sexta-feira, 13 de abril de 2012

MT: Soja tem perdas de cerca de 830 mil toneladas



Irregularidades climáticas, ataques de pragas e doenças, especialmente como a ferrugem asiática, impuseram perdas de cerca de 830 mil toneladas à sojicultura estadual, safra 2011/12, o que em sacas significa menos 2,5 sacas por hectare colhido

O saldo da temporada, mesmo recordista, é o ônus do aumento do custo de produção e a redução de receita, dobradinha que tirou da economia estadual e do Valor Bruto da Produção (VBP, valor da safra), cerca de R$ 1 bilhão.

De acordo com o gerente técnico da Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas, somente a ferrugem asiática – doença que compromete a produtividade das plantas – demandou cerca de uma aplicação a mais de fungicida, em média no Estado, e isso implicou em um adicional de pelo menos R$ 45 por hectare, considerando produto e as despesas com a aplicação. “Com uma área plantada de 7 milhões de hectares nesta safra e essa aplicação a mais, temos um desembolso adicional de R$ 315 milhões no Estado. Um prejuízo direto ao produtor, somente com a ferrugem”.

A gerente de Comercialização da Aprosoja/MT, Maria Amélia Tirloni, acrescenta que com as perdas físicas das lavouras o produtor não teve o produto para vender e por isso deixou de embolsar cerca de R$ 600 milhões, considerando uma cotação média de R$ 40 para a saca no Estado. “Em resumo, houve aumento de custo para combater a ferrugem e redução na receita pelo grão que não foi colhido e se transformou em perda”.

O dinheiro que não circulou empobreceu o VBP estadual da soja, correspondendo a cerca de 7% dos R$ 14,4 bilhões, que também é o maior da história e supera em 21% os R$ 11,9 bilhões do ciclo anterior. Para calcular o VBP, o Imea considera a produção e o preço médio de mercado para a saca em vários momentos durante o período de comercialização do produtor.

ROMBO - Uma das maiores autoridades mundiais em doenças da soja, o pesquisador José Tadashi, fez um levantamento sobre os prejuízos que a ferrugem causou à cadeia de produção do grão nos últimos dez anos, desde a chegada da doença fúngica ao Brasil até agora, que somam US$ 19,7 bilhões, dos quais US$ 8 bilhões contabilizados em Mato Grosso. 

Para maiores informações visite: www.portaldoagronegocio.com.br

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