quarta-feira, 6 de junho de 2012

Análise de Mercado - 06 de Junho de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos

Suíno vivo

A crise que tanto afeta a suinocultura brasileira e que tem tomado proporções maiores a cada dia foi destaque entre os discursos feitos na tribuna do Senado na tarde desta segunda-feira (4) 

A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), autora do PLS 330/2011, que têm por objetivo regulamentar a relação entre produtor integrado e agroindústria, destacou que os problemas da suinocultura devem servir de "alerta ao governo".

"Os produtores de carne suína no sul do Brasil estão à beira da falência por causa da dificílima situação do setor. A queda das exportações para países como a Rússia e Argentina, tradicionais mercados para nossa carne suína, diminuiu de tal forma a renda dos produtores que obriga hoje os criadores de suínos a pagarem as dívidas entregando caminhões e até animais, que são sua matéria-prima", disse a senadora.

Ana Amélia destacou os problemas enfrentados pelos produtores, especialmente na região Sul do país. Dados já apontados pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), que mostram que os frigoríficos estão diante de graves problemas, foram destacados pela parlamentar, que fez um apelo em prol da suinocultura.

"O exemplo dos produtores de suínos, que em menos de dois meses podem ver várias propriedades fechadas, precisa servir de alerta para que o Governo abra canais de diálogo e encontre solução duradoura para a redução do custo Brasil", disse.

O apelo da parlamentar foi reforçado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que também se solidarizou com os produtores. "Quero me solidarizar com os suinocultores do Brasil, que estão vivendo um momento de aflição", disse.

A aflição dos suinocultores ganhou contornos ainda mais intensos nos últimos dias. Dados recentes divulgados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - USP/ESALQ) apontam que tanto o suíno vivo quanto a carne desvalorizaram nos últimos dias na maioria das regiões a companhadas pelo Cepea.

A fraca demanda pela carne suína neste período do mês, acentuada pelos preços mais baixos das concorrentes, reduziram o interesse da indústria em adquirir animais para abate. Além disso, alguns colaboradores do Cepea atribuem a queda de preços do vivo também à maior oferta de animais. A crise não está centrada apenas na região Sul.

Na região de Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, houve queda de 6,2% entre 24 e 31 de maio, com o quilo do suíno vivo posto no frigorífico a R$ 2,19/kg nessa quinta-feira, 31. O Indicador do Rio Grande do Sul apresentou a variação negativa de 1,0%, a R$ 1,92/kg, na última quinta. Em Santa Catarina, o quilo do vivo foi negociado a R$1,98 tendo uma leve desvalorização de 0,5%.

A crise da suinocultura que chegou ao plenário do Senado é um sinal de que as demandas do setor precisam ser atendidas, por esse motivo a ABCS junto a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSRUS) e suas entidades regionais estão mobilizando suinocultores para um ato público, como um manifesto reivindicando melhores condições para produzir e preço justo ao produtor de suínos. (Suino.com)
  • GO R$2,40
  • MG R$2,40
  • SP R$2,45
  • RS R$2,28
  • SC R$2,00
  • PR R$2,10
  • MS R$2,00
  • MT R$2,26

Frango vivo

Ao se contrapor os preços (em dólar) do frango exportado aos preços do produto comercializado internamente é possível constatar que a diferença de preços entre eles vem se estreitando cada vez mais. E isso pode significar que - a exemplo do que já ocorreu com outras commodities exportadas pelo Brasil - logo o preço interno estará se igualando ao preço internacional. Ou seria o contrário?

O fato é que, sem retroceder muito no tempo, quatro anos atrás (2008) o frango exportado obtinha um adicional de preços de 31% sobre o valor registrado no atacado (São Paulo) para o produto resfriado. Já nos dois anos seguintes esse diferencial caiu para apenas 13%. E, no ano passado, recuou para 9%, registrando-se momentos em que o preço interno foi superior ao alcançado no mercado internacional. Em agosto de 2011, por exemplo, o frango inteiro foi exportado por US$1.610,59/t, enquanto internamente alcançou o corr espondente a US$1.750,00/t.

É lógico que, mesmo em se tratando de frango inteiro, o produto exportado apresenta várias diferenças em relação ao produto negociado internamente. Mas essas diferenças se diluem nas análises por um espaço de tempo mais amplo. E, neste caso, o que mais se destaca é o fato de que – entre janeiro de 2008 e abril de 2012 (52 meses, pouco mais de quatro anos), o frango abatido registrou evolução de preços ligeiramente superior à registrada pelo frango exportado. 

Dessa forma, em abril de 2012 e comparativamente a janeiro de 2008, enquanto internamente o frango abatido foi comercializado por valor 19,7% superior, externamente valorizou-se apenas 12,9%.

Notar, aqui, que não se registra grande diferença quando, em vez do dólar, se adota o real como base de comparação. Assim, o frango vendido internamente valorizou-se 19,7% em dólar e 16,5% em real, 3,2 pontos percentuais a menos. (Avisite)
  • SP R$1,80
  • CE R$2,25
  • MG R$1,80
  • GO R$1,65
  • MS R$1,65
  • PR R$1,80
  • SC R$1,70
  • RS R$1,70

Ovos

Mesmo com o feriado desta quinta feira, o mercado segue muito firme e sem ofertas.  

Insistimos em afirmar que os atuais preços não são a realidade do mercado.  Estes preços divulgados são totalmente manipulados e continuam não sendo a "cara do mercado". (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$51,00
  • RJ R$55,50
  • MG R$60,00

Ovos vermelhos
  • MG R$63,00
  • RJ R$58,50
  • SP R$54,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 92,59, com a variação em relação ao dia anterior de -0,34%.  A variação registrada no mês de Junho é de -0,29%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 45,84.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$86,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$86,00
  • C. Grande MS R$88,00
  • Três Lagoas MS R$88,00
  • Cuiabá MT R$84,50
  • Marabá PA R$88,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 63,38. O mercado apresentou uma variação de 0,60% em relação ao dia anterior. O mês de Junho apresenta uma variação de 0,60%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 31,37 a saca. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$60,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$57,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$59,50
  • Paraná (média estadual) R$63,38
  • São Paulo (média estadual) R$61,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$55,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$59,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$58,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 24,57 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,45% em relação ao dia anterior e de -0,20% no acumulado do mês de Junho. 

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,16. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. 

(Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$18,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$21,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$18,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$21,00
  • Paraná (média estadual) R$24,00
  • São Paulo (média estadual) R$24,57
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$27,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$27,50

Para maiores informações visite: www.portaldoagronegocio.com.br

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