sábado, 31 de março de 2012

Café oscila com força no decorrer da semana, acompanhando o humor do mercado financeiro



A instabilidade dos mercados financeiros na Europa e a preocupação com a situação econômica global continuaram alimentando o clima de incertezas e desorientando os operadores de mercado ao redor do mundo.

Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, oscilaram com força no decorrer da semana, acompanhando o humor do mercado financeiro. Como os fundamentos do mercado de café são positivos e irão continuar assim por um longo período, os operadores interessados em baixa lançam mão sempre do mesmo argumento, a safra com volume recorde que o Brasil, maior produtor do mundo, colherá a partir de abril/maio próximo.

Insistimos que se o volume da próxima safra for próximo dos maiores números que circulam no mercado, ao redor dos 55 milhões de sacas, ela será suficiente apenas para as necessidades brasileiras de consumo e exportação de café dentro do próprio ano-safra (julho de 2012 a junho de 2013). Iniciaremos o ano-safra seguinte, de ciclo baixo, praticamente sem café remanescente da safra 2012/2013. Os agrônomos com quem temos contato não acreditam que a próxima safra brasileira chegue a 55 milhões de sacas.

Atrás de novos argumentos para a queda nos preços, alguns operadores voltaram a falar nos estoques brasileiros de café. Os estoques públicos, informados todos os meses no site da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento (www.conab.gov.br), eram de 1 614 583 scs no final do último mês de fevereiro, volume suficiente para pouco mais de um mês de consumo interno brasileiro. A CONAB está finalizando o levantamento dos estoques privados existentes no final deste mês de março.

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, informou que o governo pensa em estocar café este ano como medida para ajudar os cafeicultores (fonte: Bloomberg).

Até o dia 29, os embarques de março estavam em 1.481.657 sacas de café arábica, 65.626 sacas de café conillon, somando 1.547.283 sacas de café verde, mais 191.026 sacas de solúvel, contra 1.645.042 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o dia 29, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 2.185.570 sacas, contra 2.155.996 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 23, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 30, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 370 pontos ou US$ 4,90 (R$ 8,93) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 23 a R$ 429,16/saca e hoje, dia 30, a R$ 439,73/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 600 pontos. 

Fonte: Escritório Carvalhaes
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Teste de eficiência alimentar é aplicado em fêmeas da raça nelore em Minas Gerais



Growsafe, sistema utilizado para medir eficiência alimentar dos animais, vai selecionar futuras mães da raça para tentar reduzir o custo da produção com fêmeas

Um sistema que identifica animais que comem menor quantidade de alimento para que ganhem peso vem sendo realizado aqui no Brasil. O growsafe (crescimento seguro, na tradução do inglês), teste de eficiência alimentar realizado em machos desde agosto de 2011 no Brasil, começou, há um mês, a realizar o teste com as fêmeas da raça nelore. Agora, vai selecionar futuras mães da raça que comem menos e, assim, reduzir o custo da produção.

Desde agosto, a fazenda Rancho da Matinha, de Uberaba (MG), em parceria com a ABS Pecplan, começou a utilizar o método para descobrir quais animais tem mais eficiência alimentar, ou seja, consomem menos alimento para ganhar peso. Esta é a primeira vez que o sistema, criado no Canadá, é aplicado em fêmeas no Brasil e a primeira, no mundo, que avalia o gado nelore.

De acordo com o pecuarista Luciano Borges Ribeiro, são 128 fêmeas ao todo, divididas em dois grupos. Elas têm entre 16 e 18 meses de idade e estão sendo monitoradas 24 horas por dia: tudo o que comem fica registrado por meio de uma balança e de sensores que detectam a presença do animal quando ele se alimenta. A rês é identificada através de um brinco com um transponder. E as informações são enviadas por ondas de rádio para o computador e, a partir daí, via internet, vão para o Canadá e para pesquisadores da universidade do Texas, nos Estados Unidos.

Ao fim do teste com os machos, foi possível ver a disparidade entre indivíduos. Enquanto o animal mais eficiente comeu cerca de 6 quilos de ração por dia para converter em um quilo de peso, o garrote menos eficiente, consumiu 16 quilos de ração para ganhar um quilo de peso.

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Setor florestal movimenta oferta e procura por cursos técnicos



Estima-se que toda a mão de obra especializada com estes cursos seja absorvida pelas empresas da região

O setor florestal, que está em franco desenvolvimento na região de Três Lagoas tem movimentado bastante a oferta e a procura por cursos técnicos voltados para a produção de celulose e papel. Estima-se que toda a mão de obra especializada com estes cursos seja absorvida pelas empresas da região. 

O SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) oferece cursos voltados para esta área há dois anos, quando começou a surgir a demanda. A primeira turma de técnicos em celulose e papel se formou em 2010. Segundo o supervisor pedagógico dos cursos técnicos da instituição, Sidney Evangelista de Oliveira, este curso tem a duração de 1 ano e 4 meses, com carga horária de 1,6 mil horas. 

O supervisor diz ainda que é importante que a população se interesse por este tipo de qualificação. “Quem não estiver qualificado, não conseguirá aproveitar as oportunidades que o setor oferece”. Oliveira explica também que, não só as empresas grandes como Fibria e Eldorado absorverão esta mão de obra. “As empresas terceirizadas também tendem a precisar de funcionários nesta área”.

O técnico em manutenção de piscinas Jurandir da Silva Teodoro, resolveu aproveitar a demanda do mercado e se inscreveu em um curso particular para colheitadeira de eucalipto. “Preciso ter mais chances de concorrer a uma vaga no setor florestal, por isso busquei a qualificação”. 

O curso que Teodoro frequenta oferece aulas semanais e tem a duração de oito meses. As turmas são pequenas, 20 alunos em média, mas já é a terceira vez que o curso é oferecido. 

PASSADO

Não é de hoje que os eucaliptos fazem parte do desenvolvimento e da expansão de Três Lagoas. O reflorestamento com esta árvore é realizado na região há pelo menos 40 anos. Na cidade ainda é possível encontrar o último remanescente deste primeiro ciclo florestal.

Trata-se do empresário Klaus Bunning. Atualmente ele possui diversos empreendimentos, mas iniciou suas atividades com uma empresa de reflorestamento, a Agropeva. Bunning conta que sua empresa foi a responsável pelo primeiro projeto de reflorestamento do Mato Grosso do Sul. 

O empresário iniciou a plantação com 1,8 mil hectares que chegaram a se transformar em 50 mil hectares na região. Somados ao reflorestamento feito em outros estados como, Bunning estima que chegou a ter 70 mil hectares de área plantada. Em meados dos anos 80 o empresário chegou a ter o 4º maior programa de reflorestamento do Brasil.

Atualmente Bunning não trabalha mais com este setor por que diz que, para ele, se tornou inviável. “Hoje o comportamento do mercado é outro. Este empreendimento é para as grandes empresas mesmo”.

Para maiores informações visite: painelflorestal.com.br