sexta-feira, 13 de julho de 2012

Exportação de máquinas e implementos agrícolas segue em acentuado declínio



O balanço das importações e exportações de máquinas e implementos para a agricultura nos primeiros cinco meses de 2012 confirma uma tendência de desaceleração forte nas vendas externas, acompanhada de um avanço expressivo na entrada de produto importado.

O acumulado de janeiro a maio de 2012 indica um crescimento de apenas 0,7% nas exportações do segmento em relação ao mesmo período de 2011, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Já as exportações, cresceram 66,5% no mesmo período.

Para Celso Casale, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Abimaq, esse quadro é resultado de antigo problema enfrentado pelo segmento: a baixa competitividade do produto brasileiro, decorrente de uma elevada carga tributária e da defasagem cambial que, apesar dos recentes ajustes, ainda castiga o fabricante nacional. “Nossa desvantagem competitiva em relação aos fabricantes internacionais ainda está na faixa dos 40%, o que faz com que, a cada ano, se importe mais e se exporte menos”, diz Casale, acrescentando ser necessária e urgente uma ampla desoneração do segmento.

Para se ter uma ideia exata da expressiva redução ocorrida no ritmo das exportações brasileiras, basta acompanhar a involução ao longo deste ano. Em janeiro, as exportações de máquinas e implementos cresceram 36,4% sobre igual período de 2011. Desde então, vem crescendo menos mês a mês: teve expansão de 25,1% no primeiro bimestre; de 10,2% no trimestre, chegando a uma evolução de apenas 4,7% no período janeiro a abril, até atingir 0,7% do período janeiro a maio.

Já do lado das importações, a curva foi sempre crescente no decorrer dos primeiros cinco meses. Ainda de acordo com as estatísticas da Abimaq, em janeiro, as importações de implementos e máquinas agrícolas subiram 49,4%; aumentando em 58,6% no acumulado do primeiro bimestre; alcançando o pico nos primeiros três meses do ano, com evolução de impressionantes 95,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A forte expansão continuou no acumulado de janeiro a abril, que fechou com avanço de 81,2%, chegando a 66,5% de aumento nos cinco primeiros meses.

Fonte: Assessoria de Imprensa ABIMAQ
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Soja: reduz custo operacional para safra 12/13 em MT




A comercialização dos insumos para a safra 2012/13 em Mato Grosso já está próxima do fim com 94% das sementes, 92% dos fertilizantes e 95% dos defensivos comprados. Na última divulgação realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo operacional em junho diminuiu em relação ao mês anterior, mesmo com a elevação da média do dólar (base para cálculo de fertilizantes e defensivos, cotados em dólar).

Os fertilizantes foram a parte do custo operacional que mais impactou na diminuição, com queda de 2,2%. As sementes e os defensivos também seguiram na mesma toada e reduziram 1,9% e 1%, respectivamente. Com isso o custo operacional foi para R$ 1.264,16/ha, declinando 1,6% em junho, mês cujos preços da oleaginosa tiveram o aumento mais significativo do ano, proporcionando boa relação de troca. Para o mês de referência para os negócios futuros, março de 2013, a variação do bushel da soja em Chicago foi de 18,4%, e atingiu, na maior cotação da semana, US$ 14,73.

O reflexo desse aumento ocorreu no preço oferecido nos últimos dias para os contratos de março da próxima safra, que, em Mato Grosso, os melhores preços ultrapassaram R$ 52,00 por saca. Neste momento em que quase metade da produção de grãos foi comercializada e os insumos estão sendo finalizados, o importante é que o produtor comece a pensar na safra 2013/14.

Fonte: Só Notícias
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Disputa por matérias-primas para alimentos e combustíveis crescerá



A OCDE e a FAO reconhecem que não é mais possível fazer projeções no setor agrícola sem levar em conta o peso dos biocombustíveis nesses cálculos. A produção agropecuária precisará crescer mais de 60% nos próximos 40 anos para atender à crescente demanda por alimentos. Isso significa produzir 1 bilhão de toneladas de cereais e 200 milhões de toneladas de carnes a mais por ano em relação aos níveis de 2007.

No entanto, o espaço para expansão da área plantada é limitado. O total de terra arável é projetada para crescer 69 milhões de hectares, menos de 5%, até 2050. E a produção global de etanol e biodiesel (concentrada em Brasil, EUA e União Europeia) é projetada para quase dobrar até 2021, e grande parte da matéria-prima continua sendo agrícola.

O etanol vai absorver nada menos que 34% da produção global de cana e 14% da de grãos nos próximos dez anos. A produção de biodiesel utilizará 16% do óleo vegetal global. No Brasil, especificamente, o volume de etanol de cana poderá atingir 51 bilhões de litros até 2021, representando 28% da produção mundial.

O comércio global de etanol deverá aumentar fortemente, passando dos atuais 4% da produção para 7%, em dez anos. A maior parte dessa alta é atribuída ao comércio entre Brasil e EUA. A expectativa é que os americanos importem cerca de 16 bilhões de litros, como alternativa mais barata para cumprir as metas do uso do combustível no país.

Por sua vez, o Brasil poderia importar 7,5 bilhões de litros do etanol de milho americano para suprir a demanda dos carros flex fuel, capazes de rodar com álcool e gasolina. "De onde virá essa enorme alta de 60% da produção agrícola? Essencialmente da produtividade", pergunta e responde o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, durante a apresentação do relatório em Roma.

A crescente produtividade é considerada vital para moderar os preços agrícolas e reduzir a insegurança alimentar no mundo. Para José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, a América Latina e a África Subsaariana, que apresentam maior potencial agrícola atualmente, terão condições de permitir esse crescimento.

Nos próximos dez anos, as produções de carnes, lácteos, óleos vegetais e açúcar nos países em desenvolvimento vão superar amplamente as das nações desenvolvidas. Só no caso de alguns tipos de queijos, leite em pó, biocombustíveis e óleo de peixe os ricos continuarão no domínio.

Mas a FAO alerta que a produção cresceu nos últimos anos graças ao aumento de área e da utilização de insumos, que não poderão ser mantidas no futuro. Segundo a entidade, cerca de 25% da totalidade das terras agrícolas estão muito degradadas. O desafio apontado pela organização é fazer o melhor uso sustentável dos recursos disponíveis.

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Agronegócio: Brasil reconhece a importância econômica e social da Suinocultura



Um manifesto histórico para a Suinocultura Brasileira. Pela primeira vez, em 50 anos de história, produtores de suínos se reuniram para mobilizar o Congresso Nacional, imprensa e sociedade para os problemas sociais e econômicos enfrentados pela suinocultura, devido a Crise no setor, que já atinge 10 estados produtores do país.

Estima-se que pelo menos 700 pessoas participaram do evento, no Auditório Petrônio Portella do Senado. Na oportunidade, lideranças lançaram a Frente Parlamentar Mista da Suinocultura, que será importante na luta por um Preço Justo, na atividade.

Para a senadora, Ana Amélia Lemos (PP/RS), defensora da atividade suinícola, o manifesto da suinocultura, organizado pelas entidades do setor, mobilizou um grande número de parlamentares. “Em poucos momentos vimos uma audiência pública motivar tantas pessoas no Senado. Sejam parlamentares, representantes de estado, prefeitos, suinocultores ou empresários, o setor foi muito bem representado nesta quinta-feira”, destaca a Ana Amélia.

Para a suinocultura catarinense, o Manifesto da Suinocultura foi à maneira mais inteligente de protestar e pedir apoio político. “O Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ouviu as solicitações da suinocultura e anunciou medidas. Apesar de serem paliativas, ao vigorar, as propostas do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, podem auxiliar o setor, mas não resolvem o problema na suinocultura”, aponta o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi

Foram anunciadas medidas como a possibilidade de prorrogação automática de todas as dívidas dos produtores de suínos – vencidas ou a vencer até janeiro de 2013; Retenção de matrizes no valor de R$ 1,2 milhão; Além da possibilidade de um Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), para compor o custo de produção e amenizar a situação dos produtores, no valor de R$ 0,40 por quilo, aos produtores independentes.
            
Os suinocultores esperavam que o ministro anunciasse uma política de preço mínimo para a suinocultura. Mendes Ribeiro destacou que a Frente Parlamentar Mista da Suinocultura terá desafios, como trabalhar nessa proposta, para regulamentar o setor, em um futuro próximo. “Vocês precisam ter paciência com esse ministro, precisamos analisar a realidade, e neste momento, apenas essas medidas podem ser anunciadas. O restante das ações serão definidas na próxima semana, entre as lideranças do setor e a Frente Parlamentar Mista da Suinocultura”, afirmou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.
Produtores esperam iniciar uma nova fase:
            
Através do Manifesto da Suinocultura, os suinocultores catarinenses e brasileiros estão esperançosos. “Esperamos iniciar uma nova fase para a suinocultura. Com a mobilização, acreditamos que o Brasil passe a olhar a atividade de outra maneira, reconhecendo a suinocultura como um Setor do Agronegócio”, comenta o produtor, Lairton Hanh, de Iporã do Oeste (SC).

            
O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, espera que o Governo Federal reconheça os suinocultores com o devido valor e respeito. “O Manifesto contou com produtores de todas as partes do Brasil e isso precisa ser valorizado. Agora, é de extrema importância, que seja estabelecido o Preço Justo Para Produzir, além de um Controle de Produção entre os dois sistemas, integrado e independente”, pontua Lorenzi.

Próximos passos:

Segundo a ACCS, todas as lideranças do setor estarão reunidas na próxima quarta-feira (18/07), em Brasília, para conhecer do Governo Federal a posição final em relação às medidas anunciadas. Na oportunidade, serão iniciados os encaminhamentos diretos junto à Frente Parlamentar Mista da Suinocultura.

Opinião dos Produtores:

“Esperamos que a suinocultura seja vista com a importância que merece. Não somos bandidos, somos produtores de alimentos e se estamos aqui em Brasília é para trabalhar, apenas isso”, Daniel Michels - Braço do Norte (SC)

“E agora, sem saída efetiva para a suinocultura, como vou agir quando voltar para a propriedade? Por mais importante que esse movimento foi para a história da atividade, não conseguirei pagar minhas dívidas, não há renda. Vou declarar falência”, Lairton Hanh – Iporã do Oeste (SC);

“Hoje, o Brasil nos mostrou que as coisas somente acontecem em Brasília, e se os nossos representantes políticos desejarem. Por mais difícil que esse compromisso foi para mim, posso garantir que se precisar eu volto, para reforçar meu pedido de socorro, ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Rural”. Siegmar Ruppenthal – Arabutã (SC)

Opinião dos Parlamentares:

“Foi muito pouco. O Ministério da Agricultura deveria ter se preparado melhor para receber mais de 700 suinocultores de todo o Brasil. Não sentimos firmeza nas medidas anunciadas. Queremos muito mais e para salvar esse setor vamos cobrar muito nos próximos dias”. Dep. Est. Moacir Sopelsa (SC).

“O Governo Federal precisa se mobilizar mais para atender a suinocultura. Os dez estados brasileiros atingidos pela crise, sentirão os reflexos deste problema durante um longo período. Santa Catarina por sua vez, esteve ao lado dos seus suinocultores durante o manifesto e por fim anunciou a Isenção Total do ICMS para suínos, a partir da próxima segunda-feira (16/07), com prazo de 30 dias. Mas é importante reconhecer e agradecer o esforço do Governo Federal e de todos os envolvidos pelo ato histórico”. Dep. Federal João Rodrigues (Secretário de Estado da Agricultura de Santa Catarina).

“Não mediremos esforços para salvar a suinocultura e regulamentar essa atividade. Estou muito feliz com a participação dos produtores de todo o país no manifesto. Desde que assisti a mobilização em Braço do Norte (SC), em que cruzes representaram a morte da atividade, aprendi a respeitar um setor, que conta com poucos parceiros nesta sociedade. A partir de agora, muito trabalho na Frente Parlamentar Mista da Suinocultura. Parabéns as entidades envolvidas no manifesto”. Sen. Ana Amélia Lemos.

Fonte: ACCS
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Comissão mista aprova texto-base da MP do Código Florestal



Imóveis em área da Amazônia Legal deverão preservar até 80% do local, somada à APP

Com 16 votos a favor e 4 obstruções, a comissão mista que analisa a Medida Provisória 571/12, que complementa o novo Código Florestal (Lei 12.651/12), aprovou, nesta quinta-feira (12/7), o texto principal do senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Os 343 destaques sobre a matéria deverão ser votados em agosto. 

Com relação à Amazônia, o senador modificou a parte do parecer que trata do limite para a soma da reserva legal e das Áreas de Preservação Permanente (APPs), a fim de não inviabilizar economicamente uma propriedade rural. Conforme o novo texto, o imóvel rural localizado em área de floresta da Amazônia Legal deverá ter até 80% de área conservada, somando reserva legal e APP. Nas demais situações, esse limite será de 50%, o que valerá inclusive para localidades da Amazônia Legal onde o bioma não seja Amazônia. 

O primeiro relatório estabelecia limite de 80% no imóvel localizado na Amazônia Legal, simplesmente, e 50% nas demais regiões do País. 

O senador manteve a exigência de recuperação de 20 metros de mata ciliar nas médias propriedades, de 4 a 10 módulos fiscais. Os ruralistas queriam a redução dessa faixa para 15 metros, mas o relator concordou apenas que ela não poderá ocupar mais do que 25% da propriedade. 

A MP perde a validade no dia 8 de outubro. 

As informações são da Câmara dos Deputados.

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