quarta-feira, 11 de abril de 2012

Preços das commodities podem cair até 2013, diz FMI


Relatório do Fundo mostra que ciclo de queda nos valores pode prejudicar exportadores, até então resilientes à crise internacional. 

A resiliência dos exportadores de commodities, como o Brasil, à crise internacional pode estar em risco, segundo o Fundo Monetário Internacional. 

Em relatório anual, o órgão prevê uma redução no preço das matérias-primas neste ano e em 2013. 

"Dada a frágil economia global, há um forte risco de que os preços permaneçam estáveis ou mesmo caiam, com sérias consequências potenciais para os exportadores", afirmou o FMI. 

De acordo com o FMI, um ciclo de queda típico no preço das commodities energéticas e metálicas dura de dois a três anos, com uma redução real nos valores de até 50% entre a máxima e a mínima. 

Isso poderia representar uma queda de 0,5 a 1 ponto percentual no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos exportadores. 

"Na situação econômica global - preços de commodities perto de recordes de alta combinados com uma incomum incerteza no cenário global - a prioridade deveria ser a modernização das estruturas e construção de colchões fiscais", avalia o FMI. 

Levando essa atitude em consideração, o fundo afirmou que há países preparados para enfrentar um cenário de queda nas commodities. Porém, ele não detalhou quais seriam. 

Sobre o Brasil, o FMI comenta que as exportações líquidas de commodities correspondem a 29% do total de vendas externas do país, com peso entre 2,5% e 5% do PIB. Os grãos são as principais matérias-primas exportadas. 

Preço do petróleo 

A dinâmica para os preços do petróleo é um pouco diferente do restante. Segundo o FMI, conflitos em regiões produtoras poderiam levar a mais preocupações em relação à oferta de óleo, aumentando os valores.

"Se os preços do petróleo aumentassem fortemente como resultado de uma maior preocupação com a oferta, isso poderiam inesperadamente deprimir a demanda global e eventualmente reduzir os preços de todas as outras commodities", prevê o fundo. 

Fonte: Brasil Econômico
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

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