terça-feira, 24 de julho de 2012

Finlândia arrenda florestas para preservar biodiversidade



Governo finlandês trabalha para aumentar a mata nativa local, que representa apenas de 2% a 10% das florestas do país

Governo da Finlândia está arrendando terras de proprietários locais que tenham florestas nativas para preservar a biodiversidade do país. Trata-se de uma tentativa de chamar a atenção dos donos dessas áreas para a conservação do meio ambiente. A mata natural na Finlândia é pouca - representa apenas de 2% a 10% das florestas -, apesar de o país ter o maior porcentual de áreas florestais do continente, com 76% de seu território (23 milhões de hectares) coberto por florestas.

Segundo o professor de Meio Ambiente e Recursos Econômicos da Universidade de Helsinque, Markku Ollikainen, aproximadamente metade das florestas finlandesas é utilizada para fins econômicos. A indústria florestal é uma das atividades com mais destaque na economia local, com foco basicamente na exploração de madeira para atividades como a produção de móveis e papel. O setor responde por 8% do Produto Interno Bruto do país e por cerca de 30% das exportações. A importância econômica da atividade levou a uma exploração desenfreada do solo. Como consequência, a qualidade e o volume da madeira produzida começaram a cair.

Diante do quadro que colocava em xeque a atividade industrial e a preservação ambiental, o governo decidiu inovar sua relação com o setor florestal. Uma saída foi ajudar na melhoria da gestão das áreas florestais - na Finlândia dois terços das florestas são particulares. As medidas estão dando certo. Hoje o crescimento de árvores supera o de corte. E a área protegida no sul do país dobrou, atingido 3% - no norte o índice chega a 30%.

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Argentina: produção e consumo de carne bovina menores de que em 2001



De acordo com dados de um seminário realizado pelo Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), entre 2001 e 2009, a produção de carne bovina se expandiu 35%, passando de 2,5 a 3,4 milhões de toneladas de carcaça com osso. No entanto, entre 2009 e 2011, a produção caiu 25%, voltando quase às mesmas 2,5 milhões de toneladas de 2001.

Ao longo dos últimos dez anos, a produção de carne de frango passou de 900 mil toneladas em 2001 para 1,8 milhão de toneladas processadas em 2011, o que implica em um aumento de cerca de 100%. 


A carne bovina, cuja produção tem altas e baixas cíclicas dentro de uma tendência de longo prazo que mostra sinais de estancamento, enfrenta a carne de frango, que forte crescimento ao longo da última década.


Comparando o consumo de carne bovina, de frango e suína, com relação ao de três anos atrás, a pesquisa do IPCVA feita com famílias argentinas mostrou que as pessoas acham que, na primeira, o consumo diminuiu, enquanto no caso da carne de frango, houve aumento e, para a carne suína, houve leve queda. O principal motivo citado pelas pessoas para a diminuição no consumo de carnes é o mesmo: “seu preço aumentou mais que o dos outros tipos de carne”.

No entanto, aqueles que percebem que o consumo dos tipos de carnes aumentou com relação a três anos atrás citam que, no caso da carne bovina, o principal motivo é que “seu preço diminuiu/aumentou menos que o dos outros tipos de carne” e por “melhoras na renda das pessoas, aumentou a demanda”; enquanto que, no caso da carne de frango e de porco, o principal motivo é que “seu preço diminuiu/aumentou menos que o dos outros tipos de carne”. No consumo anual percebido dos tipos de carnes, a carne bovina seguida pela de frango são as que mais são consumidas.

Ao consultar os entrevistados sobre o que deveria acontecer para aumentar o consumo de carne bovina, os principais motivos foram: “que baixe o preço” e “que melhore a renda/poder aquisitivo das pessoas”.

Fonte: IPCVA
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Brasil ocupa oitavo lugar em políticas de incentivo a energia renovável



Um estudo feito pela KPMG International colocou o Brasil em oitavo lugar entre os 23 países do mundo que mais adotam políticas de incentivos à geração de energia renovável. O relatório apontou que o país possui quatro delas, uma a mais do que a última pesquisada feita pela KPMG sobre o assunto.

Foram relacionados 12 tipos de contribuições concedidas, divididas em três categorias: políticas regulatórias; incentivos fiscais; e financiamento público. O estudo aborda ainda as tendências globais em energias renováveis e a produção de energia aplicada nos cinco principais países.

O relatório traz a lista dos países que mais oferecem incentivos para investimentos em energia renovável e detalhes sobre os incentivos implantados por eles. Entre as políticas apresentadas estão: feed-in-tariff (mecanismo de estímulo à produção de energia renovável); cota obrigatória de concessionária de energia elétrica; medição da rede; medição líquida (créditos gerados pelo balanço de consumo entre fontes próprias de energia renovável do consumidor e as fontes tradicionais utilizadas); obrigatoriedade de uso do biodiesel (biodiesel obligation); obrigatoriedade do uso de biomassa para geração de calor (heat obligation); certificados comercializáveis de energia renovável (tradable REC); subsídio de capital e descontos; investimento e créditos fiscais de produção; redução de impostos, taxas ou IVA sobre a comercialização de energia; pagamento de energia ou geração de créditos fiscais; investimentos públicos, empréstimos e financiamentos; e licitações públicas.

Comparado com os 83 países de 2009, atualmente pelo menos 96 países já têm algum tipo de meta ou política de promoção da geração de energia renovável. Mais da metade desses países é de economia emergente. O relatório apontou que, no primeiro semestre de 2012, a incerteza econômica e as políticas de alguns governos levaram à redução de incentivos para geração de energia limpa em vários países, especialmente na União Europeia. No entanto, a regulamentação que visa à redução das emissões de carbono e à segurança energética permaneceu, e os governos continuam a oferecer uma grande variedade de incentivos fiscais de apoio ao investimento em energia renovável.

O relatório afirma que, no Brasil, os novos investimentos tiveram queda de 5%, chegando a US$ 7 bilhões em 2010. Esse desempenho pode ser explicado por um forte foco na consolidação do setor de biocombustíveis, onde houve grande movimentação de fusões e aquisições.

“O país tem uma particularidade que é o regime fiscal especial destinado a produtores e importadores de biodiesel: o PIS (Programa de Integração Social) e o Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). Ambos oferecem reduções significativas para apoiar o desenvolvimento deste setor. Isso explica o interesse dos investidores por este segmento”, afirma Roberto Haddad, sócio da KPMG e líder global de tributos para Energia.

Os investidores no país contam ainda com o apoio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que oferece uma variedade de programas de financiamento para estimular a produção de energia renovável. Em 2002, o governo brasileiro também criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica) para apoiar a produção elétrica a partir de biomassa, geração eólica e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), além de promover a diversidade da Matriz Energética Brasileira.

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Saldo da agropecuária representou 49% do total visto no país



Setor manteve 60.141 postos ocupados no mercado de trabalho em junho de 2012

A agropecuária teve participação de 49% no saldo de empregos criados em todos os setores da economia brasileira no sexto mês de 2012. A atividade manteve 60.141 postos ocupados no mercado de trabalho. O número é resultado da diferença entre os contratados, que somaram 151.7 mil, e demitidos, com 91,6 mil trabalhadores. Ao todo, o Brasil contratou 1.732 milhão de pessoas mas demitiu 1.611 milhão. O saldo, neste caso, foi de 120,4 mil empregos. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nessa segunda-feira (23) pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE). 

No primeiro semestre do ano, o país criou 1.047.914. Já n. Com isso, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada teve uma alta de 2,76% sobre a quantidade registrada em dezembro de 2011. No primeiro semestre do ano, todos os oito setores de atividade econômica apresentaram expansão, com destaque para serviços, com 469.699 postos. 

Em seguida, está a construção civil, com 205.907 postos, que registrou seu terceiro maior saldo na série semestral do Caged e a segunda maior taxa de crescimento entre os setores para o período. O resultado do comércio, ao abrir 56.122 postos, decorreu da geração de 31.551 postos no comércio atacadista e de 24.571 postos no comércio varejista. Nesse mesmo período, a Indústria de Transformação abriu 134.094 vagas.

Regiões - Foi apresentado crescimento em todas as regiões geográficas, sendo que a Sudeste abriu 619.950 postos; Sul, 203.253 postos; Centro-Oeste, 152.403 postos, o terceiro maior saldo para o período; Norte, 44.565 postos, e Nordeste, 27.743 postos.

Entre as Unidades da Federação (UF), vinte e seis mostraram crescimento do emprego, com duas apresentando saldos recordes; três o segundo melhor resultado e cinco o terceiro maior saldo para o período.

Os resultados recordes ocorreram nos estados do Pará, 22.364 postos e Amapá, 1.938 postos (+2,81%). Os estados que obtiveram o segundo melhor resultado para o período foram Goiás, 74.176 postos, a maior taxa de crescimento do emprego entre os estados, no período; Tocantins, 8.139 postos; e Acre, 2.953 postos.

Outras cinco Unidades da Federação apontaram o terceiro maior saldo para o período, sendo: Santa Catarina, 57.504 postos; Mato Grosso, 36.851 postos; Distrito Federal, 18.405 postos; Pernambuco, 8.750 postos; e Paraíba, 742 postos.

Já em termos absolutos, sobressaíram-se no semestre: São Paulo: 335.980 postos; Minas Gerais, 179.074 postos; Paraná, 89.121 postos; e Rio de Janeiro, 86.498 postos.

Devido a fatores sazonais relacionados às atividades do complexo sucroalcooleiro, apenas o estado de Alagoas apresentou retração no nível de emprego, com 37.595 postos.

Fonte: Agrodebate
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Chuva deve chegar mais cedo este ano e plantio de soja pode ser antecipado



A preocupação continua sendo a proliferação do fungo da ferrugem asiática devido ao clima úmido 

O período chuvoso em Mato Grosso deve iniciar em setembro e se esta previsão se confirmar os produtores rurais já devem colocar as máquinas no campo logo no final do vazio sanitário, em 15 de setembro. Segundo o coordenador da comissão de Gestão da Produção da Aprosoja, Naildo Lopes, as chuvas antecipadas favorecem o plantio mais cedo da soja e também a segunda safra de milho. 

A previsão do Somar, instituto de meteorologia, aponta para um mês de agosto seco em toda a região Centro-Oeste, com pancadas isoladas. Em setembro, a chuva deve chegar mais cedo. No Sul do estado, as chuvas serão mais fortes e frequentes, com acumulados de até 100 milímetros, já no Norte os acumulados devem ser de cerca de 50 milímetros e o tempo deverá ficar mais seco. 

A chuva prevista para o mês de setembro será parecida com a de verão, segundo o meteorologista Celso Oliveira. “São pancadas no fim do dia e não chuva fraca durante vários dias seguidos”, explicou. Assim, o solo fica úmido, dando condições para os agricultores iniciarem o plantio. 

Porém, este clima mais úmido e quente favorece a sobrevivência do fungo da ferrugem asiática, o que deve deixar o produtor rural em alerta. De acordo com o meteorologista da Somar, a próxima safra deverá passar pela mesma situação encontrada na safra de 2009/10. “Naquela época a instalação, desenvolvimento e colheita da soja foram muito bons, já que não foram registradas grandes invernadas, que são períodos de muita chuva e pouca insolação. O único problema é que a ferrugem ‘explodiu’ por causa das chuvas registradas no inverno”, explicou Celso Oliveira.

Naildo Lopes ressalta que os produtores rurais precisam tomar cuidado para não deixar planta guaxa (tiguera) nas áreas de lavoura e também nas margens das rodovias. “Essas plantas se tornam hospedeiras do fungo e podem proliferar a doença quando a safra for iniciada”, explica.

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Exportações de café da América Latina, exceto Brasil, caem 2% desde outubro



Maior exportador de arábica lavado do mundo, Colômbia reduziu embarques em 16%

Os países latino-americanos que produzem café arábica lavado exportaram 20,71 milhões de sacas de 60 quilos nos primeiros nove meses da safra 2011/12, informou na sexta-feira (20) a Associação de Produtores de Café da Guatemala. O número representa queda de 2% ante o mesmo período da safra anterior.

O grupo regional não inclui o Brasil, que produz em sua maioria arábica natural, em vez de arábica lavado, mas tem, entre seus membros, Colômbia, México, Peru, República Dominicana e países da América Central.

El Salvador foi o país que registrou maior declínio das exportações entre outubro e junho, como resultado de um ano de ciclo fraco. O país exportou no período 885.416 sacas, queda foi de 41% na comparação com os nove primeiros meses da safra anterior.
A Colômbia, maior produtor mundial de arábica lavado, vendeu 5,64 milhões de sacas ao exterior, queda de 16% ante o mesmo período da safra 2010/11. A Guatemala e a Nicarágua também tiveram diminuição de 5% e 10% nos embarques, respectivamente.

Honduras, por outro lado, registrou aumento de 25% nas exportações de arábica lavado, para 4,49 milhões de sacas, graças a uma colheita recorde. Costa Rica, México e República Dominicana também registraram alta nos embarques.

Fonte: Dow Jones
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