segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cheias no Pantanal dificultam a campanha vacinação contra aftosa



Animais de 0 a 24 meses serão vacinados na etapa de maio

O período de cheias do Pantanal de Mato Grosso dificulta os trabalhos de vacinação contra febre aftosa na região. No entanto, a visita de técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) à estas localidades facilita o trabalho dos criadores. A primeira etapa de vacinação vai até o dia 31 do mês de maio.

O pecuarista Benedito José da Penha cria 70 cabeças de gado em dois sítios. Ele lembra o quanto o seu rebanho sofria quando estava contaminado pela doença. "Naquela época não existia vacinação, então quando aparecia a doença em uma novilha lá no meio do campo, eu achava que o animal estava deitado na sombra. Tinha vezes que caia até o casco. Meu pai me mandava cortar o capim e levar para o animal comer, porque nem andar conseguia", relatou.

Benedito Penha disse que sempre vacina a sua criação em maio, só que neste ano ele só vai imunizar o rebanho em novembro. "Logo no começo eu vacino. O pequeno produtor tem que trabalhar em cima do capim, em cima das vacinas. É caro, mas a gente tem que fazer, sem contar que depois tem o retorno", contou.

O estado não registra focos da aftosa há 16 anos e é considerado área livre da doença com a vacinação. Na campanha passada, aproximadamente 29 milhões de bovinos e bubalinos foram vacinados contra febre aftosa, conforme o Indea. Nesta etapa, foram imunizados animais de todas as idades. As ações ocorreram nas propriedades espalhadas pelos 141 municípios do estado. Com este número, o estado alcançou 99,76% de cobertura do plantel.

A veterinária do Indea, Joseane Aparecida da Silva, contou como é feito o trabalho de orientação deste produtores. "Dentro das fazendas, a gente pode estar conversando com este produtor para identificar algum problema sanitário, que no escritório não acaba chegando para gente".

A campanha

Segundo a coordenadora de Defesa Animal do Indea, Daniella Soares, aproximadamente 500 servidores do órgão vão atuar em fiscalizações, sendo que 44 deles devem se concentrar em três municípios localizados na região de fronteira com a Bolívia.

"Esses servidores devem se concentrar nos municípios de Vila Bela de Santíssima Trindade, Cáceres e Porto Esperidião. Além das propriedades destes municípios, os servidores vão agir em um raio de 15 km partindo da fronteira. A nossa expectativa é que 596 propriedades desta região participem da etapa da vacinação", informou ao Agrodebate.

Os criadores que não vacinarem os seus rebanhos, conforme o Indea, podem ser penalizados com o pagamento de multas ou podem sofrer penalidades administrativas, não podendo transportar os animais pelo período de no mínimo 30 dias.

Fonte: Agrodebate
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

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