O agrônomo Ivan Guarienti, salienta que esta redução será no tamanho do fruto. Para garantir bons preços o ideal é segurar a laranja no pé até que a comercialização esteja favorável
De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater de Passo Fundo, Ivan Guarienti, a safra da laranja poderá sofrer uma queda de 15% no tamanho devido à deficiência hídrica que a planta passou de dezembro até o momento, uma vez que a sua floração iniciou em meados de setembro. “Atualmente, as laranjas estão com seis a sete centímetros e começarão a trocar de coloração em julho”, explica ele, revelando que a expectativa é de que as laranjas não cresçam muito, devido a experiência com outros anos.
Já a perspectiva de preço é de se manter o que já havia sendo comercializado, em torno de R$ 0,20 o quilo da laranja indústria, mas poderá ocorrer ainda um pequeno acréscimo. “Já a laranja mesa já está sendo comercializada por R$ 0,30 a R$ 0,40 o quilo”, explica ele.
Os preços poderiam ser melhores, se os produtores conseguissem segurar a laranja no pé esperando um cenário melhor de mercado, como observa Guarienti. “Porém, o agricultor está praticamente descapitalizado, e um pomar de 30 toneladas a R$ 0,20 o quilo ele consegue R$ seis mil na mão”, informa ele, destacando que se o produtor pudesse esperar até dezembro ou janeiro conseguiria cerca de R$ 0,30 ou R$ 0,40 o quilo, dobrando o seu faturamento.
Guarienti argumenta que existem variedades de laranjas, como a bahia, que são vendidas em maio, a R$ 0,80 o quilo. Já a laranja iapar tem um período de colheita de maio a junho. “Contudo, 80% dos pomares são de laranja valência, especialidade de mesa e que ficam prontas no fim de agosto a início de setembro, quando começa o forte da comercialização”, salienta.
Mas, para que o produtor tenha um maior período de produção de laranja, Guarienti comenta que nas últimas pesquisas realizadas foram apresentadas algumas cultivares que entram em produção em março até junho e que poderão agregar bastante valor à propriedade rural. “Uma delas é a salustiana e a outra é a valência latte, prontas em março e que conseguem um bom preço de mercado, de R$ 0,30 a R$ 0,40. O agricultor deve ficar atento a estas cultivares e diversificar a produção, tendo produtividade praticamente o ano todo”, enfatiza.
A laranja produzida no Rio Grande do Sul é uma das melhores do mundo, sendo exportada para diversos locais. “Pode fazer quatro ou cinco meses de seca, mas o produtor não perde em produção. Sempre tem laranja de qualidade. O que ocorre algumas vezes são problemas de comercialização, mas os produtores nunca deixaram de vender laranjas”, admite Guarienti.
Fonte: Diário da Manhã
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