segunda-feira, 30 de julho de 2012

Agricultura brasileira deve se adaptar às mudanças climáticas



De acordo com pesquisa realizada pelo pesquisador Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária, a agricultura brasileira tende a ser fortemente afetada nas próximas décadas pelos efeitos das mudanças climáticas, caso não sejam tomadas medidas.

Segundo o especialista, o aquecimento do planeta afetará a produção agrícola em diferentes regiões do Brasil. De acordo com Assad, nos últimos 100 anos, a temperatura da Terra se elevou em cerca de 0,8°C e a projeção é de que até 2100 este número possa chegar a 2° C. Com isto, o nível dos oceanos se elevará, aumentará a quantidade de chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e reduzirá na região Nordeste, além de parte da Floresta Amazônica ser substituída por uma vegetação de Savana.

“A agricultura brasileira vai ser atingida positivamente e negativamente. Algumas culturas serão mais atingidas do ponto de vista positivo, como cana-de-açúcar e trigo no Sul. A soja será negativamente atingida no Sul e no Centro-Oeste será mais positivo. No balanço geral tem perdas se continuar do jeito que está. O que nós temos de fazer é nos adaptar a isto”, alertou o pesquisador.

Diante deste cenário, as pesquisas para o desenvolvimento de cultivares adaptadas se faz essencial, como já ocorre com o feijão, em que o Instituto Agronômico do Paraná desenvolveu cultivares que não abortam flor com o aumento da temperatura.

Boas práticas

“Estamos trabalhando muito para reverter este processo. Como vamos ter plantas que sejam mais tolerantes a este tipo de situação, com ondas de calor, ondas de frio, abortamento de flores. A Embrapa Soja, por exemplo, está trabalhando com uma soja mais tolerante à deficiência hídrica. Temos que trabalhar para nos adaptar”, destacou o pesquisador, que acredita que boa parte das respostas para a adaptação das espécies agricultáveis está na biodiversidade do Cerrado.

Assad ainda ressaltou a importância de se adotar boas práticas agropecuárias, não só para contribuir com a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, mas também para minimizar os impactos das mudanças climáticas nas lavouras. “Exemplos extremos como a seca deste ano no Sul do Brasil mostram que a adoção de boas práticas agrícolas minimizam as perdas. Seguindo estas boas práticas podemos resolver muitos de nossos problemas."

Fonte: Rural Centro
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Impacto da alta de alimentos deve ser menor na América Latina



Segundo o HSBC, Brasil é o único grande país da América Latina onde o peso dos alimentos nos índices de preços ao consumidor representa menos de 20%

O aumento dos preços das commodities agrícolas nas últimas semanas provavelmente não terá um impacto significativo na inflação dos alimentos na América Latina, disseram economistas nesta semana. Os preços futuros para um conjunto de alimentos, incluindo arroz, soja, açúcar, trigo e milho, aumentaram entre junho e julho, com os dois últimos grãos registrando as principais altas.

As cotações dos grãos subiram sobretudo em resposta a uma mudança brusca nas expectativas para as lavouras de milho dos Estados Unidos, que sofrem com a pior seca das últimas décadas. Mas, apesar da alta geral dos produtos alimentícios nos índices de preços ao consumidor na América Latina, o HSBC Global Research disse nesta sexta-feira que espera um impacto “suave” na inflação da maioria dos países da região.

Em termos gerais, ponderou a instituição, a maior parte do suprimento de alimentos da América Latina vem de fontes locais que não estão fortemente relacionadas aos preços internacionais. Além disso, as commodities agrícolas são só uma parte dos gastos do consumidor com alimentos.

No Brasil, por exemplo, os consumidores vão sentir o recente salto dos preços domésticos do milho e da soja principalmente se as indústrias de carne repassarem novos custos – algo que poderia levar meses, de acordo com o economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

No entanto, associações de criadores de galinhas e porcos afirmam que estão perdendo dinheiro e que poderão ter de reajustar os preços. Segundo Braz, os derivados do trigo, como pão e farinha, tendem a refletir essa mudança mais rapidamente. Economistas do banco Santander no Brasil destacaram que há chances crescentes de o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) lançar uma nova rodada de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), para estimular a economia do país.

“A incerteza na zona do euro está reforçando a aversão ao risco, enquanto o crescimento da China está bem menos estimulante para os preços das commodities”, afirmou o Santander. “Mesmo que houvesse um boom nos preços das commodities, não existiria garantia de que isso se traduziria em alta da inflação no Brasil, já que a própria atividade econômica do país está menos suscetível a essas pressões.”

O peso dos alimentos nos índices de preços ao consumidor brasileiros é, também, relativamente baixo. Junto com o Chile, o Brasil é o único grande país da América Latina onde representam menos de 20%, observou o HSBC. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agência Estado
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Análise de Mercado - 30 de Julho de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo

A Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) tem divulgado a evolução de preços do suíno vivo em São Paulo. Segundo a entidade, com a diminuição da oferta de animais, as cotações alcançaram patamares mais elevados nesta semana.

Após comercializar mais de 9 mil animais entre R$ 47,00 e R$ 49,00 na última segunda-feira, hoje (27/07) a APCS divulgou vendas em R$ 54,00 a arroba em Brotas, interior de São Paulo. Foram 120 suínos por R$ 2,88 o quilo vivo, condições bolsa. Carrega na segunda-feira (30/07). (Com Informações do Mercado do Ovo)
  • GO R$3,00
  • MG R$3,00
  • SP R$2,03
  • RS R$2,37
  • SC R$1,70
  • PR R$1,98
  • MS R$2,00
  • MT R$2,12

Frango vivo

O frango vivo que está sendo abatido hoje no interior de São Paulo foi negociado no sábado por R$1,90/kg, valor cinco centavos superior ao do dia anterior, 27, quando também obteve ajuste de cinco centavos. Com isso, valorizou-se 10 centavos em uma semana, já que havia fechado a terceira semana do mês (sábado, 21) cotado a R$1,80/kg.

Em Minas Gerais, o reajuste de dez centavos ocorreu neste sábado. E como, no decorrer da semana, já haviam sido registrados outros dois outros ajustes de cinco centavos cada, o produto completa o período com uma valorização de vinte centavos.

Menos mal – pode-se dizer. Porque, na realidade, em São Paulo o frango vivo apenas retorna ao valor de um mês atrás, do início de 2012 ou de um ano atrás. Porque, simplesmente, nessas três ocasiões também foi comercializado por R$1,90/kg. Em Minas há apenas pequeno ganho (2,5%) em relação ao que se praticou 30 dias atrás e no início do ano, pois, comparativamente ao valor de um ano atrás o ganho neste instante é "zero".

Obviamente, em nenhum caso se soluciona o problema maior do setor, que enfrenta neste instante um custo de produção bastante superior (pelo menos R$2,15/kg nos dois estados) e, portanto, continua operando onerosamente. 

Como os últimos reajustes ocorreram no final do mês, está claro que a tendência de alta persiste e deve se intensificar no decorrer de agosto. Mas isso ocorrendo, não se conclua, precipitadamente, que o frango voltou a proporcionar remuneração ao setor. É que a situação geral tornou-se tão difícil que até mesmo integrações (de todos os portes) foram compelidas a reduzir seus alojamentos. Por isso é natural que, em breve, falte frango vivo no mercado. (Avisite)
  • SP R$1,90
  • CE R$2,45
  • MG R$1,95
  • GO R$1,85
  • MS R$1,85
  • PR R$1,90
  • SC R$1,90
  • RS R$1,90

Ovos

O mercado chega ao final de semana com as vendas razoáveis mas ainda com as ofertas equilibradas.

Com o início do mês se aproximando, com certeza teremos um mercado mais atuante e com isto, pela lógica, as ofertas tendem a diminuírem ainda mais.

Quanto a preços, com o gravíssimo problema da soja e milho que o país vem vivenciando, é uma questão de sobrevivência do setor lutar por reajustes em seu produto neste momento. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$55,00
  • RJ R$60,00
  • MG R$65,00

Ovos vermelhos
  • MG R$68,00
  • RJ R$63,00
  • SP R$58,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 89,90 com a variação em relação ao dia anterior de 0,11%.  A variação registrada no mês de Julho foi de -3,01. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 44,41.Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$88,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$84,00
  • C. Grande MS R$86,00
  • Três Lagoas MS R$86,00
  • Cuiabá MT R$83,00
  • Marabá PA R$86,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 84,15. O mercado apresentou uma variação de 1,88% em relação ao dia anterior. O mês de Julho apresentou uma variação de 15,27%.O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 41,56. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$74,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$72,50
  • Mato Grosso (média estadual) R$71,00
  • Paraná (média estadual) R$84,15
  • São Paulo (média estadual) R$76,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$74,50
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$73,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$75,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 32,81 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,09% em relação ao dia anterior e de 36,31% no acumulado do mês de Julho. O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 16,21.O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$22,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$24,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$22,50
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$22,00
  • Paraná (média estadual) R$27,00
  • São Paulo (média estadual) R$32,81
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$30,00
  • Santa Catarina (média estadual) R$28,50

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Produtores de MS já colheram 45% do algodão e baixos preços preocupam o setor



Preços atuais não remuneram a atividade no estado

Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul já colheram 45% do algodão produzido no estado, segundo estimativa da Associação dos Produtores de algodão (Ampasul). A expectativa é que a colheita dure até o fim de agosto. Ao Agrodebate, o diretor executivo da Ampasul, Adão Antônio Hoffman, afirmou que a quebra na produção de algodão no estado, aliada aos baixos preços do produto, já preocupa o setor.

O último levantamento da safra de grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que Mato Grosso do Sul deve colher 245,8 mil toneladas de algodão em caroço, o que representa um incremento de 7,4% em relação a safra passada. Já em relação ao algodão em pluma, o estado deve colher 95,9 mil toneladas, 7,5% a mais do que no ano passado, quando a produção alcançou 89,2 mil toneladas.

O engenheiro agrônomo da Fundação Chapadão, Jefferson Luís Anselmo, acredita que a colheita deve ser menor do que os números estimados para o estado pela Conab. "Por conta do excesso de chuvas, principalmente nos meses de abril, maio e junho, as maçãs mais pesadas das plantas apodreceram e tivemos uma quebra de aproximadamente 30% na safra de algodão", explicou.

Outro fator que preocupa o setor são as baixas cotações do algodão no mercado. "Os preços não estão nada bons. Gastamos muito para produzir e vendemos o produto a preços que não remuneram o produtor", enfatizou o diretor executivo da Ampasul.

Na sexta-feira (27-07), o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco, se reuniu com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir sobre o reajuste dos preços mínimos do algodão.

O setor, que reivindica um preço mínimo de R$ 52 por arroba, afirma que o atual preço, de R$ 44,60 por arroba, não cobre os custos de produção do algodão.

Segundo estimativa da Ampasul, os produtores gastam em torno de R$ 5,1 mil por hectare para produzir algodão em Mato Grosso do Sul. "Os maiores gastos são com as aplicações de defensivos e fertilizantes. Outro fator que onera na produção é o investimento em tecnologia", lembrou Hoffman.

Os municípios de Chapadão do Sul, Costa Rica e São Gabriel do Oeste são os maiores produtores de algodão de Mato Grosso do Sul e respondem por 95% da produção do estado. "Se a situação continuar tão desfavorável para o produtor, teremos uma redução drástica na área plantada de algodão no estado", prevê Hoffman.

Fonte: Agrodebate..
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Em construção o portal AGRO Jornal, em breve no ar o mais novo informativo do agronegócio!!!


Cálculos do Ministério da Agricultura e da CNA apontam para forte expansão da produção de soja no país



Sojicultores brasileiros sinalizam aumento da área plantada para 27 milhões de hectares, suficientes para colher 82 milhões de toneladas de soja

Embora os números finais da produção de grãos da safra agrícola 2011/2012 não sejam ainda conhecidos, uma vez que a divulgação do último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será só no dia 9, já começaram as especulações sobre o aumento da safra 2012/2013.

Uma das apostas do setor diz respeito ao crescimento da produção de soja, baseada na grande comercialização de fertilizantes para a sojicultura, cujo plantio começa no próximo mês de setembro. Com crédito à disposição e estimulados pelo aumento dos preços internacionais, provocado pela forte estiagem que prejudica a lavoura dos Estados Unidos, os sojicultores brasileiros sinalizam aumento da área plantada para 27 milhões de hectares, suficientes para colher 82 milhões de toneladas de soja.

A seca no meio-oeste norte-americano deve diminuir a produção de soja no país em torno de 7%, segundo estimativas do próprio governo dos EUA. A notícia elevou a cotação da soja na Bolsa de Chicago para 17,57 dólares o bushel (equivalente a 27,2155 quilos), com aumento de 15% no acumulado do mês. Esse cenário estimula o produtor brasileiro a fazer o maior plantio de soja de todos os tempos, e pode levar o Brasil a ultrapassar os Estados Unidos como maior produtor mundial, de acordo com Sávio Pereira, da Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também trabalha com expectativa de uma supersafra de soja. A presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, disse que o cenário externo de preços favoráveis e as medidas de apoio governamental estimularão o plantio. Adverte, no entanto, que a confirmação das previsões depende das condições climáticas durante o plantio, desenvolvimento e colheita da lavoura.

Análise técnica da CNA ressalta que apesar dos preços internacionais altos também em relação ao milho, a expectativa de cultivo do produto não goza de igual otimismo, uma vez que as duas culturas disputam espaço, principalmente no Centro-Sul do país. Além de a colheita de milho ter registrado o maior crescimento percentual na safra 2011/2012, a presidente da CNA diz que a preferência pela soja se justifica por causa da maior liquidez, menor custo e mais facilidade na obtenção de créditos, o que sinaliza ganho líquido médio de R$ 25,00 por saca de 60 quilos na safra 2012/2013.

Fonte: AGÊNCIA BRASIL
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