segunda-feira, 2 de abril de 2012

Queimadas se alastram na Chapada Diamantina



Só na última semana, o fogo destruiu parte da vegetação do Morro do Pai Inácio

A seca vivida por alguns municípios baianos têm provocado focos de incêndio na região do Parque Nacional da Chapada, localizado na Chapada Diamantina, na Bahia. Só na última semana, o fogo destruiu parte da vegetação do Morro do Pai Inácio, atração turística de Palmeiras, a 428 km de Salvador. 

Outros incêndios foram confirmados em locais distintos, um na localidade conhecida como Capivara e outro na área da Serra do Veneno, ambas situadas na área do Parque Nacional, nas proximidades do município de Lençóis.

De acordo com Cezar Gonzalez, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) situado na Chapada, a seca vivida pelos municípios têm propiciado focos de incêndio nos lugares. Ainda segundo Cezar, as queimadas na região ocorrem geralmente entre os meses de agosto e dezembro, época de seca. Por conta disso, eles estão contando apenas com 14 brigadistas e grupos organizados de voluntários que tentam controlar as chamas atípicas na região. 

Quanto ao fogo do Morro do Pai Inácio, ocorrido na última quinta-feira (29), ele afirmou que ainda não há levantamento da área atingida nos últimos dias. Dois helicópteros foram enviados pelo Governo do Estado e estão sobrevoando a região da Chapada para verificar os focos de incêndio nas regiões atingidas pelo fogo. O parque, de responsabilidade do ICMBio tem 152 mil hectares e cerca de 120 km de uma ponta a outra. Ele teve 4.153 hectares queimados de agosto de 2011 a 24 de março. 

Segundo declarações de um brigadista que não quis se identificar, em 2008 foram queimados mais de 50% da Chapada Diamantina e foram gastos mais de 4 milhões de recursos do Governo Federal com helicópteros e equipamentos para combater os ataques. Ainda segundo o brigadista, a comunidade está se mobilizando colhendo o maior número de denúncias para levar ao Ministério Público. 

“Estamos tendo um grande marco de incêndio fora de época. Infelizmente a vegetação queimada não é mais recuperada ela nasce ácida e diferente é um crime tudo que está acontecendo”, afirma.

Fonte: Tribuna da Bahia Online
Para maiores informações visite: painelflorestal.com.br

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