De janeiro a abril, valor obtido com a comercialização alcançou US$ 3,72 bilhões; complexos soja, carne e sucroenergético impulsionaram as vendas
A expectativa de crescimento tímido das exportações do agronegócio paranaense se confirmou no primeiro quadrimestre do ano. Entre janeiro e abril de 2012, a receita obtida com a comercialização externa alcançou US$ 3,72 bilhões, um incremento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando somou US$ 3,43 bilhões. Em volume, o aumento foi de 10%, passando de 5,281 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses de 2011 para 5,808 milhões este ano. No total, o agronegócio é responsável por aproximadamente 70% das exportações do Paraná, segundo maior estado exportador do agronegócio no País.
Os dados são Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Gilda Bozza, explica que o cenário econômico internacional marcado pela crise na comunidade europeia motivou as previsões mais controladas. No acumulado até abril deste ano, as exportações para a União Europeia apresentaram queda de 18,96% em comparação ao mesmo período de 2011. A redução foi compensada pela alta de 60,90% registrada nas vendas para a Ásia e de 40,08% para o Mercosul.
''Para o ano, a estimativa é de que o crescimento seja menor do que em 2011, porque os PIBs da zona do euro estão menores. Em contrapartida, o que pode ajudar o setor é a alta do dólar, que aumenta a rentabilidade do produtor brasileiro'', analisa. Ontem a cotação da moeda norte americana no mercado à vista no balcão fechou em R$ 2,036.
Gilda explica que a tendência é de que nos próximos meses o volume exportado diminua porque a maior parte da soja já foi vendida. Segundo a economista, as exportações foram alavancadas pelos complexos soja, carne e sucroenergético, que somam 66% do total das exportações do agronegócio paranaense. No primeiro quadrimestre do ano, a receita obtida com o complexo soja - grão, farelo, óleo bruto e óleo refinado - teve elevação de 18,4%, saltando de US$ 1,42 bilhões para US$ 1,68 bilhões. A valorização da soja em grão contribuiu para o aumento do valor arrecadado com as vendas, que subiu de US$ 725 milhões para US$ 1,10 bilhão, um incremento de 52%. O preço médio por tonelada passou de US$ 447,13 para US$ 473,63 por tonelada. O volume exportado também aumentou 43%, chegando a 2,30 milhões de toneladas.
Outro destaque foi o crescimento de 59% no volume exportado de milho em grão, que totalizou 553 mil toneladas entre janeiro e abril de 2012, em comparação às 369 mil do mesmo período do ano passado. A receita resultante foi de US$ 144,7 milhões.
Já o complexo carnes atingiu rendimento de US$ 778 milhões, o equivalente a um incremento de 6% em relação aos US$ 734 milhões anteriores. O responsável pelo crescimento foi o segmento avícola, que obteve aumento de 10%, saindo de US$ 576 milhões nos quatro primeiros meses de 2011 para US$ 634 milhões. Em oposição, as exportações de carne bovina apresentaram redução de 39% na receita, totalizando US$ 13 milhões contra os US$ 21,3 milhões somados no mesmo período de 2011.
O agregado sucroenergético registrou exportações de US$ 218 milhões contra US$ 203 milhões do mesmo período do ano anterior. Mesmo com redução no volume comercializado, a receita das exportações de açúcar passou de US$ 200 milhões para US$ 215 milhões. Já a comercialização externa de álcool passou de US$ 2,5 para US$ 3,23 milhões em um ano.
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