segunda-feira, 9 de julho de 2012

Qualidade da safra brasileira de cafés finos preocupa mercado europeu



As forte chuvas, atípicas para a época do ano, prejudicaram a colheita do café no Brasil em junho. "Os torrefadores estão bastante inclinados em manter os diferenciais do Brasil", disse um trader europeu. 

Os futuros do café arábica cotados na bolsa de Nova York (ICE) subiram mais de 10 por cento durante as últimas duas últimas semanas, alcançando pico de três meses de 1,8710 dólar por libra-peso na quinta-feira, antes de terem perdas na sexta-feira. 

Os preços diferenciados do Brasil estavam firmes, com o café brasileiro MTGB fino cotado na ICE a 12 centavos de dólar abaixo do contrato setembro, ante 15 centavos há duas semanas. 

Traders perceberam que parte do café arábica de qualidade inferior estava sendo negociado quase em igualdade com o café robusta de alta qualidade, refletindo a constante demanda por grãos de café robusta. "Há algumas negociações de café arábica a preços similares aos do café robusta, quando que, a um ano, eles estavam a milhas de distância um do outro", disse um trader. 

Os diferenciais do café robusta diminuíram, com o ritmo da colheita aumentando na Indonésia, importante produtora dos grãos. O café indonésio EK-1 robusta estava cotado a níveis parecidos aos preços do café robusta de Londres na sexta-feira (05/07).

O café robusta tipo 2 do Vietnã foi cotado a 20 dólares acima do contrato setembro, ante diferença da semana passada de 40 dólares. Operadores perceberam que o importante produtor estava perto de esgotar sua safra 2011/12, por causa da forte demanda. 

Fonte: Reuters
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Governo Federal cria nova modalidade do PAA



O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Agricultura Familiar, executado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), agora vai incluir o atendimento a diferentes tipos de instituições, como presídios, hospitais e exército. A ação foi regulamentada por meio da criação de uma nova modalidade no programa, chamada "Compra Institucional", definida em decreto publicado nesta quinta-feira (5), no Diário Oficial da União.

De acordo com o documento, esta opção é voltada para o atendimento de demandas regulares de consumo de alimentos por parte da União, Distrito Federal e demais governos locais. "A Compra Institucional permite que estados e municípios comprem da agricultura familiar com seus próprios recursos, utilizando as regras do PAA", explica a superintendente de Suporte à Agricultura Familiar da Conab, Kelma Cruz. "E os agricultores familiares poderão vender até R$ 8 mil por ano nesta modalidade".

Outra novidade trazida pelo Decreto foi o aumento do limite de participação, por unidade familiar, na modalidade de Compra com Doação Simultânea. O recurso passou de R$ 4.500,00 para R$ 4.800,00 nas aquisições realizadas por meio de organizações fornecedoras.

A  Conab executa o PAA em parceria com outros órgãos e entidades da administração pública federal, que celebram termo de cooperação com as unidades gestoras: Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). (Comunicação Social/Conab)

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Quase 50% do mercado de sementes forrageiras no Brasil é ilegal



A pirataria no Brasil não é um problema que atinge apenas a indústria fonográfica, vestuário ou de acessórios. Empresas que desenvolvem sementes e até os produtores que fazem uso delas perdem (e muito) com a pirataria no campo. Levantamento da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) mostrou que, na safra 2011/2012 de soja, cerca de 67% das sementes usadas eram certificadas. 

Depois da soja e do milho, as forrageiras têm o maior mercado legal de sementes do país, movimentando mais de R$ 1 bilhão por ano. Mas esse número poderia ser maior. Segundo a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), entre 40% a 50% do mercado do setor é abastecido com sementes ilegais. 

“Quando uma pessoa compra sementes não certificadas, ele corre o risco de levar para a sua lavoura sementes com ervas daninhas e outras pragas. O barato sai caro”, afirma o diretor-executivo da Unipasto, Marcos Roveri José. 

Com as piratas, a quantidade de sementes usadas por hectare tende a ser maior, além do aumento do consumo de herbicidas para minimizar os efeitos das pragas nas lavouras. 

“Consequentemente, uma semente dessa se torna caríssima porque não tem controle de qualidade. O prejuízo é incalculável para o produtor. Você não consegue acabar com as plantas daninhas depois que plantou, pode apenas minimizar”, explica o diretor comercial da empresa Sementes Oeste Paulista (Soesp), Itamar Oliveira Júnior. 

Ruim o para o produtor, pior para o país. Segundo presidente da Abrasem, Narciso Barison, “o prejuízo é multiplicado no momento em que pode introduzir doenças no país ou na lavoura que são controladas pelas sementes certificadas”. 

A pirataria de sementes também agrega perdas aos pesquisadores e empresas envolvidas no desenvolvimento da tecnologia. A Soesp calcula que a venda de sementes forrageiras ilegais no país movimente cerca de R$ 350 milhões por ano. “O prejuízo é imensurável e afeta toda a cadeia. Ela [a pirataria] larga de remunerar tanto o pesquisador que desenvolveu a tecnologia como a Embrapa, que recebe royalties, e as empresas que investiram no desenvolvimento da tecnologia”, destaca Oliveira Júnior. 

Uma pesquisa realizada pela Célere Consultoria mostrou que a introdução da biotecnologia agrícola no Brasil, em 1996/1997, até a safra 2010/20111, agregou benefícios econômicos no valor de R$ 11,9 bilhões aos produtores e empresas envolvidas no desenvolvimento das tecnologias. Do volume total do benefício, 44% foram garantidos pelo aumento da produtividade. 

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Ministro da Agricultura inaugura sede da Embrapa Agrossilvipastoril



Foi inaugurada, na manhã desta sexta-feira, em Sinop (MT), a sede da Embrapa Agrossilvipastoril, um das três novas Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Este é o primeiro Centro de Pesquisa da empresa em Mato Grosso.

Participaram da cerimônia de inauguração o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, o prefeito de Sinop, Juarez Costa, o presidente da Embrapa, Pedro Antonio Arraes Pereira, o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, entre outras autoridades federais, estaduais e municipais.

“Esta é uma obra extraordinária. Mato Grosso dá um passo muito importante na busca de maior qualidade. Mais ainda, de colaboração para o Brasil como um todo, podendo se afirmar como o maior produtor do país”, disse o ministro Mendes Ribeiro.

De acordo com ele, este Centro de Pesquisa será exemplo, uma vez que promoverá a integração dos sistemas produtivos e também das instituições de pesquisa agropecuária.

“É um sonho que se torna realidade. É uma Embrapa integrada, é a integração da pesquisa, é a comunicação da ciência. É o somatório de tecnologia que passa a influenciar diretamente a cadeia produtiva. Eu como ministro me sinto extremamente orgulhoso”, afirmou.

Segundo o governador Silval Barbosa, a chegada da Embrapa ao estado é uma conquista para o setor agropecuário e vai alavancar ainda mais a produção, sobretudo para os pequenos produtores.

A possibilidade de desenvolver tecnologias em Mato Grosso, levando-se em conta o sistema produtivo local e as condições naturais da região foi ressaltada pelo senador Blairo Maggi, que ainda enfatizou a importância das pesquisas feitas pela Embrapa.

“Não podemos ficar dependentes da tecnologia estrangeira. Temos de seguir por um caminho próprio que á o da pesquisa pública, que é o da Embrapa”, disse.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, a instalação da Unidade em Mato Grosso foi uma conquista coletiva e que irá contribuir para o desenvolvimento de tecnologias para o bioma de transição entre o cerrado e a Amazônia, contribuindo, sobretudo, para uma agricultura sustentável.

“Com este Centro de Pesquisa poderemos gerar conhecimento local. É muito importante que a tecnologia seja gerada onde ela será utilizada. Assim, queremos dar nossa parcela de contribuição para um Mato Grosso melhor”, afirma João Flávio.

O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, destacou o fato de a inauguração da sede da Embrapa Agrossilvipastoril ocorrer com as atividades já em pleno funcionamento.

“Um Centro de Pesquisa é feito por pessoas. Aqui já temos uma equipe jovem, motivada e muito capacitada. Como resultado, a Unidade já está sendo inaugurada com 29 projetos de pesquisa aprovados. Isto é a prova que o centro já nasceu bem”, disse.

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