Oportunidades foram amplamente discutidas nas duas primeiras etapas do Circuito Feicorte NFT 2012
Se o Brasil souber aproveitar as oportunidades e eliminar gargalos na produção, é um forte candidato a suprir a demanda mundial de carne. O cenário foi muito debatido por consultores durante o Circuito Feicorte NFT 2012, que já passou por Cuiabá e Salvador, neste mês de março. Apresentando novidades tecnológicas e discutindo tendências na produção, os palestrantes mostraram soluções e apontaram caminhos para o Brasil ser o grande produtor mundial de carne bovina (hoje somos o 2 no ranking mundial).
Luciano Roppa, diretor da LR Consultoria, em sua palestra Tendências no mercado mundial de carnes, traçou um panorama da produção mundial entre 2011 e 2020 e fez uma previsão de que a produção de carne nos próximos 10 anos será 20% maior em todo o mundo. A responsabilidade do Brasil é aumentar em 6,5 milhões de toneladas sua produção. “Vamos crescer acima da média mundial. A oportunidade de produzir carne bovina em um mundo de recursos limitados é missão para poucos e privilegiados países. E o Brasil é um deles. Estamos em um bom negócio”, finalizou.
Para chegar a estes números, Roppa lembrou que tanto a população quanto o seu poder aquisitivo vão aumentar nos próximos 10 anos. A população vai aumentar em 700 milhões de pessoas e 88% deste crescimento será na Ásia e na África. O impacto para o mercado é que o consumo de carne será quatro vezes maior em países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos. 40% da população mundial vivem em economias que crescem 8% ao ano. Isso quer dizer que a classe média mundial irá crescer em mais de 1,2 bilhão de pessoas.
“O maior crescimento na classe média será nos países asiáticos. A América Latina e Ásia serão os grandes motores do crescimento do consumo de carne nos próximos anos. O mundo terá que produzir 53 milhões de toneladas nos próximos 10 anos para atender este demanda, sendo que 42 milhões serão para países em desenvolvimento, onde a previsão de consumo vai aumentar, já que os países desenvolvidos já consomem muita carne. Se o Brasil souber olhar e valorizar esses mercados, estará no topo do ranking de oferta”, disse Roppa.
Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, em sua palestra Cenário Atual e tendências no mercado de carnes e grãos no Brasil também apresentou um panorama positivo da pecuária nacional, com destaque para a representatividade do segmento no PIB: R$ 3,67 trilhões em 2010 (PIB Nacional), sendo que R$ 821 bilhões são referentes ao agronegócio. Deste montante, 70% são da agricultura (R$ 578 milhões) e 30% da pecuária (R$ 24,6 milhões).
“Desde o início do Plano Real, o agronegócio nunca falhou. Somos o 2º produtor mundial de carne bovina e o 1º em exportação, com 22% do comércio global. Somos bons mesmo no campo. É naturalmente fácil. A produção mundial de carnes está estável, mas se aumentar o consumo no planeta, o Brasil está na liderança para buscar suprir a demanda destes mercados em ascensão”, disse.
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