terça-feira, 17 de abril de 2012

Nestlé anuncia novo investimento no Rio Grande do Sul



A unidade da Nestlé em Carazinho vai receber um investimento de R$ 60 milhões em novas linhas de produção. A informação foi divulgada ontem pelo presidente da empresa no Brasil, Ivan Zurita, durante encontro com o governador Tarso Genro no Palácio Piratini, em Porto Alegre. 

A expectativa da Nestlé é que as novas instalações estejam concluídas até o final do ano. Segundo o dirigente da empresa, o investimento tem o objetivo de modernizar a capacidade industrial da empresa com novas tecnologias, que permitirão a fabricação de produtos de melhor qualidade, especialmente no setor de alimentos para bebês. "Serão equipamentos que permitem desmineralizar o soro, uma tecnologia que estamos trazendo para o Brasil. Com isso poderemos fabricar aqui matérias-primas especiais que temos que importar e ganharemos condições de produzir itens melhores para o mercado externo", explicou. 

De acordo com Zurita, a empresa planeja criar um polo exportador para toda a América Latina. Atualmente, de 8% a 9% dos produtos fabricados pela unidade de Carazinho é exportado pela empresa. Com as novas instalações, a expectativa é aumentar essa quantia para 20%. O volume de produção também deve aumentar de 5% a 10%. Atualmente, a Nestlé fabrica no Estado 70 mil toneladas de produtos por ano, principalmente leite Ninho e Molico, leite condensado e creme de leite, mas já planeja um maior desenvolvimento no setor de achocolatados.

Com o crescimento da produção, a demanda por matéria-prima também deve aumentar. Conforme Zurita, a empresa hoje capta 400 mil litros de leite por dia, mas tem o plano de duplicar essa recepção em um prazo de três a cinco anos. Além disso, mais pessoas devem ser contratadas pela Nestlé na unidadede Carazinho.

A Nestlé responde pela maior arrecadação de ICMS no município. Conforme a assessoria do governo, a concessão de benefícios fiscais para a empresa depende da avaliação das secretarias da Agricultura, Desenvolvimento e Fazenda, ainda sem prazo definido.

Fonte: Jornal do Comércio
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Vendas de carne do Brasil caem 2,2% no 1º trimestre, diz Abiec



A receita com a exportação de carne bovina do país nos três primeiros meses do ano atingiu 1,22 bilhão de dólares, queda de 0,5 por cento ante o mesmo período de 2011 

A exportação de carne bovina do Brasil no primeiro trimestre de 2012 somou 258,5 mil toneladas, queda de 2,2 por cento ante o mesmo período de 2011, refletindo em parte o forte recuo nas vendas para o Irã, informou nesta segunda-feira (16) a Abiec, entidade que representa os exportadores.

A receita com a exportação de carne bovina do país nos três primeiros meses do ano atingiu 1,22 bilhão de dólares, queda de 0,5 por cento ante o mesmo período de 2011.

Já o preço médio da carne bovina exportada pelo Brasil no trimestre foi de 4.733 dólares por tonelada, alta de 1,7 por cento ante o mesmo período de 2011.

Os dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) mostram que o setor sentiu o efeito da queda na exportações para o Irã, terceiro maior importador em 2011, com um participação de 12 por cento.

Neste ano, o país não figura nem entre os dez principais importadores, devido às sanções econômicas impostas por Estados Unidos e UE por conta do programa nuclear iraniano.

As vendas para o Irã despencaram 92,2 por cento em volume, para 3,14 mil toneladas, contra 40,6 mil toneladas nos primeiros três meses de 2011.

PRINCIPAIS MERCADOS

A Rússia permaneceu como o principal destino da carne bovina brasileira, apesar de ainda manter o embargo parcial a frigoríficos de três Estados brasileiros -Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná.

O mercado russo recebeu 60,1 mil toneladas no trimestre com uma receita de 265,6 milhões de dólares, quedas de 13 por cento e 12,7 por cento, respectivamente.

O segundo mercado consumidor no período foi Hong Kong, com aumento de 23,6 por cento no volume, de 54,9 mil toneladas, e crescimento de 41,3 por cento da receita obtida, que somou 211,4 milhões de dólares.

O salto na receita se explica pelo embarque de outros tipos de cortes. "Desde o anúncio da abertura da China, Hong Kong passou a configurar um cardápio diferente de cortes, cortes que no passado não eram adquiridos", disse o presidente da Abiec, Antônio Camardelli, a jornalistas nesta segunda-feira.

OTIMISMO

Camardelli disse ainda que a entidade mantém suas previsões de encerrar o ano com receita de exportação acima de 6 bilhões de dólares, o que aconteceria pela primeira vez.

A expectativa da Abiec é que o setor reverta a queda de 10,8 por cento nas vendas totais do ano passado, quando foram embarcadas 1,09 milhão de toneladas, para um aumento de 10 por cento em 2012.

Segundo dados da Abiec, o Brasil vem ampliado seu mercado consumidor, com vendas para a Líbia, EUA e Angola, que passaram a figurar este ano na lista dos principais compradores, ainda que representem baixos volumes do produto.

"Essa inserção (de novos países) me leva a ser otimista", disse Camardelli.

Fonte: REUTERS
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Trigo: Corte na produção gera risco à cadeia



A redução do plantio de trigo, encabeçado pelo Paraná, pode provocar falta do alimento no país, conforme os analistas do setor. “Qualquer situação de redução de oferta no mundo, teríamos um problema de desabastecimento e de elevação de preço”, diz Eugênio Stefanello, técnico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

O desânimo dos produtores paranaenses com a cultura é justificado pela falta de liquidez no mercado doméstico, preços abaixo dos custos e novas exigências de padrão. “O grão que antes era classificado como trigo pão [mais valorizado] provavelmente não seja mais. Houve pressão da indústria e isso ocorreu sem que a pesquisa tivesse colocado as novas cultivares compatíveis a essa situação”, lembra Stefanello. 

Redução 

Até o momento, cerca de 15% do trigo produzido no estado em 2011 ainda não foi comercializado, apesar da intervenção do governo. Os produtores decidiram reduzir o plantio 2012 mesmo reconhecendo que o cereal é importante agronomicamente na rotação de culturas e pode elevar a produtividade da soja no verão. A semeadura do cereal apenas começou e, no Paraná, segue até julho.

Fonte: Gazeta do Povo
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MT: valor da arroba da vaca gorda é o menor desde ago/2010




Oferta e demanda

O fraco desempenho das exportações do Estado no presente ano, abaixo ainda das registradas no ano passado, deve fazer com que o mercado interno ganhe maior destaque. No ano de 2011, com o aumento dos abates em Mato Grosso, a produção registrou um incremento de 9,3%. No entanto, desta produção total, o volume de carne bovina exportado pelos frigoríficos do Estado recuou 11,2%.

Com isso, a participação do consumo do mercado interno passou de 77,7% em 2010 para 81,8% no ano passado, a maior participação nos últimos seis anos. Deste modo, essa participação do consumo interno pode ser ampliada neste ano, caso o atual cenário permaneça, considerando os abates em alta, puxados pela oferta de fêmeas e o baixo nível dos embarques.



Preços da semana

A arroba do boi gordo comercializada no Estado, nesta semana, reagiu e registrou ligeira alta de 1,37%, assim como a vaca gorda que acumulou um aumento de 1,29%. Com a cotação média semanal do boi e da vaca atingindo o preço de R$ 84,13/@ e R$ 75,59 à vista, respectivamente.

Noroeste: as cotações para a região noroeste registraram, nesta semana, alta de 1,49% com relação à média anterior, ficando com o preço a R$ 83,35/@ à vista.

Norte: nesta parte do Estado a alta registrada foi de 1,04%, com o preço médio de R$ 84,02/@. Em comparação com a semana precedente a variação positiva foi de R$ 0,86/@.

Nordeste: com a média semanal fechando a R$ 81,88/@ à vista, o nordeste do Estado apresentou variação positiva de 1,21%, o que representa valorização de R$ 0,98 na arroba.

Médio-Norte: o preço praticado no médio-norte do Estado ficou a R$ 83,83/@ à vista, apresentando valorização de R$ 0,90/@. Sendo assim, a alta foi de 1,09%.

Oeste: nesta porção do Estado a arroba variou positivamente em 1,43%, apresentando valorização de R$ 1,20 em sua média. O preço do boi gordo seguiu cotado a R$ 85,32/@ à vista. Na cidade de Araputanga foi registrada negociação com a arroba do boi castrado a R$ 85,00 à vista, no último dia 10 de abril.

Centro-Sul: dentre as macrorregiões do Imea a centro-sul foi a que apresentou maior valorização em suas cotações, sendo esta de 2,01%, com seu preço encerrando a R$ 86,04/@ à vista. Houve registro de comercialização com a arroba negociada a R$ 85,50 à vista, na cidade de Tangará da Serra.

Sudeste: a média nesta parte do Estado encerrou cotada a R$ 84,57/@. Isto significa valorização de 1,34% no preço e alta de R$ 1,12/@. Na cidade de Rondonópolis houve negociação com a arroba do boi gordo comercializada a R$ 85,00 à vista, no dia 11 de abril.



Reposição

Nesta primeira quinzena do mês de abril o mercado de reposição para a vaca solteira (10,5@) segue ligeiramente estável a R$ 821,65/cabeça, com queda de apenas 0,07% na comparação com março. Enquanto isso, a arroba da vaca gorda, que caiu 0,94%, em relação ao último mês, segue com tendência de baixa observada após atingir o pico de preço em outubro de 2011.

A arroba da vaca gorda, que neste mês de abril registra o preço médio de R$ 75,09, atingiu o menor preço médio mensal desde agosto de 2010, quando era negociada a R$ 70,77. Essas sucessivas quedas no preço pago pela vaca gorda acabaram por afetar o mercado de reposição, que apesar de não registrar queda de dimensão similar passou a apresentar um resfriamento do mercado.


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Primeira operação da Bolsa Verde do Rio será negociar crédito de carbono emitido durante Rio+20



BVRio também negociará créditos para outros problemas ambientais, como o desmatamento e a emissão de poluição em corpos hídricos

A Bolsa Verde do Rio de Janeiro (BVRio), criada para negociar créditos de ativos ambientais, terá sua primeira operação durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a primeira transação será a negociação de créditos de carbono emitidos durante o encontro internacional, que ocorrerá em junho deste ano.

– Já está sendo feito o cálculo e a primeira operação será na Rio+20, com empresas que vão comprar ações que comprovadamente abatem a totalidade das emissões geradas pela conferência, inclusive o transporte das delegações estrangeiras e todas as atividades – disse Minc, em evento sobre a Rio+20 na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Além de créditos sobre a emissão de gases de efeito estufa (créditos de carbono), a BVRio também negociará créditos para outros problemas ambientais, como o desmatamento e a emissão de poluição em corpos hídricos. A bolsa, criada no fim do ano passado, é uma entidade sem fins lucrativos que funcionará com o apoio da prefeitura do Rio e do governo fluminense.

– A bolsa vai permitir que setores da economia que tenham custo mais alto para a redução das emissões comprem créditos de setores que tenham custos mais baixos – disse Minc.

O mercado de crédito de carbono foi proposto pelo Protocolo de Quioto, que previu metas de redução da emissão de gases de efeito estufa para empresas e governos. O mercado permite que empresas que não emitem ou emitem menos gases de efeito estufa coloquem à venda ações na bolsa de valores.

Cada ação corresponde a um determinado volume de gases de efeito estufa que deixou de ser emitido. Empresas que emitem muitos gases de efeito estufa podem comprar essas ações para atingir as metas propostas, como se elas próprias estivessem cortando suas emissões.

Segundo o secretário, durante a Rio+20, também será inaugurado o primeiro dos dois distritos verdes que serão criados no estado. O Distrito Verde tecnológico funcionará na Ilha de Bom Jesus, ao lado da Cidade Universitária do Rio, e terá espaço para a instalação de dez centros de pesquisas em tecnologia limpa. As duas primeiras empresas a se instalarem nesse distrito serão a L'Oreal e a GE.

O segundo Distrito Verde - industrial - só será inaugurado depois da Rio+20 e funcionará na cidade de Itaguaí, na região metropolitana do Rio.

– Serão empresas também ligadas à tecnologia limpa. Nesse caso, já estão interessadas [em se instalar] uma empresa chinesa ligada à energia eólica e uma espanhola que vai fazer equipamentos para energia solar, como painéis e conversores – disse.

Fonte: Agência Brasil
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Código Florestal: Dilma aceita acordo que anistia desmate de pequeno produtor



Para as grandes propriedades continuariam valendo os percentuais de reposição previstos no texto da lei aprovado pelo Senado 

A presidente Dilma Rousseff deu o sinal verde para um acordo sobre a reforma do Código Florestal que flexibiliza ainda mais a recomposição de áreas desmatadas ilegalmente, anistiando pequenos e médios produtores rurais.

Segundo a Folha apurou, Dilma só aceita mudanças para beneficiar os pequenos agricultores, mas não quer alterações nas regras para os grandes produtores.

O acordo prevê que a Câmara elimine do texto em tramitação o artigo que estabelece as faixas mínimas de recomposição das APPs (áreas de preservação permanente) em margem de rio.

Simultaneamente, o Executivo editaria uma medida provisória ou enviaria ao Congresso um texto de lei dispensando pequenas e médias propriedades - com área equivalente a até 15 módulos fiscais, cujo tamanho é variável - de repor floresta.

Para as grandes propriedades continuariam valendo os percentuais de reposição previstos no texto da lei aprovado pelo Senado: faixas de 15 m a 100 m de floresta em cada margem, dependendo da largura do rio.

Na prática, o acordo consolida desmatamentos em APPs em ao menos 92% das propriedades rurais. Em extensão territorial, elas representam 30% das terras agricultáveis do país, segundo o Ministério da Agricultura.

A eventual recomposição nas pequenas e médias propriedades, ainda a ser definida, será feita pelos chamados PRAs (Planos de Regularização Ambiental), a serem aplicados pelos Estados onde e quando for necessário.

Retoma-se assim o espírito da polêmica emenda 164, aprovada pela Câmara no ano passado. Ela visava anistiar ("consolidar") todo e qualquer desmate em APP feito até 2008, com posterior definição pelo PRA de se e quanto caberia recompor.

Impasse

O acordo proposto deve eliminar o impasse criado na Câmara entre a bancada ruralista, que queria a emenda 164 de volta na íntegra, e o Ministério do Meio Ambiente, que não abre mão de manter no segundo turno de votação na Câmara o texto do Código Florestal do Senado, no qual a polêmica emenda foi trocada por um artigo na lei que estabelece percentuais mínimos de recuperação.

Dilma decidiu negociar para bancar o acordo feito pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que acertou com a bancada ruralista que colocaria o código em votação em abril caso fosse aprovada a Lei Geral da Copa. Ela foi convencida de que era preciso atender o pleito dos pequenos agricultores.

A votação do Código Florestal na Câmara está agendada para o dia 24. O presidente da Casa, Marco Maia, espera que o acordo com o governo esteja totalmente fechado na próxima semana.

O relator da matéria, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), não conseguiu em seu parecer uma formulação que resolvesse a questão das áreas consolidadas em APP - daí a edição de uma MP.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considera as APPs a "joia da coroa" dos ecossistemas e negociou no Senado para que nenhum proprietário rural fosse dispensado de recuperá-las, mesmo que os pequenos tivessem regras flexíveis.

A Folha apurou que a presidente já avisou Izabella de que terá de ceder. A ministra não comentou a negociação.

Fonte: Folha de São Paulo
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