terça-feira, 24 de abril de 2012

Avicultura cresce em ritmo chinês no Paraná



Com a inauguração de novas indústrias e a ampliação da capacidade produtiva dos complexos espalhados pelo interior do estado, o setor deve crescer 10% ao ano no curto prazo

O mercado avícola paranaense alcança índices de crescimento semelhantes aos registrados na economia da China, uma das que mais se expandem no mundo – perto de 10% ao ano. No ano passado, o setor teve aumento de 4,7% na produção em relação a 2010, de acordo com dados do Sin­­dicato das Indústrias de Pro­­dutos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar). O faturamento chegou a US$ 2,05 bilhões – 20% a mais do que no ano anterior. Novos investimentos tentam manter essa velocidade de expansão nos próximos três anos.

Atualmente, o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de ave do país. Em 2011, os centros de produção espalhados pelo interior do estado abateram cerca de 116 milhões de cabeças/mês – 30% da produção brasileira. No primeiro trimestre deste ano, a média foi de 120 milhões de frangos/mês.

A perspectiva de cresci­­mento é “fantástica e viável”, afirma o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Ele atribui os resultados à política de investimento do setor. A estimativa é que, somente neste ano, sejam aplicados R$ 250 mi­­lhões em novas unidades e ampliação de fábricas.

“Tudo vai depender da evolução das obras que as empresas estão realizando. Quando as plantas estiverem a todo o vapor, o crescimento do setor será no ritmo chinês”, atesta Martins. A expectativa é que as construções sejam finalizadas até 2014. Para este ano, a estimativa é de crescimento de 5% no volume de carne industrializado. O setor emprega 550 mil pessoas.

Investimentos

Um dos principais inves­­timentos do último ano foi a construção da indústria avícola BR Frango, em Santo Inácio, no Norte do estado. Inaugurada no início do mês, o complexo está abatendo 60 mil cabeças/dia. A partir de 2013, a capacidade de produção vai saltar para 420 mil aves/dia. A marca investiu cerca de R$ 120 milhões para viabilizar o negócio.

Produção semelhante te­­rá a indústria de aves da Co­­cari, em Mandaguari, no Norte do estado. A cooperativa está investindo para viabilizar sua própria unidade. Hoje o serviço é realizado por um parceiro que abate 30 mil aves/dia.

“A planta poderá abater 350 mil aves/dia no início de 2013”, ressalta Marcos Trin­­tinalha, vice-presidente da Cocari, que investiu R$ 88 milhões no negócio. “Queremos ser referência no Paraná e no Brasil. Com­­parada a outras unidades do segmento no estado, a nossa é o que há de mais moderno.” A inauguração está prevista para final de agosto e, na primeira etapa, a produção será de 100 mil aves/dia.

O Grupo GTFoods, criado no final do ano passado pela avícola Frangos Can­­ção, está investindo R$ 15 milhões na construção de uma nova câmara automática de armazenamento e nova sala de cortes na unidade de Maringá. Outra fábrica que vai receber inves­­timento, R$ 5 milhões, é a de Terra Boa. Para garan­­tir a matéria-prima, o GTFoods tam­­bém vai investir nas unidades de granja matriz de ovos e granja matriz de recria. Atualmente, o grupo, que administra os ativos Frangos Canção, Gold Frango, Mister Frango e Bel­­laves, abate 400 mil aves/dia.

Fonte: Gazeta do Povo
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