O governo chinês parece cada vez mais sintonizado com uma política de biocombustíveis nacional, apesar das dificuldades de produção que enfrenta em razão de uma série de fatores. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), a adesão da China a um projeto mais arrojado de biocombustíveis é bem-vinda, e deveria contemplar a importação do etanol brasileiro produzido a partir da cana, para atender à crescente demanda.
”É salutar que a China tenha adotado uma política de biocombustíveis mais ambiciosa. No entanto, acreditamos que os chineses deveriam permitir que o etanol produzido no Brasil possa se somar à produção local, o que traria benefícios enormes no que tange à redução de gases de efeito estufa (GEEs), em particular no transporte público chinês que tem crescido rapidamente,”avalia Géraldine Kutas, Assessora Sênior do presidente da UNICA para Assuntos Internacionais.
Meta de Consumo
No dia 24/04, um porta-voz do Escritório Nacional de Energia da China informou que o governo chinês estabeleceu uma meta de consumo de cinco milhões de toneladas de biocombustiveis no período de 2011 a 2015, quase o dobro do que foi estipulado no plano quinquenal anterior (2006-2010). Em 2011, a China importou cerca de 55% do seu consumo em petróleo.
Para Li Shizhong, diretor do Centro de Pesquisa em Novas Energia, do Instituto de Pesquisa Nuclear da universidade Tsinghua, “a indústria de biocombustíveis é um sistema integrado que pode impulsionar o desenvolvimento de uma série de outras indústrias como a agricultura, produtos químicos, plásticos, automotiva, geração de energia, transportes e serviços, além de estimular a demanda doméstica”.
Limites para produção
Os recentes e sucessivos aumentos do PIB chinês dos últimos anos esbarram em um problema que deve ser enfrentado quando se pensa na produção em escala de biocombustíveis. “Há limitações claras de terra e água no país, o que se contrapõe a uma população crescente e com poder aquisitivo que emerge. Este cenário teoricamente favoreceria a importação de etanol do Brasil,” conclui a assessora da UNICA.
Fonte: Unica
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