Sucesso é atribuído ao aumento de área ocupada por mais expositores, maior oferta de crédito a juros mais atrativos e qualificação de público
O volume de negócios realizado na 19ª AGRISHOW mais uma vez supera as expectativas. Os expositores não pouparam elogios para demonstrar sua satisfação pelos negócios fechados, pré-venda e relacionamento angariados nos dias de evento. Seus investimentos foram compensados.
“Tivemos a melhor AGRISHOW de todos os tempos. Os números parciais, levantados até as 13 horas desta sexta-feira (04), confirmam o que já sentíamos no dia-a-dia. Nossa expectativa é de superar o valor de R$ 1,7 milhão das vendas de 2011 em 13%, com mais de R$ 2 bilhões em negócios realizados”, informa Maurílio Biagi, presidente da feira. Organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, a AGRISHOW é uma iniciativa da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) em conjunto com a ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e SRB (Sociedade Rural Brasileira).
O fluxo de visitantes também foi uma agradável surpresa. “A feira já se consolidou como um evento fundamental na agenda dos profissionais, autoridades e empresários do setor, e este ano deve superar todos os recordes de público. Até esta manhã, recebemos 135 mil visitantes”, afirma o diretor da feira, José Danghesi. “Vamos consolidar esse número no final da tarde.”
Só na 13ª Rodada Internacional de Negócios as empresas brasileiras engatilharam mais de 80 negócios, num total superior a US$ 14 milhões, em mais de 400 contatos comerciais com compradores da Rússia, Turquia, Tanzânia, Ucrânia, Nicarágua, Cazaquistão, Romênia e Zimbábue. Mas os negócios com estrangeiros foram fechados também fora da Rodada – um único produtor agrícola do Sudão, na África, comprou 100 toneladas de semente de girassol da Atlântica Sementes, de Curitiba (PR).
Os mais de 600 representantes da mídia brasileira e internacional que fizeram a cobertura jornalística do evento e os cerca de 20 mil profissionais empregados nas mais diversas atividades são mostras da grandiosidade do evento, que essa edição chegou à 400 mil m2 ocupados e 780 marcas expositora, ocupando assim o 3º lugar no ranking mundial das feiras do setor.
Desde a edição passada, a feira está regionalizada por setores: aviação, irrigação, ferramentas, caminhões/ônibus/transbordos, máquinas para construção, agricultura de precisão, armazenagem, pecuária, pneus e automobilístico. “Com a regionalização da planta em áreas que são de interesse do produtor, conseguimos encurtar as distâncias na feira e promover maior integração do comprador com os expositores. Este ano, incluímos as áreas de agricultura de precisão e ferramentas, trazendo para a AGRISHOW tudo que está presente no universo do agricultor. Nenhuma feira do setor tem este conceito”, explica Marilda Meleti, gerente comercial da AGRISHOW.
MÁQUINAS E IMPLEMENTOS
A Jumil relata um crescimento de 35% nas vendas desta edição, em relação ao ano passado. “Cinco dias de evento representam 20% das nossas vendas do ano inteiro. Passaram pelo estande clientes do Norte ao Sul do Brasil, além de compradores da América Latina e da África”, comemora Flavio Trezza, gerente comercial.
A Tatu Marchesan ressalta o contato com compradores estrangeiros e os relacionamentos. “Recebemos clientes de todo o Brasil, América Latina, África, Sudão e Angola. Durante as Rodadas de Negócios, estreitamos contatos com compradores do Leste Europeu e Europa. Em relação à edição de 2011, tivemos um crescimento de 50% no volume de negócios realizados. Isso além do networking com clientes e revendedores é fundamental para manter nossa presença no mercado.”, diz João Carlos Marchesan, diretor superintendente da empresa e vice-presidente da Abimaq.
Pela quinta vez consecutiva na Agrishow, a Saci considera que essa é uma feira que não dá para tirar do calendário. “A cada ano fazemos mais negócios, vendemos 40% mais que no ano passado. Também alavancamos muitos prospects, fizemos contato com possíveis cliente do Paraguai, Bolívia e Índia”, relata o diretor administrativo da empresa, Ronaldo Oliveira Martins.
Para Paulo Beraldi, diretor comercial da Valtra, a Agrishow recebeu neste ano um público ainda mais qualificado. “São pessoas que vêm para fazer negócio. As perspectivas para os próximos meses são muito otimistas, em razão do câmbio e dos programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Pró-Trator e do Programa de Sustentação do Investimento”.
“A cada edição a John Deere vem ampliando a linha de produtos e a infraestrutura do estande para atender do pequeno ao grande produtor. Nesta edição foram expostos 82 produtos, com destaque para uma ilha dedicada à cana de açúcar. Apesar da seca em algumas áreas de grãos, tivemos um retorno muito bom dos produtores e concretizamos negócios”, diz Werner Santos, diretor nacional de vendas.
Para Filipe Willers, da área de exportação da Stara, de Não Me Toque (RS), “os contatos foram muito promissores. Estamos com viagem marcada para o Leste Europeu e pretendemos visitar as empresas que encontramos aqui.”
De acordo com Ryan Garizio, da empresa Spring Steel, do Zimbábue, a reunião com a JF Máquinas, de Itapira (SP), foi excelente. “A possibilidade de fecharmos negócios é muito grande”, disse o comprador.
“Fizemos contatos muito bons, foi uma grande oportunidade”, diz Enrique Salazar, da área de exportação da Agrimec, de Santa Maria (RS).
ARMAZENAGEM
A KeplerWeber, que participa da Agrishow pela 15ª vez, não fornece números, mas afirma ter feito um número de vendas superior ao de 2011. “Entre as feiras do segmento esta é, sem dúvida, a melhor do País. Aqui a gente fecha negócios e encontra clientes novos, pessoas de todo o Brasil e compradores estrangeiros, nas rodadas de negócios”, diz o superintendente comercial da empresa, Tadeu Franco Vino.
A GTS, indústria de máquinas e implementos agrícolas, também comemora a participação no evento. O supervisor comercial da regional Sul, Claudecir Zanchetta, explica que as vendas superam em mais de 20% a participação do ano passado.
MUDAS E SEMENTES
Mudas Nobres, empresa de mudas de mogno africano de Goiânia (GO), diz ter alcançado seu objetivo de fortalecer sua presença no mercado e ampliar a área de atuação. Deram início a várias negociações, com o agendamento de visitas técnicas às propriedades rurais para avaliar a viabilidade de investimento no mercado florestal de madeiras nobres – um número bem superior ao de 2011.
Nilton Cézar Rodrigues, coordenador de vendas para SP e MG da Atlântica Sementes, de Curitiba (PR), conta que os contatos realizados na Agrishow rendem o ano inteiro. “Veio aqui gente de todos os estados e de cerca de 40 países, sul-americanos, árabes, africanos, chineses. Só para o Sudão vendemos 100 toneladas de semente de girassol”.
PECUÁRIA
Para Can Kurt, gerente de exportação da Kurtsan, nesta edição da feira as pessoas vieram mais focadas em negócios. “Fizemos bons contatos e recebemos visitantes de países vizinhos. Esperamos ter um bom feed back no pós feira.”
A Cavalos Campolina alcançou resultados bem superiores aos do ano passado. “Nossa movimentação foi excelente. Vendemos os três animais que trouxemos para venda e fizemos contatos para negócios futuros. Jovens e mulheres formam a maioria do nosso público”, diz o expositor Paulo Cesar Maia.
AVIAÇÃO
O diretor de vendas de aeronaves da Líder, Philipe Figueiredo, contabiliza o fechamento de 3 negócios, no valor total de mais de 8 milhões de dólares – um crescimento de 15% em relação às vendas de 2011. “Duas coisas me chamaram a atenção nesta edição: vieram muito mais estrangeiros do que no ano passado, e um grande número de famílias no feriado.”
A TAM Aviação Executiva aponta o aquecimento do mercado de aviação no último bimestre. Recebeu clientes já consolidados e outros que conheceu nesses 5 anos de participação na Agrishow – clientes qualificados, empresários bem sucedidos no agronegócio, que precisam de avião para se deslocar das grandes cidades até suas fazendas e têm interesses em fazer negócio ainda esse ano. Isso, fora as duas reservas de aeronaves que fecharam durante o evento.
Zizo Sola, diretor industrial da Volato, observa que o público visitante foi bem diversificado. “Viemos com o objetivo de divulgar a aeronave Volato 400, que tem um custo bastante acessível. Não fechamos nenhum negócio, mas agendamos 12 visitas para experimentação do avião em nossa fábrica, em Bauru (SP).”
AUTOMOBILÍSTICO E PNEUS
Para a Volkswagen o evento foi excelente, apesar da chuva – principalmente para o lançamento que reservaram para o evento, a picape Amarok, e para a imagem institucional da empresa. Seus principais clientes foram produtores rurais e pessoas jurídicas. A empresa reafirma sua participação na próxima edição.
Também para a Chevrolet a feira foi muito positiva. “Foi ótima, com alto fluxo de pessoas em nosso estande. Fechamos negócio com produtores rurais e frotistas, nosso público de venda direta, e também com outros tipos de consumidor, o que deve gerar novos negócios nos próximos meses. Uma curiosidade foi ver vários filhos de fazendeiros analisando e comprando nossos produtos em nome da família”, observa Edmilson Cabelo, da área de Comunicação.
Para a Titan Pneus, negócios são iniciados e concretizados durante a feira, mas o que ela oferece de mais importante é o relacionamento com clientes e revendedores. Foram fechadas vendas no valor de 10% do que é negociado no mês pelos concessionários de toda a região Sudeste.
AGRICULTURA DE PRECISÃO E IRRIGAÇÃO
Também para as empresas dos setores de Agricultura de Precisão e Irrigação os negócios foram superados em relação à 2011. O balanço geral sai na próxima quarta-feira, 09.
Fonte: Cenário MT
Para maiores informações visite: painelflorestal.com.br
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