A avicultura industrial catarinense – uma das mais modernas do planeta – adotará a partir deste ano a tecnologia RFID (baseada no uso da rádiofrequência) para aperfeiçoar o sistema de rastreabilidade, anunciou o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Clever Pirola Ávila.
Essa tecnologia permite o uso de uma espécie de etiqueta eletrônica inteligente. A medida que a vida do animal avança, registram-se nessa etiqueta os principais fatos relevantes sob aspectos de nutrição, saúde, localização, etc. Além disso, após o processamento, é possível ter este histórico junto ao produto, incluindo as validações oficiais e respectivas certificações.
O projeto prevê três fases para entrar em uso. A primeira contempla a rastreabilidade em RFID da agroindústria ao porto e será implantada em um ano. O projeto-piloto será feito neste segundo trimestre. Seguem-se mais duas fases, contemplando a rastreabilidade no campo e dentro da agroindústria, o que será implantado, respectivamente, no segundo e terceiro anos do projeto.
Ávila realça que essa tecnologia está disponível em escala mundial e já é aplicada em várias áreas da atividade humana e empresarial.
A aplicação desses recursos no aperfeiçoamento da rastreabilidade avícola resultará de parceria entre a FAPESC, Sindicarne e ACAV, envolvendo outras instituições da sociedade Catarinense, órgãos oficiais da Secretaria da Agricultura, a Cidasc, o Ministério da Agricultura, empresas privadas de tecnologia e centros de pesquisa ligados às universidades Furb e UFSC.
O projeto terá a coordenação da Fapesc e apoio intenso do Sindicarne e da ACAV, com a participação das empresas avícolas. Na fase inicial haverá um piloto, o qual sequencialmente poderá ser aplicado para todos os interessados da cadeia produtiva.
O presidente da ACAV explica que não haverá mudança na metodologia adotada, indexação por ave, por lote, ou por propriedade rural. “Não faremos alteração no conceito atual de rastreabilidade, o que faremos é um aperfeiçoamento tecnológico da rastreabilidade trazendo inovação, processos on-line, mais segurança e confiabilidade ao sistema”, esclarece.
O investimento total das empresas no processo não foi revelado, pois, como se trata de uma parceria com o Governo do Estado, FAPESC e agroindústrias catarinenses, os recursos serão alocados gradualmente, fase a fase.
A rastreabilidade entra no plano preventivo de controle de epizootias e zoonoses que cada Estado estruturou por exigência do MAPA em face da ameaça da gripe aviária. Com a rastreabilidade on-line podemos continuar com nossos processos de avanços no âmbito da saúde animal de forma mais objetiva e dando as devidas prioridades.
“Esse é mais um investimento na vanguarda da cadeia produtiva de proteína animal catarinense e certamente nossos clientes internos e externos reconhecerão nossa evolução e continuarão a nos dar a preferência de aquisição nesta jornada de várias décadas”, concluiu o presidente da Associação Catarinense de Avicultura.
SISTEMA
A rastreabilidade permite capturar, armazenar e relacionar desde o provedor de insumos e matérias-primas, produtores, até as unidades industriais, a logística e o transporte, as unidades de venda e os consumidores. Um fluxo com registro, identificação e transmissão de informações permite conhecer a procedência, o produto e sua localização. Trata-se de um monitoramento seguro e completo com registro dos estabelecimentos, das movimentações e das operações, obedecendo normas internacionais.
O presidente da ACAV mostra que a adoção da rastreabilidade serve de apoio para a prevenção de problemas, proporciona informação dentro da empresa para facilitar o controle de processos e a gestão, identifica a origem e a responsabilidade dos problemas. Além disso, fideliza consumidores e assegura a qualidade e a certificação dos produtos.
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br
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