A Secretaria da Agricultura e o Instituto Emater vão começar seminários para apresentar o projeto Carne Paraná aos pecuaristas de todo o Estado. O secretário Norberto Ortigara se reuniu nesta quinta-feira (17) com técnicos da Emater, durante a 40.ª Expoingá, para discutir o projeto. O Carne Paraná surgiu da constatação dos baixos índices da produção de carne no estado e vai definir uma estratégia para prestar assistência técnica a criadores, para modernizar a bovinocultura de corte.
De acordo com levantamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o Paraná conta com 55.873 criadores de gado de corte e um rebanho de 6,1 milhões de cabeças. Os pecuaristas paranaenses produzem menos de meia carcaça por hectare ao ano, o que o Estado a importar carne de Goiás, Tocantins e Mato Grosso. No entanto, Ortigara destacou que existem boas iniciativas em algumas regiões e um esforço para mudar a imagem da carne bovina paranaense.
O projeto Carne Paraná deve aumentar a renda e a geração de empregos da cadeia pecuarista. Caberá ao governo a coordenação estadual do projeto, a articulação de políticas públicas e sua execução pelas instituições de assistência técnica e extensão rural, pesquisa e fiscalização. O Estado também será responsável pela organização de produtores e indústrias, bem como pela implementação de projetos de apoio como inseminação artificial.
De acordo com Luís Fernando Brondani, do Instituto Emater, o projeto tem tempo de implantação de dez anos. Uma das metas a ser atingida é a redução da idade média de abate dos animais dos atuais 37 para 30 meses. A produtividade que hoje é de 137 deve chegar a 210 quilos de carcaça por hectare ao ano. A lotação também deve passar de 1,4 para dois animais por hectare. Com isso, a receita bruta da pecuária de corte deve chegar a R$ 1.260,00 por hectare ao ano contra os atuais R$ 821,00. Os levantamentos da Secretaria indicam que, na região Noroeste, 75% dos pecuaristas abatem os animais com 36 meses e a produtividade não ultrapassa 130 quilos de carcaça por hectare ao ano.
A proposta de modernização da bovinocultura de corte elaborada pela Secretaria aposta na produção de matéria-prima de qualidade para viabilizar linhas de abate e exportação dentro dos padrões desejados e cortes especiais. Com isso, espera-se inibir o abate clandestino de animais no estado. A indústria ainda deve desenvolver marcas próprias, buscando nichos de mercado, fortalecer as cooperativas e alianças de carnes existentes no estado e a rastreabilidade e certificação de carnes.
Com o projeto o produtor deve contar com assistência técnica e capacitação para incrementar sua atividade. Tecnologia de produção, gestão de negócio e melhoria dos índices zootécnicos são alguns dos pontos que o serviço de extensão rural deve trabalhar junto aos produtores.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br
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