Membros da Ubabef buscam soluções para evitar repasse nos preços ao consumidor
Representantes do setor avícola reuniram-se terça (24/7), em São Paulo, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, e com o coordenador de Cereais e Culturas Anuais do ministério, Silvio Farnese, para fazer um pedido formal de intervenção do governo federal contra a escalada do custo de produção.
Durante o encontro, os diretores da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), juntamente com presidentes dasagroindústrias produtoras e exportadoras associadas à instituição os membros da Ubabef apresentaram ao secretário os impactos da alta de preços dos insumos na produção.
Segundo levantamento, encomendado pela Ubabef aoInstituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), de janeiro a julho deste ano a sojaacumulou alta em reais em torno de 74% nas cotações dogrão, e o milho, em plena safra, registra aumento de 37% nos preços. Mesmo após a data final do levantamento, houve registro de elevação dos insumos.
De acordo com os dados do Icone, vários motivos levaram à situação atual do mercado de insumos. A estiagem nosEUA elevou as cotações de milho e soja, e a seca no Sul do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, reduziu drasticamente a oferta dos grãos nos polos produtores avícolas brasileiros.
Segundo o levantamento e previsões feitas com base nos dados do MDIC, a exportação de soja em grão poderá ser 25% mais alta entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em contraposição, a produção da oleaginosa registrou queda de 12% na safra 2011/12.
“O mercado brasileiro de grãos está atrelado à Bolsa de Chicago. Neste contexto, os preços têm subido desde o início do ano, com o mercado doméstico respondendo na mesma direção. Além disso, os dados acenam que as exportações de grãos deste mês serão muito maiores que o mesmo período do ano passado”, explicou o diretor de Mercados da Ubabef, Ricardo Santin.
Segundo ele, a elevação descontrolada dos custos de produção somada à queda na receita das exportações defrangos, amplia o cenário crítico enfrentado pelo setor avícola brasileiro – em junho houve redução na receita de 21,25% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
“Mantidas estas condições, será inviável produzir sem repassar os custos nos preços finais ao consumidor. É algo que temos evitado de todas as formas, já que os produtos avícolas se consagraram com uma das fontes para a segurança alimentar brasileira”, explica.
“Não faz sentido um dos maiores produtores de milho e soja do mundo correr risco de desabastecimento interno destes produtos. Antes de fomentar as exportações, é preciso garantir que a demanda interna seja plenamente atendida. É uma questão de segurança alimentar da nação”, destacou Ariel Mendes.
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