sexta-feira, 13 de abril de 2012

Veterinários da Seapa/RS alertam sobre piolheira ovina



Médicos veterinários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa/RS) fazem um alerta aos ovinocultores gaúchos sobre a importância de realizar cuidados profiláticos em seus rebanhos contra a piolheira ovina.

“Os ovinos devem ser banhados estrategicamente para controle de piolhos e sarna. Os rebanhos afetados devem ser banhados duas vezes seguidas, com intervalo de duas semanas. Neste caso, a eliminação dos parasitos externos deve constituir-se no objetivo principal na programação de qualquer tratamento”, explicou o coordenador técnico da Câmara Setorial da Ovinocultura da Secretaria da Agricultura, médico veterinário, José Galdino Garcia Dias.

O tratamento para piolho deve ser realizado durante o mês de abril: todo o produtor de ovinos está obrigado a fazer no mínimo um tratamento. Aqueles produtores que estiverem com infestação no rebanho deverão fazer dois tratamentos com intervalo de 12 a 15 dias.

Segundo o especialista, o uso de boas técnicas de manejo, a correta preparação dos banhos e o controle permanente dos animais, são fatores essenciais num programa de erradicação dos ectoparasitos. Dias destaca a importância de os produtores banharem todos os animais ao mesmo tempo, sendo o ideal que a data coincida, aproximadamente, com a data do banho das propriedades vizinhas, de tal modo que a área toda possa ser considerada "limpa".

“Embora a maioria dos produtores prefira banhar seus animais imediatamente após a tosquia, pela facilidade que apresenta no manejo geral da fazenda, teoricamente a melhor época para banhar os animais é quando a lã apresentar uma boa altura, pois com a lã alta tem melhor ambiente para os piolhos se criarem”, explica o veterinário. Deve-se considerar que, nesse tempo, as feridas decorrentes dos cortes durante a tosquia estão cicatrizadas, o que evita a possibilidade de contaminação durante o banho e também porque o conteúdo graxo que recobre a fibra de lã tende a secar, permitindo uma melhor penetração do inseticida. Este, junto ao maior comprimento da lã, faculta um maior tempo de proteção.

Dias lembra que a maioria dos preparados comerciais apresenta um poder residual curto, que deixam os animais protegidos por aproximadamente duas a três semanas após o banho, quando as lêndeas eclodem. Daí a necessidade de um segundo banho para combater um surto de piolheira.

Descrição do ciclo biológico da piolheira ovina

- A fêmea grávida oviposita seus ovos (lêndeas) presos na base dos pelos;

- O período de incubação dos ovos pode ser de 6 a 9 dias;

- Após a eclosão, inicia-se a fase de ninfa que possui três estádios, sendo a duração de cada instar em média de três dias;

- adultos;

- O ciclo biológico total dura em média de três a quatro semanas: ovos> 3 estádios ninfais > adulto.

Os inseticidas utilizados não agem sobre o ovo ou lêndea, havendo necessidade de repetição do banho ou aspersão entre 15 e 18 dias nos animais infestados.

Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Para maiores informações visite: www.agrolink.com.br

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