sexta-feira, 15 de junho de 2012

Excesso de oferta provoca queda nos preços do milho em maio



O excesso de oferta de milho no mercado interno pressionou para baixo os preços do cereal em maio, com uma queda média de 17,7% em relação a abril. A redução mais acentuada foi registrada no município de Sorriso (MT), de 29,2%, onde o valor da saca de 60 quilos caiu para R$ 16,50. Os dados estão no boletim “Custos e Preços”, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com base na coleta de dados sobre a comercialização e os custos de produção em algumas das principais regiões produtoras do grão no País. Segundo o levantamento, as condições climáticas favoráveis ao plantio da safrinha podem aumentar o excedente do produto no ambiente doméstico nos próximos meses. “O quadro reforça a necessidade de estimular o aumento da demanda por milho para evitar quedas ainda mais expressivas nos preços aos produtores”, alerta a CNA no boletim.

Para conter quedas mais acentuadas do preço do cereal, uma das medidas defendidas pela CNA é a realização de leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), mecanismo utilizado pelo governo federal para estimular a comercialização do grão, levando o produto armazenado das regiões produtoras para outras localidades do Brasil ou para outros países. Na avaliação da entidade, a desvalorização do Real frente ao dólar e a expectativa de quebra de safra do trigo no leste europeu, diante da falta de chuvas na região, podem favorecer o escoamento via exportações. O trigo costuma ser utilizado como substituto do milho na fabricação de rações, mas os problemas climáticos na lavoura podem aumentar a demanda mundial pelo milho, o que tende a favorecer o Brasil. “A questão é saber o momento em que o governo fará esta intervenção no preço por meio dos leilões”, sinaliza o boletim.

Soja – Os preços da oleaginosa seguiram trajetória ascendente em maio, em comparação com abril. A maior cotação no mercado interno foi registrada em Tupanciretã (RS), onde a saca de 60 quilos chegou a R$ 62,60, com valorização de 23,2% na comparação com abril. No entanto, a maior valorização ocorreu em Sorriso (MT), de 41,9% em relação ao mês anterior, com a saca sendo comercializada a R$ 54,75. Este comportamento é reflexo dos problemas climáticos gerados pelo La Niña, que provocaram redução de oferta. No cenário internacional, o quadro também é de valorização da soja, por causa de vários fatores, e de especulações sobre o clima e o desenvolvimento da safra norte-americana, além da alta do dólar e dos baixos estoques mundiais.

Boi gordo – Os pecuaristas reduziram suas margens de lucro no mês passado, com a redução dos preços da arroba do boi gordo. Em São Paulo, a queda foi de 4,4% em relação a abril, com a cotação chegando a R$ 91,27. Segundo o boletim da CNA, a desvalorização do real em relação à moeda norte-americana, que favorece as exportações de carne bovina, não foi suficiente para melhorar os preços internamente, em razão da crise econômica internacional, que desaqueceu a demanda pelo produto. No mercado internacional, a expectativa é de reação dos preços, devido a uma oferta mais apertada no mercado norte-americano, onde a produção em 2012 deve cair 3,8% em relação a 2011.

Fonte: CNA
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Carne suína: vendas superam embargos da Rússia e Argentina


Embargo de carne brasileira à Rússia completa um ano.

Completando um ano da suspensão temporária do comércio de carne suína Brasil-Rússia nesta sexta-feira (15), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está ultimando ações para resolver o impasse nos embarques provenientes dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso para o mercado russo. No próximo dia 28, uma comitiva ministerial brasileira busca em Moscou a solução para as suspensões do comércio no mercado russo e das cotas de importação de trigo. Neste período, o Brasil incrementou novas frentes de negociações com os mercados chinês, americano, japonês, entre outros.

O Ministério da Agricultura também aguarda a visita de uma comitiva russa no mês de julho para avaliar tecnicamente os laudos de equivalência sanitária. O ministério já encaminhou a documentação para a tramitação. O Governo Federal ainda espera, por intermédio da agenda do Itamaraty, a representação russa na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) para consolidar o ajuste destas tratativas. Esse encontro já havia sido anunciado pelas autoridades russas em janeiro e março deste ano.

Este é o quarto episódio de restrição à carne brasileira em dez anos. Nos últimos doze meses, 35 estabelecimentos foram autorizados a voltar a comercializar. Do total, dez são empresas de frango, 15 de bovinos, quatro de suínos, dois de envoltórios (processamento de embutidos), dois de miúdos e dois deindústria de rações.

Convicto da necessidade de uma agenda estratégica para o agronegócio brasileiro, especialmente, no comércio internacional, ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, trabalha para resgatar e fortalecer um foro de diálogo já existente, o Conselho do Agronegócio (Consagro), para formular e implementar propostas estruturantes para a agricultura brasileira. Para viabilizar esse trabalho, ainda este mês, haverá a primeira reunião do grupo.

Também na última quarta-feira (13), em Brasília, o ministro constituiu uma comissão de crise para analisar propostas apresentadas pelo setor da suinocultura. No próximo dia 27 haverá uma reunião para oferecer uma resposta às reivindicações, como a prorrogação dos vencimentos das dívidas de custeio e investimento dos suinocultores; o aumento dos limites de crédito para retenção de matrizes para o valor de R$ 500,00 por matriz, até o limite de R$ 2 milhões por produtor; e a inclusão da carne suína na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).

Os dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa destacam que asexportações de carne suína brasileira cresceram no mês de maio deste ano em quantidade, valor exportado e preço médio recebido (R$ por tonelada) no comparativo do mesmo período de 2011. O fator decisivo foi a desvalorização do Real frente ao Dólar Americano de 23,1% entre maio/2011 e maio/2012.

A comparação do período de maio deste ano, mesmo com os embargos da Rússia e da Argentina às carnes suínas brasileiras, com maio do ano passado, quando não havia embargos desses dois países, mostra que as exportações cresceram. Em maio de 2011, as vendas de carne suína registraram R$ 203,9 milhões correspondendo a 44,9 mil toneladas, ao preço médio de R$ 4.536,87 a tonelada. Já para o mês de maio de 2012, as exportações foram de R$ 274,3 milhões com 53,3 mil toneladas, ao preço médio de R$ 5.147,59/tonelada.

Conforme o ministro Mendes Ribeiro Filho, não se pode creditar ao comércio exterior a crise pela qual atravessam os produtores de suínos. “Aparentemente o problema reside na elevação dos custos de produção com milho e soja e na crescente concentração industrial nesse setor – a indústria não está repassando seus ganhos para os produtores”, afirma Mendes Ribeiro.

O ministro afirma ainda que novos mercados estão aptos a receber produtos brasileiros. “A China se tornou principal destino exportador do agronegócio brasileiro e estamos evoluindo nas tratativas com E stados Unidos e Japão. Estamos trabalhando com afinco para solucionar, um a um, os problemas que afligem o agronegócio nacional”, reitera.

Buscando atender as normativas impostas ao mercado brasileiro, o Mapa treinou 228 veterinários do serviço oficial brasileiro relativo às Normas Aduaneiras. Foram realizadas supervisões em 162 estabelecimentos exportadores de produtos de origem animal para a Rússia.

Fonte: Rural Centro
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Análise de Mercado - 15 de Junho de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo

Às vésperas de fechar um ano, amanhã, o embargo russo à carne suína brasileira segue em vigor. Embora o governo federal tenha negociado e quatro plantas tenham sido liberadas, nenhuma empresa dos estados embargados - Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso - recebeu aval. De janeiro a maio, a exportação caiu 47,50% em volume e 48,62% em receita. O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, cobra agilidade. "Somente há 15 dias os documentos solicitados teriam sido remetidos. Não é possível que a administração pública leve 360 dias para elaborar." Vencida esta etapa, os russos são esperados no país neste semestre. O Ministério da Agricultura informou que aguarda respostas para hoje. Ontem, o ministro Mendes Ribeiro Filho recebeu criadores em Brasília, que cobraram soluções. 

Há outros três embargos ativos. A Argentina dificulta a venda de carne suína desde fevereiro. Até maio, 12,4 mil t deixaram de ser emba rcadas pelo represamento de guias. Neste mês, reunidos, os governos criaram grupos técnicos para tratar do tema. O mercado japonês também segue parado. Mas, apesar dos entraves, Camargo Neto diz que a liberação do Japão para a carne suína de Santa Catarina avançou. Segundo ele, na terça-feira, o país abriu consulta pública do relatório da missão ao Brasil em 2011. Desde 2007, quando Santa Catarina foi considerada área livre de aftosa sem vacinação, o mercado é almejado. A partir da autorização, a expectativa é que a Coreia do Sul também libere a compra. 

Já o setor de aves enfrenta bloqueio da África do Sul, cujo embargo começou em 2011. Nesta semana, a Camex aceitou pedido da Ubabef para abrir um painel na OMC. Desde fevereiro, o governo daquele país sobretaxou as exportações de frango inteiro e cortes desossados em 62,93% e 46,59%, respectivamente. Sobretaxas que se somam às tarifas normais de importação, de 5% para o frango inteiro e 27% para cortes desossados. Segundo o presidente da Ubabef, Francisco Turra, um prejuízo anual de 70 milhões de dólares. As respostas aos questionamentos foram rejeitadas. Agora, a Camex enviará o pedido para a OMC, que pedirá e explicações à África do Sul. (Correio do povo/Suino.com)
  • GO R$2,40
  • MG R$2,40
  • SP R$2,24
  • RS R$2,31
  • SC R$2,00
  • PR R$1,98
  • MS R$2,00
  • MT R$2,26

Frango vivo

Ontem, 14, à véspera do encerramento da primeira quinzena do mês, o frango vivo disponibilizado nas duas principais praças do produto no País, interior de São Paulo e Minas Gerais, obteve o segundo reajuste da semana e o quarto do mês. Como é tradição no setor (raríssimas vezes rompida), a alta foi de cinco centavos e, assim, os negócios foram efetivados por R$1,90/kg entre os paulistas e por R$2,00/kg entre os mineiros.

Com o reajuste de ontem, o produto comercializado em São Paulo simplesmente retornou ao mesmo valor obtido no primeiro dia de negociações deste ano, 2 de janeiro de 2012. Isso está ocorrendo pela primeira vez neste exercício, o que significa dizer que, no ano, o frango vivo paulista registra evolução igual a "zero". Já em Minas Gerais a cotação ontem alcançada se encontra cinco centavos acima da registrada no primeiro dia útil de 2012. 

Comparativamente a junho do ano passado, o preço médio obtido pelo frango vivo é, no momento, 11% superior. Neste caso, porém, não se pode deixar de observar que há um ano o setor, no auge da entressafra da carne e saindo de crise advinda do excesso de produção, obtinha o segundo pior preço do ano que passou. 

Como, opostamente, se está alcançando, neste mês, a melhor média de preços do primeiro semestre de 2012 e isso está ocorrendo em pleno auge da safra da carne, só se pode concluir que a produção se encontra melhor adequada à afetiva demanda. (Avisite)
  • SP R$1,80
  • CE R$2,25
  • MG R$1,80
  • GO R$1,65
  • MS R$1,65
  • PR R$1,80
  • SC R$1,70
  • RS R$1,70

Ovos

Mercado continua muito firme com a demanda forte e com as ofertas escassas. E por incrível que pareça, os preços também continuam nos mesmos patamares.

Comparando com o mercado de soja, o comentário seria o mesmo, só modificando a parte dos preços, onde a soja vem reajustando quase que diariamente, devido a sua escassez. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$52,00
  • RJ R$56,50
  • MG R$62,00

Ovos vermelhos
  • MG R$65,00
  • RJ R$59,50
  • SP R$55,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 92,73, com a variação em relação ao dia anterior de -0,14%.  A variação registrada no mês de Junho é de -0,14%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 45,08.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$88,00
  • Goiânia GO R$89,50
  • Dourados MS R$86,00
  • C. Grande MS R$88,00
  • Três Lagoas MS R$88,00
  • Cuiabá MT R$84,50
  • Marabá PA R$88,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 67,88. O mercado apresentou uma variação de 1,31% em relação ao dia anterior. O mês de Junho apresenta uma variação de 7,75%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 33,00. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$60,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$57,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$59,50
  • Paraná (média estadual) R$67,88
  • São Paulo (média estadual) R$61,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$55,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$59,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$58,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 24,19 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,08% em relação ao dia anterior e de -1,75% no acumulado do mês de Junho.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 11,76. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$18,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$21,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$18,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$21,00
  • Paraná (média estadual) R$24,00
  • São Paulo (média estadual) R$24,19
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$27,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$27,50

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Mato Grosso defende equilíbrio no agronegócio durante Rio+20



Comitiva do estado apresentará ações de agricultura sustentável

Na próxima semana, representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participarão da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, no Rio de Janeiro. O objetivo da comitiva é mostrar, junto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a agropecuária mato-grossense que se destaca por sua produtividade e respeito ao meio ambiente. O presidente da Famato, Rui Prado, fará uma palestra dia 20 sobre a "Agropecuária Sustentável de Mato Grosso", no estande dos governos da Amazônia Legal, no parque dos Atletas, próximo ao Rio Centro, onde estarão reunidos os chefes de estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.

"A produção agropecuária de Mato Grosso é referência em qualidade, produtividade e sustentabilidade. O mundo precisa saber que temos 62% do território estadual preservado. Nenhum outro país com destaque na agropecuária pode afirmar que preserva o meio ambiente como nós", afirma Rui Prado.

No dia 19, Prado acompanhará o lançamento da proposta de criação da área de preservação permanente mundial (APP Mundial), um projeto da CNA que também será discutido no dia 20 em uma audiência pública conjunta das Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), do Senado. A proposta foi apresentada em março, na França, pela CNA, Embrapa e ANA (Agência Nacional de Águas) durante o 6º Fórum Mundial da Água.

Além disso, a comitiva de Mato Grosso participará da apresentação da Plataforma Instituto Ação Verde no estande da CNA, prevista para o dia 20. Este projeto foi idealizado pelo Instituto Ação Verde, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), durante a gestão de Prado. Após analisar o escopo e os resultados, a CNA resolveu lançar este trabalho em âmbito nacional. A Famato será uma das principais parceiras.

A Plataforma é uma ferramenta para a implantação da Economia Verde, voltada para promover a produção e o consumo de bens e serviços ambientais e o Pagamento por Serviços Ecossistêmicos (PSE). Na prática, este trabalho realiza um inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), elabora projetos de carbono e de créditos de carbono, relatórios de monitoramento e de certificações. Por meio desses serviços todos os setores da economia podem ser assessorados para realizar operações envolvendo créditos de carbono. 

Fonte: Agrodebate
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Usinas de cana-de-açúcar adotam práticas sustentáveis para reduzir impactos da produção no meio ambiente



No Brasil, de acordo com a Unica, pelo menos 70 companhias se comprometeram com a preservação

Pelo menos 70 usinas do setor sucroalcooleiro utilizam práticas sustentáveis na produção no Brasil. Ações que constam no Relatório de Sustentabilidade (documento que registra o compromisso das instituições com a produção econômica, social e ambientalmente correta), como ampliar a utilização de máquinas nas lavouras e reduzir o consumo de água, são adotadas pelas companhias para reduzir os impactos da produção no meio ambiente.

– O protocolo agroambiental, como avanço da cana mecanizada, aparece como evolução importante no Relatório de Sustentabilidade. Diversos programas para redução do consumo de água também aparecem quando a gente analisa isso setorialmente. Só a título de exemplo, no setor da cana-de-açúcar, desde que a gente começou a monitorar, por volta de três anos atrás, já reduziu em quase 20% o consumo de água por tonelada processada, o que é um avanço extremamente importante – aponta o gerente de Sustentabilidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Luiz Amaral.

O Relatório é feito a cada dois anos e, apesar de não ter o valor de certificação, é importante no mercado. O documento conhecido como GRI, uma sigla que pode ser traduzida como relatório de iniciativa global, segue padrões internacionais determinados por uma organização que atua em mais de 30 países. Nele constam indicadores econômicos, sociais e ambientais.

Fonte: Canal Rural
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Eletricidade + biodiesel: Curitiba apresenta ônibus na Rio+20



A Prefeitura de Curitiba, a Volvo, a BSBios e a Aprobio apresentaram hoje (14) o primeiro ônibus equipado com motor hibrido e adaptado para rodar com biodiesel puro fabricado no Brasil. O anúncio aconteceu no Rio de Janeiro durante um evento organizado na Parque dos Atletas como parte da agenda oficial de atividades da Rio+20.

O veículo híbrido vem equipado com dois motores: um convencional a explosão e um elétrico que suplementa a potência do primeiro, diminuindo significativamente o consumo de combustível. Acontece que, mesmo sendo mais eficiente, a maioria dos veículos híbridos usa combustível não renovável a base de petróleo, é nesse ponto que o hibribus inova ao ser adaptado para rodar com biodiesel puro. Segundo a Volvo, que desenvolveu a tecnologia, o sistema economiza até 35% do combustível e reduz em até 90% a emissão de gases poluentes.

Isso, contudo, tem seu o custo. Enquanto um veículo híbrido sai por R$ 650 mil, um ônibus convencional custa R$ 450 mil. Mesmo assim, a procura tem sido significativa. Só para Prefeitura de Curitiba a fabricante já vendeu 60 unidades. A capital paranaense tem planos de atualizar toda a sua atual frota de transporte urbano – cerca de 2000 veículos – pela versão menos poluente.

E a procura tem tudo para ser boa. Segundo o presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel, deputado Jerônimo Goergen, o Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus na América Latina, informou que a Prefeitura de São Paulo já sinalizou interesse na aquisição de 50 veículos e Porto Alegre tem uma linha de crédito em aberto para a compra de outros 40. Se essas vendas forem confirmadas pelo valor cheio, são quase R$ 60 milhões em negócios engatilhados.

O diretor presidente da BSBios, empresa que fornecerá o biocombustível para a capital paranaense, Erasmo Carlos Battistella, defendeu que o exemplo dde Curitiba chegue a todas as cidades sedes da Copa do Mundo de Futebol.

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