quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vendas de máquinas agrícolas aumentam



Aumento da produção agrícola e comercialização a preços melhores permitiu aos produtores mato-grossenses investirem mais na mecanização das lavouras. Resultado foi um incremento de 47% no número de aquisições de máquinas agrícolas em 2011, quando foram compradas 4,374 mil colheitadeiras e tratores pelos produtores do Estado. Em 2010 foram negociadas 2,973 mil máquinas agrícolas, de acordo com registros da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) analisados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Desde 2004 o número de aquisições desses equipamentos não era tão elevado. Naquele ano foi adquirida a maior quantidade dos últimos 12 anos, num total de 4,514 mil unidades. De acordo com o Imea, o déficit de tratores de roda já foi compensado pela aquisição de 3,059 mil unidades no ano passado, mas as aquisições de colheitadeiras, de 2,073 mil em 2011, ainda são insuficientes para suprir a necessidade de renovação da frota no Estado. Para compensar esse déficit será necessário repetir o resultado de vendas de 2011 por mais 3 anos.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, a retomada da aquisição de máquinas agrícolas favorece a contratação de trabalhadores qualificados. Comércio de máquinas agrícolas está aquecido em Mato Grosso, segundo o consultor de vendas da Maxxi Case, José Augusto Ferrari. Alguns itens podem ser financiados em até 100% do valor para micro, pequenos e médios produtores e a menor taxa de juros pode chegar a 5% ao ano, explica o coordenador de Análise e Acompanhamento do Banco da Amazônia, Manoel Piedade. “Mas por serem exigidos documentos que comprovem a adequação à legislação ambiental, houve apenas duas contratações nessa linha”. Prazos de pagamento de tratores chega a 6 anos e a 8 anos para colheitadeiras.

Gerente de vendas da Maxxi Case comenta que muitos produtores decidem comprar por meio de consórcios. “É mais barato, se consegue até 10 anos para pagar e a taxa de administração cobrada é de 1,4%”. Preferência dos produtores é pelas máquinas com GPS, piloto automático e controle de precisão. Preços médios praticados chegam a R$ 400 mil para tratores grandes e R$ 700 mil para colheitadeiras. “Mas os tratores mais utilizados na pecuária custam entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. Na análise de Ferrari, o cenário está favorável para o comércio de máquinas e equipamentos agrícolas. Tanto assim que a empresa irá inaugurar outras 3 unidades em Mato Grosso, sendo uma em Cáceres (em julho) e as demais até o fim do ano em Pontes e Lacerda e Mirassol d’Oeste.

Atualmente a Maxxi Case mantém a sede em Tangará da Serra e filiais nos municípios de Campo Novo dos Parecis e Sapezal, e um centro de distribuição de peças em Cuiabá. Com a renovação da frota no campo, as empresas que trabalham com locação e manutenção de equipamentos enfrentam situação inversa. Proprietário da empresa Track Center, Khalil Choucair comenta que enquanto o dólar esteve mais barato, muitas máquinas foram importadas da China.

Fonte: Gazeta Digital
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Alimentação do gado deve ser suplementada durante estações frias



Produtores podem usar cana-de-açúcar ou feno para substituir pasto

As precipitações e as temperaturas próximas da média neste outono têm sido boas para o produtor de leite e carne. Mesmo assim, é preciso suplementar a alimentação do gado para atenuar a queda da produtividade. O alerta é do pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) José Lançanova. “Nesse período o pasto fica ‘ralo’, falta comida para o gado pela própria redução da produção da forragem de verão”, explica o especialista. 

O pasto supre boa parte das necessidades do animal no período de outubro, no final de abril, mas depois dessa época ele começa a escassear. “O produtor tem que contornar a situação com comida no cocho, um volumoso, que pode ser cana-de-açúcar, silagem ou feno”, explica o pesquisador. Ele diz que a escolha deve levar em conta os fatores regionais e os objetivos do produtor. “Para a produção de leite é necessário uma quantidade maior de ração e uma silagem para fazer o balanceamento da dieta. Novilhas exigem menos alimentos”, reforça. 

Em relação às diferenças de regiões do estado do Paraná, Lançanova acredita que a cana é uma boa opção para o Norte e Noroeste, em virtude da presença de usinas e canaviais. “É preciso acrescentar ureia e sulfato de amônia para elevar o teor de nitrogênio na cana. Ela tem apenas 2% de proteína. Quando coloca esses outros componentes, você eleva esse nutriente para 7%”. Já para o Centro-Sul, é possível ter pastagens no inverno, como aveia e azevém. Ainda assim não dá para dispensar a suplementação. “A aveia tem 15% em média de matéria seca e muita água. É preciso dar um volumoso e complementar com horas de pastejo, que varia de acordo com a disponibilidade de alimento”, esclarece. 

Prevenção 

José Cripa, produtor em Francisco Alves, a 70 quilômetros de Umuarama, Noroeste do estado do Paraná, adotou a silagem para passar os seis meses de outono e inverno e acredita que sobrem 10 carretas. Cripa tem dois alqueires, onde 27 vacas produzem 270 litros por dia, média que pretende aumentar com o volumoso que produziu durante o verão. De abril a setembro, ele alimenta o gado apenas com silagem, porque o pasto cresce muito pouco. “A silagem é um pouco cara, mas pior que isso é ver o gado sem comida”, resume. 

O certo, segundo Cripa, é se preparar com muita antecedência. No final de agosto do ano passado ele plantou milho e sorgo para garantir o alimento para os animais. “Quando a gente tá saindo do inverno já tem que pensar no outro”, orienta. 

A realidade de muitas propriedades do Noroeste do estado mudou depois que o Iapar, em parceria com a Emater e prefeituras, realizou projeto de transferência de tecnologia. A experiência deu certo e alguns deles criaram a Cooperativa dos Produtores de Leite de Entre Rios (Coopeler). Com isso, foi possível ter assistência técnica de um veterinário e um agrônomo para aplicar as recomendações da pesquisa agronômica no dia a dia das propriedades.

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Tudo o que você precisa saber sobre o Código Florestal



Chegamos à reta final. A edição da Medida Provisória 571 e a lei 12.651, publicadas no Diário Oficial da União no último dia 25, colocam o país sob um novo Código Florestal 

Os textos buscam um equilíbrio entre as aspirações dos produtoresrurais e os ambientalistas, dependendo agora apenas do Congresso Nacional. AMedida Provisória tem 120 dias para ser votada pela Câmara Federal, sob pena dese tornar inexistente. Se tiver emendas, segue ao Senado.

As principais normas- Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal, Encostas de morros....- sãoanalisadas pela engenheira agrônoma Carla Beck, especialista na área ambientaldo Departamento Técnico Econômico da FAEP.

As propriedades rurais ocupadas até 22 de julho de 2008, terão que cumprir as seguintes regras estabelecidas pelo novo Código Florestal (lei 12.65) e pela Medida Provisória 571, ambas de 25.05.2012.

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE CONSOLIDADAS:

Conceito : área de imóvel rural com ocupação existente a 22 de julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime de pousio Nesta áreas de Preservação Permanente é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrícolas, de pecuária, reflorestamento e de ecoturismo e de turismo rural.

Pousio 

É a pratica de interrupção de atividades o usos agrícolas, de pecuária ou reflorestamento por no máximo 5 anos em 25% da área produtiva da propriedade rural.

Regras gerais

A existência das situações de áreas consolidadas deverá ser informada no Cadastro Ambiental Rural (CAR), para fins de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do solo e da água que visem à mitigação dos eventuais impactos. A realização das atividades previstas observará critérios técnicos de conservação do solo e da água indicados no Programa de Regularização Ambiental (PRA), sendo vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais.

Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às atividades agrícolas, de pecuária, reflorestamento, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive o acesso a essas atividades desde que não estejam em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas.

Em todos os casos previstos, o Poder Público verificará a existência de risco de agravamento de processos erosivos ou de inundações, determinará a adoção de medidas mitigadoras que garantam a estabilidade das margens e a qualidade da água, após deliberação do Conselho Estadual de Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual equivalente.

A partir da data da publicação da lei e até o término do prazo de adesão ao PRA, fica autorizada a continuidade das atividades desenvolvidas nas áreas consolidadas as quais deverão ser informadas no CAR, para fins de monitoramento, sendo exigida a adoção de medidas de conservação do solo e da água.

Área a ser protegida nas margens de rios de acordo com a MP571 de 25 de maio de 2012.

Rios com largura até de 10 metros
  • De 0 a 1 módulo - recupera 5 metros, desde que não ultrapasse 10% da propriedade
  • De 1 a 2 módulos - recupera 8 metros, desde que não ultrapasse 10% da propriedade
  • De 2 a 4 módulos - recupera 15 metros, desde que não ultrapasse 20% da propriedade
  • De 4 a 10 módulos - recupera 20 metros

Acima de 10 módulos - a área a ser protegida corresponde à metade da largura do curso d'água, observado o mínimo de 30 (trinta) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha do leito regular.

O texto aprovado considera margem natural de rios a partir da borda da calha do leito regular (fio de água) e não mais o nível mais alto dos cursos.

Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d'água perenes, será admitida a manutenção de atividades agrícolas, de pecuária, reflorestamento, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de:
  • 5 (cinco) metros para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal;
  • 8 (oito) metros para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; e
  • 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais.
Veredas

Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de:

I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) módulos fiscais; e
II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais

Unidades de Conservação

As APPs localizadas dentro nos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral não são passíveis de ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo. Por exemplo: uma área dentro de um Parque estadual ou federal com um rio de até 10 metros de largura terá de recompor 30 metros de APP e não 15 metros (largura para área consolidada).

Bacias hidrográficas

Em bacias hidrográficas consideradas críticas, o governo poderá estabelecer metas e diretrizes de recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às definidas como projeto prioritário, ouvidos o Comitê de Bacia Hidrográfica e o Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Várzeas

Continua sendo APP e passa a ser definida como várzea de inundação ou planície de inundação: áreas marginais a cursos d'água sujeitas a enchentes e inundações periódicas; e precisará ser recomposta.

Reservatórios(hidrelétricas e abastecimento)

Foi vetado o artigo 43, que trata sobre a recuperação de Áreas de Preservação Permanente para empresas concessionárias de serviço de abastecimento de água e de geração de energia hidrelétrica, o veto deixa para recuperação de APP pelos produtores rurais de acordo com a tabela abaixo.
  • 5 metros, para imóveis rurais com área de até 1 módulo fiscal;
  • 8 metros, para imóveis rurais com área superior a 1 módulo fiscal e de até 2 módulos fiscais;
  • 15 metros, para imóveis rurais com área superior a 2 módulos fiscais e de até 4 módulos fiscais; e
  • 30 metros, para imóveis rurais com área superior a 4 módulos fiscais.
Na implantação de novo reservatório d'água artificial destinado ageração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição,desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor dasÁreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecidono licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 metros e máximade 100 metros em área rural, e a faixa mínima de 15 metros e máxima de 30metros em área urbana.

RESERVA LEGAL

Propriedades maiores que 4 módulos fiscais

Será admitido o computo das Áreas de preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal, desde que não implique na retirada de nova vegetação.

Propriedades menores que 4 módulos fiscais

Imóveis rurais com áreas de até quatro módulos fiscais (média no Paraná de 72 hectares) não precisarão recompor as reservas legais. Ou seja, valerá o percentual de vegetação nativa existente na propriedade até o dia 22 de julho de 2008.

É obrigatória a suspensão imediata das atividades em Área de Reserva Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de 2008, e deverá ser iniciado o processo de recomposição, no todo ou em parte, sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, não extrapolando a 2 (dois) anos essa comprovação, contados a partir da data da publicação da Lei.

A Reserva Legal passará a ter função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, ou seja ao produtor, mediante um plano de manejo, poderá explorar comercialmente a madeira existente nessas áreas.

Os índices de Reserva Legal continuarão sendo 20% na região Sul.
A recomposição da Reserva Legal poderá ser feita em até 20 anos.
O produtor poderá compensar a Reserva legal em outra propriedade desde que no mesmo BIOMA.
A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração os seguintes estudos e critérios:

I - o plano existente para bacia hidrográfica;
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico, que no Paraná está sendo detalhado.
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, Área de Preservação Permanente, Unidade de Conservação ou outra área legalmente protegida;
IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e
V - as áreas de maior fragilidade ambiental

O órgão estadual deverá aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no CAR. O produtor não tem independência para decidir sobre a localização da Reserva Legal, que se baseará nos itens acima.

Protocolada a documentação exigida para análise da localização da área de Reserva Legal, ao proprietário não poderá ser imputada sanção administrativa, inclusive restrição a direitos, em razão da não formalização da área de Reserva Legal. Dessa forma, o protocolo é hábil para defender os direitos do produtor.

Áreas de encostas

Em áreas de inclinação entre 25º e 45º, serão permitidos o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades agrícolas, de pecuária e reflorestamento, bem como a manutenção da infraestrutura física associada ao desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade pública e interesse social.

Os números da Amazônia

Para áreas ainda não exploradas, o que ocorre principalmente na região norte do país, as Disposições Gerais do novo Código estipulam áreas de proteção (APPs) bem maiores que aquelas ocupadas até 22 de julho de 2008. Por ter suas fronteiras agrícolas praticamente esgotadas e estar debaixo da legislação da Mata Atlântica, o território paranaense praticamente não está envolvido nesses patamares que são os seguintes:

I - as faixas marginais (ciliares) de qualquer curso d água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
As encostas ou partes destas com declividade superior a 45º, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;

UM ANO

Cadastro Ambiental Rural e Programa de Regularização Ambiental

A união, os estados e o Distrito Federal terão 180 dias para criar o Programa de Regularização Ambiental (PRA). Depois um ano, prorrogável por mais 365 dias, para implantá-lo.

Dessa forma o proprietário rural fará sua adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) desde que não esteja em áreas de risco, observando-se critérios técnicos de conservação, solo e água.

Ao aderir ao PRA, o proprietário que destruiu ou danificou áreas de APP, além do permitido, deverá assinar um termo de adesão e compromisso, especificando os procedimentos de recuperação exigidos pelo novo código. Enquanto estiver cumprindo o termo de compromisso, o proprietário não poderá ser autuado e as multas serão suspensas, desde que aplicadas antes de 22 de julho de 2008.

Para obter os benefícios de ser considerada área consolidada, o produtor terá que se registrar no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Esse cadastro é obrigatório para todos os imóveis rurais, que será feito em órgão público, a fim de dimensionar as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal da propriedade, facilitando o trabalho de fiscalização. A inscrição deve ser feita no prazo de UM ANO, prorrogável por mais um, e é condição obrigatória para adesão ao Programa de Regularização Ambiental.

O registro da Reserva Legal no CAR, desobriga a averbação em Cartório de Registro de Imóveis. 

Após cinco anos da data da publicação desta Lei, as instituições financeiras só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural - CAR, e que comprovem sua regularidade nos termos desta Lei.

Quatro meses para votar a MP

A Constituição determina que as medidas provisórias entram em vigor na data da publicação. Portanto a MP 571 que a presidente assinou alterando o texto da Câmara Federal sobre o Código Florestal está valendo. Como diz seu nome, ela é provisória e para se tornar uma lei definitiva, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Na Câmara será examinada pelos 513 deputados que por meio de emendas, poderão fazer propostas para alterar o texto. Na sequência, a MP seguirá para o Senado. Os 81 senadores dispõem de dois caminhos a seguir. Num consideram adequado o texto que virá da Câmara, se aprovarem sem alterações, encerram a novela. Ou os senadores modificam o projeto dos deputados e nessa hipótese, manda a lei que o projeto retorne à Câmara, repetindo tudo o que já sucedeu.

Quatro meses é o prazo de validade de uma medida provisória. Se não for apreciada em 120 dias, deixa de existir. A derrubada de MPs por falta de deliberação não é incomum, mas nesse caso haverá muitas negociações para o país ter definitivamente um Código Florestal que atende o setor produtivo e os ambientalistas.

Já os 12 vetos da presidente, reza a Constituição, devem ser apreciados pelo Parlamento, em votação secreta, no prazo de 30 dias. Porém, o texto constitucional é solenemente ignorado há anos. Aguardam na fila de votação 166 vetos. Um deles é do tempo em que Itamar Franco era presidente. Cabe ao presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), pautar a votação dos vetos.

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BNDES facilita acesso ao crédito para renovação de canavial



Anúncio, que deverá ser feito nos próximos dias, mudará as normas para acesso de usinas e destilarias a recursos oficiais

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciará nos próximos dias as mudanças nas normas que vinham dificultando o acesso das usinas e destilarias aos recursos oficiais para financiar a renovação dos canaviais. A informação é do presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Pádua Rodrigues. 

Ele explicou que o acesso ao financiamento está sendo dificultado pelas normas do banco que exigem das empresas cadastro ambiental e georreferenciamento de todos fornecedores, independente de os recursos do financiamento serem para renovação de canaviais em áreas próprias ou arrendadas. Pelas normas do BNDES, do ponto de vista ambiental as empresas do setor sucroenergético são responsáveis por toda cadeia. 

Pádua afirmou que a alteração nas normas, que está sendo avaliada pela direção do banco, prevê que as empresas irão apresentar os pontos de georreferenciamento dos fornecedores, que em muitos casos chegam a 10 mil propriedades. Ele diz que nem todos Estados conseguem atender a demanda dos produtores pelo georreferenciamento e cadastro ambiental das propriedades. 

Recuperação de investimento

O dirigente acredita que quando as novas normas chegarem aos bancos, os recursos os financiamentos começarão a ser liberados. Ele destaca que uma medida importante anunciada pelo BNDES é a possibilidade de as empresas recuperarem os investimentos na renovação dos canaviais feitos a partir de janeiro deste ano, que comprove o que foi efetivamente plantado. 

Pádua afirmou que as empresas de capital estrangeiro continuam sem acesso ao crédito oficial para renovação dos canaviais, por causa do parecer da Advocacia Geral da União que a partir de agosto de 2010 restringiu a compra e o arrendamento de terras. Ele afirmou que o assunto está sendo analisado pelo BNDES e a Casa Civil, para buscar uma solução para o entrave. 

Segundo Pádua, o governo ainda não sinalizou se elevará a mistura do álcool anidro na gasolina dos atuais 20% para 25%. "Esta avaliação o governo está fazendo em função de vários fatores e nós estamos aguardando." Ele diz que as distribuidoras já contrataram todo anidro que irão comercializar nesta safra e uma resolução da Agência Nacional do Petróleo estabeleceu que se houver aumento na mistura os contratos serão reprogramados. "O abastecimento está garantido pelo alto índice de contratação", conclui o dirigente.

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Investimentos para reduzir desmatamento podem sustentar até oito milhões de novos empregos



Segundo estudo, pelo menos metade da força de trabalho mundial (cerca de 1,5 bilhão de pessoas) será afetada caso os países adotem a economia verde como novo padrão

Cerca de US$ 30 bilhões que são gastos, por ano, em investimentos internacionais para a redução de desmatamentos e da degradação das florestas  poderiam sustentar até oito milhões de novos empregos nos países em desenvolvimento, mostra o relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde, divulgado nesta quinta, dia 31, pela Iniciativa Empregos Verdes.

Especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização Internacional de Empregadores (OIE) e da Confederação Sindical Internacional (CSI) mostram no documento como uma economia favorável ao meio ambiente pode garantir empregos e trabalho decente em qualquer país.

Na Alemanha, um programa de renovação de prédios para melhorar a eficiência energética, por exemplo, tem mobilizado cem bilhões de euros em investimentos. Além da economia com as contas de energia, a medida criou quase 300 mil empregos diretos por ano.

Segundo o documento, pelo menos metade da força de trabalho mundial (cerca de 1,5 bilhão de pessoas) será afetada caso os países adotem a economia verde como novo padrão. As mudanças atingiriam todos os setores, mas teriam maior impacto em atividades como a agricultura, silvicultura, pesca, energia, indústria manufatureira, reciclagem, construção e o transporte.

– Dezenas de milhões de empregos já foram criados por essa transformação. Por exemplo, o setor de energia renovável já emprega cerca de cinco milhões de trabalhadores, mais que o dobro do número de empregos entre 2006 e 2010 – destacam os especialistas.

Outra fonte de empregos verdes apontada pelo levantamento é a da eficiência energética, principalmente na indústria da construção, que foi o setor mais afetado pela crise econômica. Os especialistas da OIT, do Pnuma, da OIE e da CSI dizem ainda que a reciclagem é decisiva para a questão da eficiência do setor, com a redução de desperdiço, o tratamento adequado de resíduos e a recuperação de materiais de valor, além do potencial de inclusão social e redução da pobreza.

– É provável que a produção de energia fóssil experimente a perda de empregos. São necessárias políticas para garantir uma transição justa para os trabalhadores – destaca, como exemplo, o estudo.

Fonte: Agência Brasil
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Oferta reduz preço do boi ao menor patamar desde 2010



A concentração da oferta de bovinos, em maio, somada a uma menor demanda, no varejo, pela carne do boi, levou o preço da arroba ao patamar mais baixo desde setembro de 2010. O boi gordo sofreu desvalorização de 6,9% desde janeiro, de acordo com a consultoria Scot. Em São Paulo, o produto estava cotado a R$ 93 no início da semana, segundo o Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea). 

"Esse é um período de bastante oferta: maio. E a demanda é bem ruim. A expectativa é que [o preço] melhore um pouquinho daqui em diante", analisa o dono da consultoria Bigman, Maurício Palma Nogueira. Na média parcial do mês, com base em números do Cepea, o especialista trabalha com os seguintes valores para a arroba do boi: cerca de R$ 92, em São Paulo, e pouco acima de R$ 86 na média nacional. 

O mercado poderá ter preços "mais firmes" entre junho e julho, durante a entressafra, mas com o clima mais frio, no final de julho e início de agosto, os bovinocultores deverão promover uma nova onda de oferta, fazendo reduzir novamente o valor da arroba. 

"Tudo indica que o pico de preço será em novembro", diz Nogueira. "Os preços são mais altos no segundo semestre. Mas, em relação a 2011, devem ser menores desta vez - é o que sinaliza o mercado", observa o analista Hyberville Neto, da Scot. 

O descarte de matrizes e a oferta de bezerros, maior neste ano, estão entre os fatores de baixa nos preços, de acordo com Neto. A retenção de bovinos fêmeas no pasto, nos últimos anos, em função do ciclo de alta (iniciado em 2006) da pecuária, está resultando justamente nessa oferta. 

Em valores nominais (descontada a inflação), a arroba do boi está valendo 4,1% menos neste mês do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo Neto. "Houve desvalorização real também", completa o especialista. 

Tendências 

Outro fator que influencia os preços, mas neste caso na direção contrária, isto é, para a valorização do boi gordo, é a condição dos pastos no Brasil. Com o avanço das culturas agrícolas sobre as pastagens e a degradação do solo decorrente da pecuária extensiva, a oferta de boi tende a ser comprometida no futuro. 

"2013 é uma incógnita. Acho que a demanda superará a oferta", diz Nogueira, prevendo preços acima de R$ 100 por arroba para o ano que vem. Neto traça um cenário parecido: com uma oferta estável ou menor ("razoável"), o mercado deve ser pressionado. A demanda, porém, é incerta, segundo o analista da Scot. 

Neste ano, o volume de abates deve chegar a 39,5 milhões, segundo estimativas da Bigman. No ano passado, foi de 38,8 milhões. 

Margem do varejo 

O único participante da cadeia de bovinos que não acompanha a perda de margens, em função da redução de preços, é o varejo, de acordo com números da Bigman. Entre abril e maio deste ano, por exemplo, o preço da carcaça de boi, no atacado, caiu de R$ 89 para R$ 87; nos frigoríficos paulistas, a arroba de R$ 94 passou a valer R$ 91; enquanto no varejo houve valorização, embora pequena, de R$ 204 para R$ 205. 

"A margem do varejo até aumentou", frisa Nogueira, explicando que as margens do produtor e dos frigoríficos estão apertadas "como sempre foram". Um estudo da consultoria mostra que, dos anos '70 até hoje, "o varejo é o único que está aumentando margens". Nogueira afirma que "hoje, os produtores e frigoríficos teriam que produzir cinco vezes mais para obter a rentabilidade dos anos '70".

DCI - Diário do Comércio & Indústria
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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conab vai remover 50 mil t de milho para a Bahia, destinadas à alimentação animal



O presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, confirmou ontem (28), durante reunião com o secretário estadual da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, e com a superintendente da Conab no estado, Rose Pondé, que a estatal irá remover para o Nordeste 200 mil toneladas de milho do seu estoque, localizado em Mato Grosso. Dessa quantidade, 50 mil t do cereal serão destinadas à Bahia, para alimentação animal. A operação ocorre em auxílio aos produtores rurais localizados nas regiões atingidas pela estiagem na região.

A previsão é de que as primeiras 8.400 t deste total de 50 mil cheguem ao estado daqui a 20 dias, para a venda em balcão ao preço de R$ 18,10, para o pequeno produtor, ao limite de 3 t/mês/produtor. Em relação aos médios produtores, Rodrigues sinalizou um volume maior. Ele informou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou, por meio de Portaria interministerial, a possibilidade da venda em balcão a R$ 22,10, limitada a 27 toneladas/mês/produtor.

O milho que será removido para a Bahia irá para os seguintes armazénsemergenciais: Vitória da Conquista (500 t), Juazeiro (700 t), Guanambi (1.200 t), Feira de Santana (500 t) e também para os armazéns da Conab situados em Irecê (3.000 t), Ribeira do Pombal (1.000 t), Entre Rios (500 t), Santa Maria da Vitória (500 t), e Itaberaba (500 t). “As quantidades de milho estão relacionadas à  capacidade estática de cada armazém”, explicou Rodrigues.

O secretário Eduardo Salles explicou que os armazéns emergenciais em Conquista, Juazeiro, Guanambi e Feira de Santana foram alinhados anteriormente em reunião com a superintendente Rose Pondé, e conseguidos gratuitamente. “O funcionamento está garantido pela Conab, que vai colocar funcionários em cada uma dessas unidades. O objetivo é descentralizar a distribuição do milho por diversas regiões, fazendo com que o grão chegue mais rapidamente ao produtor”, explicou Rose Pondé. A Secretaria de Agricultura (Seagri) solicitou à Conab mais um armazém emergencial, para o município de Conceição do Coité, região produtora de sisal e que também desenvolve a ovinocaprinocultura.

O presidente e a superintendente da Conab destacaram a importância de comprar milho, por meio da Política de Preço Mínimo, no Oeste da Bahia e solicitaram à Secretaria de Agricultura que consiga com a Associação dos Produtores e Irrigantes da Bahia (Aiba) que cada produtor disponibilize 600 t para que a Conab compre por meio da Política de Garantia de Preço Mínimo.

A Seagri também pediu à Conab a construção de um armazém no município de Luiz Eduardo Magalhães, com capacidade para 50 mil t, em terreno já  disponibilizado pela prefeitura. Rodrigues informou que dará prioridade a este pleito.

Em relação ao sisal, a Seagri agradeceu ao presidente da Companhia o aumento do preço mínimo da planta, que passa a partir de 1º de julho de R$ 1,04 para R$ 1,24 o quilo. Outro destaque do encontro foi a decisão da Conab em comprar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ovinos e caprinos com doação simultânea a entidades que dão assistência a pessoas carentes. De acordo com as autoridades presentes, a medida deu novo alento aos ovinocaprinocultores do estado, especialmente na região de Juazeiro. 

Fonte: Conab
Para maiores informações visite: www.conab.gov.br

Análise de Mercado - 30 de Maio de 2012



Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos 

Suíno vivo

A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo "Mezo Wolters", realizada ontem (28/05), em Campinas (SP), comercializou 9.960 suínos segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

A arroba é comercializada entre R$ 41,00 e R$ 42,00 em condições bolsa, segundo a entidade. (Suinocultura Industrial)
  • GO R$2,50
  • MG R$2,40
  • SP R$2,45
  • RS R$2,36
  • SC R$2,00
  • PR R$2,10
  • MS R$2,00
  • MT R$2,14

Frango vivo

Às vésperas de completarem-se os cinco primeiros meses do ano, o frango vivo continua com os preços (1º) distantes do preço inicial do ano; (2º) visivelmente inferiores aos do mesmo período de 2011. Isto, tanto no mercado paulista como no mineiro. Por extensão, em todo o Brasil.

Por partes. Faltando dois dias para o encerramento de maio e como é típico neste momento do mês, o mercado apresenta um comportamento letárgico, com menor número de negócios que no início do período. Mesmo assim os preços que vigoram desde o final de abril – R$1,70/kg em São Paulo; R$1,80/kg em Minas Gerais – devem se manter, o que significa que os produtores paulistas encerram o quinto mês do ano com uma cotação 10,5% menor que a do início do ano, enquanto entre os mineiros a redução é de, aproximadamente, 8%.

Surpreendentemente (e isto vai ser destacado em muitos levantamentos do mês, como se a atividade estivesse viv endo seus melhores momentos), maio também será fechado como um preço médio quase 10% superior ao do mesmo mês do ano passado em São Paulo, enquanto em Minas Gerais o incremento vai ficar em 20%.

Ledo engano, porém, de quem se guiar por esses indicadores. Pois em maio de 2011 os preços do frango se encontravam escandalosamente aviltados (foi o pior mês do ano). Assim, não está havendo qualquer ganho efetivo em 2012, mesmo porque os custos de produção permaneceram em evolução. E o que se conseguiu foi reduzir, ligeiramente, o prejuízo enfrentado.

Entretanto, o que realmente importa são os resultados do ano. Mas eles, infelizmente, continuam negativos. Tanto em São Paulo como em Minas Gerais, os preços médios alcançados pelo frango vivo nos cinco primeiros meses de 2012 se encontram cerca de 10% abaixo dos registrados entre janeiro e maio do ano passado. (Avisite)
  • SP R$1,70
  • CE R$2,25
  • MG R$1,80
  • GO R$1,65
  • MS R$1,65
  • PR R$1,80
  • SC R$1,70
  • RS R$1,70

Ovos

Sem ofertas e com o mercado mais ativo, o mercado segue com os preços estáveis, de acordo com informativos.  Mas, há algum tempo, estes preços já não estão de acordo com a realidade do mercado. (Com Informações do Mercado do Ovo)

Ovos brancos
  • SP R$48,00
  • RJ R$52,50
  • MG R$58,00

Ovos vermelhos
  • MG R$61,00
  • RJ R$55,50
  • SP R$51,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 93,08, com a variação em relação ao dia anterior de 0,02%.  A variação registrada no mês de Maio é de -0,88%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 46,84.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F. 

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR. 

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)
  • Triangulo MG R$86,00
  • Goiânia GO R$85,00
  • Dourados MS R$86,00
  • C. Grande MS R$88,00
  • Três Lagoas MS R$88,00
  • Cuiabá MT R$84,50
  • Marabá PA R$88,00
  • Belo Horiz. MG R$90,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 62,78. O mercado apresentou uma variação de -2,17% em relação ao dia anterior. O mês de Maio apresenta uma variação de -0,65%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 31,59 a saca. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • R. Grande do Sul (média estadual) R$60,50
  • Goiás - GO (média estadual) R$57,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$59,50
  • Paraná (média estadual) R$62,78
  • São Paulo (média estadual) R$61,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$55,00
  • M. Grosso do Sul (média estadual) R$59,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$58,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 25,01 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0% em relação ao dia anterior e de 2,54% no acumulado do mês de Maio. 

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,58. 

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor
  • Goiás (média estadual) R$18,50
  • Minas Gerais (média estadual) R$21,00
  • Mato Grosso (média estadual) R$18,00
  • M. Grosso Sul (média estadual) R$21,00
  • Paraná (média estadual) R$24,00
  • São Paulo (média estadual) R$25,01
  • Rio G. do Sul (média estadual) R$27,50
  • Santa Catarina (média estadual) R$27,50

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Câmara analisa medida provisória que modifica o novo Código Florestal



O texto vetado dizia que era obrigatória a recomposição das faixas marginais em 15 metros

Depois de vetar 12 pontos do Código Florestal (Lei 12.651/12), a presidente Dilma Rousseff encaminhou nesta segunda-feira (28) ao Congresso Nacional a Medida Provisória 571/12, que complementa o texto da nova lei. Uma das partes mais polêmicas da MP diz respeito às terras consolidadas em áreas de preservação permanente (APPs). O texto estabelece que, para os imóveis rurais com até 1 módulo fiscal ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.

Já o texto vetado dizia que era obrigatória a recomposição das faixas marginais em 15 metros, mas só no caso de imóveis ao longo de curso d’água com até 10 metros de largura.

Segundo a MP, para os imóveis rurais superiores a 1 e de até 2 módulos fiscais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água.

Para os imóveis rurais com área superior a 2 e de até 4 módulos fiscais, será obrigatória a recomposição em 15 metros.

No caso dos imóveis rurais com área superior a 4 módulos fiscais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais da seguinte forma:

- em 20 metros, para imóveis com área superior a 4 e de até 10 módulos fiscais, nos cursos d’agua com até 10 metros de largura;

- nos demais casos, em extensão correspondente à metade da largura do curso d’água, observado o mínimo de 30 e o máximo de 100 metros, contados da borda da calha do leito regular.

Fonte: Agência Câmara de Notícias
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MDA destaca práticas sustentáveis da agricultura familiar na Rio+20



Ressaltar a importância da agricultura familiar para o desenvolvimento sustentável dos países. Esta será a principal contribuição do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que ocorre de 13 a 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A pasta marca presença em importantes áreas do evento: no Espaço Brasil -- que vai apresentar as políticas públicas brasileiras voltadas à sustentabilidade - e na Arena Socioambiental -- focada em debates sobre o tema com a participação da sociedade civil organizada. A Praça da Sociobiodiversidade é outro espaço que terá a presença do MDA que está apoiando a exposição de produtos diversos da agricultura familiar, como os tapetes de sisal do bioma Caatinga, o suco de bergamota orgânico do bioma Mata Atlântica e as castanhas do Brasil do bioma Amazônia.

Em uma área de 540 metros quadrados, na Praça da Sociobiodiversidade serão expostos produtos de 23 empreendimentos familiares originários dos biomas da Caatinga, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. Também haverá a exposição da produção do projeto Talentos do Brasil, com suas roupas e acessórios confeccionados pelas mãos de trabalhadoras rurais. Os participantes da Rio+20 terão, assim, a oportunidade de conhecer e comprar alimentos, artesanatos, cosméticos e roupas produzidos por agricultores familiares de cerca de 20 estados brasileiros.

"Teremos uma mostra bem rica dos produtos dos nossos principais biomas, produtos com grande potencial de consumo - seja por suas qualidades nutricionais, medicinais, seja pelo sabor, características muito específicas - principalmente porque demonstram a capacidade de gerar renda preservando, usando com sustentabilidade a mega biodiversidade que o Brasil tem e o conhecimento tradicional do nosso país", diz Arnoldo de Campos, diretor do Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria da Agricultura Familiar do MDA. "Estamos promovendo a geração de renda com a floresta em pé, a partir de produtos que são feitos por comunidades rurais e oriundos da nossa biodiversidade", afirma Campos.

"A Rio + 20 é uma oportunidade única para que a comunidade internacional volte a atenção para a centralidade da agricultura familiar em relação à agenda do desenvolvimento sustentável. A agricultura familiar, como modo de produção agrícola e estilo de vida, é a única que dialoga com as três dimensões deste modelo: a social, com a geração de emprego; a ambiental, por ser a cultura que mais preserva os recursos naturais; e a econômica, com a geração de renda e dinamização dos mercados locais", aponta Francesco Pierri, chefe da Assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial do MDA.

No Espaço Brasil, em frente ao RioCentro, o Governo Federal apresentará as políticas brasileiras em consonância com a sociobiodiversidade, entre elas as implantadas pelo MDA. "A importância será a de apresentar, de maneira unificada e coordenada, a evolução do Brasil no aspecto do desenvolvimento sustentável, tema geral da conferência, que envolve as vertentes econômica, social e ambiental, tendo como referência temporal a Rio-92, evidenciando o caminho percorrido até o estágio atual e destacando os desafios para os próximos anos", explica Mônica Zerbinato, coordenadora da Unidade de Sustentabilidade da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), responsável pela organização do espaço.

Na Arena Socioambiental, no aterro do Flamengo, o MDA participa de debates a fim de promover a agricultura familiar e os principais programas da pasta. No local, será realizada a Cúpula dos Povos - espaço destinado à discussão do Governo Federal com os movimentos sociais -- ao todo, serão 14 dias de debates. Além disso, será montado um Café (lanchonete) na Arena, onde a maior parte da alimentação oferecida será oriunda da agricultura familiar.

Preparação

Em abril deste ano, o MDA organizou, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Congresso Virtual Internacional Economia Verde e Inclusão Socioprodutiva: o papel da agricultura familiar. O encontro reuniu especialistas de diversas áreas e representantes da sociedade civil para discutir questões que serão destaques na Rio + 20. As palestras foram focadas em três eixos: desenvolvimento rural sustentável, soberania alimentar e recursos naturais, produção e consumo responsáveis. Após as exposições, os internautas fizeram perguntas aos palestrantes. Durante os 21 dias de congresso, foram registrados mais de 5,5 mil acessos. As contribuições, que serão consolidadas em um informe técnico que o MDA e o IICA , serão apresentas na Conferência das Nações Unidas, em junho.

Rio + 20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. O evento marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e visa contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. O objetivo principal é reafirmar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência terá dois temas centrais a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. A Rio + 20 é a quarta Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. As três anteriores foram a de Estocolmo, em 1972, a Rio 92, em 1992 e a Rio+10 realizada em 2002, na África do Sul.

Fonte: Mapa
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Câmara aprova permissão de financiamento a herdeiro rural



Projeto Possibilita que familiar se candidate a repasses do Banco da Terra para adquirir terras de outros herdeiros

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça, dia 29, por 299 votos e uma abstenção, o projeto de lei que permite que agricultores familiares usem financiamento público rural para comprar terra de parentes em caso de herança. A matéria, aprovada na forma de um substitutivo, será enviada ao Senado. O projeto possibilita a um herdeiro se candidatar aos financiamentos do Banco da Terra para adquirir partes de terras dos outros herdeiros, mantendo assim a propriedade rural como unidade familiar de produção. A proposta altera as regras do programa de financiamento Banco da Terra.

De acordo com as normas atuais, os herdeiros de uma terra são impedidos de obter financiamento com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária. O Banco da Terra concede financiamentos com prazo de amortização de até 20 anos, incluída a carência de até 36 meses. Os juros são limitados a 12% ao ano, mas podem ter redutores de até 50% sobre as parcelas da amortização do principal e sobre os encargos financeiros durante todo o prazo de vigência da operação.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) foi responsável pelas articulações para a votação do projeto. Segundo ele, a medida vai contribuir para que não haja desagregação das propriedades familiares com a morte do chefe de família.

– Com essa nova lei, no caso de morte dos pais, o irmão pode comprar do outro irmão com o crédito rural, em condições financeiras favoráveis, e a unidade familiar pode continuar sem que um terceiro venha e adquira parte da propriedade – disse.

Fonte: Agência Câmara
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60% da produção nacional de leite vem da agricultura familiar



Brasil produz 22,2% a mais em cinco anos

Nos últimos cinco anos, a produção nacional de leite e derivados cresceu 22,2%, passando dos 25,2 bilhões de litros de leite em 2006, para 30,8 bilhões em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, mais de 60% ou cerca de 2/3 da produção nacional vêm de 1,3 milhão de estabelecimentos da agricultura familiar, que estão conquistando mercado por conta de políticas públicas.

"A cadeia produtiva do leite ocupa um lugar de destaque nas ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), até por se tratar de um produto que garante renda regular ao agricultor familiar. Daí a necessidade de se financiar, permanentemente, a modernização dos produtores e das cooperativas", explica o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do MDA, Arnoldo Campos.

De acordo com ele, o estímulo à atividade das cooperativas permite ampliar volume e diversificar produtos. Dentre as políticas públicas do MDA para o setor, são destaques o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) através do crédito rural, o Programa de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – que conta com um sub-programa que visa o aumento do consumo de leite pelas famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e, também, incentiva a produção de agricultores familiares. “O PPA-Leite atua, especificamente, no território da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), beneficiando todos os estados da região Nordeste e, também, o norte de Minas Gerais”, diz Campos.

Para a agricultura familiar melhorar as instalações, rebanho e pastagens, há também o Programa de Garantia de Preços (PGPAF) , que concede desconto para o pagamento de financiamentos de custeio e investimento. O valor é abatido quando o produto financiado no mercado está abaixo do preço de garantia. “E tem ainda o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) e o Mais Alimentos, que ajudam na qualificação tecnológica desse produtor”, acrescenta Campos. 

Assistência - Segundo o consultor da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA), Fábio Teles, os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) transferem tecnologias adequadas à otimização do lucro, com organização econômica, desde o extremo Sul do Brasil, passando pelas regiões Centro-Oeste, Sudeste, Semiárido mineiro e Nordeste brasileiro.

Fábio Teles explica que esse conjunto de políticas tem uma relação estreita com a garantia da segurança alimentar à população. Ou seja, o desenvolvimento da produção nacional garante o abastecimento estável, ao mesmo tempo que protege a população das grandes flutuações do mercado internacional, possibilitando que o preço médio de lácteos no País esteja aumentando apenas 13,4% em um cenário de crescimento de preços, atualmente, no mercado internacional. 

Política setorial visa retomada exportação 

A Política Setorial do Leite (PSL) visa preparar a agricultura familiar para superar os gargalos e ampliar a produção de matéria-prima para voltar a exportar. A PSL divide-se em quatro eixos: o produtivo, o industrial, o comercial e o associativo/cooperativo e conta com ações específicas para cada região nas áreas de crédito, seguro de renda, assistência técnica e extensão rural, capacitação e ações no mercado internacional. O financiamento da atividade se dá por meio das linhas do Pronaf, que podem ser acessadas pelos agricultores individualmente ou via cooperativa. Além do MDA, a PSL é uma parceria entre a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo, atrás apenas dos EUA, Índia, China e Rússia. A atividade leiteira se faz presente em 554 das 558 regiões consideradas pelo IBGE, o que garante o potencial de crescimento da produção nacional.

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Porto de Santos é a rota principal de escoamento do MT



O porto de Santos segue como principal destino da soja mato-grossense para o exterior, segundo o MDIC 

De janeiro a abril 2,740 milhões de toneladas foram enviadas para o local, o volume é 32,1% superior as 2,074 milhões do ano passado no período. Somente em abril foram 622,4 mil toneladas, volume 56,9% inferior as 1,444 milhões de março e 47,1% menor que abril de 2011 quando 1,176 milhões de toneladas foram escoados.

Conforme a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), os embarques de soja brasileira cresceram mais de 74% somente no primeiro trimestre deste ano, frente 2011, no porto de Santos. O volume chega a quase 4,5 milhões de toneladas. A companhia salienta que a demanda está mais concentrada neste momento em função do temor pela falta do grão nos próximos meses, em virtude a quebra da safra, cuja retração nacional foi de 11,5%, de 75,3 milhões para 66,6 milhões. 

Para a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), os incrementos nos envios significam um sinal de alerta, pois os efeitos da quebra da safra nacional sobre as exportações deverão começar a ser percebidas de modo mais acentuada no segundo semestre. 

Já o porto de Paranaguá (PR) surge em seguida com 555,9 mil toneladas, 61,9% a mais que as 343,2 mil de 2011 no primeiro quadrimestre. O porto de Manaus, muito utilizado pelas regiões oeste e norte de Mato Grosso, escoou 538,98 mil toneladas de soja mato-grossense, volume 96,1% superior as 274,80 mil toneladas do período em 2011.

Fonte: Folha do Estado
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Faltará alimento agroecológico na Cúpula dos Povos



O aumento no número de participantes superou expectativa dos organizadores do evento que é parte da Rio+20

O aumento no número de participantes da Cúpula dos Povos superou a expectativa inicial da organização e vai inviabilizar parte de um dos principais projetos de seus idealizadores: o fornecimento de alimentação agroecológica gratuita durante todos os dias do evento, entre 13 e 22 de junho, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro. A Cúpula é parte da Rio+20. 

A estrutura inicialmente projetada contemplava até 10 mil participantes. Hoje, com mais de 23 mil inscritos, a Cúpula trabalha com alternativas para que pelo menos parte da estratégia seja concretizada. "O que tínhamos no início, de total abastecimento por meio da pequena agricultura, não conseguiremos cumprir. A pequena agricultura tem essa potencialidade, mas a nossa estrutura não", disse Marcelo Durão, representante da Via Campesina e integrante do Grupo de Articulação da Cúpula. 

A alimentação agroecológica é uma das principais bandeiras dos movimentos sociais ligados às questões agrícolas, que propõem uma produção baseada na agricultura familiar e sem a utilização de agrotóxicos ou outros agentes químicos. Buscam também evitar o desmatamento de grandes áreas para a produção em larga escala, característica do agronegócio brasileiro. 

Em vez de oferecer três refeições diárias, os organizadores distribuirão café da manhã e lanche da tarde para todos os participantes alojados nos cinco acampamentos montados no Sambódromo, na Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Estação Ferroviária Leopoldina e em dois Centros Integrados de Educação Pública (Cieps). O custo estimado é de R$ 2,5 milhões, 25% do orçamento total da Cúpula.

A organização busca então o que chama de estratégia combinada: enquanto uma parcela da alimentação será oferecida por meio de organizações de economia solidária, na qual está a agricultura familiar, os participantes serão direcionados para os restaurantes próximos aos alojamentos e ao Aterro.

Para maiores informações visite: www.agrotube.com.br

Publicação do Novo Código Florestal no Diário Oficial da União




Página 1: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=1&totalArquivos=168

Página 2: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=2&totalArquivos=168

Página 3: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=3&totalArquivos=168

Página 4: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=4&totalArquivos=168

Página 5: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=5&totalArquivos=168

Página 6: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=6&totalArquivos=168

Página 7: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=28/05/2012&jornal=1&pagina=7&totalArquivos=168

Marfrig reabrirá 3 plantas aumentando em 10% sua capacidade de abate, para 13,5 mil/dia



Em meio ao cenário de maior oferta de gado no Brasil, o Marfrig confirmou em coletiva de imprensa (28/mai) os planos de retomar as operações de três unidades de abate ainda neste trimestre, ampliando em mais de 10% sua capacidade total de abate no país, estimada em 13,5 mil cabeças por dia.

De acordo com o CEO da Marfrig Beef – divisão de negócios de bovinos da empresa -, James Cruden, a reabertura das três unidades elevará em 2 mil cabeças por dia os abates da companhia no Brasil – a capacidade total dos três frigoríficos é de 3,15 mil cabeças por dia. No primeiro trimestre deste ano, a Marfrig abateu 522,1 mil cabeças, com a utilização de 65% de sua capacidade instalada.

Cruden disse que a reabertura das unidades teve início há mais de uma semana, com a retomada das operações de abate no frigorífico de Pirenópolis (GO). Com a retomada da unidade goiana, o próximo passo da Marfrig, explicou Cruden, será a reabertura da frigorífico de Porto Mortinho (MS), previsto para as próximas semanas. E, ainda neste segundo trimestre, a companhia deve inaugurar uma planta localizada em Tucumã (PA).

Com a retomada dos três frigoríficos, a Marfrig permanecerá com outras cinco unidades fechadas, “e três dessas fábricas dificilmente voltam a operar”, afirmou o executivo. Segundo Cruden, a pequena capacidade de abate (1,4 mil cabeças) das unidades de Ariquemes (RO), Goianira (GO) e Mãe do Rio (PA) inviabiliza a retomada de suas operações.

Fonte: Valor Econômico
Para maiores informações visite: www.beefpoint.com.br

Supersafra traz preocupação para produtores e indústria da laranja



Além do excesso de produção, estoques estão elevados nas processadoras e exportação cai.

Uma estimativa divulgada ontem pela CitrusBR, que representa a indústria exportadora de sucos, prevê um excedente de 83 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg na safra 2012/13. A combinação entre queda nas exportações, estoque elevado de suco nas indústrias e safra grande pode fazer com que quase um quarto da laranja da atual temporada fique no pomar.
    
A situação crítica motivou a convocação de uma reunião de emergência, amanhã, no Ministério da Agricultura, para discussão do problema,com a participação de representantes da indústria, de produtores e também do governo.Entre as medidas discutidas estarão o pedido de prorrogação da linha especial de crédito para financiar a estocagem  de suco e a participação da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) na compra da fruta. Outro objetivo é incentivar o consumo interno "in natura", já que a indústria diz que a fabricação de suco não vai absorver toda a produção.Segundo a estimativa da CitrusBR, a indústria terá capacidade para processar apenas 247 milhões de caixas da safra, prevista em 364 milhões. Se o consumo "in natura" se mantiver na faixa dos 34 milhões de caixas, como em 2011, restará o excedente de 83 milhões de caixas.
    
Na opinião de Christian Lohbauer, da CitrusBR, o que está em discussão não é o valor que a indústria pagará pela caixa ao produtor, mas sim uma alternativa para o excedente. 

Do lado dos produtores, sobra preocupação. A maioria ainda não fechou contrato com indústrias, de acordo com a Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores).Fernando Francisco Germano, de Aguaí (SP), na atividade desde 1988, disse nunca ter visto um momento tão desfavorável. "Em outros anos, nesta época, já tínhamos contratos."

Fonte: Folha de São Paulo.
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Recuperação das APPs vai depender do tamanho das propriedades



Com vetos, Governo Federal nega anistia aos agricultores que desmataram além do permitido

Poucas informações foram dadas acerca dos vetos que a presidente Dilma Roussef fez no projeto do Código Florestal, uma vez que a decisão será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (28/05), mas ficou clara a intenção do Governo Federal de não promover anistia aos agricultores que desmataram além do permitido. “Nossa intenção é não prejudicar os pequenos, mas todos terão que recuperar. Quem tem menos terra vai recuperar menos”, disse a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que anunciou as diretrizes que nortearam a decisão da presidente. 

A principal mudança anunciada foi a recuperação das Áreas de Proteção Permanentes (APP) de maneira escalonada dependendo do tamanho das propriedades. Segundo dados do Governo Federal, cerca de 81% das propriedades rurais brasileiras têm até 2 módulos fiscais (o que correspondem a áreas entre 10 e 200 hectares, dependendo do Estado). Para quem tem propriedade de até 2 módulos fiscais será necessário manter 10% da área em APPs. Os proprietários de áreas de 2 a 4 módulos ( de 20 a 400 hectares) deverão recuperar 20%. Já para áreas acima de 4 módulos fiscais a recuperação de áreas desmatadas além do permitido por lei terá de ser integral. Também estão previstas recuperação nas margens dos rios igualmente escalonada de acordo com o tamanho das propriedades. 

Sobre os topos de morros, foi anunciado que serão estudadas salvaguardas para algumas culturas, “mas o topo do morro terá que ser protegido porque é área de recarga ambiental”, disse Teixiera. No tocante às multas, a ministra explicou que “para aqueles que desmataram até junho de 2008 e estão com multas pendentes, essas multas serão suspensas caso estes agricultores recuperem o percentual de área exigido pela lei”, disse.  

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eucalipto: Um novo ‘ouro verde’



Produtores estão se organizando para tornar o plantio de florestas um negócio tão rentável quanto é a soja

O produtor mato-grossense gosta de desafios. Depois de décadas adaptando soja e algodão para plantio no cerrado, eles conseguiram fazer de Mato Grosso maior produtor nacional de grãos e fibras e um dos principais fornecedores agrícolas no mundo. Atingindo o topo de cada uma das culturas – que incluem ainda o milho –, chegou a vez de expandir ganhos e encarar uma nova peleja: transformar eucalipto em uma commodity tão rentável quanto a soja. No entanto, entre metas, sonhos e a realidade há um abismo de impedimentos e para ultrapassar as dificuldades, como fizeram há cerca de 30 anos ao implantar a sojicultura, buscam-se união e políticas públicas ao segmento.

Estima-se que existam 200 mil hectares (ha) de floresta plantada no Estado, 100 mil com eucalipto, 60 mil com teca, 45 mil com seringueira, 3 mil com pau de balsa e outros 14 mil hectares cultivados com outras espécies como aroeira e pinho cuiabano. Em relação à produção nacional, Mato Grosso ocupa posição de lanterna. Segundo dados do anuário estatístico 2012 - ano base 2011 - da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), são 7 milhões de hectares, superfície equivalente à área destinada à sojicultura 2011/12, no Estado.

Como explica o presidente da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Fausto Takizawa, se a área planta estadual estiver no mesmo nível de rendimento do que é observado em nível nacional, a floresta plantada estaria adicionando em 200 mil/ha 135.147 empregos na cadeia gerada pela atividade, assim como R$ 212,96 milhões em tributos e geraria receita – Valor Bruto da Produção (VBP) – de R$ 1,53 bilhão. A média nacional que foi considerada por Takizawa é de 0,68 empregos por ha plantado, assim como R$ 1,06 mil em tributo/ha e um VBP de R$ 7,69 mil/ha. “Existem projeções de expansão para até 2020, cenários conservador, otimista e muito otimista. Mesmo longe de ser realidade neste espaço de tempo, revelam muito bem o potencial que o Estado tem”, destaca Takizawa. Com área de 500 mil/ha em 2020, “cenário conservador”, seriam 337.868 empregos, R$ 532,42 milhões em tributos e R$ 3,84 bilhões de VBP. Numa projeção “otimista” com 750 mil/ha repovoados em 2020, haverá 506.802 empregos, R$ 798,63 milhões em tributos e R$ 5,77 bilhões de VBP. Na estimativa “muito otimista”, com 1 milhão/ha, seriam gerados 675.736 empregos, R$ 1,06 bilhão em tributos e um VBP de 7,69 bilhões.

“Mato Grosso ainda não é uma fronteira para floresta plantada. Há muito potencial, mas precisamos de políticas públicas, de um plano de desenvolvimento florestal que contemple incentivos para atração de indústrias afins que transformem a madeira em produtos nobres. Precisamos de regularizações fundiária e ambiental, logística e seguranças jurídica e tributária para os investimentos que são vultosos”. Como frisa, Mato Grosso está na contramão no quesito tributos e pela falta de política florestal. “Tem empresas que ainda não colocaram os dois pés aqui por falta de um plano específico”.

ESTADO – O coordenador do Núcleo Estadual de Trabalho dos Arranjos Produtivos Locais (APL) da Secretaria de Indústria, Comércio, Mineração e Energia (Sicme), José Juarez de Faria, conta três APLs em regiões distintas do Estado (Portal da Amazônia, Oeste e Centro Sul e Sudeste) e um novo a ser criado em junho (no médio norte), estão embasando a elaboração do Plano de Desenvolvimento Florestal para espécies plantadas e nativas que contempla incentivos fiscais e pontua gargalos e oportunidades Estado afora. “O Plano deve estar implementado ainda no final deste ano ou até o começo de 2013”, informa Juarez.

UNIÃO – Para formar a cadeia de base florestal foi criada no ano passado a CooperFlora Brasil. Com sede em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), ela nasce com a missão de unir os produtores de eucalipto de todos os portes, visando incentivar a criação de um polo florestal sustentável em Mato Grosso. Esta união visa garantir oferta de matéria-prima em grande e ininterrupta escala, fornecer informações técnicas da atividade e compartilhar experiências de sucesso entre cooperados. Um dia de campo foi realizado no último sábado na fazenda Girassol do Prata para mostrar técnicas de manejo, mercado e tecnologia que existe para o Estado.

Como explica o presidente da entidade, o ex-senador Gilberto Goellner – um dos pioneiros no agronegócio estadual –, somente o sul do Estado detém cerca de 40 mil/ha repovoados e há um estoque de área que não serve mais para agricultura e pecuária que soma outros 500 mil/ha. “A floresta plantada não concorre com nenhuma cultura consolidada e vem como opção de negócios e sustentabilidade. Queremos começar pelo sul-mato-grossense porque aqui há atualmente a maior infraestrutura de transporte em função da Ferrovia Senador Vicente Vuolo. Unindo iniciativas privada e pública, vamos mudar o cenário econômico de Mato Grosso”. 

Fonte: Diário de Cuiabá
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