segunda-feira, 2 de julho de 2012

Etanol é competitivo apenas em Goiás, São Paulo e Mato Grosso



Segundo a ANP, preço do etanol está hoje em 67% do preço da gasolina em São Paulo

Os preços do etanol nos postos de combustíveis seguem competitivos em relação à gasolina nos Estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referentes a esta semana. Nos demais 23 Estados brasileiros e no Distrito Federal, a gasolina segue mais competitiva.

Segundo o levantamento, o preço do etanol está hoje em 67,92% do preço da gasolina em São Paulo. Em Mato Grosso, a relação está em 63,52% e em Goiás em 68,72% no período analisado. A gasolina está mais vantajosa principalmente no Piauí (preço do etanol é 89,24% do valor da gasolina) e em Roraima( 88,87%).

A vantagem do etanol é calculada considerando que o poder calorífico do motor a álcool é de 70% do poder nos motores à gasolina. No cálculo, são utilizados valores médios coletados em postos em todos os estados e no Distrito Federal. Quando a relação aponta um valor entre 70,00% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de etanol ou de gasolina no tanque de combustível.

Fonte: Agência Estado
Para maiores informações visite: www.souagro.com.br

Ruralistas programam nova ofensiva sobre Código Florestal



'Criamos um texto possível de ser aplicado'

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) expôs durante debate no Congresso a intenção da bancada de representantes do agronegócio de promover nova ofensiva sobre o texto do Código Florestal. O parlamentar explicou que a tentativa é aprovar o projeto original da Câmara na plenária da comissão mista criada para analisar medida provisória sobre o assunto. 

"Criamos um texto possível de ser aplicado, no qual cabia aos estados analisar onde tem assoreamento e onde áreas deveriam ser recuperadas", disse, criticando os vetos promovidos por Dilma Rousseff ao substitutivo ao Projeto de Lei 1876, de 1999, aprovado em abril na Casa. Ele foi um dos autores do requerimento para o debate de hoje, no qual se abordaram pontos considerados falhos do texto produzido pelo Executivo como forma de recompor os aspectos vetados. Para Caiado, é preciso que o tamanho da propriedade seja o guia das diferentes regras de preservação, e não os cursos d’água que cortam as áreas produtivas. 

O deputado Abelardo Lupion (DEM/PR), também autor do pedido para a audiência, questionou o limite de cinco anos para pousio da terra previsto nas novas regras. "Que direito eu tenho de dizer isso sem deixar uma janela para que pesquisadores e cientistas digam o que é preciso fazer futuramente, a partir de doenças ou defensivos que exijam pousio maior?", questionou.

O relator principal da Medida Provisória 571, de 2012, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), reafirmou que espera apresentar o documento final até 4 de julho, com votação prevista para a semana seguinte. Subrelator, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) afirmou que acredita na possibilidade de acordo sobre a matéria. "Quero contribuir para uma legislação que leve segurança ao campo e preserve o meio ambiente."

Fonte: Rede Brasil Atual
Para maiores informações visite: painelflorestal.com.br

Mês de julho começa ensolarado na maior parte do Brasil



Somar Meteorologia alerta para os baixos índices de umidade relativa do ar, principalmente sobre o interior do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste

Uma massa de ar seco, que ganhou força na última semana sobre o centro do país, segue predominando e garante o tempo aberto e ensolarado sobre a maior parte do centro e sul do Brasil, além da faixa sul da região Norte e do interior Nordestino.

Por conta do tempo seco e quente, a Somar Meteorologia alerta para os baixos índices de umidade relativa do ar, principalmente sobre o interior do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste.

De acordo com a previsão, nesta segunda, dia 2, áreas de instabilidade ainda atingem o extremo Norte do País, onde provocam chuvas fortes sobre o noroeste do Amazonas, interior de Roraima e litoral do Amapá. Deve chover também na faixa leste e norte do Nordeste, sendo mais intensa principalmente sobre o litoral entre Pernambuco e Ceará. 

Além destas áreas, a previsão é de chuvas ainda sobre parte do Rio Grande do Sul. Uma nova frente fria passa a atuar no Estado a partir desta segunda. Segundo previsão da Somar, o sistema vai provocar chuvas primeiramente no sul do Estado e depois no litoral sul, Campanha e oeste Gaúcho. A previsão é de acumulados baixos. O risco para chuva forte fica mais restrito as localidades que fazem fronteira com o Uruguai. 

Temperaturas

Após o frio da manhã em algumas localidades do interior das regiões Sul e Sudeste e em Goiás e Distrito Federal, a tarde deve ser quente na maior parte do país. No interior do Rio Grande do Sul, as máximas passam dos 27°C em algumas cidades e no Sudeste, dos 26°C em grande parte da região. No Norte do país, o calor será bem mais intenso e os termômetros passam dos 35°C em localidades do Amazonas.

Fonte: SOMAR METEOROLOGIA
Para maiores informações visite: www.ruralbr.com.br

Frete de grãos ficará até 40% mais caro no Mato Grosso



Principal fator que deve contribuir para o encarecimento do transporte no estado é a vigência da Lei 12.619 que regulamentou a profissão de motorista

O frete de grãos deve ficar mais caros em Mato Grosso. Uma estimativa do setor produtivo é que encareçam entre 30% a 40% no estado, elevando o volume de recursos necessários para escoar até os portos a produção de grãos. O estado é o maior produtor brasileiro com uma safra anual superior a 35 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A previsão de crescimento para 2012 supera a alta verificada em 2011, quando as tarifas evoluíram 10% na comparação com 2010, chegando ao final do ano passado em US$ 118 a tonelada.

Principal fator que deve contribuir para o encarecimento do transporte é a vigência da Lei 12.619 que regulamentou a profissão de motorista. Será responsável por implementar uma série de medidas voltadas aos trabalhadores que atuam nas estradas com o transporte de cargas, como descanso pré-estabelecido de acordo com o número de horas trabalhadas.

Atualmente, escoar grãos, cereais e fibras de Sorriso - no médio norte - até o Porto de Santos (SP) equivale a comprometer de 17% a 20% do preço da soja. "Praticamente 100% da nossa produção depende desse modal. Já pagamos um frete caro", destaca José Rezende, coordenador da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

Em Mato Grosso, o setor de transporte de cargas já anunciou: os fretes vão ficar mais caros. Custos maiores para os produtores, redução no lucro pelas empresas. "Algumas estimam reduzir entre 25% a 30% o lucro", cita Gilvando Alves de Lima, diretor-executivo do Sindicato das Empresas dos Transportes de Cargas.

"Algum tipo de custo será repassado. Não sabemos o quanto estamos falando em transferência do preço para o frete. Mas em breve irá acontecer", acrescenta. Mas dúvidas ainda pairam sobre a nova lei. O principal questionamento dos empresários do ramo é se o país está preparado para as transformações que serão exigidas. Se a infraestrutra rodoviária vai comportar um número maior de veículos de grande porte que vão rodar pelas rodovias.

Segundo o diretor-executivo do Sindicato das Transportadoras de Mato Grosso, é preciso ainda sanar dúvidas quanto à nova legislação. A contratação de um número maior de motoristas para possibilitar a escala das horas e maior número de carretas rodando são reflexos que as transportadoras de Mato Grosso vão sentir.

Mas para o Sindmat, a nova lei pôs em xeque as deficiências infraestruturais no Brasil, especialmente no tocante às rodovias. "Estamos reféns desse modal e o problema é grave. É possível amenizar com algum tipo de mudança, desde que legalmente não existam prejuízos. Mato Grosso já tinha demonstrado ineficiência, mas a grande dificuldade para o transportador, se não houver um ajuste de operação de carga e descarga começa a remeter uma inviabilidade".

Falta de mão de obra qualificada também pode se tornar empecilho para elevar o número de empregados. A categoria que congrega os trabalhadores do transporte rodoviário em Mato Grosso considerou um avanço a lei que regulamentou a profissão de motorista.

"Foi um avanço, uma conquista para a categoria não só que transporta cargas, mas para todos os motoristas. Mas a preocupação é controle de horas dos motoristas", expressou Luiz Gonçalves da Costa, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Mato Grosso.

O que diz a lei

A Lei 12.619, de 30 de abril de 2012 foi publicada em Diário Oficial da União em 2 de abril. Tem como finalidade assegurar benefícios à categoria além de regular a jornada de trabalho e o tempo de direção pelos motoristas. A lei determina intervalo mínimo de uma hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 horas a cada 24 horas e descanso semanal de 25 horas.

Entre outras especificações está a de haver o intervalo mínimo de 30 minutos para descanso a cada 4 horas de tempo ininterrupto de direção, podendo ser fracionado o tempo de direção e o de intervalo de descanso, desde que não completadas as 4 horas.

O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) diz que não houve estudos aprofundados sobre os impactos que a nova lei provocaria. "Devia ter havido um estudo. Não temos motoristas, estacionamentos, estradas e será um volume muito maior que terá que ir para a estrada e com custo maior", citou.

Para o presidente Luiz Gonçalves da Costa, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de Mato Grosso, ao mesmo tempo em que a lei dará segurança jurídica à categoria é preciso manter um diálogo com o setor patronal. Empregados temem redução salarial em função do limite de horas a serem trabalhadas. "Os motoristas estão preocupados com o salário", ponderou.

Tempo maior nas viagens também é outro reflexo a ser provocado. Em Mato Grosso, por exemplo, a viagem entre Rondonópolis, no sul do estado, até Porto Velho (RO), pode levar até uma semana a partir das alterações feitas pela lei. No Sul do Brasil, ir de Chapecó (SC) até Curitiba (PR) pode levar 25 horas e não mais 19 horas, conforme o setor.

Fonte: Globo Rural
Para maiores informações visite: www.agrovalor.com.br