quarta-feira, 18 de abril de 2012

Arroz: Brasil dobra exportações em um mês



As exportações brasileiras de arroz seguem em ritmo acelerado. De acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os produtores brasileiros exportaram 186,7 mil toneladas de arroz (base casca) em março. O volume foi, praticamente, o dobro do embarcado no mês anterior. 

No ano comercial 2011/12, o Brasil bateu o recorde de suas exportações de arroz, com 2,09 milhões de toneladas. De acordo com Renato Rocha, presidente da Federarroz, os dados confirmam as expectativas da federação de que as vendas externas brasileiras do grão cheguem a 1,5 milhão de toneladas no ano comercial corrente - 2012/13. 

A colheita do arroz no Rio Grande do Sul foi concluída em 80,2% da área projetada em 1,038 milhão de hectares.  "A colheita está sendo feita no tempo certo graças ao uso de cultivares precoces e à boa insolação das lavouras", explica o assessor de Políticas Setoriais da Fundação Irga, Mário Sérgio de Lima Azeredo.

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JBS compra frigoríficos no AC e RO e segue de olho na Doux



O JBS concluiu a compra de mais dois frigoríficos de carne bovina de pequeno porte no Norte do país e continua interessada nos ativos da francesa Doux, dona da Frangosul, no Rio Grande do Sul, avaliados em cerca de R$ 2 bilhões.

A companhia submeteu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no início de abril, as duas recentes aquisições no segmento de bovinos. Procurada, a empresa confirmou os negócios, mas não detalhou as operações. Sobre as negociações com a Doux, preferiu não comentar.

As duas transações no Norte somam R$ 3 milhões. Uma das unidades adquiridas está na cidade de Ariquemes, em Rondônia, e pertencia à MJE. A outra planta fica em Rio Branco, no Acre, e era controlada pela Jema. Com essas duas operações, o frigorífico eleva para sete as operações envolvendo compra ou arrendamento de unidades de carne bovina no país neste ano. Os dois frigoríficos recém-adquiridos têm capacidade conjunta de abate de 900 cabeças por dia.

No caso da unidade do Rio Branco, a companhia apenas substitui capacidade de abate, uma vez que mantinha na mesma região um contrato de arrendamento que não foi renovado. Com a planta de Ariquemes, a JBS agregará volume em Rondônia.

Antes desses dois negócios, o grupo já havia arrendado outros cinco frigoríficos, num movimento que ampliou sua capacidade diária de abate no país, antes estimada em 30,7 mil cabeças, em cerca de 10%. Em fevereiro, a companhia arrendou quatro frigoríficos do grupo Guaporé Carne – três deles em Mato Grosso e um em Rondônia -, com capacidade de abate total de 3.050 cabeças por dia. No mês seguinte, acertou junto ao River Alimentos o arrendamento de um frigorífico em Coxim, em Mato Grosso do Sul, com capacidade total de abates de 450 cabeças por dia.

Paralelamente, a companhia também continua a analisar os ativos da Doux (carne de aves). A empresa assinou um contrato de exclusividade para analisar os ativos, mas isso não significa que a compra será efetivada, uma vez que as elevadas dívidas da múlti francesa no país, da ordem de R$ 600 milhões, teriam de ser equacionadas antes do fechamento de um eventual acordo. Mas a assinatura desse contrato já afugentou potenciais interessados nos ativos dos franceses no país. Um deles é a Marfrig, que tinha a intenção de arrendar a planta de suínos da Doux em Caxias do Sul.

Fonte: Valor Econômico
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Conab e Ministério da Agricultura unificam os números da Balança Comercial



A partir deste mês de abril, a Balança do Agronegócio divulgada pela Conab mensalmente na sua página na internet e na revista Indicadores da Agropecuária terá como fonte o sistema AgroStat Brasil, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, compatibilizando os números do agronegócio.

A Balança do Agronegócio vem sendo elaborada pela Conab desde 2001, contemplando um grupo definido de produtos e respectivas especificações (Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM) acordados junto à cadeia produtiva e o MAPA. As informações são produzidas a partir dos dados enviados pela Secretaria de Comércio Exterior - Secex/MDIC, sendo elas consolidadas e encaminhadas para divulgação. A dinamicidade do comércio, as frequentes atualizações de novas NCMs e a necessidade de modernização do processo de geração, assim como a compatibilização com a Balança produzida pelo MAPA, que mais recentemente também passou a gerar a Balança Comercial do Agronegócio, foram os motivadores para que se buscasse alternativas viáveis.

Técnicos da Companhia e do MAPA se envolveram na análise da situação e as alternativas no decorrer do ano passado e, por fim, definiram o procedimento a ser adotado, utilizando o sistema AgroStat Brasil. O MAPA implantou o sistema abarcando todas as importações e exportações do agronegócio brasileiro, facilitando o acesso e o cruzamento de informações. O AgroStat é permanentemente atualizado com os dados fornecidos diretamente pelo Secex/MDIC, o que vem ao encontro das necessidades de informação da Conab.

Fonte: CONAB
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Colheita tardia resulta em café mais adocicado



Na próxima semana, chega às lojas da Nespresso nova edição limitada de café, o Naora --que funde a palavra inglesa "now" e a espanhola "ahora" para marcar o "momento ideal" da colheita. Nem mais, nem menos. 

É o primeiro lançamento da marca de grãos submetidos a um amadurecimento prolongado na própria árvore, em parceria com a Federação Nacional de Produtores da Colômbia. Isso quer dizer que o café é colhido somente depois de atingir o grau máximo de maturação e começar a secar no pé. 

Nesse processo, a polpa perde umidade e o açúcar se concentra na película que envolve a semente à semelhança do que acontece com os vinhos doces, de colheita tardia, que perdem água e concentram açúcar. 

A diferença é que no caso do vinho o processo torna a bebida mais cara --pois seu rendimento é menor. O mesmo não acontece com o café --a semente não tem seu tamanho alterado. 

Vinhos doces também são obtidos de um processo conhecido como podridão nobre, no qual um fungo atinge determinadas uvas, gera o rompimento da casca da fruta, que perde água e concentra açúcar na polpa. 

Controle 

O café exige um controle rígido para que o grão não passe do ponto exato de maturação desejado. Qualquer falha pode trazer defeitos ao grão, que se refletem na xícara. 

No caso do colombiano Naora, a colheita tardia é feita de forma manual exatamente 15 dias depois de alcançar o estágio ideal da maturação. E não se conclui em apenas uma colheita.

Não raro os trabalhadores da roça voltam até seis vezes às árvores para finalizar a colheita seletiva. 

No Brasil, a técnica é mais presente na região do cerrado, em que há invernos sem chuva. "É antiga a prática de esperar secar o café no pé. A colheita era feita com uma varinha [método conhecido como derriça com varinha, na qual todos os grãos são arrancados de uma vez só]", diz o especialista Ensei Neto. 

Segundo explica, há grandes riscos na espera pela secagem dos grãos na árvore. 

"Se tiver umidade alta, o grão apodrece, fermenta e dá um café riado [com gosto químico]." Caso contrário, pode dar um bom resultado na xícara. "Temos cafés naturais [que secam com a casca] de alta qualidade. Foram os cafés que passamos a exportar para o Japão no começo da década de 90." 

João Mattos, sócio da fazenda mineira Braúna, também aplica essa técnica em microlotes -os grãos são colhidos na fase "passa", estágio de maturação avançado, quando ficam enrugados. 

Da safra que se inicia dentro de 30 dias, a Braúna deve lançar algum café de colheita tardia, a depender do clima.

Fonte: Jornal Floripa
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Silvicultura e biocombustíveis têm grande potencial de crescimento no Tocantins



Atualmente, o plantio de florestas no Tocantins gera cerca de seis mil empregos diretos, numero que deve ser elevado para 60 mil até 2017.

O Tocantins tende a se tornar um dos principais produtores de energia a partir de fontes limpas, com avanço da silvicultura, do plantio de cana-de-açúcar e de oleaginosas (como a soja e amendoim) para a produção de biodiesel. Segundo levantamento realizado pela Seagro –Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, em 2011, o Estado já possuía 83 mil hectares de florestas plantadas e até 2017 essa área deve ser expandida para 795 mil hectares. 

Atualmente, o plantio de florestas no Tocantins gera cerca de seis mil empregos diretos, numero que deve ser elevado para 60 mil até 2017. Segundo o secretário da Agricultura, Jaime Café, o Governo, através da Seagro, trabalha para organizar as informações relacionadas ao setor. “Acreditamos que nos próximos ano o Estado vai receber cada vez mais investimentos nesse setor [silvicultura]”, avaliou o secretário. 

De acordo com o diretor de Agroenergia da Seagro, Luiz Eduardo Leal, a silvicultura é o setor do agronegócio tocantinense que apresenta o maior potencial de crescimento. “O Estado é um dos que mais cresce quando se fala em floresta plantada, porque temos clima e solo propícios, além de uma grande disponibilidade de áreas já desmatadas, que se encontram degradadas, que podem ser utilizadas pela silvicultura”, avaliou Luiz Eduardo.

Etanol

A produção de cana-de-açúcar no Tocantins ocupa atualmente uma área aproximada de 30 mil hectares, o que possibilita uma produção anual de 120 milhões de litros de etanol por ano. A região de Pedro Afonso abriga uma usina de Álcool e Açúcar da Bunge e por consequência a produção de cana do Estado concentra-se naquela região. Contudo, um zoneamento realizado pela Embrapa, em 2011, aponta que o Estado possui potencial para implantação de até 20 usinas e a utilização de uma área de 1.200 mil hectares de cana-de-açúcar. 

Segundo o coordenador de Etanol da Seagro, Marcus André Ribeiro, nos últimos anos vem ocorrendo um deslocamento da expansão do plantio da cana-de-açúcar do Sudeste para as regiões Centro-oeste e Norte. “A cultura tem se adaptado muito bem nas terras tocantinenses apresentando uma produtividade até maior que média nacional, por isso esperamos um crescimento grande do setor para os próximos anos”, avaliou Marcus André.

Biodiesel

O cultivo de oleaginosas, sobretudo soja e amendoim, para produzir biodiesel também tem apresentado crescimento constante e a projeção é que nos próximos anos o Estado produza até 400 mil m³ de biodiesel – a produção atual é de 158 mil m³. O Tocantins conta com duas usinas de produção de biodiesel, a Biotins (Paraíso) e Brasilecodisel (Porto Nacional).

Fonte: Ascom
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Pluma de algodão acumula queda de 1,66% no mês



Desde o início do ano, sucessivos recuos marcam o mercado brasileiro da fibra

As cotações da pluma de algodão continuam em queda no mercado brasileiro, conforme dados do Centro de Pesquisas Avançadas em Economia Aplicada (Cepea). Entre 10 e 17 de abril, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento em oito dias caiu 0,32%, fechando a terça, dia 17, a R$ 1,5968 a libra-peso. No mês, o Indicador acumula baixa de 1,66%.

Poucos compradores estiveram interessados em novas aquisições, preferindo apenas acompanhar o mercado. Além disso, continua escassa a oferta de pluma de tipo 41-4 para melhor e boa parte de vendedores pede preços acima da média.

Já referente a lotes de qualidade inferior, produtores consultados pelo Cepea continuam interessados em liquidá-los, mas seguem firmes nos valores pedidos. Colaboradores do centro também comentam que parte dos cotonicultores colocou à venda lotes mistos (com pluma de maior e menor qualidade) nos últimos dias, sendo mais flexíveis nos preços pedidos, mas compradores não se mostram satisfeitos.

Fonte: CEPEA
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