sexta-feira, 4 de maio de 2012

Safra de cana tem queda de 32% no Centro-Sul do Brasil



Atraso da colheita reduz também processamento de açúcar em 29% e de etanol em 29,6%

A moagem de cana-de-açúcar das unidades produtoras da região Centro-Sul do País totalizou 4,74 milhões de toneladas, até o dia 15 de abril, com recuo de 32,23% em relação ao volume registrado em igual período da safra passada, de 6,99 milhões de toneladas.

Do total de cana colhida 34,43% foi destinada à produção de açúcar e a maior parte, 65,57%, direcionada para a produção de etanol. Com isso, a fabricação de açúcar alcançou 152,08 mil toneladas até a primeira quinzena de abril. A produção de etanol atingiu 180,55 milhões de litros, dos quais 161,87 milhões de litros de etanol hidratado, e 18,68 milhões de litros de etanol anidro. Para ambos os produtos, observou-se uma retração destas quantidades produzidas quando comparadas a igual período de 2011. Para o açúcar, o recuo foi de 28,95%, enquanto para o etanol totalizou 29,61%. 

De acordo com o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “o número de unidades em operação e a moagem observada até o momento estão dentro do esperado”. Isso porque a safra está atrasada se comparada a anos anteriores, por conta da chuva. Até meados de abril de 2012, 70 unidades produtoras encontravam-se em operação na região, em comparação com as 113 registradas no mesmo período no ano anterior.

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Preço mínimo do cigarro entra em vigor no Brasil



Está em vigor deste 1º de maio em todo o país, a lei de preço mínimo para cigarros, sancionada em 2011, que proíbe a venda de maços por preço inferior a R$ 3. O comerciante que descumprir a medida será penalizado com apreensão das mercadorias, proibição de vender o produto por cinco anos e processo criminal. Para a indústria brasileira de tabaco a nova lei deve ser um divisor de águas no comércio de cigarros no Brasil. Isso porque o preço mínimo deve evitar a sonegação de impostos e facilitar a identificação de cigarros contrabandeados. 

“Quase 25% dos cigarros vendidos no país são ilegais, por meio de contrabando ou sonegação de tributos”, diz Sergio Vilas Bôas, presidente do Sindicato da Indústria do Fumo do Estado de São Paulo (Sindifumo-SP). Segundo Vilas Boas, o Brasil é o segundo maior consumidor de cigarros falsificados do mundo, atrás somente da China. De acordo com ele, os cigarros ilegais desestruturam o mercado e a nova medida vai favorecer tanto a arrecadação de tributos como a melhoria do controle sanitário. “Será visível para o consumidor qual produto é legal e qual não é”, diz Vilas Boas. Além disso, a decisão vai ajudar a melhorar a competitividade da indústria brasileira. Estimativas da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco apontam que o contrabando gera perdas de arrecadação de R$ 4 bilhões por ano. 

Para o presidente da Souza Cruz, Andrea Martini, a imposição de um preço mínimo no Brasil pode compensar os efeitos da alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "O preço do cigarro já é alto. Com o preço mínimo, e dependendo do comportamento do consumidor e do varejo, esperamos que haja espaço para o aumento do mercado legal", afirma. 

Em relação à eficácia do preço mínimo, Martini destacou que vai depender também da fiscalização. Ele disse que a própria empresa vai monitorar a implementação da lei e vai investir R$ 5 milhões na comunicação da lei ao varejo. 

O tabaco brasileiro é o 3º produto agrícola da pauta de exportações primárias brasileiras. É o 6º produto mais exportado do agronegócio brasileiro e o 2º da pauta de exportações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No campo, o setor emprega 223 mil famílias de pequenos agricultores.

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JBS: aquisição de ativos da Doux Frangosul


A JBS deve anunciar hoje a aquisição das operações da Doux Frangosul, que tem sede em Montenegro (RS) e plantas também em Caxias do Sul e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, e Caarapó, no Mato Grosso do Sul. A operação põe fim a uma crise que começou no início de 2009, com atrasos nos pagamentos aos criadores integrados de aves e de suínos, falhas recorrentes no fornecimento de ração para os animais e, mais recentemente, suspensão de parte da produção da empresa.

A JBS deve confirmar a aquisição de todas as operações da multinacional francesa no país. O valor da operação e outros detalhes deverão ser apresentados na matriz da empresa, nesta sexta-feira (4).

A sinalização de que o imbróglio finalmente se encaminhava para o fim veio em fevereiro deste ano, quando o diretor geral da empresa no país, Aristides Vogt, disse em uma audiência no Ministério Público (MP) Estadual do Rio Grande do Sul que a multinacional francesa havia decidido “abrir o capital” à participação de um investidor para regularizar seus débitos.

Fonte: Valor Econômico
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Congresso tentará novo acordo para o Código Florestal


Intenção é fazer com que o texto final seja mais próximo ao do aprovado no Senado

O Congresso Nacional tentará, até a próxima semana, um novo acordo com o governo federal para minimizar os impactos de possíveis vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto do Código Florestal, aprovado semana passada na Câmara.

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou nesta quinta-feira (3) uma proposta para que senadores e deputados se reúnam e discutam, pontualmente, com representantes do governo, a troca dos artigos do projeto aprovado a serem vetados por MPs (Medidas Provisórias). 

O senador Blairo Maggi (PR-MT) explicou os planos:

— Vamos negociar para que, no mesmo momento do veto, a presidente faça a apresentação de uma MP com (o texto) que foi aprovado no Senado e foi negociado entre todos. 

A intenção da Comissão de Agricultura, segundo ele, é fazer com que, avalizado pelos deputados, o texto final seja mais próximo ao do aprovado no Senado.

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— O projeto do Senado é mais equilibrado e o governo defende isso. Nunca vi um projeto com tanta discussão no Senado. Não tiro de forma alguma a legitimidade da Câmara de fazer o que fizeram. 

Maggi classificou como uma "atitude política e menos prática" a decisão do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) de reapresentar no Senado o projeto do Código Florestal alternado na Câmara. 

— Se for seguir o trâmite normal, só daqui a dois a três anos o projeto seguiria ao final. Não é essa a postura agora. 

A principal feira e tecnologia agrícola do País foi alvo de protestos de movimentos ambientalistas e de sem-terra, nesta quinta, em defesa do veto de Dilma ao projeto.

Pela manhã, cerca de 20 manifestantes colocaram uma faixa com os dizeres "Veta Dilma" na entrada da feira. Há pouco, integrantes da Fundação SOS Mata Atlântica tentavam inflar um balão com o mesmo slogan para sobrevoarem o evento.

Fonte: R7
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Fiesp lança estudo com projeções do agronegócio para 2022



Outlook Brasil deve servir como guia para planejamento futuro do setor 

Pela importância que o agronegócio representa para a economia brasileira e para o mundo, onde cumpre o papel de um dos maiores fornecedores de alimentos, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com o Instituto de Estudos do Comércio e Negóciações Internacionais (Icone), elaborou as projeções para o agronegócio brasileiro na próxima década. 

Outlook Brasil 2022 analisou 16 produtos agroindustriais – entre eles milho, soja, carnes e fertilizantes – e traçou projeções para o consumo doméstico, produção, exportação, importação, estoques, área plantada e consumo de fertilizantes. Impactos futuros desses segmentos na economia e infraestrutura de transporte do país também foram mensurados. Todos os resultados estão disponíveis no endereço www.fiesp.com.br/outlookbrasil. 

"A Fiesp trabalha pelo desenvolvimento do Brasil e, neste sentido, sempre atuou para garantir a integração e o crescimento dos diversos setores da economia”, explica Paulo Skaf, presidente da Fiesp. “Nosso Departamento do Agronegócio nasceu dessa visão e da necessidade de formular e propor políticas que levem em conta a interdependência natural entre a atividade agropecuária e a indústria de insumos e alimentos. Assim, como resultado dessa iniciativa, idealizamos o Outlook que, com certeza, irá contribuir de forma muito positiva para o país, ao antecipar as ações necessárias para promover o crescimento e a geração de empregos e riquezas para o Brasil.” 

Essa ação reflete três anos de trabalho do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp e do Icone, em parceria com institutos de pesquisa internacionais, como o Center for Agricultural and Rural Development e o Food and Agricultural Policy Research Institute (Card/Fabri), da Universidade de Iowa/EUA (ISU), com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de outras instituições do setor. 

Grãos e carnes 

Destaque na balança comercial brasileira, a soja apresentará crescimento de 43% de suas exportações e a produção total atingirá a marca de 96,9 milhões de toneladas, puxada especialmente pelos ganhos de produtividade. Segundo o estudo da Fiesp, a região Centro-Oeste Cerrado consolidará sua posição de principal produtora, com 34% do total. 

As projeções para os produtos da cesta básica, como o arroz e o feijão, por exemplo, são conservadoras. Mesmo com um tímido crescimento do consumo per capita, a produção projetada de arroz, que atingirá 14,1 milhões de toneladas em 2022, será insuficiente para atender o mercado interno. O fato resultará em um déficit comercial de 679 mil toneladas em 2022. 

Já a produção de feijão deve aumentar 938 mil toneladas para atender a demanda doméstica, o que também será insuficiente para fazer frente ao consumo. Sendo assim, daqui a dez anos, o Brasil continuará sendo importador líquido de feijão, adquirindo no exterior um volume de 114 mil toneladas. 

Em contrapartida, as exportações de carne de frango, bovina e suína apresentarão incrementos significativos. O Brasil continuará sendo um grande fornecedor para o mercado mundial, aumentando a sua participação como o maior exportador de carnes de frango e bovina, além de disputar o terceiro lugar em carne suína com o Canadá. 

As exportações serão divididas da seguinte maneira: 5,9 milhões de toneladas de carne de frango, 2,7 milhões de toneladas de carne bovina e 700,2 mil toneladas de carne suína – um crescimento para o período projetado de 46%, 87% e 28% respectivamente. Estima-se que, em dez anos, a produção desses três produtos juntos atingirá a marca de 32,9 milhões de toneladas. 

Fertilizantes 

Para o setor de fertilizantes destaca-se a redução da dependência do Brasil em relação ao mercado internacional. Se atualmente o país importa 71% da sua necessidade de nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio), em 2022 esse percentual cairá para 56%. O fato se deve à ampliação da capacidade de produção da indústria de fertilizantes, que crescerá 54% no período. 

Logística 

A importância da logística de transporte da produção futura foi alvo de análise. Para isso, o estudo projetou três diferentes cenários, com destaque para aquele que considera a inclusão da hidrovia Teles Pires Tapajós como alternativa ao escoamento da safra de grãos, principalmente no Centro-Oeste Cerrado. Nessas condições, o fluxo total de transportes em ferrovias e rodovias seria reduzido em 4% e o transporte por hidrovias dobraria em 2022 em comparação a 2010. 

Impactos socioeconômicos e ambientais 

O Outlook Brasil também analisou a dinâmica do uso da terra. Os dados apontaram substancial redução da necessidade de novas áreas para produção agropecuária, consequência dos ganhos de produtividade e da ampliação das lavouras sobre as pastagens, que cederão 5,4 milhões de hectares para a produção de grãos.

Em termos econômicos, o trabalho mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos setores analisados apresentará incremento de 42% na próxima década. Somente os produtos analisados responderão por 19% dos empregos, isto é, mais de 23 milhões de pessoas em atividade. 

O Outlook Brasil 2022 ainda realizou projeções para o incremento de renda e computou dados regionais. O estudo completo com resultados detalhados pode ser encontrado no site www.fiesp.com.br/outlookbrasil. 

Departamento do Agronegócio (Deagro) 

O agronegócio brasileiro é considerado um dos mais dinâmicos do mundo e representa, aproximadamente, 22% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Para oferecer maior suporte às indústrias deste setor, a Fiesp criou, em janeiro de 2007, o Departamento do Agronegócio (Deagro). 

Formado por divisões que representam os quatro principais elos do agronegócio – Indústrias de Insumos, Agropecuária, Indústria de Alimentos e Comércio Exterior –, o Deagro trabalha alinhado ao conceito de cadeias produtivas para proporcionar o máximo de integração entre as diversas áreas que compõem o setor. 

Na Fiesp, o departamento representa trinta sindicatos e mais trinta entidades representativas nacionais e lida, constantemente, com questões como tributação na cadeira de alimentos, política agrícola, facilitação de comércio, sanidade e qualidade de alimentos e legislações ambientais. 

Dentre as prioridades do Deagro, está a publicação de estudos estratégicos que ajudem a aumentar a competitividade dos diversos setores do complexo agroindustrial brasileiro, antecipando tendências e oferecendo informações de qualidade. Além deste Outlook Brasil 2022, o departamento já lançou estudos sobre as tendências do consumidor de alimentos, sobre o peso dos tributos nos alimentos no Brasil, entre outros. 

As publicações na íntegra e outras informações sobre o departamento podem ser encontradas no site www.fiesp.com.br/agronegocio

Fonte: Fiesp
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Leite, pescado e ovos de Minas Gerais são incluídos no sistema federal de inspeção



Entre os principais beneficiários da equivalência integral do serviço específico para itens de origem animal estão os pequenos produtores

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, oficializou a ampliação da adesão do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio de Minas Gerais ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produto de Origem Animal (Sisbi-POA) do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). O reconhecimento da equivalência foi assinado nesta quinta, dia 3, durante a 78ª Expozebu, em Uberaba (MG). Além do segmento de carnes, que já estava incluído no sistema, o Estado passa a ter as categorias leite, pescado e ovos reconhecidas.

O ingresso no Suasa é voluntário e pode ser solicitado nas Superintendências Federais de Agricultura (SFAs). Para obter a equivalência, é necessário comprovar a aptidão para certificar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura. Atualmente, os Estados da Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, além dos serviços municipais de Alegrete (RS), Cascavel
(PR), Erechim (RS), Rosário do Sul (RS), Santa Cruz do Sul (RS), São Pedro do Butiá (RS) e Uberlândia (MG) e o consórcio de municípios Consad, de São Miguel do Oeste (SC) aderiram ao Sistema.

O reconhecimento permite que os municípios qualifiquem indústrias locais que poderão comercializar sua produção para todo o país. Esses fabricantes de produtos de origem animal recebem um selo que identifica os estabelecimentos, ou indústrias de alimentos, incluídos no Sisbi-POA. A medida beneficia especialmente os pequenos agricultores.

Fonte: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
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