A Gol calcula que em 20 anos todos os seus voos no País sejam movidos com biocombustíveis, disse nesta terça-feira o vice-presidente técnico operacional da aérea, Adalberto Bogsan. No entanto, ainda vai levar um período de cinco a dez anos para que a operação de voos abastecidos com biocombustível seja viável em escala comercial no Brasil, de acordo com o executivo.
Nesta terça-feira a Gol fez um voo testando a utilização de biocombustível feito a partir de uma mistura de óleo de milho não comestível proveniente da produção de etanol de milho e de óleos e gorduras residuais, combinado com querosene de aviação, na proporção mínima de 50%. Bogsan disse que o próximo passo é usar esse produto em escala comercial. "Precisamos aumentar o volume de biofuel (biocombustível) porque assim conseguiremos ter uma escala maior de produção (...) para usar isso numa linha normal de utilização para voos comerciais", disse o executivo à Agência Estado após participar de entrevista coletiva no aeroporto Santos Dumont, no Rio.
Para viabilizar a produção em grande quantidade e a utilização dos biocombustíveis em escala comercial, Bogsan disse que são necessárias políticas públicas para o setor. Segundo ele, o uso comercial depende da equiparação do biocombustível aos combustíveis tradicionais por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). "Dependemos muito do governo para incentivar a produção e dar apoio às iniciativas privadas para que consigamos atingir as metas", afirmou. O executivo acrescentou que a concessão de incentivos tributários num primeiro momento "seria o melhor dos mundos".
Também nesta terça-feira a Azul fez um voo experimental entre Campinas e o Rio utilizando biocombustível, desenvolvido pela Amyris a partir da cana-de-açúcar.
Para maiores informações visite: www.biodieselbr.com
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