Índice de recolhimento é de cerca de 95%; caso foi apresentado no Espaço das Ideias Circulantes.
A experiência brasileira no recolhimento de embalagens vazias de agroquímicos foi apresentada na sexta-feira (22) no Espaço das Ideias Circulantes, no Humanidade 2012, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O caso do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) serviu como exemplo de sucesso em políticas de resíduos sólidos.
O Brasil recolhe e destina corretamente cerca de 95% das embalagens de agroquímicos usadas no País, segundo os cálculos do inpEV. O instituto congrega 91 empresas do setor e tem 420 pontos de recolhimento nos estados, muitos em parceria com cooperativas e entidades locais.
Desde que foi fundado, há 10 anos, o inpEV já recolheu cerca de 200 mil toneladas de embalagens vazias, evitando a emissão de 250 mil toneladas de gás carbônico – o equivalente ao consumo de 571 mil barris de petróleo.
O sucesso fez do sistema um modelo para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei aprovada em 2010. Leis anteriores já estipulavam a responsabilidade compartilhada de todos os entes da cadeia – fabricantes, distribuidores e agricultores – sobre o correto descarte das embalagens de defensivos agrícolas.
A maior parte dessas embalagens é reciclada, dando origem a novos recipientes para agroquímicos ou a insumos para a construção civil. De acordo com o diretor-presidente do inpEV, João César Rando, isso faz com que o instituto caminhe para um modelo autossustentável, ou seja, no qual a receita gerada pela venda dos materiais reciclados cubra os custos do recolhimento e do processamento das embalagens.
Fonte: Sou Agro
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