quinta-feira, 10 de maio de 2012

Superagro 2012 mostra a força do agronegócio mineiro



O PIB agrícola mineiro registrou recorde de R$ 118 bilhões em 2011, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP 

Este desempenho dos negócios no campo destaca o agronegócio na economia mineira, uma vez que o setor responde por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.Minas Gerais lidera a produção nacional de leite, com 8,4 bilhões de litros em 2010, equivalentes a 25% do total nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado possui também o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com 23,8 milhões de animais e o maior plantel de equinos (cerca de 800 mil exemplares). Além disso, o Estado lidera a produção brasileira de cachaça de alambique (artesanal), com 260 milhões de litros por ano, o equivalente a 60% da produção nacional. Minas é destaque também com o segundo lugar no ranking nacional da produção de ovos, feijão, açúcar e alho. Outro forte indicador econômico é que, no ano passado, o agronegócio de Minas bateu recorde nas exportações, com US$ 9,7 bilhões, comercializando seus produtos agropecuários para mais de 100 países.

Nesse cenário positivo, será realizada a oitava edição da Superagro – feira do agronegócio mineiro -, entre os dias 03 e 10 de junho, no complexo Parque de Exposições da Gameleira /Expominas. A feira é uma realização do Governo de Minas, por intermédio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG).

Diversidade - O evento tem uma programação diversa que inclui, entre outros, a 52ª Exposição Estadual Agropecuária, com bovinos de corte e leite, equídeos, caprinos, ovinos e búfalos. Além dos julgamentos que vão escolher os melhores exemplares de cada raça, serão realizados também oito leilões. É o momento em que os produtores rurais apresentam os resultados dos investimentos realizados no melhoramento genético dos rebanhos. A Expocachaça reúne representantes de toda a cadeia produtiva do setor. Aqueles que se dedicam à produção, comercialização, estudo e desenvolvimento tecnológico do agronegócio da cachaça e da cana-de-açúcar. Na Expovet, produtos para saúde, nutrição e bem-estar dos pequenos animais. O Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal vai escolher os cinco melhores produzidos em diversas regiões do Estado, de acordo com as normas sanitárias do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). E a Vila da Agricultura Familiar valoriza um setor que responde por cerca de 70% dos produtos da cesta básica dos brasileiros. 

Negócios 

A Superagro reúne empresas que apresentam ao mercado novidades em insumos de suporte à atividade agropecuária. Para os produtores, é a oportunidade de ter acesso ao que melhor se adequa à sua atividade. A feira apresentará tratores, veículos de carga e utilitários, equipamentos para o manejo de bovinos, ordenhadeiras, troncos, balanças, produtos para saúde e nutrição animal, material genético para inseminação artificial de bovinos e animais de outras raças, entre outros. 

Novidades - Entre as novidades desta edição, a Superagro terá a cozinha experimental do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac Minas), com o preparo de pratos especiais, utilizando como ingredientes principais os produtos da agricultura familiar; o Festival de Caipirinhas e Caipifrutas, na Expochaça, com vários estandes e bartenders fazendo as bebidas. O público poderá comprar as bebidas e votar para eleger a melhor caipirinha e o melhor bartender. 

Novidades também com o Ciclo de Palestras do evento PUCVET – iniciativa da PUC Minas (Unidade Betim) com a Superagro, abordando os temas odontologia equina, bovinocultura de leite e pequenos anima, e o Seminário Minas Leite, com a presença de agricultores de diversas regiões do Estado.

Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, a Superagro chega à oitava edição, comprovando sua importância para o produtor rural, que pode conhecer os produtos e novas tecnologias que são muito úteis ao trabalho no campo. “Essa ponte entre as empresas fornecedoras e os produtores rurais é importante para que o agricultor conheça o que pode agregar para aumentar e melhorar a sua produção. O recorde do PIB agrícola mineiro registrado no ano passado (R$ 118 bilhões) e a tendência de crescimento do agronegócio de Minas, já nesse início de ano, nos deixam otimistas de que a feira vai possibilitar bons negócios, afirma”. 

Segundo o presidente da Faemg, Roberto Simões, depois da crise econômica mundial de 2008 e 2009, o setor agropecuário vivencia uma retomada extremamente vigorosa e os resultados serão mostrados na Superagro, que é um dos principais eventos do agronegócio nacional. “Produtores, empresários e o público em geral podem esperar uma grande mostra de produtos e serviços, além de uma programação cultural da maior qualidade. De nossa parte, estamos trabalhando para oferecer aos visitantes da Superagro 2012 o melhor do campo”, finaliza.

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Proibição de agrotóxico em plantação de algodão é negada



O juiz federal Marcelo Freiberger Zandavali, substituto da 3ª Vara Federal em Bauru, negou na tarde desta quarta-feira o pedido liminar do Ministério Público Federal (MPF) para que fosse proibida, em todo o país, a utilização de agrotóxicos contendo a substância denominada MSMA (metano-arseniato ácido monossódico) presente em herbicidas usados em plantações de algodão. 

Segundo o MPF, o uso do MSMA acarretaria riscos à saúde humana e ao meio ambiente devido a sua conversão em resíduos tóxicos e cancerígenos. A ação movida contra a União Federal, o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também requeria a imediata suspensão dos registros de produtos que contivessem o ingrediente em sua fórmula. 

Ao apresentar contestação, o IBAMA alegou que estudos relativos à degradação e absorção do MSMA em solos nacionais concluíram, em 2004, não haver necessidade de medidas condicionantes para o uso de produtos contendo tal ativo. Afirmou ainda que o próprio estudo que fundamentou a pretensão do MPF, realizado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), autoriza o uso do MSMA nas plantações de algodão daquele país. 

Marcelo Zandavali ressaltou que os resultados da investigação promovida pela EPA, conforme consta na ação, indicaram ser pouco provável existirem resíduos arsenicais inorgânicos na carne, leite ou outros alimentos por causa da utilização do MSMA na cultura de algodão. Além disso, foi mantida nos EUA a autorização do herbicida para o algodão devido sua eficácia, restringindo-se o uso nas culturas para as quais havia substituto. 

De acordo com a decisão, estudos técnicos realizados pelas autoridades administrativas brasileiras concluíram que o MSMA não demonstrou potencial de atingir águas subterrâneas ou causar danos ao meio ambiente. Além disso, a reavaliação toxicológica do ingrediente, feito pela ANVISA, não identificou maiores riscos à saúde humana, sendo ressalvada apenas a necessidade de aumentar o controle sobre o uso da substância, caso surgissem novas evidências de perigo. 

Para o juiz, “embora permaneça o estado de atenção em face dos riscos oriundos dos resíduos arsenicais inorgânicos, no uso do MSMA, não há, até o presente, prova científica de que este uso possa causar prejuízos às pessoas, à flora ou à fauna, que sirvam de justificativa para que o setor agrícola nacional deixe de se valer do agrotóxico [...]. Posto isso, indefiro o pedido de antecipação dos efeitos da tutela”. (JSM) 

Fonte: JCnet
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Brasil exporta 106 mil toneladas de arroz em abril



Em dois meses o país já exportou 290 mil toneladas, praticamente a metade das 600 mil toneladas previstas pela Conab em seu balanço de oferta e demanda.

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgou o balanço das exportações brasileiras de arroz em abril. Foram embarcadas 106 mil toneladas de arroz (base casca), volume bem menor do que as 184 mil toneladas remetidas para o exterior em março, mas ainda significativo. Cabe lembrar que são exportações sem apoio do PEP e que a soma do ano comercial (março e Abril) chega a 290 mil toneladas, ou 48% das 600 mil toneladas que a Conab estimava que o Brasil exportaria em 2012/13. Espera-se, na divulgação da safra desta quinta-feira, que a previsão governamental de exportações de arroz aumente.

Outra boa notícia para o mercado doméstico é que em abril houve redução do volume de importações. Em março foram 120 mil toneladas e, agora, foi divulgado que o Brasil recebeu 54 mil toneladas de arroz em base casca dos países do Mercosul em abril. O volume totaliza 174 mil toneladas importadas, e indica um superávit da balança comercial do arroz de 116 mil toneladas em dois meses de negócios. A cadeia produtiva acredita que o Brasil consolidará mais de 1 milhão de toneladas de exportações, principalmente em função do câmbio, da fidelização de clientes (com destaque para os quebrados de arroz e o parboilizado) e as ajudas humanitárias. Se houver mecanismos de apoio, o volume pode até ser maior.

Fonte: Planeta Arroz
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Feira da Floresta debate alternativas para o setor florestal



O evento vai até o dia 11 no Serra Park em Gramado -RS

Em sua quarta edição, a Feira da Floresta começou nesta quarta-feira (9) e pretende discutir tendências para o setor florestal gaúcho. O evento vai até o dia 11 no Serra Park em Gramado -RS.

Entre os principais destaques da programação está o fórum sobre o uso da madeira de florestamento para a produção de energia. Aproximadamente 30% do que é colhido nos plantios florestais para uso na cadeia moveleira é desperdiçada no Rio Grande do Sul.

Outro tema que será tratado é a adaptação ao novo código florestal. O coordenador do evento e ex-presidente da Associação Gaúcha das Empresas de Florestamento (Ageflor), Roque Justen, afirma que o objetivo será o de orientar os produtores sobre as mudanças na lei.
  • Somos bem claros que falaremos sobre o planejamento da propriedade à luz do código florestal, principalmente sobre as Áreas de Preservação Permanentes e Reserva Legal. O que o código anterior nos dizia e o que o novo código nos coloca. Cabe a nós informarmos ao produtor o que fazer e como planejar a propriedade - salienta.

Junto com a Feira da Floresta será realizada a primeira Feira de Máquinas, Acessórios e Matéria Prima para Marcenaria (Femmam). Os dois eventos ocorrem até a próxima sexta-feira (11).

Fonte: Blog Campo e Lavoura
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Câmara dos Deputados aprova medida que concede subsídios para estocagem de etanol



MP prevê utilização de recursos da Cide para criação de linha de crédito

A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta, dia 9, a Medida Provisória (MP) que trata de incentivos para a produção de etanol. A MP prevê a utilização de recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre a venda de combustíveis para criar uma linha de crédito para financiar a estocagem de etanol.

Com a edição da MP, o governo passou a usar o dinheiro da Cide para subsidiar Empréstimos dos bancos públicos para a estocagem de álcool com taxas de juros menores. O deputado Heleno Silva (PRB-SE), relator do projeto de lei de conversão da medida provisória, estima que a subvenção econômica aos produtores de álcool tenha um custo de R$ 65 milhões ao Orçamento Geral da União. A estocagem permitirá a manutenção dos preços do etanol nos períodos de entressafra da cana-de-açúcar.

O Ministério da Fazenda ficará responsável por estabelecer os critérios para que os bancos públicos possam conceder os incentivos na forma de juros mais baixos. Além da Cide, a linha de crédito poderá utilizar recursos da Poupança Rural e de outras fontes a serem definidas pelo Conselho Monetário Nacional.

O relator incluiu no texto da MP uma emenda para que os produtores de cana-de-açúcar dos Estados abrangidos pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) recebam também subsídios de R$ 5 por tonelada. Serão atendidos os produtores dos Estados do Nordeste, Espírito Santo, Rio de Janeiro e de parte de Minas Gerais, até o limite de produção de 10 mil toneladas.

O texto segue para o Senado. Se receber emendas na Casa revisora, ele voltará à Câmara dos Deputados para última análise antes de seguir para a sanção presidencial.

Fonte: Agência Brasil
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Carne suína: produtor mineiro recupera renda com exportações



Setor aumenta vendas externas em quase 200% no quadrimestre 

As vendas da carne suína de Minas no exterior, entre janeiro e abril, movimentaram US$ 37,2 milhões, cifra 198,45% superior à registrada no primeiro quadrimestre do ano passado, informa a  Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados do Ministério de Desenvolvimento,  Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 

Para o superintendente de Política e Economia Agrícola, João Ricardo Albanez, os bons resultados do quadrimestre confirmam uma tendência de ascensão do produto no mercado mundial em contraponto à retração dos mercados por causa da crise econômica.  

O desempenho de Minas Gerais é melhor que a média nacional. Os dados do Brasil mostram que as exportações de carne suína no primeiro quadrimestre movimentaram cerca de US$ 434,0 milhões, uma retração de 3,6% diante dos resultados do mesmo período de 2011. 

Segundo Albanez, a soma  obtida com a comercialização da carne suína no exterior é consequência do aumento dos embarques do produto para  13 mil toneladas (143,59%) e do preço médio na faixa de US$ 2,8 mil a tonelada, equivalente a uma progressão de 22,51% diante do valor registrado no primeiro quadrimestre de 2011.   

Ele observa que os dados do primeiro trimestre de 2012 já mostravam a carne suína de Minas superando os resultados negativos do ano anterior e firmando-se no cenário internacional por meio do aumento do valor médio e da expansão das vendas nos mercados de destino. 

A Rússia manteve a liderança das importações da carne suína mineira no quadrimestre, com 45,8% do valor exportado. Em seguida vêm Hong Kong (21,9%), Ucrânia (16,2%) e Albânia (5,8%). Os quatro destinos adquirem 89,7% do produto colocado por Minas no mercado externo. Fazem parte também da relação de compradores outros 17 países.  

Cenário alternativo

Para o superintendente, “o mercado internacional se transformou em boa alternativa para a colocação da carne suína mineira numa fase em que o cenário brasileiro se mostrava pouco sustentável para os negócios da suinocultura”. Dados de 2011 mostram que, enquanto os abates inspecionados do setor no Estado alcançavam 4,1 milhões de cabeças, ou 390,4 mil toneladas, as exportações de todo o ano foram de apenas 6,6% daquele volume. Já no primeiro quadrimestre deste ano, o volume exportado equivale a 49% das exportações de 2011, ele acrescenta. 

“O aumento das exportações é oportuno porque os produtores fizeram altos investimentos em matrizes no ano passado para atender a um possível aumento do consumo interno e externo. Mas houve obstáculos, como as barreiras da Argentina às importações e o consequente aumento da oferta de carne suína no Brasil, principalmente por causa do grande volume da carne procedente das granjas do Sul do país. 

“Além de superar parte do problema por meio das exportações, os suinocultores de Minas agora têm a expectativa de melhoria também  do mercado interno, começando com a possiblidade de boas vendas da carne para o “Dia das Mães”, explica Albanez.  

Álcool e café

O álcool foi o produto do agronegócio mineiro com maior índice de crescimento (370,4%) nas vendas externas, ao registrar uma receita da ordem  de US$ 16 milhões. Esses números resultaram do aumento dos embarques para 13,3 mil toneladas (325,0%) e do valor médio do produto para US$ 1,2 mil a tonelada (10,7%).

A quebra das barreiras dos Estados Unidos ao álcool brasileiro tem contribuído para o aumento das exportações do produto. No primeiro quadrimestre de 2012, o país adquiriu 99,9% do alcool embarcado por Minas. O restante foi destinado ao Paraguai e Guiné Equatorial.    

No grupo café, apesar da retração das exportações do produto em grão, o processado (solúvel) teve vendas de US$ 6,3 milhões, valor cerca de 13,0% superior ao registrado em idêntico período de 2011. Embora os embarques tenham se mantido praticamente no mesmo nível, em torno de mil toneladas, o produto alcançou uma cotação média de US$ 5,9 mil a tonelada, equivalente a um aumento de 13,4% na comparação com o valor registrado entre janeiro e abril do ano passado. 

Exportações de carne suína jan/abr2012:

Minas: US$ 37,2 milhões (+198,45%)
Embarques: 13,0 mil t (+143,59%)
Brasil: US$ 434,0 milhões (-3,6%)
Embarques: 168,3 mil/t (+0,96%)

Fonte: SEAPA-MG
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