quinta-feira, 31 de maio de 2012

BNDES facilita acesso ao crédito para renovação de canavial



Anúncio, que deverá ser feito nos próximos dias, mudará as normas para acesso de usinas e destilarias a recursos oficiais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciará nos próximos dias as mudanças nas normas que vinham dificultando o acesso das usinas e destilarias aos recursos oficiais para financiar a renovação dos canaviais. A informação é do presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. 

Ele explicou que o acesso ao financiamento está sendo dificultado pelas normas do banco que exigem das empresas cadastro ambiental e georreferenciamento de todos fornecedores, independente de os recursos do financiamento serem para renovação de canaviais em áreas próprias ou arrendadas. Pelas normas do BNDES, do ponto de vista ambiental as empresas do setor sucroenergético são responsáveis por toda cadeia. 

Pádua afirmou que a alteração nas normas, que está sendo avaliada pela direção do banco, prevê que as empresas irão apresentar os pontos de georreferenciamento dos fornecedores, que em muitos casos chegam a 10 mil propriedades. Ele diz que nem todos Estados conseguem atender a demanda dos produtores pelo georreferenciamento e cadastro ambiental das propriedades. 

Recuperação de investimento

O dirigente acredita que quando as novas normas chegarem aos bancos, os recursos os financiamentos começarão a ser liberados. Ele destaca que uma medida importante anunciada pelo BNDES é a possibilidade de as empresas recuperarem os investimentos na renovação dos canaviais feitos a partir de janeiro deste ano, que comprove o que foi efetivamente plantado. 

Pádua afirmou que as empresas de capital estrangeiro continuam sem acesso ao crédito oficial para renovação dos canaviais, por causa do parecer da Advocacia Geral da União que a partir de agosto de 2010 restringiu a compra e o arrendamento de terras. Ele afirmou que o assunto está sendo analisado pelo BNDES e a Casa Civil, para buscar uma solução para o entrave. 

Segundo Pádua, o governo ainda não sinalizou se elevará a mistura do álcool anidro na gasolina dos atuais 20% para 25%. "Esta avaliação o governo está fazendo em função de vários fatores e nós estamos aguardando." Ele diz que as distribuidoras já contrataram todo anidro que irão comercializar nesta safra e uma resolução da Agência Nacional do Petróleo estabeleceu que se houver aumento na mistura os contratos serão reprogramados. "O abastecimento está garantido pelo alto índice de contratação", conclui o dirigente.

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