico e econômico da Orga­­nização das Coope­­rativas do Pa­­raná (Ocepar).

A cooperativa Integrada, em Londrina, contabiliza, pelo terceiro ano seguido, diminuição no número de triticultores. Em 2010 foram 1.802 produtores e no ano seguinte 1.396. “Esse ano serão pouco mais de 1.200 coope­­rados”, conta o gerente técnico, Iri­­neu Baptista.

O cenário é semelhante na Castrolanda, em Castro, nos Cam­­­­­­pos Gerais, onde quem não abandona a atividade reduz a área plantada ao longo dos anos. “Entre 3% e 5% [dos cooperados] reduzem ou abandonam a atividade todo ano”, apon­­ta gerente de Negócios, Már­­cio Capacheski.

O produtor Fernando Fagun­­des do Santos, de Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, não suportou as irregularidades do mercado e substituiu o cereal por outras culturas. “O trigo vi­­rou uma novela”, diz.

Para o plantio, que começa em abril, os 60 hectares que eram cobertos com o cereal até 2010 serão destinados ao milho safrinha e à aveia branca. “Co­­mo as culturas de verão foram ruins em função da estiagem, não posso mais perder dinheiro. A ex­­pectativa [com milho safrinha e aveia] é diminuir o prejuízo”, res­­salta. Santos contabilizou que­­bra de 20% na produtividade de milho e 22% na soja.

Futuro duvidoso

Apesar do momento crítico, a cadeia produtiva do estado de­­monstra interesse na recuperação do setor do trigo. Profissionais e produtores acreditam que a adoção de uma política pública estimulante despertaria o interesse pelo cereal. “Nenhuma cultura, por mais benefícios agronômicos que traga, se mantém sem um mínimo de remuneração ao produtor. [Uma política pública] faria com que os produtores dessem uma resposta positiva, plantando e acreditando no trigo”, ressalta Baptista.

O produtor Fernando confirma que retomaria o plantio de trigo. “É uma boa lavoura. Pena que ficou caro plantar, ainda mais sem garantia de retorno”, resume.

Trigo gaúcho

A redução no plantio deve fazer com que o Paraná perca o posto de maior produtor nacional de trigo. O Rio Grande do Sul, se­­gundo no ranking, tem ampliado a área cultivada a cada safra. Com menos chuvas e luminosidade, o estado não planta milho safrinha em escala comercial.

As instituições que monitoram as lavouras gaúchas ainda não têm projeção para o plantio 2012, mas a expectativa é de crescimento sobre os 870 mil hectares de 2011. “Em função da estiagem e das dificuldades financeiras, os produtores devem buscar no trigo um fôlego”, explica Luiz Ataides Jacobsen, assistente técnico da Emater gaúcha.

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