quarta-feira, 16 de maio de 2012

Início de produção de biobutanol nos EUA pode acontecer também no Brasil



A notícia veio dos Estados Unidos (EUA) e poderá ter impacto no setor sucroenergético brasileiro: a partir de 2013, uma usina do estado americano de Minnesota produzirá, em escala comercial, o biobutanol. O produto, biocombustível, é uma alternativa ao combustível de aviação e pode substituir o óleo diesel em motores à combustão. O detalhe é que a Butamax Advanced Biofuels, que vai fabricar o biobutanol a partir de milho nos EUA, já estuda o uso da cana como matéria-prima para fabricação do produto em seu laboratório brasileiro na cidade de Paulínia, noroeste do estado de São Paulo (SP).

“A implantação de uma unidade industrial exclusivamente dedicada à produção desse novo combustível nos EUA é um passo decisivo para consolidar a nova tecnologia no mercado. E isso pode ser interessante para a indústria da cana- de-açúcar no Brasil, já que a cana é uma fonte energética mais eficiente que o milho,” afirma Alfred Szwarc, consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

Para Szwarc, a vantagem do biobutanol em relação a outros tipos de combustíveis renováveis, incluindo-se aqui o etanol, é o seu conteúdo energético: são quatro carbonos em sua cadeia molecular, dois a mais que o etanol, o que lhe confere maior energia. 

Em 2010, um ano após ser consolidada a joint venture entre a britânica BP e a americana DuPont, a Butamax escolheu o interior de SP para ser o centro de estudos da companhia no Brasil. Na época, Tim Potter, CEO da empresa cuja sede está localizada na cidade de Wilmington, no estado americano de Delaware, explicou que o objetivo do laboratório em Paulínia era acelerar a entrada do biobutanol de cana no mercado.

2013

O projeto para produzir o biobutanol em escala comercial nos EUA saiu do papel em dezembro de 2011, quando a Butamax adquiriu uma usina de etanol em Minnesota, pertencente à empresa Highwater Ethanol. Até o início de 2013, a planta, que atualmente produz 55 milhões de galões de etanol (208,18 milhões de litros) de milho no maior estado da região centro-oeste dos EUA, será convertida para fabricar o novo combustível. 

“Trata-se da próxima geração de biocombustíveis que levaremos ao mercado em 2014," observa o atual CEO da Butamax, Paul Beckwith. A produção estimada e o total de investimentos realizados pela Butamax não foram revelados pelo executivo. 

Segundo avaliação da Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA, em inglês), quando estiver comercialmente disponível o biobutanol ajudará a reduzir custos com transporte de combustível nos EUA. Isso porque a mistura do novo produto renovável com a gasolina poderá ser transportada diretamente por oleodutos, sem a necessidade de adaptações ou construção de novas estruturas como ocorre com o etanol.

Fonte: Unica
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É mais barato produzir açúcar na Europa, diz CEO da Bunge


Para Alberto Weisser, Brasil está perdendo competitividade no setor açucareiro


O CEO da Bunge, uma das maiores traders de commodities, Alberto Weisser, afirmou durante o painel de discussão do jornal Financial Times, na Nyse Euronext, que o custo de produção do açúcar no Brasil aumentou em comparação com os de algumas partes da Europa, ilustrando o declínio da competitividade da maior economia da América Latina mesmo em uma de suas principais indústrias agrícolas.

Para Weisser, as companhias de açúcar do Brasil estão sendo afetadas pela alta da moeda, infraestrutura ineficiente e aumentos dos custos da mão de obra e das despesas gerais, levando empresas a considerar transfererência da produção para outros mercados, como a África.

– Acredito que as pessoas não se deram conta ainda de que, hoje, é mais barato cultivar e produzir o açúcar na Europa. Isso me preocupa. O Brasil está se tornando muito caro –, disse Weisser em um painel de discussão do jornal "Financial Times" na Nyse Euronext.

Os crescentes desafios à sua competitividade, mesmo no setor agrícola, vêm em um momento em que o Brasil luta contra a apreciação da taxa de câmbio nos últimos meses. Enquanto o Brasil mantém-se produtor e exportador dominante de açúcar por causa de sol e água abundantes e terras favoráveis à cultura, sua vantagem tanto alardeada de baixos custos vem se erodindo.

Fonte:Agência Estado
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Diferença de preços entre os cafés arábica e robusta cai 48%


A diferença entre os preços internacionais dos cafés arábica e robusta caiu ontem, dia 14, para um nível 47,6% inferior ao registrado há um ano, segundo cálculos do Valor Data. Tradicionalmente, o arábica, que normalmente tem qualidade superior, vale muito mais que o robusta, o que provoca um grande diferencial entre as duas variedades.

O spread dos vencimentos dos contratos futuros de segunda posição de entrega do arábica negociado em Nova York e do robusta transacionado na bolsa de Londres nesta segunda-feira foi de 81,06 centavos de dólar por libra-peso a favor do primeiro. Há um mês, a diferença era de 88,94 centavos; há um ano, era de US$ 1,5478, ou 47,6% mais que o spread atual.

A diferença de preços é acompanhada de perto pelos torrefadores, que muitas vezes substituem alguns grãos arábicas em suas bebidas pelo robusta, mais barato. Nos últimos dois anos, houve maior uso do café robusta nos blends da bebida em função dos preços elevados do arábica, que em 2011 atingiram máximas em 14 anos. Em 2012, os preços futuros do arábica já caíram mais de 23% com a expectativa de uma colheita maior no Brasil. Ao mesmo tempo, os preços do robusta subiram cerca de 20%, em parte devido à retenção de vendas dos cafeicultores do Vietnã, maior produtor mundial da variedade, à espera de valores maiores do produto. Mas a maior demanda pelo robusta também provocou a valorização da variedade no mercado internacional, afirma Gil Barabach, analista da Safras & Mercado.

Segundo ele, nos últimos meses houve um menor diferencial entre as variedades, diante da queda registrada nos valores do arábica. E agora ocorre um "realinhamento" da estratégia das torrefadoras diante da perspectiva de maior oferta de café arábica com a entrada de uma grande safra brasileira. Além disso, de acordo com Barabach, existe uma acomodação do consumo de café diante do período de primavera no hemisfério Norte.

"A expectativa é que as compras das torrefadoras se concretizem nos próximos meses e que os produtores brasileiros vendam a safra tão logo tiver a oferta do produto", disse Keith Flury, analista sênior de commodities do Rabobank.

Fonte: Valor Econômico
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Avião vai bombardear nuvens para provocar chuva artificial na Bahia


Probabilidade de precipitações é de 40%, o que pode melhorar a situação da agricultura, mas não supre racionamento

Avião induzirá chuvas nas regiões da Chapada Diamantina e de Vitória da Conquista.

Um projeto piloto da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri) e da Secretaria do Meio Ambiente permitirá que um avião produza chuvas artificiais em parte da Bahia. A previsão é de que o projeto tenha início na próxima semana. O avião irá sobrevoar a região da Chapada da Diamantina e de Vitória da Conquista em um período de 12 horas e induzirá chuvas nos locais.

De acordo com o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, o período não é ideal para implantação do projeto, mas é uma alternativa para amenizar os efeitos da seca no estado. “As chuvas irão dar umidade ao solo e melhorar a situação da agricultura, mas não irão suprir a necessidade de racionamento”, disse o secretário. A probabilidade de chuvas é 40%.

O projeto terá um custo de R$ 200 mil e utiliza imagens de satélite para identificação das nuvens em melhores condições para formação de chuvas. Dependendo dos resultados obtidos nas regiões da Chapada de Diamantina e em Vitória da Conquista, o projeto será implantado em outras regiões do estado.

Na Bahia, 239 municípios estão em estado de emergência e mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas pela seca. A estiagem deve atingir as produções de milho e feijão e inviabilizará as produções de mel e leite.

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Próximos eventos do agronegócio


Feiras, exposições e simpósios são destaques em todo o país

MAIO 
• 15 e 16 
VI SIGRA – SIMPÓSIO SOBRE GRAMADOS– Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, Botucatu (SP). 
Tel. (14) 3880-7100 – www.simposiogramados.com.br  – simposiogramados@gmail.com  

• 15 a 19 
AGROBRASÍLIA 2012 – Parque Ivaldo Cenci, Brasília (DF). 
Tel. (61) 3339-6516 – www.agrobrasilia.com.br  – agrobrasilia@agrobrasilia.com.br  

• 16 a 20 
6ª EXPORICA– Parque de Exposições de Ribeirão Cascalheira, Ribeirão Cascalheira (MT). 
Tel. (66) 3489-2063 – www.famato.com.br  – sindrcascalheira@famato.org.br  

• 18/5 a 3/6 
43ª EXPOAGRO– EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE FRANCA – Parque de Exposições Fernando Costa, Franca (SP). 
Tel. (16) 3711-9482 – carlosrantes@franca.sp.gov.br  

• 22 e 23 
CIRCUITO FEICORTE– Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, Campo Grande (MS). Tel. (11) 5067-6770 – www.feicorte.com.br  

• 22 a25 
ENTEC 2012 – ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA PARA SEGUNDA SAFRA – Lucas do Rio Verde (MT). 
Tel. (65) 3549-1163 – www.entecs.com.br  

• 22 a 26 
19° CONGRESSO BRASILEIRO DE APICULTURA – Expogramado, Gramado (RS). 
Tel. (51) 3308-7411 – www.brasilapicola.com.br  – cba.todos@gmail.com  

• 23 a 26 
FENAGRI 2012 
O evento terá minicursos sobre agricultura familiar, arena gastronômica com pratos feitos à base de produtos locais e rodada de negócios organizada pelo Sebrae 

23ª FEIRA NACIONAL DA AGRICULTURA IRRIGADA – Centro de Conveções, Petrolina (PE). 
Tel. (87) 3862-9113 – www.fenagri.com.br  

• 29 a 2/6 
BAHIA FARM SHOW – FEIRA DE TECNOLOGIA AGRÍCOLA E NEGÓCIOS 
A feira do oeste da Bahia comemora as safras de soja, milho e algodão e apresentatecnologias de plantio e colheita 
Luís Eduardo Magalhães (BA). 
Tel. (77) 3613-8000 – www.bahiafarmshow.com.br   

• 31/5 a 3/6 
2ª EXPOXINGU – Parque de Exposições Agropecuárias, São José do Xingu (MT). 
Tel. (66) 3568-1253 – sindsjxingu@famato.org.br  

JUNHO 
• 1o 
12° FÓRUM DE MERCADO E POLÍTICA DO CAFÉ – Centro de Excelência do Café Cerrado, Patrocínio (MG). 
Tel. (34) 3831-8080 

• 7 a 10 
3ª EXPO ARAÇÁ –Parque de Eventos de Nova Araça, Nova Araçá (RS). 
Tel. (54) 3275-1150 – www.wxpoaraca.com.br  – turismo@pmaraca.com.br  

• 7 a 17 
EXPOBENTO 2012 – 22A FEIRA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS DE BENTO GONÇALVES – Parque de Eventos, Bento Gonçalves (RS). 
Tel. (54) 2105-1966 – www.expobento.com.br  – expobento@expobento.com.br  

• 11 a 15 
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE COFFEA CANEPHORA – Centro de Convenções, Vitória (ES). 
Tel. (27) 3636-9888 – www.conferenciaconilon.com.br  – incaper@incaper.es.gov.br  

• 11 a 15 
21ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DAS RAÇAS SIMENTAL E SIMBRASIL – Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP). 
Tel. (28) 3521-5666 

• 12 a 15 
FISPAL TECNOLOGIA 2012 – Anhembi Parque, São Paulo (SP). 
Tel. (11) 3598-7880 – www.fispaltecnologia.com.br  – visitante.ft@btsmedia.biz  

• 11 A 15 FEICORTE 2012 
O evento destaca-se como principal vitrine do setor, referência em qualidade, pesquisa, tecnologia, equipamentos, produtos e serviços 

18ª FEIRA INTERNACIONAL DA CADEIA PRODUTIVA DA CARNE - Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo (SP). 
Tel. (11) 5067-6767 – www.feicorte.com.br  – feicorte@agrocentro.com.br  

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Preço de adubo aumenta 30% no Paraná



Diante de previsões de estabilidade e até de baixa, os produtores decidiram segurar as compras dos insumos no final do ano passado 

Mas, com a alta do dólar, da soja e das previsões de aumento de área de grãos, os fertilizantes estão disparando de preço. Nos últimos dois meses, as cotações saltaram mais de 30% no Paraná para alguns formulados, como a ureia e o cloreto de potássio.

Com a soja acima dos R$ 50 por saca no estado, a tendência é que a margem de lucro do produtor continue positiva no próximo ciclo, mas com custos pelo menos 15% maiores. “Pode haver migração de plantio de milho – que demanda mais fertilizante – para a soja na próxima safra por conta dos custos altos e também porque os preços do cereal caíram nas últimas semanas. Hoje a relação está bem mais vantajosa para a soja”, ressalta Rodolpho Luiz Botelho, produtor e presidente do Sindicato Rural de Guarapuava.

Para o próximo plantio, faltam-lhe apenas os adubos nitrogenados, os que mais subiram recentemente. “Estou achando muito caro. Vou esperar mais um pouco”, diz Botelho.

Uma tonelada de ureia, que chegou a ser negociada por R$ 850 em fevereiro, hoje vale R$ 1,2 mil na região Centro-Sul do Paraná, praticamente o mesmo preço do cloreto de potássio, que era vendido a R$ 980 por tonelada três meses atrás.

“O principal fator de alta foi o dólar, que saiu de R$ 1,70 para R$ 1,96”, justifica o representante de uma multinacional do setor, que não quer ter sua identidade revelada. A interferência da moeda norte-americana na composição do preço do adubo se deve à dependência externa do Brasil neste setor. Cerca de 90% da matéria-prima misturada no país vêm de outros países, principalmente dos Estados Unidos, Canadá, China e Austrália.

A lentidão no desembarque em Paranaguá pode contribuir para novas altas dos preços dos fertilizantes, devido às despesas extras com o demurrage.

“Daqui para a frente, acho que a fila tende a crescer para até 40 dias de espera, porque o maior volume ainda está por vir”, considera Aluízio Teixeira, diretor do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas do Paraná (Sindiadubos).

Fonte: Gazeta do Povo
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